Estudo:
Capítulo 10 – BEM-AVENTURADOS OS MISERICORDIOSOS – INSTRUÇÕES DOS ESPÍRITOS: II – A INDULGÊNCIA – ITENS 16 a 18.
“Espíritas, não vos olvideis de que, tanto em palavras como em atos, o perdão das injúrias nunca deve reduzir-se a uma expressão vazia. Se vos dizeis espíritas, sede-o de fato...” – Simeão. (Cap. X – item 14 - ESE). Capítulo 10 – BEM-AVENTURADOS OS MISERICORDIOSOS – INSTRUÇÕES DOS ESPÍRITOS: II – A INDULGÊNCIA – ITENS 16 a 18.Que a Paz de Jesus permeie nossos corações hoje e sempre.
Jesus Amigo, neste momento, rogamos para que renove nossas esperanças, para que a cada dia estejamos mais fortalecidos no Teu Amor, na Tua bondade e compreensão.
Mostra-nos Senhor Tua Luz a nos guiar quando nos encontrarmos perdidos pelos caminhos dos desentendimentos.
Abençoa nossos passos, inspira-nos a compreensão, principalmente neste momento em que estamos reunidos para o estudo do Teu Evangelho de Luz.
Envolva-nos em Teu Amor, permitindo a presença de nossos mentores e benfeitores espirituais a nos auxiliarem o entendimento da lição de hoje e principalmente, a aplicá-las em nosso dia a dia.
Em Teu nome Mestre Jesus, com Tua proteção e amparo, mas acima de tudo, em nome de Deus, nosso Pai de Amor e Bondade, iniciamos os estudos de hoje.
Permaneça conosco Senhor,
Que assim seja! INDULGÊNCIA PERMANENTE Escasseia, cada vez mais, no comportamento humano, a indulgência.
Relevante para o êxito da criatura em si mesma e em relação ao próximo, pragmatismo negativo dos interesses imediatos vem, a pouco e pouco, desacreditando-a, deixando-a à margem.
Sem a indulgência no lar, diante das atitudes infelizes dos familiares ou em referência aos seus equívocos, instala-se a malquerença; na oficina de atividades comerciais, produz a desconfiança; no trato social propicia o desconforto moral e responde pela competição destrutiva...
Tentando substituí-la, as criaturas imprevidentes colocam nos lábios a mordacidade no trato com o semelhante, a falsa superioridade, a ofensa frequente, a hipocrisia em arremedos de tolerância.
A indulgência para com as faltas alheias é a perfeita compreensão da própria fragilidade, a refletir-se no erro de outrem, entendendo que todos necessitam de oportunidade para recuperar-se, e facultando-a sem assumir rígido comportamento de censor ou injustificável postura de benfeitor.
A indulgência é um sentimento de humanidade que vige em todas as pessoas, aguardando desdobramento e vitalidade que somente o esforço de cada qual logra realizar.
É calma e natural, fraterna e gentil, brotando como linfa cristalina al alcance do sedento.
Generosa, não guarda qualquer ressentimento, olvidando as ofensas a benefício do próprio agressor.
A indulgência é um ato de amor que se expande e de caridade que se realiza.
Mede-se a conquista moral de um homem pelo grau de indulgência que possui em relação aos limites e erros alheios.
Ninguém que jornadeie, no mundo, sem errar e que, por sua vez, não necessite da indulgência daqueles a quem magoa ou contra os quais se levanta.
A indulgência pacifica o infrator, auxiliando-o a crescer em espírito e abre áreas de simpatia naquele que a proporciona.
Virtude do sentimento, a indulgência revela sabedoria da razão.
Agredido pela ignorância do poviléu, ou pela astúcia farisaica, ou pela covardia dos amigos, ou pela pusilanimidade de Pilatos, Jesus foi indulgente para com todos, não obstante jamais houvesse recebido ou necessitasse da indulgência de quem quer que fosse.
Lecionando o amor, toda a Sua vida é um hino à indulgência e uma oportunidade de redenção ao equivocado.
Sê, pois, tu também, indulgente em relação ao teu próximo, quão necessitado te encontras da indulgência dos outros assim como da Vida.
Do livro "Viver e Amar", Joanna de Ângelis/Divaldo P. Franco.Capítulo 10 – BEM-AVENTURADOS OS MISERICORDIOSOS – INSTRUÇÕES DOS ESPÍRITOS: II – A INDULGÊNCIA – ITENS 16 a 18.JOSÉ, Espírito Protetor, Bordeaux, 1863
16 – Espíritas, queremos hoje vos falar da indulgência, esse sentimento tão doce, tão fraternal, que todo homem deve ter para com os seus irmãos, mas que tão poucos praticam. A indulgência não vê os defeitos alheios, e se os vê, evita comentá-los e divulgá-los. Oculta-os, pelo contrário, evitando que se propaguem, e se a malevolência os descobre, tem sempre uma desculpa à mão para os disfarçar, mas uma desculpa plausível, séria, e não daquelas que, fingindo atenuar a falta, a fazem ressaltar com pérfida astúcia.
A indulgência jamais se preocupa com os maus atos alheios, a menos que seja para prestar um serviço, mas ainda assim com o cuidado de os atenuar tanto quanto possível. Não faz observações chocantes, nem traz censuras nos lábios, mas apenas conselhos, quase sempre velados. Quando criticais, que dedução se deve tirar das vossas palavras? A de que vós, que censurais, não praticastes o que condenais, e valeis mais do que o culpado. Oh, homens! Quando passareis a julgar os vossos próprios corações, os vossos próprios pensamentos e os vossos próprios atos, sem vos ocupardes do que fazem os vossos irmãos? Quando fitareis os vossos olhos severos somente sobre vós mesmos?
Sede, pois, severos convosco e indulgentes para com os outros. Pensai naquele que julga em última instância, que vê os secretos pensamentos de cada coração, e que, em consequência, desculpa frequentemente as faltas que condenais, ou condena as que desculpais, porque conhece o móvel de todas as ações. Pensai que vós, que clamais tão alto: “anátema!” talvez tenhais cometido faltas mais graves.
Sede indulgentes meus amigos, porque a indulgência atrai, acalma, corrige, enquanto o rigor desalenta, afasta e irrita.
JOÃO, Bispo de Bordeaux, 1862
17 – Sede indulgentes para as faltas alheias, quaisquer que sejam; não julgueis com severidade senão as vossas próprias ações e o Senhor usará de indulgência para convosco, como usastes para com os outros.
Sustentai os fortes: estimulai-os à perseverança; fortificai os fracos, mostrando-lhes a bondade de Deus, que leva em conta o menor arrependimento; mostrai a todos o anjo da contrição, estendendo suas brancas asas sobre as faltas humanas, e assim ocultando-as aos olhos daqueles que não podem ver o que é impuro. Compreendei toda a misericórdia infinita de vosso Pai, e nunca vos esqueçais de lhe dizer em pensamento, mas sobretudo pelas vossas ações: “Perdoai as nossas ofensas, como perdoamos aos nossos ofensores”. Compreendi bem o valor destas sublimes palavras; pois não são admiráveis apenas pela letra, mas também pelo espírito que elas encerram.
Que solicitais ao Senhor quando lhe pedis perdão? Somente o esquecimento de vossas faltas? Esquecimento de que nada vos deixas, pois se Deus se contentasse de esquecer as vossas faltas, não vos puniria, mas também não vos recompensaria. A recompensa não pode ser pelo bem que não fez, e menos ainda pelo mal que se tenha feito, mesmo que esse mal fosse esquecido. Pedindo perdão para as vossas transgressões, pedis o favor de sua graça, para não cairdes de novo, e a força necessária para entrardes numa nova senda, numa senda de submissão e de amor, na qual podereis juntar a reparação ao arrependimento.
Quando perdoardes os vossos irmãos, não vos contenteis com estender o véu do esquecimento sobre as suas faltas. Esse véu é quase sempre muito transparente aos vossos olhos. Acrescentai o amor ao vosso perdão, fazendo por ele o que pedis a vosso Pai Celeste que faça por vós. Substituí a cólera que mancha, pelo amor que purifica. Pregai pelo exemplo essa caridade ativa, infatigável, que Jesus vos ensinou. Pregai-a como ele mesmo o fez por todo o tempo em que viveu na Terra, visível para os olhos do corpo, e como ainda prega, sem cessar, depois que se fez visível apenas para os olhos do espírito. Segui esse divino modelo, marchai sobre as suas pegadas: elas vos conduzirão ao refúgio onde encontrareis o descanso após a luta. Como ele, tomai a vossa cruz e subi penosamente, mas corajosamente, o vosso calvário: no seu cume está a glorificação.
DUFÉTRE, Bispo de Nevers, Bordeaux
18 – Queridos amigos, sede severos para vós mesmos e indulgentes para as fraquezas alheias. Essa é também uma forma de praticar a santa caridade, que bem poucos observam. Todos vós tendes más tendências a vencer, defeitos a corrigir, hábitos a modificar. Todos vós tendes um fardo mais ou menos pesado que alijar, para subir ao cume da montanha do progresso. Por que, pois, ser tão clarividentes quando se trata do próximo, e tão cegos quando se trata de vós mesmos? Quando deixareis de notar, no olho de vosso irmão, um argueiro que o fere, sem perceber a trave que vos cega e vos faz caminhar de queda em queda? Crede nos Espíritos, vossos irmãos. Todo homem bastante orgulhoso para se julgar superior, em virtudes e méritos, aos seus irmãos encarnados, é insensato e culpado e Deus o castigará, no dia da sua justiça. O verdadeiro caráter da caridade é a modéstia e a humildade, e consiste em não se verem superficialmente os defeitos alheios, mas em se procurar destacar o que há de bom e virtuoso no próximo. Porque, se o coração humano é um abismo de corrupção, existem sempre, nos seus mais ocultos refolhos, os germes de alguns bons sentimentos, centelhas ardentes da essência espiritual.
Espiritismo, doutrina consoladora e bendita, felizes os que te conhecem e empregam proveitosamente os salutares ensinos dos Espíritos do Senhor! Para esses, o ensino é claro, e ao longo de todo o caminho eles podem ler estas palavras, que lhes indicam a maneira de atingir o alvo: caridade prática, caridade para o próximo como para si mesmo. Em uma palavra, caridade para com todos e amor de Deus sobre todas as coisas, porque o amor de Deus resume todos os deveres, e porque é impossível amar a Deus sem praticar a caridade, da qual Ele faz uma lei para todas as criaturas. “Espíritas, queremos hoje falar-vos da indulgência, esse sentimento tão doce, tão fraternal, que todo homem deve ter para com seus irmãos, mas que tão poucos praticam.”
Com essas palavras, inicia José, Espírito Protetor, sua sublime mensagem sobre a indulgência, sentimento que leva o homem a perdoar culpas, usar de clemência, ter misericórdia, ser tolerantes com as atitudes que lhe pareçam estranhas ou são negativas.
O Espírito Protetor se dirige diretamente a nós, Espíritas, que estamos estudando a doutrina, praticando seus ensinamentos.
Ele, o benfeitor, nos alerta neste item sobre a necessidade de não julgarmos os defeitos alheios, de sermos tolerantes uns com os outros.
O antônimo de indulgência é a malevolência, que nos leva a perceber as falhas alheias, criticá-las e pior ainda, comentá-las e julgá-las.
Já o Bispo João em sua mensagem vem nos lembrar da necessidade do perdão, nos lembra de nossas próprias palavras tantas vezes repetidas mecanicamente na oração do PAI NOSSO quando afirmamos: “Perdoai as nossas ofensas, como perdoamos aos nossos ofensores”.
E, o Benfeitor Bispo Dufétre, nos recomenda: “[...], Sede severos convosco, indulgentes para com as fraquezas dos outros.”
Em outras palavras, o Bispo nos recomenda a vigilância. Vigilância sobre os nossos atos, nossos pensamentos.
Precisamos deixar de sermos tão clarividente em relação aos defeitos dos outros e completamente cegos em relação a nós mesmos. Enquanto não nos libertarmos do hábito de destacar as imperfeições alheias, por muito que façamos em atividades de beneficência, não estamos sendo caridosos, estamos amparando necessitados, mas não estamos aproveitando essas atividades para nossa transformação moral, visto que estamos sendo malévolos para com nossos irmãos e orgulhosos em não vermos ou camuflarmos as nossas próprias mazelas.
Pensemos nisto!
Obs.: Ver questão 886 de O Livro dos Espíritos. "Coloca o teu recipiente de água cristalina à frente de tuas orações e espera e confia." [Emmanuel / Chico Xavier]JOSÉ, Espírito Protetor, Bordeaux, 1863
16 – Espíritas, queremos hoje vos falar da indulgência, esse sentimento tão doce, tão fraternal, que todo homem deve ter para com os seus irmãos, mas que tão poucos praticam. A indulgência não vê os defeitos alheios, e se os vê, evita comentá-los e divulgá-los. Oculta-os, pelo contrário, evitando que se propaguem, e se a malevolência os descobre, tem sempre uma desculpa à mão para os disfarçar, mas uma desculpa plausível, séria, e não daquelas que, fingindo atenuar a falta, a fazem ressaltar com pérfida astúcia.
A indulgência jamais se preocupa com os maus atos alheios, a menos que seja para prestar um serviço, mas ainda assim com o cuidado de os atenuar tanto quanto possível. Não faz observações chocantes, nem traz censuras nos lábios, mas apenas conselhos, quase sempre velados. Quando criticais, que dedução se deve tirar das vossas palavras? A de que vós, que censurais, não praticastes o que condenais, e valeis mais do que o culpado. Oh, homens! Quando passareis a julgar os vossos próprios corações, os vossos próprios pensamentos e os vossos próprios atos, sem vos ocupardes do que fazem os vossos irmãos? Quando fitareis os vossos olhos severos somente sobre vós mesmos?
Sede, pois, severos convosco e indulgentes para com os outros. Pensai naquele que julga em última instância, que vê os secretos pensamentos de cada coração, e que, em consequência, desculpa frequentemente as faltas que condenais, ou condena as que desculpais, porque conhece o móvel de todas as ações. Pensai que vós, que clamais tão alto: “anátema!” talvez tenhais cometido faltas mais graves.
Sede indulgentes meus amigos, porque a indulgência atrai, acalma, corrige, enquanto o rigor desalenta, afasta e irrita.
JOÃO, Bispo de Bordeaux, 1862
17 – Sede indulgentes para as faltas alheias, quaisquer que sejam; não julgueis com severidade senão as vossas próprias ações e o Senhor usará de indulgência para convosco, como usastes para com os outros.
Sustentai os fortes: estimulai-os à perseverança; fortificai os fracos, mostrando-lhes a bondade de Deus, que leva em conta o menor arrependimento; mostrai a todos o anjo da contrição, estendendo suas brancas asas sobre as faltas humanas, e assim ocultando-as aos olhos daqueles que não podem ver o que é impuro. Compreendei toda a misericórdia infinita de vosso Pai, e nunca vos esqueçais de lhe dizer em pensamento, mas sobretudo pelas vossas ações: “Perdoai as nossas ofensas, como perdoamos aos nossos ofensores”. Compreendi bem o valor destas sublimes palavras; pois não são admiráveis apenas pela letra, mas também pelo espírito que elas encerram.
Que solicitais ao Senhor quando lhe pedis perdão? Somente o esquecimento de vossas faltas? Esquecimento de que nada vos deixas, pois se Deus se contentasse de esquecer as vossas faltas, não vos puniria, mas também não vos recompensaria. A recompensa não pode ser pelo bem que não fez, e menos ainda pelo mal que se tenha feito, mesmo que esse mal fosse esquecido. Pedindo perdão para as vossas transgressões, pedis o favor de sua graça, para não cairdes de novo, e a força necessária para entrardes numa nova senda, numa senda de submissão e de amor, na qual podereis juntar a reparação ao arrependimento.
Quando perdoardes os vossos irmãos, não vos contenteis com estender o véu do esquecimento sobre as suas faltas. Esse véu é quase sempre muito transparente aos vossos olhos. Acrescentai o amor ao vosso perdão, fazendo por ele o que pedis a vosso Pai Celeste que faça por vós. Substituí a cólera que mancha, pelo amor que purifica. Pregai pelo exemplo essa caridade ativa, infatigável, que Jesus vos ensinou. Pregai-a como ele mesmo o fez por todo o tempo em que viveu na Terra, visível para os olhos do corpo, e como ainda prega, sem cessar, depois que se fez visível apenas para os olhos do espírito. Segui esse divino modelo, marchai sobre as suas pegadas: elas vos conduzirão ao refúgio onde encontrareis o descanso após a luta. Como ele, tomai a vossa cruz e subi penosamente, mas corajosamente, o vosso calvário: no seu cume está a glorificação.
DUFÉTRE, Bispo de Nevers, Bordeaux
18 – Queridos amigos, sede severos para vós mesmos e indulgentes para as fraquezas alheias. Essa é também uma forma de praticar a santa caridade, que bem poucos observam. Todos vós tendes más tendências a vencer, defeitos a corrigir, hábitos a modificar. Todos vós tendes um fardo mais ou menos pesado que alijar, para subir ao cume da montanha do progresso. Por que, pois, ser tão clarividentes quando se trata do próximo, e tão cegos quando se trata de vós mesmos? Quando deixareis de notar, no olho de vosso irmão, um argueiro que o fere, sem perceber a trave que vos cega e vos faz caminhar de queda em queda? Crede nos Espíritos, vossos irmãos. Todo homem bastante orgulhoso para se julgar superior, em virtudes e méritos, aos seus irmãos encarnados, é insensato e culpado e Deus o castigará, no dia da sua justiça. O verdadeiro caráter da caridade é a modéstia e a humildade, e consiste em não se verem superficialmente os defeitos alheios, mas em se procurar destacar o que há de bom e virtuoso no próximo. Porque, se o coração humano é um abismo de corrupção, existem sempre, nos seus mais ocultos refolhos, os germes de alguns bons sentimentos, centelhas ardentes da essência espiritual.
Espiritismo, doutrina consoladora e bendita, felizes os que te conhecem e empregam proveitosamente os salutares ensinos dos Espíritos do Senhor! Para esses, o ensino é claro, e ao longo de todo o caminho eles podem ler estas palavras, que lhes indicam a maneira de atingir o alvo: caridade prática, caridade para o próximo como para si mesmo. Em uma palavra, caridade para com todos e amor de Deus sobre todas as coisas, porque o amor de Deus resume todos os deveres, e porque é impossível amar a Deus sem praticar a caridade, da qual Ele faz uma lei para todas as criaturas. Agradecidos por estes momentos de reflexões e aprendizado, com nossos pensamentos elevados, vamos nos doar em benefício daqueles que estão mais necessitados e por nós mesmos, criaturas que ainda somos tão necessitados:
*Senhor Deus, Pai de todos os que choram, busco-Te hoje em favor daqueles que sofrem e se desesperam diante das vicissitudes da vida.
Por todos aqueles meus irmãos que estão nas ruas e que passam fome, sede, frio, medo, abandono.
Rogo Senhor, que os mantenhas sob Tua proteção, mas olha também por mim que nada ou pouco fiz para auxiliá-los em suas necessidades maiores.
Rogo Teu bálsamo Senhor, a todos os enfermos, que, em suas casas ou nos hospitais, tanto necessitam de um lenitivo e sê possível a cura para os seus sofrimentos.
Mas volta-Te Senhor, ainda para mim que, servindo-me da desculpa da falta de tempo, nunca os fui visitar e levar o consolo de uma presença amiga.
Bondoso Pai, rogo que olhes por todas as crianças e idosos abandonados, imersos em sua solidão e carentes de atenção, de carinho, de amor. Entretanto, volta igualmente os Teus olhos a mim, que, egoísta, nunca doei a eles um pouco do meu tempo, da minha dedicação e do meu interesse.
Peço ainda a Tua infinita misericórdia em favor de todos aqueles irmãos que estagiam no mal, no mundo da violência e das drogas, que sofrem as consequências de suas más escolhas.
Porém, rogo antes por mim que, muitas vezes, sem poder ou querer ajudá-los, ainda os julguei, colocando-me em patamar superior e esquecendo-me de que, de uma forma ou de outra, todos ocorremos em erros durante o caminho que nos leva à perfeição.
Suplico ainda, Tua consolação aos que perderam o sentido da vida, a vontade de viver, a esperança de um amanhã melhor, a fé que fortalece e dá coragem, os depressivos.
Todavia, olha do mesmo modo por mim que, bebendo diariamente em Tua fonte de consolação, não fui capaz de oferecer minha mão amiga àqueles que dela necessitavam.
Assim sendo, ilumina-me, Bondoso Pai, pois sou o mais necessitado de todos. Tenho o alimento e não o compartilho. Tenho a água e a coberta e não mato nem a sede e nem o frio do meu semelhante.
Disponho das condições materiais e não as utilizo em benefício dos menos favorecidos. Tenho a oportunidade diária de gerar modificações em tudo à minha volta e entrego-me a reclamações e dissabores desnecessários.
Olha por mim, meu Deus, que tenho o suficiente e sou pobre, que tenho saúde e sou enfermo, que tenho conhecimento do bem e não o prático, que digo ter fé e vacilo, que tenho luz e não enxergo.
Olha por mim... estendendo Tuas Mãos Misericordiosas e restaurando a fé, a vontade de viver, a esperança, a energia.
Olha por mim... fluidificando as águas de meu lar, fonte de Tuas bênçãos.
Olha por mim...como o filho pródigo que se arrependeu e está de volta aos seus braços.
Obrigada Senhor por estes momentos de Paz, Ensinamentos, Reflexões e Preces.
Que a Tua Paz permanece sempre entre nós.
Que assim seja. Paz e Bem.
Jesus Amigo, neste momento, rogamos para que renove nossas esperanças, para que a cada dia estejamos mais fortalecidos no Teu Amor, na Tua bondade e compreensão.
Mostra-nos Senhor Tua Luz a nos guiar quando nos encontrarmos perdidos pelos caminhos dos desentendimentos.
Abençoa nossos passos, inspira-nos a compreensão, principalmente neste momento em que estamos reunidos para o estudo do Teu Evangelho de Luz.
Envolva-nos em Teu Amor, permitindo a presença de nossos mentores e benfeitores espirituais a nos auxiliarem o entendimento da lição de hoje e principalmente, a aplicá-las em nosso dia a dia.
Em Teu nome Mestre Jesus, com Tua proteção e amparo, mas acima de tudo, em nome de Deus, nosso Pai de Amor e Bondade, iniciamos os estudos de hoje.
Permaneça conosco Senhor,
Que assim seja! INDULGÊNCIA PERMANENTE Escasseia, cada vez mais, no comportamento humano, a indulgência.
Relevante para o êxito da criatura em si mesma e em relação ao próximo, pragmatismo negativo dos interesses imediatos vem, a pouco e pouco, desacreditando-a, deixando-a à margem.
Sem a indulgência no lar, diante das atitudes infelizes dos familiares ou em referência aos seus equívocos, instala-se a malquerença; na oficina de atividades comerciais, produz a desconfiança; no trato social propicia o desconforto moral e responde pela competição destrutiva...
Tentando substituí-la, as criaturas imprevidentes colocam nos lábios a mordacidade no trato com o semelhante, a falsa superioridade, a ofensa frequente, a hipocrisia em arremedos de tolerância.
A indulgência para com as faltas alheias é a perfeita compreensão da própria fragilidade, a refletir-se no erro de outrem, entendendo que todos necessitam de oportunidade para recuperar-se, e facultando-a sem assumir rígido comportamento de censor ou injustificável postura de benfeitor.
A indulgência é um sentimento de humanidade que vige em todas as pessoas, aguardando desdobramento e vitalidade que somente o esforço de cada qual logra realizar.
É calma e natural, fraterna e gentil, brotando como linfa cristalina al alcance do sedento.
Generosa, não guarda qualquer ressentimento, olvidando as ofensas a benefício do próprio agressor.
A indulgência é um ato de amor que se expande e de caridade que se realiza.
Mede-se a conquista moral de um homem pelo grau de indulgência que possui em relação aos limites e erros alheios.
Ninguém que jornadeie, no mundo, sem errar e que, por sua vez, não necessite da indulgência daqueles a quem magoa ou contra os quais se levanta.
A indulgência pacifica o infrator, auxiliando-o a crescer em espírito e abre áreas de simpatia naquele que a proporciona.
Virtude do sentimento, a indulgência revela sabedoria da razão.
Agredido pela ignorância do poviléu, ou pela astúcia farisaica, ou pela covardia dos amigos, ou pela pusilanimidade de Pilatos, Jesus foi indulgente para com todos, não obstante jamais houvesse recebido ou necessitasse da indulgência de quem quer que fosse.
Lecionando o amor, toda a Sua vida é um hino à indulgência e uma oportunidade de redenção ao equivocado.
Sê, pois, tu também, indulgente em relação ao teu próximo, quão necessitado te encontras da indulgência dos outros assim como da Vida.
Do livro "Viver e Amar", Joanna de Ângelis/Divaldo P. Franco.Capítulo 10 – BEM-AVENTURADOS OS MISERICORDIOSOS – INSTRUÇÕES DOS ESPÍRITOS: II – A INDULGÊNCIA – ITENS 16 a 18.JOSÉ, Espírito Protetor, Bordeaux, 1863
16 – Espíritas, queremos hoje vos falar da indulgência, esse sentimento tão doce, tão fraternal, que todo homem deve ter para com os seus irmãos, mas que tão poucos praticam. A indulgência não vê os defeitos alheios, e se os vê, evita comentá-los e divulgá-los. Oculta-os, pelo contrário, evitando que se propaguem, e se a malevolência os descobre, tem sempre uma desculpa à mão para os disfarçar, mas uma desculpa plausível, séria, e não daquelas que, fingindo atenuar a falta, a fazem ressaltar com pérfida astúcia.
A indulgência jamais se preocupa com os maus atos alheios, a menos que seja para prestar um serviço, mas ainda assim com o cuidado de os atenuar tanto quanto possível. Não faz observações chocantes, nem traz censuras nos lábios, mas apenas conselhos, quase sempre velados. Quando criticais, que dedução se deve tirar das vossas palavras? A de que vós, que censurais, não praticastes o que condenais, e valeis mais do que o culpado. Oh, homens! Quando passareis a julgar os vossos próprios corações, os vossos próprios pensamentos e os vossos próprios atos, sem vos ocupardes do que fazem os vossos irmãos? Quando fitareis os vossos olhos severos somente sobre vós mesmos?
Sede, pois, severos convosco e indulgentes para com os outros. Pensai naquele que julga em última instância, que vê os secretos pensamentos de cada coração, e que, em consequência, desculpa frequentemente as faltas que condenais, ou condena as que desculpais, porque conhece o móvel de todas as ações. Pensai que vós, que clamais tão alto: “anátema!” talvez tenhais cometido faltas mais graves.
Sede indulgentes meus amigos, porque a indulgência atrai, acalma, corrige, enquanto o rigor desalenta, afasta e irrita.
JOÃO, Bispo de Bordeaux, 1862
17 – Sede indulgentes para as faltas alheias, quaisquer que sejam; não julgueis com severidade senão as vossas próprias ações e o Senhor usará de indulgência para convosco, como usastes para com os outros.
Sustentai os fortes: estimulai-os à perseverança; fortificai os fracos, mostrando-lhes a bondade de Deus, que leva em conta o menor arrependimento; mostrai a todos o anjo da contrição, estendendo suas brancas asas sobre as faltas humanas, e assim ocultando-as aos olhos daqueles que não podem ver o que é impuro. Compreendei toda a misericórdia infinita de vosso Pai, e nunca vos esqueçais de lhe dizer em pensamento, mas sobretudo pelas vossas ações: “Perdoai as nossas ofensas, como perdoamos aos nossos ofensores”. Compreendi bem o valor destas sublimes palavras; pois não são admiráveis apenas pela letra, mas também pelo espírito que elas encerram.
Que solicitais ao Senhor quando lhe pedis perdão? Somente o esquecimento de vossas faltas? Esquecimento de que nada vos deixas, pois se Deus se contentasse de esquecer as vossas faltas, não vos puniria, mas também não vos recompensaria. A recompensa não pode ser pelo bem que não fez, e menos ainda pelo mal que se tenha feito, mesmo que esse mal fosse esquecido. Pedindo perdão para as vossas transgressões, pedis o favor de sua graça, para não cairdes de novo, e a força necessária para entrardes numa nova senda, numa senda de submissão e de amor, na qual podereis juntar a reparação ao arrependimento.
Quando perdoardes os vossos irmãos, não vos contenteis com estender o véu do esquecimento sobre as suas faltas. Esse véu é quase sempre muito transparente aos vossos olhos. Acrescentai o amor ao vosso perdão, fazendo por ele o que pedis a vosso Pai Celeste que faça por vós. Substituí a cólera que mancha, pelo amor que purifica. Pregai pelo exemplo essa caridade ativa, infatigável, que Jesus vos ensinou. Pregai-a como ele mesmo o fez por todo o tempo em que viveu na Terra, visível para os olhos do corpo, e como ainda prega, sem cessar, depois que se fez visível apenas para os olhos do espírito. Segui esse divino modelo, marchai sobre as suas pegadas: elas vos conduzirão ao refúgio onde encontrareis o descanso após a luta. Como ele, tomai a vossa cruz e subi penosamente, mas corajosamente, o vosso calvário: no seu cume está a glorificação.
DUFÉTRE, Bispo de Nevers, Bordeaux
18 – Queridos amigos, sede severos para vós mesmos e indulgentes para as fraquezas alheias. Essa é também uma forma de praticar a santa caridade, que bem poucos observam. Todos vós tendes más tendências a vencer, defeitos a corrigir, hábitos a modificar. Todos vós tendes um fardo mais ou menos pesado que alijar, para subir ao cume da montanha do progresso. Por que, pois, ser tão clarividentes quando se trata do próximo, e tão cegos quando se trata de vós mesmos? Quando deixareis de notar, no olho de vosso irmão, um argueiro que o fere, sem perceber a trave que vos cega e vos faz caminhar de queda em queda? Crede nos Espíritos, vossos irmãos. Todo homem bastante orgulhoso para se julgar superior, em virtudes e méritos, aos seus irmãos encarnados, é insensato e culpado e Deus o castigará, no dia da sua justiça. O verdadeiro caráter da caridade é a modéstia e a humildade, e consiste em não se verem superficialmente os defeitos alheios, mas em se procurar destacar o que há de bom e virtuoso no próximo. Porque, se o coração humano é um abismo de corrupção, existem sempre, nos seus mais ocultos refolhos, os germes de alguns bons sentimentos, centelhas ardentes da essência espiritual.
Espiritismo, doutrina consoladora e bendita, felizes os que te conhecem e empregam proveitosamente os salutares ensinos dos Espíritos do Senhor! Para esses, o ensino é claro, e ao longo de todo o caminho eles podem ler estas palavras, que lhes indicam a maneira de atingir o alvo: caridade prática, caridade para o próximo como para si mesmo. Em uma palavra, caridade para com todos e amor de Deus sobre todas as coisas, porque o amor de Deus resume todos os deveres, e porque é impossível amar a Deus sem praticar a caridade, da qual Ele faz uma lei para todas as criaturas. “Espíritas, queremos hoje falar-vos da indulgência, esse sentimento tão doce, tão fraternal, que todo homem deve ter para com seus irmãos, mas que tão poucos praticam.”
Com essas palavras, inicia José, Espírito Protetor, sua sublime mensagem sobre a indulgência, sentimento que leva o homem a perdoar culpas, usar de clemência, ter misericórdia, ser tolerantes com as atitudes que lhe pareçam estranhas ou são negativas.
O Espírito Protetor se dirige diretamente a nós, Espíritas, que estamos estudando a doutrina, praticando seus ensinamentos.
Ele, o benfeitor, nos alerta neste item sobre a necessidade de não julgarmos os defeitos alheios, de sermos tolerantes uns com os outros.
O antônimo de indulgência é a malevolência, que nos leva a perceber as falhas alheias, criticá-las e pior ainda, comentá-las e julgá-las.
Já o Bispo João em sua mensagem vem nos lembrar da necessidade do perdão, nos lembra de nossas próprias palavras tantas vezes repetidas mecanicamente na oração do PAI NOSSO quando afirmamos: “Perdoai as nossas ofensas, como perdoamos aos nossos ofensores”.
E, o Benfeitor Bispo Dufétre, nos recomenda: “[...], Sede severos convosco, indulgentes para com as fraquezas dos outros.”
Em outras palavras, o Bispo nos recomenda a vigilância. Vigilância sobre os nossos atos, nossos pensamentos.
Precisamos deixar de sermos tão clarividente em relação aos defeitos dos outros e completamente cegos em relação a nós mesmos. Enquanto não nos libertarmos do hábito de destacar as imperfeições alheias, por muito que façamos em atividades de beneficência, não estamos sendo caridosos, estamos amparando necessitados, mas não estamos aproveitando essas atividades para nossa transformação moral, visto que estamos sendo malévolos para com nossos irmãos e orgulhosos em não vermos ou camuflarmos as nossas próprias mazelas.
Pensemos nisto!
Obs.: Ver questão 886 de O Livro dos Espíritos. "Coloca o teu recipiente de água cristalina à frente de tuas orações e espera e confia." [Emmanuel / Chico Xavier]JOSÉ, Espírito Protetor, Bordeaux, 1863
16 – Espíritas, queremos hoje vos falar da indulgência, esse sentimento tão doce, tão fraternal, que todo homem deve ter para com os seus irmãos, mas que tão poucos praticam. A indulgência não vê os defeitos alheios, e se os vê, evita comentá-los e divulgá-los. Oculta-os, pelo contrário, evitando que se propaguem, e se a malevolência os descobre, tem sempre uma desculpa à mão para os disfarçar, mas uma desculpa plausível, séria, e não daquelas que, fingindo atenuar a falta, a fazem ressaltar com pérfida astúcia.
A indulgência jamais se preocupa com os maus atos alheios, a menos que seja para prestar um serviço, mas ainda assim com o cuidado de os atenuar tanto quanto possível. Não faz observações chocantes, nem traz censuras nos lábios, mas apenas conselhos, quase sempre velados. Quando criticais, que dedução se deve tirar das vossas palavras? A de que vós, que censurais, não praticastes o que condenais, e valeis mais do que o culpado. Oh, homens! Quando passareis a julgar os vossos próprios corações, os vossos próprios pensamentos e os vossos próprios atos, sem vos ocupardes do que fazem os vossos irmãos? Quando fitareis os vossos olhos severos somente sobre vós mesmos?
Sede, pois, severos convosco e indulgentes para com os outros. Pensai naquele que julga em última instância, que vê os secretos pensamentos de cada coração, e que, em consequência, desculpa frequentemente as faltas que condenais, ou condena as que desculpais, porque conhece o móvel de todas as ações. Pensai que vós, que clamais tão alto: “anátema!” talvez tenhais cometido faltas mais graves.
Sede indulgentes meus amigos, porque a indulgência atrai, acalma, corrige, enquanto o rigor desalenta, afasta e irrita.
JOÃO, Bispo de Bordeaux, 1862
17 – Sede indulgentes para as faltas alheias, quaisquer que sejam; não julgueis com severidade senão as vossas próprias ações e o Senhor usará de indulgência para convosco, como usastes para com os outros.
Sustentai os fortes: estimulai-os à perseverança; fortificai os fracos, mostrando-lhes a bondade de Deus, que leva em conta o menor arrependimento; mostrai a todos o anjo da contrição, estendendo suas brancas asas sobre as faltas humanas, e assim ocultando-as aos olhos daqueles que não podem ver o que é impuro. Compreendei toda a misericórdia infinita de vosso Pai, e nunca vos esqueçais de lhe dizer em pensamento, mas sobretudo pelas vossas ações: “Perdoai as nossas ofensas, como perdoamos aos nossos ofensores”. Compreendi bem o valor destas sublimes palavras; pois não são admiráveis apenas pela letra, mas também pelo espírito que elas encerram.
Que solicitais ao Senhor quando lhe pedis perdão? Somente o esquecimento de vossas faltas? Esquecimento de que nada vos deixas, pois se Deus se contentasse de esquecer as vossas faltas, não vos puniria, mas também não vos recompensaria. A recompensa não pode ser pelo bem que não fez, e menos ainda pelo mal que se tenha feito, mesmo que esse mal fosse esquecido. Pedindo perdão para as vossas transgressões, pedis o favor de sua graça, para não cairdes de novo, e a força necessária para entrardes numa nova senda, numa senda de submissão e de amor, na qual podereis juntar a reparação ao arrependimento.
Quando perdoardes os vossos irmãos, não vos contenteis com estender o véu do esquecimento sobre as suas faltas. Esse véu é quase sempre muito transparente aos vossos olhos. Acrescentai o amor ao vosso perdão, fazendo por ele o que pedis a vosso Pai Celeste que faça por vós. Substituí a cólera que mancha, pelo amor que purifica. Pregai pelo exemplo essa caridade ativa, infatigável, que Jesus vos ensinou. Pregai-a como ele mesmo o fez por todo o tempo em que viveu na Terra, visível para os olhos do corpo, e como ainda prega, sem cessar, depois que se fez visível apenas para os olhos do espírito. Segui esse divino modelo, marchai sobre as suas pegadas: elas vos conduzirão ao refúgio onde encontrareis o descanso após a luta. Como ele, tomai a vossa cruz e subi penosamente, mas corajosamente, o vosso calvário: no seu cume está a glorificação.
DUFÉTRE, Bispo de Nevers, Bordeaux
18 – Queridos amigos, sede severos para vós mesmos e indulgentes para as fraquezas alheias. Essa é também uma forma de praticar a santa caridade, que bem poucos observam. Todos vós tendes más tendências a vencer, defeitos a corrigir, hábitos a modificar. Todos vós tendes um fardo mais ou menos pesado que alijar, para subir ao cume da montanha do progresso. Por que, pois, ser tão clarividentes quando se trata do próximo, e tão cegos quando se trata de vós mesmos? Quando deixareis de notar, no olho de vosso irmão, um argueiro que o fere, sem perceber a trave que vos cega e vos faz caminhar de queda em queda? Crede nos Espíritos, vossos irmãos. Todo homem bastante orgulhoso para se julgar superior, em virtudes e méritos, aos seus irmãos encarnados, é insensato e culpado e Deus o castigará, no dia da sua justiça. O verdadeiro caráter da caridade é a modéstia e a humildade, e consiste em não se verem superficialmente os defeitos alheios, mas em se procurar destacar o que há de bom e virtuoso no próximo. Porque, se o coração humano é um abismo de corrupção, existem sempre, nos seus mais ocultos refolhos, os germes de alguns bons sentimentos, centelhas ardentes da essência espiritual.
Espiritismo, doutrina consoladora e bendita, felizes os que te conhecem e empregam proveitosamente os salutares ensinos dos Espíritos do Senhor! Para esses, o ensino é claro, e ao longo de todo o caminho eles podem ler estas palavras, que lhes indicam a maneira de atingir o alvo: caridade prática, caridade para o próximo como para si mesmo. Em uma palavra, caridade para com todos e amor de Deus sobre todas as coisas, porque o amor de Deus resume todos os deveres, e porque é impossível amar a Deus sem praticar a caridade, da qual Ele faz uma lei para todas as criaturas. Agradecidos por estes momentos de reflexões e aprendizado, com nossos pensamentos elevados, vamos nos doar em benefício daqueles que estão mais necessitados e por nós mesmos, criaturas que ainda somos tão necessitados:
*Senhor Deus, Pai de todos os que choram, busco-Te hoje em favor daqueles que sofrem e se desesperam diante das vicissitudes da vida.
Por todos aqueles meus irmãos que estão nas ruas e que passam fome, sede, frio, medo, abandono.
Rogo Senhor, que os mantenhas sob Tua proteção, mas olha também por mim que nada ou pouco fiz para auxiliá-los em suas necessidades maiores.
Rogo Teu bálsamo Senhor, a todos os enfermos, que, em suas casas ou nos hospitais, tanto necessitam de um lenitivo e sê possível a cura para os seus sofrimentos.
Mas volta-Te Senhor, ainda para mim que, servindo-me da desculpa da falta de tempo, nunca os fui visitar e levar o consolo de uma presença amiga.
Bondoso Pai, rogo que olhes por todas as crianças e idosos abandonados, imersos em sua solidão e carentes de atenção, de carinho, de amor. Entretanto, volta igualmente os Teus olhos a mim, que, egoísta, nunca doei a eles um pouco do meu tempo, da minha dedicação e do meu interesse.
Peço ainda a Tua infinita misericórdia em favor de todos aqueles irmãos que estagiam no mal, no mundo da violência e das drogas, que sofrem as consequências de suas más escolhas.
Porém, rogo antes por mim que, muitas vezes, sem poder ou querer ajudá-los, ainda os julguei, colocando-me em patamar superior e esquecendo-me de que, de uma forma ou de outra, todos ocorremos em erros durante o caminho que nos leva à perfeição.
Suplico ainda, Tua consolação aos que perderam o sentido da vida, a vontade de viver, a esperança de um amanhã melhor, a fé que fortalece e dá coragem, os depressivos.
Todavia, olha do mesmo modo por mim que, bebendo diariamente em Tua fonte de consolação, não fui capaz de oferecer minha mão amiga àqueles que dela necessitavam.
Assim sendo, ilumina-me, Bondoso Pai, pois sou o mais necessitado de todos. Tenho o alimento e não o compartilho. Tenho a água e a coberta e não mato nem a sede e nem o frio do meu semelhante.
Disponho das condições materiais e não as utilizo em benefício dos menos favorecidos. Tenho a oportunidade diária de gerar modificações em tudo à minha volta e entrego-me a reclamações e dissabores desnecessários.
Olha por mim, meu Deus, que tenho o suficiente e sou pobre, que tenho saúde e sou enfermo, que tenho conhecimento do bem e não o prático, que digo ter fé e vacilo, que tenho luz e não enxergo.
Olha por mim... estendendo Tuas Mãos Misericordiosas e restaurando a fé, a vontade de viver, a esperança, a energia.
Olha por mim... fluidificando as águas de meu lar, fonte de Tuas bênçãos.
Olha por mim...como o filho pródigo que se arrependeu e está de volta aos seus braços.
Obrigada Senhor por estes momentos de Paz, Ensinamentos, Reflexões e Preces.
Que a Tua Paz permanece sempre entre nós.
Que assim seja. Paz e Bem.