Estudo:

Capítulo 1 – NÃO VIM DESTRUIR A LEI - Instruções dos Espíritos – A NOVA ERA – itens 9 a 11

“O Cristo foi o iniciador da mais pura moral, a mais sublime...” (ESE – Cap. I, item 9 – UM ESPÍRITO ISRAELITA)Capítulo 1 – NÃO VIM DESTRUIR A LEI - Instruções dos Espíritos – A NOVA ERA – itens 9 a 11Queridos irmãos vamos orar.

Mestre Jesus que conheceis todas as nossas imperfeições, que nos ama profundamente, auxiliai-nos a compreender as leis divinas.

Faz-nos entender o Teu Evangelho de Luz, ensina-nos a aplicá-lo em nossas vidas, afim de que sejamos cada dia melhores do que fomos ontem.

Auxilia-nos Mestre a reconhecermos e corrigirmos nossas falhas, nossas imperfeições.

Dai-nos força e coragem para sermos humildes e mostrai-nos o caminho da iniciativa para solucionarmos nossas dificuldades,

Mostrai-nos o caminho da persistência, para evitarmos o desânimo, o caminho da caridade, para evitarmos o egoísmo e podermos dividir, com tudo e com todos, os benefícios que recebemos todos os dias.

E assim em Teu Nome Mestre Jesus, em nome de Francisco de Assis, dos Benfeitores Espirituais responsáveis por este trabalho de amor, mas acima de tudo em Nome de Nosso Pai, iniciamos o estudo do Teu Evangelho de Luz.

Esteja sempre conosco Mestre Jesus e que assim seja. Surge a Era NovaO sol da esperança desbasta as trevas da ignorância.
Pequenos grupos de servidores verdadeiros do Evangelho, no silêncio da renúncia, estão levantando os pilotis sobre os quais será erguida a Era Nova.
Sem alarde, em luta ingente, esses corações convidados constituem segurança para o mundo melhor de amanhã.
Não obstante o vendaval, as ameaças do desequilíbrio e o predomínio aparente das forças da violência, o bem, corno fluido de libertação, penetra todo o organismo terrestre preparando o mundo novo.
Não engrossam as fileiras dos desanimados, nem aplaudem a insensatez dos perversos ou apoiam a estultícia dos vitoriosos da ilusão.
Quem aprendeu a confiar em Jesus põe as suas raízes na verdade. São minoria, não, porém, grupo ao abandono.
Todos os grandes ideais da humanidade surgem em pequeninos núcleos, que se alargam em gerações após gerações.
O Cristianismo restaurado, por sua vez, é a doutrina do amanhã, no enfoque espírita, porque, enquanto a mensagem de Jesus teve de destruir as bases do paganismo para erguer o santuário do amor, o Espiritismo deve apenas erigir, sobre o Cristianismo, o templo luminoso da caridade.
Chamados para este ministério, não duvidam, alegrando-se por ter seus nomes inscritos, como diz o Evangelho, no livro do reino dos céus e serem conhecidos do Senhor.
Nossa Casa tem ação. É hoje reduto festivo, santuário que alberga Espíritos mensageiros da luz, oficina onde se trabalha, escola de educação e hospital de recuperação de vidas.
Com outros Obreiros aqui temos estado, mantendo a chama da verdade acesa - como ocorria com os antigos faróis com a flama ardente, apontando a entrada dos portos e mais tarde dando notícias dos recifes e perigos do mar.
Filhos da alma, nunca desistam de fazer o bem, face ao aparente triunfo do mal em desgoverno, em torno de suas vidas.
Passada a tempestade, a luz volta a fulgir.
A sombra é somente ausência da claridade. Não é real.
Só Deus é Vida; somente o Bem é meta.

Joanna de Ângelis/Divaldo Franco. Livro: Momentos EnriquecedoresCapítulo 1 – NÃO VIM DESTRUIR A LEI - Instruções dos Espíritos – A NOVA ERA – itens 9 a 11UM ESPÍRITO ISRAELITA
Mulhouse, 1861


9 – Deus é único, e Moisés o Espírito que Deus enviou com a missão de fazê-lo conhecer, não somente pelos hebreus, mas também pelos povos pagãos. O povo hebreu foi o instrumento de que Deus se serviu para fazer sua revelação, através de Moisés e dos Profetas, e as vicissitudes da vida desse povo foram feitas para chocar os homens e arrancar-lhes dos olhos o véu que lhes ocultava a divindade.

Os mandamentos de Deus, dados por Moisés, trazem o germe da mais ampla moral cristã. Os comentários da Bíblia reduziam-lhes o sentido, porque, postos em ação em toda a sua pureza, não seriam então compreendidos. Mas os Dez Mandamentos de Deus nem por isso deixaram de ser o brilhante frontispício da obra, como um farol que devia iluminar para a humanidade o caminho a percorrer.

A moral ensinada por Moisés era apropriada ao estado de adiantamento em que se encontravam os povos chamados à regeneração. E esses povos, semi-selvagens quanto ao aperfeiçoamento espiritual, não teriam compreendido a adoração de Deus sem os holocaustos ou sacrifícios, nem que se pudesse perdoar a um inimigo. Sua inteligência, notável no tocante às coisas materiais, e mesmo em relação às artes e às ciências, estava muito atrasada em moralidade, e eles não se submeteriam ao domínio de uma religião inteiramente espiritual. Necessitavam de uma representação semimaterial, como a que então lhes oferecia a religião hebraica. Os sacrifícios, pois, lhes falavam aos sentidos, enquanto a ideia de Deus lhes falava ao espírito.

O Cristo foi o iniciador da mais pura moral, a mais sublime: a moral evangélica, cristã, que deve renovar o mundo, aproximar os homens e torná-los fraternos; que deve fazer jorrar de todos os corações humanos a caridade e o amor do próximo, e criar entre todos os homens uma solidariedade comum. Uma moral, enfim, que deve transformar a Terra, fazê-la morada de Espíritos superiores aos que hoje a habitam. É a lei do progresso, a que a natureza está sujeita, que se cumpre, e o Espiritismo é a alavanca de que Deus se serve para elevar a humanidade.

São chegados os tempos em que as ideias morais devem desenvolver-se, para que se realizem os progressos que estão nos desígnios de Deus. Elas devem seguir o mesmo roteiro que as ideias de liberdade seguiram, como suas precursoras. Mas não se pense que esse desenvolvimento se fará sem lutas. Não, porque elas necessitam, para chegar ao amadurecimento, de agitações e discussões, a fim de atraírem a atenção das massas. Uma vez despertada a atenção, a beleza e a santidade da moral tocarão os Espíritos, e eles se dedicarão a uma ciência que lhes traz a chave da vida futura e lhes abre a porta da felicidade eterna. Foi Moisés quem abriu o caminho; Jesus continuou a obra; o Espiritismo a concluirá.



*

FÉNELON
Poitiers, 1861


10 – Um dia, Deus em sua inesgotável caridade, permitiu ao homem ver a verdade através das trevas. Esse dia foi o do advento de Cristo. Depois do vivo clarão, as trevas se fecharam de novo. O mundo, após alternativas de verdade e obscuridade, novamente se perdia. Então, semelhantes aos profetas do Antigo Testamento, os Espíritos começaram a falar e a vos advertir. O mundo foi abalado nas suas bases: o trovão ribombará; sedes firmes!

O Espiritismo é de ordem divina, pois repousa sobre as próprias leis da natureza. E crede que tudo o que é de ordem divina tem um objetivo elevado e útil. Vosso mundo se perdia. A ciência, desenvolvida com o sacrifício dos interesses morais, vos conduzia unicamente ao bem estar material, revertendo-se em proveito do espírito das trevas. Vós o sabeis, cristão; o coração e o amor devem marchar unidos à ciência. O Reino do Cristo, ai de nós! após dezoito séculos, e apesar do sangue de tantos mártires, ainda não chegou. Cristãos, voltai para o Mestre que vos quer salvar. Tudo é fácil para aquele que crê e que ama: o amor o enche de gozo inefável. Sim, meus filhos, o mundo está abalado. Os bons Espíritos vo-lo dizem sempre. Curvai-vos o sopro precursor da tempestade, para não serdes derrubados. Quero dizer: preparai-vos e não vos assemelheis às virgens loucas, que foram apanhadas desprevenidas à chegada do esposo.

A revolução que se prepara é mais moral do que material. Os grandes Espíritos, mensageiros divinos, insuflam a fé, para que todos vós, obreiros esclarecidos e ardentes, façais ouvir vossa humilde voz. Porque vós sois o grão de areia, mas sem os grãos de areia não haveria montanhas. Assim, portanto, que estas palavras: “Nós somos pequenos”, não tenha sentido para vós. A cada um a sua missão, a cada um o seu trabalho. A formiga não constrói o seu formigueiro, e animaizinhos insignificantes não formam continentes? A nova cruzada começou: apóstolos da paz universal, e não da guerra, modernos São Bernardos, olhai para frente e marchai! A lei dos mundos é a lei do progresso.

*

ERASTRO, discípulo de São Paulo
Paris, 1863


11 – Santo Agostinho é um dos maiores divulgadores do Espiritismo. Ele se manifesta por quase toda parte, e a razão disso a encontramos na vida desse grande filósofo cristão. Pertencem a essa vigorosa falange dos Pais da Igreja, a que a Cristandade devem as suas mais sólidas bases. Como muitos, ele foi arrancado ao paganismo, ou melhor diremos, a mais profunda impiedade, pelo clarão da verdade. Quanto, em meio de seus desregramentos, ele sentiu na própria alma a estranha vibração que o chamava para si mesmo e lhe fez compreender que a felicidade não estava nos prazeres enervantes e fugidos; quando, enfim, na sua Estrada de Damasco, ele também ouviu a santa voz que lhe clamava: “Saulo, Saulo, por que me persegues?”; exclamou: “Meu Deus! Meu Deus, perdoa-me, eu creio, sou cristão!” E desde então se tornou um dos mais firmes pilares do Evangelho. Podemos ler, nas notáveis confissões desse eminente Espírito, as palavras características e proféticas, ao mesmo tempo, que ele pronunciou ao ter perdido Santa Mônica. “Estou certo de que minha mãe virá visitar-me e dar-me o seu conselho, revelando-me o que nos espera na vida futura”. Que lição nestas palavras, e que brilhante previsão da futura doutrina! É por isso que hoje, vendo chegada a hora de divulgação da verdade, que ele já havia pressentido, faz-se o seu ardente propagador, e se multiplica, por assim dizer, para atender a todos os que o chamam.



NOTA – Santo Agostinho vem, por acaso, modificar aquilo que ensinou? Não, seguramente, mas como tantos outros, ele vê com os olhos do espírito o que não podia ver como homem. Sua alma liberta percebe claridade nova, e compreende o que antes não compreendia. Novas idéias lhe revelaram o verdadeiro sentido de certas palavras. Quando na terra, julgava as coisas segundo os conhecimentos que possuía, mas, quando uma nova luz se fez para ele, pode julgá-las com maior clareza. É assim que ele deve revisar sua crença referente aos espíritos íncubos e súcubos, bem como o anátema que havia lançado contra a teoria dos antípodas. Agora, que o Cristianismo lhe aparece em toda a sua pureza, ele pode, sobre certos pontos, pensar de maneira diversa de quando vivia, sem deixar de ser o apóstolo cristão. Pode, sem renegar a sua fé, fazer-se o propagador do Espiritismo, porque nele vê o cumprimento das predições. Ao proclamá-lo, hoje, nada mais faz do que conduzir-nos a uma interpretação mais sã e mais lógica dos textos. Assim também acontece com outros Espíritos, que se encontram numa posição semelhante.O Espírito Israelita, faz uma análise das missões de Moisés, de Jesus e do Espiritismo, demonstrando-as adequadas ao entendimento dos homens daquela época. Ele nos diz: Moisés abriu o caminho; Jesus continuou a obra; o Espiritismo a concluirá. Os ensinos que cada um trouxe, numa sequência clara e lógica, conforme o amadurecimento espiritual da humanidade terrestre, encontraram mentes e corações esclarecidos, que os receberam, compreenderam-nos e os divulgaram.

Afirma Fénelon que o espiritismo é de ordem divina, porque repousa sobre leis da natureza, leis divinas, sábias, justas, misericordiosas, imparciais, perfeitas, e que tudo que vem de Deus tem sempre uma finalidade elevada e nobre. Incentiva-nos a voltarmos nossa atenção para as lições de Jesus. O espiritismo esclarecendo sobre quem somos, nosso destino, nossas necessidades, a responsabilidade de cada um no seu progresso espiritual, leva os homens a viverem a moral ensinada por Jesus. O conhecimento espírita das leis divinas, aliando razão e sentimento, naturalmente, mostra ao homem a necessidade de ser moral no relacionamento com ele mesmo, com o próximo e com Deus, estimulando-o a querer ser bom, que é o maior objetivo da vinda de Jesus na Terra: que o homem seja inteligente e bom. Nós, cristãos, estamos sendo convocados a trabalhar em favor da paz em todo lugar a começar pelo nossos lares, com nossos vizinhos, companheiros de trabalho e de outras atividades, ligando-nos pelo pensamento e sentimento aos habitantes e governantes de nosso país e de todas as demais nações, para que aprendamos a conviver na compreensão e respeito na diversidade de ideias e opiniões, transformando a Terra em um mundo melhor, mais justo e mais prazeroso.

Erasto, discípulo de Paulo fala sobre Santo Agostinho, afirmando ser ele um dos maiores divulgadores do espiritismo, manifestando-se por toda parte, através de médiuns diversos. Assim ele o faz porque, quando encarnado, aos trinta e dois anos de idade, ele "sentiu na própria alma a estranha vibração que o chamava para si mesmo e lhe fez compreender que a felicidade não estava nos prazeres enervantes e fugidios."

Erasto nos apresenta Santo Agostinho como "um dos mais firmes pilares do Evangelho", desde sua conversão na Terra, em agosto do ano 386. Cita, numa demonstração de fé e de previsão do espiritismo, suas palavras, após o desencarne de sua mãe: " Estou certo de que minha mãe virá visitar-me e dar-me os seus conselhos, revelando-me o que nos espera na vida futura." Afirma Erasto que, "vendo chegada a hora de divulgação da verdade, que ele já havia pressentido, faz-se o seu ardente propagador, e se multiplica, por assim dizer, para atender a todos os que o chamam."

Procurou Erasto mostrar-nos a continuidade da vida do Espírito, desenvolvendo-se sempre, num aprendizado constante na busca da verdade maior e continuando na tarefa de divulgar a verdade que apreende, auxiliando seus irmãos na retaguarda, cooperando na obra do Pai.

Na questão 919, do Livro dos Espíritos, Kardec indaga: Qual o meio prático mais eficaz para se melhorar nesta vida e resistir ao arrastamento do mal? E obtive a seguinte resposta: Um sábio da Antiguidade vos disse: “Conhece-te a ti mesmo”. O dever do cristão é se tornar cada vez melhor e no livro dos espíritos, vamos encontrar a seguinte recomendação de Santo Agostinho para conhecer-se a si mesmo:

“Fazei o que eu fazia quando vivi na Terra: no fim de cada dia interrogava a minha consciência. Passava em revista o que havia feito e perguntava a mim mesmo se não tinha faltado ao cumprimento de algum dever. Se ninguém teria tido motivo para se queixar de mim. Foi assim que cheguei a me conhecer e ver o que em mim necessitava de reforma.” "Coloca o teu recipiente de água cristalina à frente de tuas orações e espera e confia." [Emmanuel / Chico Xavier]UM ESPÍRITO ISRAELITA
Mulhouse, 1861


9 – Deus é único, e Moisés o Espírito que Deus enviou com a missão de fazê-lo conhecer, não somente pelos hebreus, mas também pelos povos pagãos. O povo hebreu foi o instrumento de que Deus se serviu para fazer sua revelação, através de Moisés e dos Profetas, e as vicissitudes da vida desse povo foram feitas para chocar os homens e arrancar-lhes dos olhos o véu que lhes ocultava a divindade.

Os mandamentos de Deus, dados por Moisés, trazem o germe da mais ampla moral cristã. Os comentários da Bíblia reduziam-lhes o sentido, porque, postos em ação em toda a sua pureza, não seriam então compreendidos. Mas os Dez Mandamentos de Deus nem por isso deixaram de ser o brilhante frontispício da obra, como um farol que devia iluminar para a humanidade o caminho a percorrer.

A moral ensinada por Moisés era apropriada ao estado de adiantamento em que se encontravam os povos chamados à regeneração. E esses povos, semi-selvagens quanto ao aperfeiçoamento espiritual, não teriam compreendido a adoração de Deus sem os holocaustos ou sacrifícios, nem que se pudesse perdoar a um inimigo. Sua inteligência, notável no tocante às coisas materiais, e mesmo em relação às artes e às ciências, estava muito atrasada em moralidade, e eles não se submeteriam ao domínio de uma religião inteiramente espiritual. Necessitavam de uma representação semimaterial, como a que então lhes oferecia a religião hebraica. Os sacrifícios, pois, lhes falavam aos sentidos, enquanto a ideia de Deus lhes falava ao espírito.

O Cristo foi o iniciador da mais pura moral, a mais sublime: a moral evangélica, cristã, que deve renovar o mundo, aproximar os homens e torná-los fraternos; que deve fazer jorrar de todos os corações humanos a caridade e o amor do próximo, e criar entre todos os homens uma solidariedade comum. Uma moral, enfim, que deve transformar a Terra, fazê-la morada de Espíritos superiores aos que hoje a habitam. É a lei do progresso, a que a natureza está sujeita, que se cumpre, e o Espiritismo é a alavanca de que Deus se serve para elevar a humanidade.

São chegados os tempos em que as ideias morais devem desenvolver-se, para que se realizem os progressos que estão nos desígnios de Deus. Elas devem seguir o mesmo roteiro que as ideias de liberdade seguiram, como suas precursoras. Mas não se pense que esse desenvolvimento se fará sem lutas. Não, porque elas necessitam, para chegar ao amadurecimento, de agitações e discussões, a fim de atraírem a atenção das massas. Uma vez despertada a atenção, a beleza e a santidade da moral tocarão os Espíritos, e eles se dedicarão a uma ciência que lhes traz a chave da vida futura e lhes abre a porta da felicidade eterna. Foi Moisés quem abriu o caminho; Jesus continuou a obra; o Espiritismo a concluirá.



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FÉNELON
Poitiers, 1861


10 – Um dia, Deus em sua inesgotável caridade, permitiu ao homem ver a verdade através das trevas. Esse dia foi o do advento de Cristo. Depois do vivo clarão, as trevas se fecharam de novo. O mundo, após alternativas de verdade e obscuridade, novamente se perdia. Então, semelhantes aos profetas do Antigo Testamento, os Espíritos começaram a falar e a vos advertir. O mundo foi abalado nas suas bases: o trovão ribombará; sedes firmes!

O Espiritismo é de ordem divina, pois repousa sobre as próprias leis da natureza. E crede que tudo o que é de ordem divina tem um objetivo elevado e útil. Vosso mundo se perdia. A ciência, desenvolvida com o sacrifício dos interesses morais, vos conduzia unicamente ao bem estar material, revertendo-se em proveito do espírito das trevas. Vós o sabeis, cristão; o coração e o amor devem marchar unidos à ciência. O Reino do Cristo, ai de nós! após dezoito séculos, e apesar do sangue de tantos mártires, ainda não chegou. Cristãos, voltai para o Mestre que vos quer salvar. Tudo é fácil para aquele que crê e que ama: o amor o enche de gozo inefável. Sim, meus filhos, o mundo está abalado. Os bons Espíritos vo-lo dizem sempre. Curvai-vos o sopro precursor da tempestade, para não serdes derrubados. Quero dizer: preparai-vos e não vos assemelheis às virgens loucas, que foram apanhadas desprevenidas à chegada do esposo.

A revolução que se prepara é mais moral do que material. Os grandes Espíritos, mensageiros divinos, insuflam a fé, para que todos vós, obreiros esclarecidos e ardentes, façais ouvir vossa humilde voz. Porque vós sois o grão de areia, mas sem os grãos de areia não haveria montanhas. Assim, portanto, que estas palavras: “Nós somos pequenos”, não tenha sentido para vós. A cada um a sua missão, a cada um o seu trabalho. A formiga não constrói o seu formigueiro, e animaizinhos insignificantes não formam continentes? A nova cruzada começou: apóstolos da paz universal, e não da guerra, modernos São Bernardos, olhai para frente e marchai! A lei dos mundos é a lei do progresso.

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ERASTRO, discípulo de São Paulo
Paris, 1863


11 – Santo Agostinho é um dos maiores divulgadores do Espiritismo. Ele se manifesta por quase toda parte, e a razão disso a encontramos na vida desse grande filósofo cristão. Pertencem a essa vigorosa falange dos Pais da Igreja, a que a Cristandade devem as suas mais sólidas bases. Como muitos, ele foi arrancado ao paganismo, ou melhor diremos, a mais profunda impiedade, pelo clarão da verdade. Quanto, em meio de seus desregramentos, ele sentiu na própria alma a estranha vibração que o chamava para si mesmo e lhe fez compreender que a felicidade não estava nos prazeres enervantes e fugidos; quando, enfim, na sua Estrada de Damasco, ele também ouviu a santa voz que lhe clamava: “Saulo, Saulo, por que me persegues?”; exclamou: “Meu Deus! Meu Deus, perdoa-me, eu creio, sou cristão!” E desde então se tornou um dos mais firmes pilares do Evangelho. Podemos ler, nas notáveis confissões desse eminente Espírito, as palavras características e proféticas, ao mesmo tempo, que ele pronunciou ao ter perdido Santa Mônica. “Estou certo de que minha mãe virá visitar-me e dar-me o seu conselho, revelando-me o que nos espera na vida futura”. Que lição nestas palavras, e que brilhante previsão da futura doutrina! É por isso que hoje, vendo chegada a hora de divulgação da verdade, que ele já havia pressentido, faz-se o seu ardente propagador, e se multiplica, por assim dizer, para atender a todos os que o chamam.



NOTA – Santo Agostinho vem, por acaso, modificar aquilo que ensinou? Não, seguramente, mas como tantos outros, ele vê com os olhos do espírito o que não podia ver como homem. Sua alma liberta percebe claridade nova, e compreende o que antes não compreendia. Novas idéias lhe revelaram o verdadeiro sentido de certas palavras. Quando na terra, julgava as coisas segundo os conhecimentos que possuía, mas, quando uma nova luz se fez para ele, pode julgá-las com maior clareza. É assim que ele deve revisar sua crença referente aos espíritos íncubos e súcubos, bem como o anátema que havia lançado contra a teoria dos antípodas. Agora, que o Cristianismo lhe aparece em toda a sua pureza, ele pode, sobre certos pontos, pensar de maneira diversa de quando vivia, sem deixar de ser o apóstolo cristão. Pode, sem renegar a sua fé, fazer-se o propagador do Espiritismo, porque nele vê o cumprimento das predições. Ao proclamá-lo, hoje, nada mais faz do que conduzir-nos a uma interpretação mais sã e mais lógica dos textos. Assim também acontece com outros Espíritos, que se encontram numa posição semelhante.Com nossos pensamentos e sentimentos harmonizados vamos nos elevando até Nosso Pai pedindo que ampare nosso propósito de servir, para que possamos em Seu Nome auxiliarmos e sermos auxiliados;

Vamos agradecendo a Jesus e rogando o seu amparo e proteção a todos os Países, especialmente por aqueles que estão passando pela pandemia do corona vírus, também por todos os que estão sofrendo por guerras, atentados e tantas tribulações, que a Paz se estabeleça entre todos os povos.

Vibramos e oramos por todos os enfermos que se encontram em um leito de dor, nos hospitais, nos asilos, em suas próprias casas ou pelas ruas. Suaviza Senhor, as dores de cada um deles, sê possível, Dê-lhes a cura.

Rogamos Mestre para que através de Tua Luz, todos os que se acham perdidos, que se encontram nos vícios, que sentem solidão, que estão em depressão, desconsolados e desamparados de si mesmos, possam encontrar a Paz e o caminho para sua recuperação, que possam voltar a ter e a sentir a alegria de viver.

Rogamos para que a Proteção Divina se estenda por todos os lares, ao nosso também, que haja sempre: respeito, harmonia e amor entre os familiares.

Abençoe e Proteja nossas Casas Espíritas e todos os colaborados, aos assistidos e também a todos os líderes religiosos, para continuarem acolhendo e levando os Teus ensinamentos a todos os seres.

Rogamos Senhor, pelos pobres e estropiados, do corpo e da alma, por nós inclusive, que também necessitamos de correção e progresso, para que tenhamos olhos de ver e ouvidos para ouvir, compreendendo assim os valores espirituais e assimilando os Teus ensinamentos.

Que, os benfeitores espirituais, fluidifiquem nossas as águas com o bálsamo que alivia as dores, com o remédio salutar que ameniza todos os males físicos, mentais e espirituais, que cada um receba de acordo com seu merecimento e suas necessidades.

Que Vossa doce e suave influência, Mestre querido, penetre em nossas almas e nos faça enxergar sempre a estrada do bem.

Que possamos compreender que somos todos irmãos e que a compreensão e o amor devem fazer parte de nossos dias.

Que Teu Evangelho seja roteiro de nossas vidas e, que seja sempre nossa companhia, dando-nos bom ânimo e alegria de viver.

Que assim seja. Paz e Bem!