Estudo:
CAPÍTULO 12 – AMAI OS VOSSOS INIMIGOS - INSTRUÇÕES DOS ESPÍRITOS – III – O DUELO – itens 11 a 16
HORA DO EVANGELHO NO LAR
“Porque onde estiver o vosso tesouro, aí estará também o vosso coração.” (MT 6:21).
PRECE
Queridos irmãos, que a Paz de Jesus envolva a todos. Vamos orar:
Neste momento, elevamos nossos pensamentos ao alto, asserenando nossos corações, tranquilizando nossas mentes e agradecendo a Jesus por nos dar a oportunidade do estudo edificante. Que a lição de hoje possa nos trazer o consolo e o fortalecimento para nossas fragilidades; que possamos compreendê-la e aplicá-la em nossas vidas.
Permita Mestre Jesus que nossos benfeitores espirituais estejam ao nosso lado amparando-nos, protegendo-nos e auxiliando-nos o entendimento.
E assim, em Teu Nome e em nome dos benfeitores responsáveis por esta tarefa de amor iniciamos as nossas reflexões.
Pai Nosso que estais nos Céus....
Que assim seja!
MENSAGEM INICIAL
Conflito
Antigamente, o duelo surgia por hábito deplorável, desfigurando o caráter e enodoando a cultura.
Empenhavam-se antagonista, com a presença de testemunhas, em golpes violentos, legalizando o homicídio em nome da honra.
O progresso aboliu semelhante nódoa de nossa face, todavia, o conflito continua em outras modalidades, a dentro de nossa vida.
Não mais a característica fulminante, dos apetrechos de matar ou ferir, mas o golpe em câmara lenta que o ódio e a incompreensão, a ignorância e a crueldade arremessam por onde passam, gerando perturbações e enfermidade.
Por toda parte, vemos o duelo mental torturando e aniquilando criaturas, mantido por nossas atitudes delituosas de uns para com os outros, quando não se exprime, sem forma perceptível aos sentidos comuns, à feição da troca de dardos invisíveis, penetrando corações, arrojando-os, muitas vezes, aos tormentos do hospício ou à vala da morte.
Fujamos de toda ideia que signifique discórdia e maledicência, ciúme e desespero, maldade e intolerância, porquanto, as imagens desse teor, a fluírem constantes de nossa fonte mental, possuem vitalidade própria, corporificando-se com a persistência de nossas irreflexões repetidas e atingindo o objetivo de nossas projeções, a operarem desajuste e flagelação regressando a nós mesmos, em lamentável retorno, trazendo-nos de volta, a aflição e o infortúnio que tivermos causado.
O amor é Lei Universal, mas a Justiça nos segue, serena e inexorável, para que todos nós tenhamos no caminho o justo pagamento de nossas próprias obras.
Emmanuel - Psicografia de Chico Xavier. Do livro: Viajor
LEITURA DO EVANGELHO
CAPÍTULO 12 – AMAI OS VOSSOS INIMIGOS
INSTRUÇÕES DOS ESPÍRITOS: III – O DUELO – itens 11 a 16.
ADOLFO - Bispo de Alger, Marmande, 1861
11 – Só é verdadeiramente grande aquele que, considerando a vida como uma viagem que tem um destino certo, não se incomoda com as asperezas do caminho, não se deixa desviar nem por um instante da rota certa. De olhos fixos no seu objetivo, pouco se importa de que os obstáculos e os espinhos da senda o ameacem; estes apenas o roçam, sem o ferirem, e não o impedem de avançar. Arriscar os dias para vingar uma ofensa é recuar diante das provas da vida; é sempre um crime aos olhos de Deus; e, se não estivésseis tão enleados, como estais, nos vossos preconceitos, seria também uma ridícula e suprema loucura aos olhos dos homens.
É criminoso o homicídio por duelo, o que a vossa própria legislação reconhece. Ninguém tem o direito, em caso algum de atentar contar a vida de seu semelhante. Isso é um crime aos olhos de Deus, que vos determinou a linha de conduta. Nisto, mais que em qualquer outra coisa, sois juízes em causa própria. Lembrai-vos de que vos será perdoado segundo tiverdes perdoado. Pelo perdão vos aproximais da Divindade, porque a clemência é irmã do poder. Enquanto uma gota de sangue correr na Terra pelas mãos dos homens, o verdadeiro Reino de Deus ainda não terá chegado, esse reino de pacificação e de amor, que deve banir para sempre do vosso globo a animosidade, a discórdia e a guerra. Então, a palavra duelo não mais existirá na vossa língua, senão como uma longínqua e vaga recordação do passado: os homens não admitirão entre eles outro antagonismo, que a nobre rivalidade do bem.
SANTO AGOSTINHO - Paris, 1862
12 – O duelo pode, sem dúvida, em certos casos, ser uma prova de coragem física, de menosprezo pela vida, mas é incontestavelmente uma prova de covardia moral, como o suicídio. O suicida não tem coragem de enfrentar as vicissitudes da vida: o duelista não a tem para suportar as ofensas. Cristo não vos disse que há mais honra e coragem em oferecer a face esquerda a quem vos feriu a direita, do que em se vingar de uma injúria? Cristo não disse a Pedro, no Jardim das Oliveiras: “Embainhai de novo a vossa espada, pois aquele que mata pela espada perecerá pela espada?” Por essas palavras, Jesus não condenou o duelo para sempre? Com efeito, meus filhos, que coragem é essa, que brota de um temperamento violento, pletórico e furioso, bramindo à primeira ofensa? Onde está a grandeza de alma daquele que, à menor injúria, quer lavá-la em sangue? Mas que trema, porque sempre, do fundo da sua consciência, uma voz lhe gritará: Caim! Caim! Que fizeste de teu irmão? Ele responderá: Foi necessário o sangue para salvar minha honra! Mas a voz replicará: Quiseste salvá-la perante os homens nos breves instantes que te restavam na Terra, e não pensaste em salvá-la perante Deus! Pobre louco, que não vos pediria então o Cristo, por todos os ultrajes que lhe tendes feito? Não somente o feristes com os espinhos e a lança, não somente o erguestes num madeiro infamante, mas ainda, em meio de sua agonia, pode ele ouvir as zombarias que lhe prodigalizastes. Que reparações vos pediu ele, depois de tantos ultrajes? O último gemido do cordeiro foi uma prece pelos seus algozes. Oh, como ele, perdoai e orai pelos que vos ofendem!
Amigos, lembrai-vos deste preceito: Amai-vos uns aos outros, e então, ao golpe do ódio respondereis com um sorriso, e ao ultraje com o perdão. O mundo sem dúvida se erguerá furioso e vos chamará de covarde: erguei a fronte bem alta e mostrai, então, que a vossa fronte também não recearia ser coroada de espinhos, a exemplo do Cristo, mas que a vossa mão não quer participar de um assassinato autorizado, podemos dizer, por uma falsa aparência de honra, que nada mais é senão orgulho e amor próprio. Ao vos criar, Deus vos deu o direito de vida e de morte, uns sobre os outros? Não, pois só deu esse direito à natureza, para se reformar e se refazer. Mas a vós, nem sequer permitiu dispordes de vós mesmos. Como o suicida, o duelista estará marcado de sangue quando comparecer perante Deus, e a um como a outro, o soberano Juiz reserva rudes e longos castigos. Se ameaçou com a sua justiça àqueles que dizem racca a seus irmãos, quanto mais severa não será a pena reservada àquele que comparecer diante dele com as mãos sujas do sangue de um irmão!
UM ESPÍRITO PROTETOR - Bordeaux, 1861
13 – O duelo, como o que outrora se chamava Juízo de Deus, é uma dessas instituições bárbaras que ainda regem a sociedade. Que diríeis, entretanto, se vísseis os dois antagonistas mergulharem na água fervente ou sujeitarem-se ao contato do ferro em brasa, para decidir a sua disputa, dando razão ao que melhor se saísse da prova? Chamaríeis de insensatos a esses costumes. Pois o duelo é ainda pior que tudo isso. Para o duelista emérito, é um assassinato cometido a sangue frio, com toda a premeditação desejada, porque está seguro do golpe que irá desferir; para o adversário, quase certo de sucumbir, em virtude de sua fraqueza e de sua inabilidade, é um suicídio, cometido com a mais fria reflexão.
Bem sei que muitas vezes procura-se evitar essa alternativa, igualmente criminosa, recorrendo-se ao azar. Mas isso não é, embora sob outra forma, uma volta ao juízo de Deus da Idade Média? E lembre-se que, naquela época, era-se infinitamente menos culpado. O próprio nome de Juízo de Deus revela uma fé ingênua, é verdade, mas sempre uma fé na Justiça de Deus, que não poderia deixar sucumbir um inocente, enquanto no duelo tudo se entrega à força bruta, de tal maneira que é frequente sucumbir o ofendido.
Oh, estúpido amor próprio, tola vaidade e louco orgulho, quando sereis substituídos pela caridade cristã, pelo amor do próximo e a humildade, de que o Cristo nos deu o exemplo e o ensino? Somente então desaparecerão esses preconceitos monstruosos que ainda dominam os homens, e que as leis são impotentes para reprimir. Porque não é suficiente proibir o mal e prescrever o bem, é necessário que o princípio do bem e o horror do mal estejam no coração do homem.
FRANCISCO XAVIER - Bordeaux, 1861
14 – Que pensarão de mim, dizeis frequentemente, se me recusar à reparação que me pedem, ou se eu não a pedir àquele que me ofendeu? Os loucos, como vós, os homens atrasados, vos censurarão; mas os esclarecidos pela flama do progresso intelectual e moral, dirão que agis segundo a verdadeira sabedoria. Refleti um pouco: por uma palavra, dita muitas vezes sem intenção, ou inteiramente inofensiva, por um de vossos irmãos, vosso orgulho se fere, respondeis de maneira áspera, e a provocação está feita. Antes de chegar ao momento decisivo, perguntai se estais agindo como cristão. Que contas prestareis à sociedade, se a privardes de um de seus membros? Pensai no remorso de haver roubado a uma mulher o seu marido, à mãe o seu filho, aos filhos o pai e com ele o seu sustento!
Certamente, aquele que ofendeu deve uma reparação. Mas não é muito mais honroso dá-la espontaneamente, reconhecendo os seus erros, do que expor a vida daquele que tem o direito de queixar-se? Quanto ao ofendido, convenho que pode, às vezes, sentir-se gravemente atingido, seja na sua própria pessoa, seja em relação aos que lhes são caros. Não é somente o amor próprio que está em causa; o coração foi magoado e ele sofre. Mas, além de ser estúpido jogar a vida contra um miserável capaz de infâmias, mesmo que mate a este, por acaso a afronta não subsiste, seja qual for? O sangue derramado não provocará maior alarde sobre um fato que, se falso, deve desaparecer por si mesmo, e se verdadeiro, deve ocultar-se no silêncio? Só restaria, pois, a satisfação da vingança praticada, triste satisfação que, frequentemente, já nesta vida, deixa causticantes remorsos! E se for o ofendido quem sucumbe, onde está a reparação?
Quando a caridade for à regra de conduta dos homens, eles conformarão os seus atos e as suas palavras a esta máxima: Não façais aos outros o que não quereis que os outros vos façam. Então, sim, desaparecerão todas as causas de discórdias, e com elas, as causas dos duelos e das guerras, que são duelos entre povos.
AGOSTINHO - Bordeaux, 1861
15 – O homem do mundo, o homem feliz, que, por uma palavra ofensiva, um motivo fútil, joga a vida que Deus lhe deu e joga a vida do seu semelhante, que só pertence a Deus, esse é cem vezes mais culpado que o miserável que, levado pela cobiça, e às vezes pela necessidade, introduz-se numa casa para roubar e mata o que tenta impedi-lo. Porque este é quase sempre um homem sem educação, com imperfeitas noções do bem e do mal, enquanto o duelista pertence geralmente à classe mais esclarecida. Um, mata brutalmente, o outro, com método e cortesia, o que faz a sociedade desculpá-lo. Acrescento mesmo que o duelista é infinitamente mais culpado que o infeliz que, cedendo a um sentimento de vingança, mata num momento de desespero.
O duelista não tem por desculpa o arrastamento da paixão, porque entre o insulto e a reparação sempre a tempo de refletir. Ele age, pois, fria e premeditadamente. Tudo é calculado e estudado, para matar com segurança o seu adversário. É verdade que expõe também a sua vida, e é isso o que justifica o duelo aos olhos do mundo, que o considera como ato de coragem e desapego à vida. Mas haverá realmente coragem, quando se está seguro de si mesmo? O duelo, resto dos tempos de barbárie, quando a lei era o direito do mais forte, desaparecerá com uma apreciação mais sã do verdadeiro problema da honra, à medida que o homem adquirir uma fé mais ardente na vida futura.
16 – NOTA – Os duelos se tornam cada vez mais raros, e se ainda vemos, de tempos a tempos, dolorosos exemplos, o seu número não pode ser comparado ao de outrora. Um homem não saía de casa, antigamente, sem prever um encontro, tomando sempre as precauções necessárias. Um sinal característico dos costumes do tempo e dos povos era o uso do porte habitual, ostensivo ou disfarçado, de armas ofensivas e defensivas. A abolição desse uso revela o abrandamento dos costumes, e é curioso seguir-se a sua graduação, desde a época em que os cavaleiros só saíam com armaduras de ferro e lança em punho, até o simples uso da espada, que depois se tornou mais num ornamento, num acessório de uniforme, do que arma agressiva. Outro sinal do abrandamento dos costumes é que, antigamente, os combates pessoais se davam em plena rua, diante da turba, que se afastava para deixar livre o campo, e hoje se ocultam. A morte de um homem é hoje um acontecimento que provoca comoção: antigamente, não se lhe dava atenção. O Espiritismo extinguirá esses derradeiros vestígios da barbárie, ao inculcar nos homens o senso da caridade e da fraternidade.
O Espiritismo apagará esses últimos vestígios da barbárie, incutindo nos homens o espírito de caridade e de fraternidade.
REFLEXÕES: O duelo, com regras, legalizado por leis, desapareceu, mas o duelo, como luta para resolver pendências entre ofendido e ofensor, continua existindo em até as sociedades tidas como as mais instruídas ou mais civilizadas. Por isso as mensagens sobre o duelo, inseridas por Kardec neste livro, que estudamos, continuam muito atuais e necessárias para auxiliar o homem a desenvolver o amor dentro de si, eliminando o mal que ele criou.
A primeira, no item 11, é de Adolfo, bispo de Alger, que a inicia assim: “Só é verdadeiramente grande aquele que, considerando a vida como uma viagem que tem um destino certo, não se incomoda com as asperezas do caminho, não se deixa desviar nem por um instante da rota certa.”
O duelo contraria a lei do perdão ao ofensor, impede a clemência necessária à reabilitação do criminoso, tornando o ofendido em criminoso pior, porque age com mais violência, retirando a vida, que se tem, que se ganha, sem colaboração nossa, mas por vontade de Deus.
No item 12 - Santo Agostinho cita os ensinos de Jesus, mandando oferecer a face esquerda a quem lhe fere a direita, e as palavras dirigidas a Pedro: “Embainha de novo a tua espada, pois aquele que mata pela espada perecerá pela espada”, (Mateus, 26:52), conclui-se que, com essas palavras Jesus estaria condenando para sempre o duelo, seja de que forma ele se apresente.
No item 13 - Um Espírito Protetor escreve sobre o duelo, em 1861, como sendo uma das instituições bárbaras que ainda regem a sociedade, sendo uma continuação do que outrora, na Idade Média, se chamava Juízo de Deus. O autor, argumenta que a continuidade do duelo, não mais como Juízo de Deus, é mais cruel, visto que se entrega somente à força bruta, onde vence o mais forte, fisicamente, ou o mais hábil.
No item 14 – Francisco Xavier nos diz que: “Quando a caridade for à regra de conduta dos homens, eles conformarão os seus atos e as suas palavras a esta máxima: Não façais aos outros o que não quereis que os outros vos façam. Então, sim, desaparecerão todas as causas de discórdias, e com elas, as causas dos duelos e das guerras, que são duelos entre povos.”
No item 15 – Santo Agostinho declara que “O duelo, resto dos tempos de barbárie, quando a lei era o direito do mais forte, desaparecerá à medida que o homem adquirir uma fé mais ardente na vida futura.”
No item 16, Kardec escreveu que, no seu tempo, os duelos, já estavam se tornando mais raros e conclui com a frase “O Espiritismo extinguirá esses derradeiros vestígios da barbárie, ao inculcar nos homens o senso da caridade e da fraternidade.”
Ao espírita, muito será pedido, pelo muito que ele recebe, pela fé raciocinada que lhe mostra, sem dúvidas, além de tudo isso, a necessidade do perdão e do amor ao próximo.
Esse conhecimento, essa fé, levando-o a uma progressão moral, lhe dá também a responsabilidade de agir segundo ela, não podendo mais alegar ignorância das leis divinas.
Podemos pensar que Duelo seja um tema desatualizado, mas muito pelo contrário. É um tema muito atual. Talvez, não na forma de agressões físicas que o conhecíamos, mas por meio de insultos e violências mentais.
Chico dizia que “Poucos de nós se dão conta da atmosfera psíquica em que mergulhamos ao estabelecer diálogos imaginários ou ao criar tribunais mentais acerca dos fatos do cotidiano e das notícias dos jornais. O mesmo ocorre com as murmurações, que nos enclausuram em um diálogo conosco mesmos, aprisionando a nossa vontade e a nossa força criadora.”
Na atualidade, o duelo, infelizmente, não tem se restringido só ao campo mental das criaturas (o que por si só, já é danoso), mas têm se disseminado nas redes sociais, por meio de comentários virulentos.
Evitemos as armadilhas dos duelos modernos.
Lembremo-nos de guardar a nossa sanidade mental, preservando o ambiente que criamos para nós mesmos, aprendendo a valorizar os momentos que passamos diante da nossa consciência para a produção de um clima que nos fortaleça e estimule.
Utilizemos melhor as nossas horas conosco mesmo, alimentando o nosso espírito com imagens e situações agradáveis.
PRECE E VIBRAÇÕES –
"Coloca o teu recipiente de água cristalina à frente de tuas orações e espera e confia." [Emmanuel / Chico Xavier]
Senhor Jesus, fazei-nos perceber que o trabalho do bem nos aguarda em toda parte.
Lembrai-nos, por misericórdia, que estamos no caminho da evolução com os nossos semelhantes, não para consertá-los e sim para atender à nossa própria melhoria.
Que possamos sempre respeitar os direitos alheios a fim de que os nossos também sejam preservados.
Dai-nos consciência do lugar que nos compete, para que não fiquemos exigindo da vida aquilo que não nos pertence.
Apaga em nós os melindres pessoais, de modo que não nos transformemos em estorvo diante dos irmãos.
Auxilia-nos a reconhecermos que cansaço e dificuldades não podem converter-nos em pessoas intratáveis, mas mostrai-nos, por piedade, o quanto podemos fazer nas boas obras, usando paciência e coragem, acima de quaisquer provações que nos atinjam a existência.
Concede-nos forças para irradiarmos a paz e o amor que nos ensinaste, onde quer que nos encontremos e a todos que necessitam.
E assim, rogamos Senhor, por todos os irmãos que estão passando por dores e sofrimentos, que possam sentir o alívio, a esperança e a calma através da Tua Luz.
Rogamos Senhor, a Tua permissão para que nossas águas sejam fluidificadas e que nelas sejam depositados os medicamentos necessários para nosso equilíbrio físico, espiritual e mental.
Perdoa-nos Senhor por nossas fragilidades e sustenta-nos a fé para que possamos estar sempre em ti, na certeza de que estás sempre conosco.
E assim, envolvidos pelas Vibrações de Paz deste momento, finalizamos nossos estudos agradecidos por todas as bênçãos recebidas.
Permaneça conosco Senhor,
Que assim seja.
Paz e Bem!
“Porque onde estiver o vosso tesouro, aí estará também o vosso coração.” (MT 6:21).
PRECE
Queridos irmãos, que a Paz de Jesus envolva a todos. Vamos orar:
Neste momento, elevamos nossos pensamentos ao alto, asserenando nossos corações, tranquilizando nossas mentes e agradecendo a Jesus por nos dar a oportunidade do estudo edificante. Que a lição de hoje possa nos trazer o consolo e o fortalecimento para nossas fragilidades; que possamos compreendê-la e aplicá-la em nossas vidas.
Permita Mestre Jesus que nossos benfeitores espirituais estejam ao nosso lado amparando-nos, protegendo-nos e auxiliando-nos o entendimento.
E assim, em Teu Nome e em nome dos benfeitores responsáveis por esta tarefa de amor iniciamos as nossas reflexões.
Pai Nosso que estais nos Céus....
Que assim seja!
MENSAGEM INICIAL
Conflito
Antigamente, o duelo surgia por hábito deplorável, desfigurando o caráter e enodoando a cultura.
Empenhavam-se antagonista, com a presença de testemunhas, em golpes violentos, legalizando o homicídio em nome da honra.
O progresso aboliu semelhante nódoa de nossa face, todavia, o conflito continua em outras modalidades, a dentro de nossa vida.
Não mais a característica fulminante, dos apetrechos de matar ou ferir, mas o golpe em câmara lenta que o ódio e a incompreensão, a ignorância e a crueldade arremessam por onde passam, gerando perturbações e enfermidade.
Por toda parte, vemos o duelo mental torturando e aniquilando criaturas, mantido por nossas atitudes delituosas de uns para com os outros, quando não se exprime, sem forma perceptível aos sentidos comuns, à feição da troca de dardos invisíveis, penetrando corações, arrojando-os, muitas vezes, aos tormentos do hospício ou à vala da morte.
Fujamos de toda ideia que signifique discórdia e maledicência, ciúme e desespero, maldade e intolerância, porquanto, as imagens desse teor, a fluírem constantes de nossa fonte mental, possuem vitalidade própria, corporificando-se com a persistência de nossas irreflexões repetidas e atingindo o objetivo de nossas projeções, a operarem desajuste e flagelação regressando a nós mesmos, em lamentável retorno, trazendo-nos de volta, a aflição e o infortúnio que tivermos causado.
O amor é Lei Universal, mas a Justiça nos segue, serena e inexorável, para que todos nós tenhamos no caminho o justo pagamento de nossas próprias obras.
Emmanuel - Psicografia de Chico Xavier. Do livro: Viajor
LEITURA DO EVANGELHO
CAPÍTULO 12 – AMAI OS VOSSOS INIMIGOS
INSTRUÇÕES DOS ESPÍRITOS: III – O DUELO – itens 11 a 16.
ADOLFO - Bispo de Alger, Marmande, 1861
11 – Só é verdadeiramente grande aquele que, considerando a vida como uma viagem que tem um destino certo, não se incomoda com as asperezas do caminho, não se deixa desviar nem por um instante da rota certa. De olhos fixos no seu objetivo, pouco se importa de que os obstáculos e os espinhos da senda o ameacem; estes apenas o roçam, sem o ferirem, e não o impedem de avançar. Arriscar os dias para vingar uma ofensa é recuar diante das provas da vida; é sempre um crime aos olhos de Deus; e, se não estivésseis tão enleados, como estais, nos vossos preconceitos, seria também uma ridícula e suprema loucura aos olhos dos homens.
É criminoso o homicídio por duelo, o que a vossa própria legislação reconhece. Ninguém tem o direito, em caso algum de atentar contar a vida de seu semelhante. Isso é um crime aos olhos de Deus, que vos determinou a linha de conduta. Nisto, mais que em qualquer outra coisa, sois juízes em causa própria. Lembrai-vos de que vos será perdoado segundo tiverdes perdoado. Pelo perdão vos aproximais da Divindade, porque a clemência é irmã do poder. Enquanto uma gota de sangue correr na Terra pelas mãos dos homens, o verdadeiro Reino de Deus ainda não terá chegado, esse reino de pacificação e de amor, que deve banir para sempre do vosso globo a animosidade, a discórdia e a guerra. Então, a palavra duelo não mais existirá na vossa língua, senão como uma longínqua e vaga recordação do passado: os homens não admitirão entre eles outro antagonismo, que a nobre rivalidade do bem.
SANTO AGOSTINHO - Paris, 1862
12 – O duelo pode, sem dúvida, em certos casos, ser uma prova de coragem física, de menosprezo pela vida, mas é incontestavelmente uma prova de covardia moral, como o suicídio. O suicida não tem coragem de enfrentar as vicissitudes da vida: o duelista não a tem para suportar as ofensas. Cristo não vos disse que há mais honra e coragem em oferecer a face esquerda a quem vos feriu a direita, do que em se vingar de uma injúria? Cristo não disse a Pedro, no Jardim das Oliveiras: “Embainhai de novo a vossa espada, pois aquele que mata pela espada perecerá pela espada?” Por essas palavras, Jesus não condenou o duelo para sempre? Com efeito, meus filhos, que coragem é essa, que brota de um temperamento violento, pletórico e furioso, bramindo à primeira ofensa? Onde está a grandeza de alma daquele que, à menor injúria, quer lavá-la em sangue? Mas que trema, porque sempre, do fundo da sua consciência, uma voz lhe gritará: Caim! Caim! Que fizeste de teu irmão? Ele responderá: Foi necessário o sangue para salvar minha honra! Mas a voz replicará: Quiseste salvá-la perante os homens nos breves instantes que te restavam na Terra, e não pensaste em salvá-la perante Deus! Pobre louco, que não vos pediria então o Cristo, por todos os ultrajes que lhe tendes feito? Não somente o feristes com os espinhos e a lança, não somente o erguestes num madeiro infamante, mas ainda, em meio de sua agonia, pode ele ouvir as zombarias que lhe prodigalizastes. Que reparações vos pediu ele, depois de tantos ultrajes? O último gemido do cordeiro foi uma prece pelos seus algozes. Oh, como ele, perdoai e orai pelos que vos ofendem!
Amigos, lembrai-vos deste preceito: Amai-vos uns aos outros, e então, ao golpe do ódio respondereis com um sorriso, e ao ultraje com o perdão. O mundo sem dúvida se erguerá furioso e vos chamará de covarde: erguei a fronte bem alta e mostrai, então, que a vossa fronte também não recearia ser coroada de espinhos, a exemplo do Cristo, mas que a vossa mão não quer participar de um assassinato autorizado, podemos dizer, por uma falsa aparência de honra, que nada mais é senão orgulho e amor próprio. Ao vos criar, Deus vos deu o direito de vida e de morte, uns sobre os outros? Não, pois só deu esse direito à natureza, para se reformar e se refazer. Mas a vós, nem sequer permitiu dispordes de vós mesmos. Como o suicida, o duelista estará marcado de sangue quando comparecer perante Deus, e a um como a outro, o soberano Juiz reserva rudes e longos castigos. Se ameaçou com a sua justiça àqueles que dizem racca a seus irmãos, quanto mais severa não será a pena reservada àquele que comparecer diante dele com as mãos sujas do sangue de um irmão!
UM ESPÍRITO PROTETOR - Bordeaux, 1861
13 – O duelo, como o que outrora se chamava Juízo de Deus, é uma dessas instituições bárbaras que ainda regem a sociedade. Que diríeis, entretanto, se vísseis os dois antagonistas mergulharem na água fervente ou sujeitarem-se ao contato do ferro em brasa, para decidir a sua disputa, dando razão ao que melhor se saísse da prova? Chamaríeis de insensatos a esses costumes. Pois o duelo é ainda pior que tudo isso. Para o duelista emérito, é um assassinato cometido a sangue frio, com toda a premeditação desejada, porque está seguro do golpe que irá desferir; para o adversário, quase certo de sucumbir, em virtude de sua fraqueza e de sua inabilidade, é um suicídio, cometido com a mais fria reflexão.
Bem sei que muitas vezes procura-se evitar essa alternativa, igualmente criminosa, recorrendo-se ao azar. Mas isso não é, embora sob outra forma, uma volta ao juízo de Deus da Idade Média? E lembre-se que, naquela época, era-se infinitamente menos culpado. O próprio nome de Juízo de Deus revela uma fé ingênua, é verdade, mas sempre uma fé na Justiça de Deus, que não poderia deixar sucumbir um inocente, enquanto no duelo tudo se entrega à força bruta, de tal maneira que é frequente sucumbir o ofendido.
Oh, estúpido amor próprio, tola vaidade e louco orgulho, quando sereis substituídos pela caridade cristã, pelo amor do próximo e a humildade, de que o Cristo nos deu o exemplo e o ensino? Somente então desaparecerão esses preconceitos monstruosos que ainda dominam os homens, e que as leis são impotentes para reprimir. Porque não é suficiente proibir o mal e prescrever o bem, é necessário que o princípio do bem e o horror do mal estejam no coração do homem.
FRANCISCO XAVIER - Bordeaux, 1861
14 – Que pensarão de mim, dizeis frequentemente, se me recusar à reparação que me pedem, ou se eu não a pedir àquele que me ofendeu? Os loucos, como vós, os homens atrasados, vos censurarão; mas os esclarecidos pela flama do progresso intelectual e moral, dirão que agis segundo a verdadeira sabedoria. Refleti um pouco: por uma palavra, dita muitas vezes sem intenção, ou inteiramente inofensiva, por um de vossos irmãos, vosso orgulho se fere, respondeis de maneira áspera, e a provocação está feita. Antes de chegar ao momento decisivo, perguntai se estais agindo como cristão. Que contas prestareis à sociedade, se a privardes de um de seus membros? Pensai no remorso de haver roubado a uma mulher o seu marido, à mãe o seu filho, aos filhos o pai e com ele o seu sustento!
Certamente, aquele que ofendeu deve uma reparação. Mas não é muito mais honroso dá-la espontaneamente, reconhecendo os seus erros, do que expor a vida daquele que tem o direito de queixar-se? Quanto ao ofendido, convenho que pode, às vezes, sentir-se gravemente atingido, seja na sua própria pessoa, seja em relação aos que lhes são caros. Não é somente o amor próprio que está em causa; o coração foi magoado e ele sofre. Mas, além de ser estúpido jogar a vida contra um miserável capaz de infâmias, mesmo que mate a este, por acaso a afronta não subsiste, seja qual for? O sangue derramado não provocará maior alarde sobre um fato que, se falso, deve desaparecer por si mesmo, e se verdadeiro, deve ocultar-se no silêncio? Só restaria, pois, a satisfação da vingança praticada, triste satisfação que, frequentemente, já nesta vida, deixa causticantes remorsos! E se for o ofendido quem sucumbe, onde está a reparação?
Quando a caridade for à regra de conduta dos homens, eles conformarão os seus atos e as suas palavras a esta máxima: Não façais aos outros o que não quereis que os outros vos façam. Então, sim, desaparecerão todas as causas de discórdias, e com elas, as causas dos duelos e das guerras, que são duelos entre povos.
AGOSTINHO - Bordeaux, 1861
15 – O homem do mundo, o homem feliz, que, por uma palavra ofensiva, um motivo fútil, joga a vida que Deus lhe deu e joga a vida do seu semelhante, que só pertence a Deus, esse é cem vezes mais culpado que o miserável que, levado pela cobiça, e às vezes pela necessidade, introduz-se numa casa para roubar e mata o que tenta impedi-lo. Porque este é quase sempre um homem sem educação, com imperfeitas noções do bem e do mal, enquanto o duelista pertence geralmente à classe mais esclarecida. Um, mata brutalmente, o outro, com método e cortesia, o que faz a sociedade desculpá-lo. Acrescento mesmo que o duelista é infinitamente mais culpado que o infeliz que, cedendo a um sentimento de vingança, mata num momento de desespero.
O duelista não tem por desculpa o arrastamento da paixão, porque entre o insulto e a reparação sempre a tempo de refletir. Ele age, pois, fria e premeditadamente. Tudo é calculado e estudado, para matar com segurança o seu adversário. É verdade que expõe também a sua vida, e é isso o que justifica o duelo aos olhos do mundo, que o considera como ato de coragem e desapego à vida. Mas haverá realmente coragem, quando se está seguro de si mesmo? O duelo, resto dos tempos de barbárie, quando a lei era o direito do mais forte, desaparecerá com uma apreciação mais sã do verdadeiro problema da honra, à medida que o homem adquirir uma fé mais ardente na vida futura.
16 – NOTA – Os duelos se tornam cada vez mais raros, e se ainda vemos, de tempos a tempos, dolorosos exemplos, o seu número não pode ser comparado ao de outrora. Um homem não saía de casa, antigamente, sem prever um encontro, tomando sempre as precauções necessárias. Um sinal característico dos costumes do tempo e dos povos era o uso do porte habitual, ostensivo ou disfarçado, de armas ofensivas e defensivas. A abolição desse uso revela o abrandamento dos costumes, e é curioso seguir-se a sua graduação, desde a época em que os cavaleiros só saíam com armaduras de ferro e lança em punho, até o simples uso da espada, que depois se tornou mais num ornamento, num acessório de uniforme, do que arma agressiva. Outro sinal do abrandamento dos costumes é que, antigamente, os combates pessoais se davam em plena rua, diante da turba, que se afastava para deixar livre o campo, e hoje se ocultam. A morte de um homem é hoje um acontecimento que provoca comoção: antigamente, não se lhe dava atenção. O Espiritismo extinguirá esses derradeiros vestígios da barbárie, ao inculcar nos homens o senso da caridade e da fraternidade.
O Espiritismo apagará esses últimos vestígios da barbárie, incutindo nos homens o espírito de caridade e de fraternidade.
REFLEXÕES: O duelo, com regras, legalizado por leis, desapareceu, mas o duelo, como luta para resolver pendências entre ofendido e ofensor, continua existindo em até as sociedades tidas como as mais instruídas ou mais civilizadas. Por isso as mensagens sobre o duelo, inseridas por Kardec neste livro, que estudamos, continuam muito atuais e necessárias para auxiliar o homem a desenvolver o amor dentro de si, eliminando o mal que ele criou.
A primeira, no item 11, é de Adolfo, bispo de Alger, que a inicia assim: “Só é verdadeiramente grande aquele que, considerando a vida como uma viagem que tem um destino certo, não se incomoda com as asperezas do caminho, não se deixa desviar nem por um instante da rota certa.”
O duelo contraria a lei do perdão ao ofensor, impede a clemência necessária à reabilitação do criminoso, tornando o ofendido em criminoso pior, porque age com mais violência, retirando a vida, que se tem, que se ganha, sem colaboração nossa, mas por vontade de Deus.
No item 12 - Santo Agostinho cita os ensinos de Jesus, mandando oferecer a face esquerda a quem lhe fere a direita, e as palavras dirigidas a Pedro: “Embainha de novo a tua espada, pois aquele que mata pela espada perecerá pela espada”, (Mateus, 26:52), conclui-se que, com essas palavras Jesus estaria condenando para sempre o duelo, seja de que forma ele se apresente.
No item 13 - Um Espírito Protetor escreve sobre o duelo, em 1861, como sendo uma das instituições bárbaras que ainda regem a sociedade, sendo uma continuação do que outrora, na Idade Média, se chamava Juízo de Deus. O autor, argumenta que a continuidade do duelo, não mais como Juízo de Deus, é mais cruel, visto que se entrega somente à força bruta, onde vence o mais forte, fisicamente, ou o mais hábil.
No item 14 – Francisco Xavier nos diz que: “Quando a caridade for à regra de conduta dos homens, eles conformarão os seus atos e as suas palavras a esta máxima: Não façais aos outros o que não quereis que os outros vos façam. Então, sim, desaparecerão todas as causas de discórdias, e com elas, as causas dos duelos e das guerras, que são duelos entre povos.”
No item 15 – Santo Agostinho declara que “O duelo, resto dos tempos de barbárie, quando a lei era o direito do mais forte, desaparecerá à medida que o homem adquirir uma fé mais ardente na vida futura.”
No item 16, Kardec escreveu que, no seu tempo, os duelos, já estavam se tornando mais raros e conclui com a frase “O Espiritismo extinguirá esses derradeiros vestígios da barbárie, ao inculcar nos homens o senso da caridade e da fraternidade.”
Ao espírita, muito será pedido, pelo muito que ele recebe, pela fé raciocinada que lhe mostra, sem dúvidas, além de tudo isso, a necessidade do perdão e do amor ao próximo.
Esse conhecimento, essa fé, levando-o a uma progressão moral, lhe dá também a responsabilidade de agir segundo ela, não podendo mais alegar ignorância das leis divinas.
Podemos pensar que Duelo seja um tema desatualizado, mas muito pelo contrário. É um tema muito atual. Talvez, não na forma de agressões físicas que o conhecíamos, mas por meio de insultos e violências mentais.
Chico dizia que “Poucos de nós se dão conta da atmosfera psíquica em que mergulhamos ao estabelecer diálogos imaginários ou ao criar tribunais mentais acerca dos fatos do cotidiano e das notícias dos jornais. O mesmo ocorre com as murmurações, que nos enclausuram em um diálogo conosco mesmos, aprisionando a nossa vontade e a nossa força criadora.”
Na atualidade, o duelo, infelizmente, não tem se restringido só ao campo mental das criaturas (o que por si só, já é danoso), mas têm se disseminado nas redes sociais, por meio de comentários virulentos.
Evitemos as armadilhas dos duelos modernos.
Lembremo-nos de guardar a nossa sanidade mental, preservando o ambiente que criamos para nós mesmos, aprendendo a valorizar os momentos que passamos diante da nossa consciência para a produção de um clima que nos fortaleça e estimule.
Utilizemos melhor as nossas horas conosco mesmo, alimentando o nosso espírito com imagens e situações agradáveis.
PRECE E VIBRAÇÕES –
"Coloca o teu recipiente de água cristalina à frente de tuas orações e espera e confia." [Emmanuel / Chico Xavier]
Senhor Jesus, fazei-nos perceber que o trabalho do bem nos aguarda em toda parte.
Lembrai-nos, por misericórdia, que estamos no caminho da evolução com os nossos semelhantes, não para consertá-los e sim para atender à nossa própria melhoria.
Que possamos sempre respeitar os direitos alheios a fim de que os nossos também sejam preservados.
Dai-nos consciência do lugar que nos compete, para que não fiquemos exigindo da vida aquilo que não nos pertence.
Apaga em nós os melindres pessoais, de modo que não nos transformemos em estorvo diante dos irmãos.
Auxilia-nos a reconhecermos que cansaço e dificuldades não podem converter-nos em pessoas intratáveis, mas mostrai-nos, por piedade, o quanto podemos fazer nas boas obras, usando paciência e coragem, acima de quaisquer provações que nos atinjam a existência.
Concede-nos forças para irradiarmos a paz e o amor que nos ensinaste, onde quer que nos encontremos e a todos que necessitam.
E assim, rogamos Senhor, por todos os irmãos que estão passando por dores e sofrimentos, que possam sentir o alívio, a esperança e a calma através da Tua Luz.
Rogamos Senhor, a Tua permissão para que nossas águas sejam fluidificadas e que nelas sejam depositados os medicamentos necessários para nosso equilíbrio físico, espiritual e mental.
Perdoa-nos Senhor por nossas fragilidades e sustenta-nos a fé para que possamos estar sempre em ti, na certeza de que estás sempre conosco.
E assim, envolvidos pelas Vibrações de Paz deste momento, finalizamos nossos estudos agradecidos por todas as bênçãos recebidas.
Permaneça conosco Senhor,
Que assim seja.
Paz e Bem!