Estudo:

CAPÍTULO 13 – QUE A MÃO ESQUERDA NÃO SAIBA O QUE FAZ A DIREITA - FAZER O BEM SEM OSTENTAÇÃO – itens 01 a 03

HORA DO EVANGELHO NO LAR

“Quando, pois, dás a esmola, não faças tocar a trombeta diante de ti...” (Mateus, VI:2).


PRECE

Queridos irmãos, que a Paz de Jesus envolva a todos neste momento.
Vamos orar:
Mestre Jesus! Elevamos nossos corações e agradecemos a Deus, o Pai da vida, por tudo que temos recebido, inclusive pela presente reencarnação.
Agradecemos-te Mestre Jesus, o amparo de todos os dias e Te pedimos: guia nossos passos, ilumina nossos caminhos. Em nossas incertezas e fragilidades, seja Senhor, nosso apoio e nossa segurança. Fortaleça nossa vigilância, para que não venhamos a cair em tentações. Dai-nos força e coragem para vencermos nossas próprias imperfeições e continuarmos perseverantes no caminho do bem.
Divino amigo, auxilia-nos o entendimento da lição de hoje, para que possamos colocar Teus ensinamentos em prática nos nossos dias.

E assim Senhor, em Teu Nome, em nome dos espíritos responsáveis por esta tarefa de amor, mas sobretudo em nome de Deus, iniciamos os estudos de hoje.

Permaneça conosco e que assim seja.

Graças a Deus, Graças a Jesus.



MENSAGEM INICIAL

HUMILDADE

A humildade, por força divina, reflete-se, luminosa, em todos os domínios da Natureza, os quais expressam, efetivamente, o Trono de Deus, patrocinando o progresso e a renovação.

Magnificente, o Sol, cada dia, oscula a face do pântano sem clamar contra o insulto da lama; a flor, sem alarde, incensa a glória do céu. Filtrada na aspereza da rocha, a água se revela mais pura, e, em seguida às grandes calamidades, a colcha de erva cobre o campo, a fim de que o homem recomece a lida.

A carência de humildade, que, no fundo, é reconhecimento de nossa pequenez diante do Universo, surge na alma humana qual doentio enquistamento de sentimentos, quais sejam o orgulho e a cobiça, o egoísmo e a vaidade, que se responsabilizam pela discórdia e pela delinquência em todas as direções.

Sem o reflexo da humildade, atributo de Deus no reino do "eu", a criatura sente-se proprietária exclusiva dos bens que a cercam, despreocupada da sua condição real de espírito em trânsito nos carreiros evolutivos e, apropriando-se da existência em sentido particularista, converte a própria alma em cidadela de ilusão, dentro da qual se recusa ao contato com as realidades fundamentais da vida.

Sob o fascínio de semelhante negação, ergue azorragues de revolta contra todos os que lhe inclinem o espírito ao aproveitamento das horas, já que, sem o clima da humildade, não se desvencilha da trama de sombras a que ainda se vincula, no plano da animalidade que todos deixamos para trás, após a auréola da razão.

Possuída pelo espírito da posse exclusivista, a alma acolhe facilmente o desespero e o ciúme, o despeito e a intemperança, que geram a tensão psíquica, da qual se derivam perigosas síndromes na vida orgânica, a se exprimirem na depressão nervosa e no desequilíbrio emotivo, na ulceração e na disfunção celular, para não nos referirmos aos deploráveis sucessos da experiência cotidiana, em que a ausência da humildade comanda o incentivo à loucura, nos mais dolorosos conflitos passionais.

Quem retrata em si os louros dessa virtude quase desconhecida aceita sem constrangimento a obrigação de trabalhar e servir, a benefício de todos, assimilando, deste modo, a bênção do equilíbrio e substancializando a manifestação das Leis Divinas, que jamais alardeiam as próprias dádivas.

Humildade não é servidão. É, sobretudo, independência, liberdade interior que nasce das profundezas do espírito, apoiando-lhe a permanente renovação para o bem.

Cultivá-la é avançar para a frente sem prender-se, é projetar o melhor de si mesmo sobre os caminhos do mundo, é olvidar todo o mal e recomeçar alegremente a tarefa do amor, cada dia...

Refletindo-a, do Céu para a Terra, em penhor de redenção e beleza, o Cristo de Deus nasceu na palha da Manjedoura e despediu-se dos homens pelos braços da Cruz.

XAVIER, Francisco Cândido. Pensamento e Vida. Pelo Espírito Emmanuel. FEB.




LEITURA DO EVANGELHO

CAPÍTULO 13 – QUE A MÃO ESQUERDA NÃO SAIBA O QUE FAZ A DIREITA.

- FAZER O BEM SEM OSTENTAÇÃO – itens 01 a 03

1 – Guardai-vos, não façais as vossas boas obras diante dos homens, com o fim de serdes vistos por eles; de outra sorte não tereis a recompensa da mão de vosso Pai, que está nos Céus. Quando, pois, dás a esmola, não faças tocar a trombeta diante de ti, como praticam os hipócritas nas sinagogas e nas ruas, para serem honrados dos homens; em verdade vos digo que eles já receberam a sua recompensa. Mas quando dás a esmola, não saiba a tua esquerda o que faz a tua direita; para que a tua esmola fique escondida, e teu Pai, que vê o que fazes em segredo, te pagará. (Mateus, VI: 1-4).

2 – E depois que Jesus desceu do monte, foi muita a gente do povo que o seguiu. E eis que, vindo um leproso, o adorava dizendo: Se tu queres, Senhor, bem me podes limpar. E Jesus, estendendo a mão, tocou-o dizendo: Pois eu quero; fica limpo. E logo ficou limpa toda a sua lepra. Então lhe disse Jesus: Vê, não o digas a alguém; mas vai, mostra-te ao sacerdote, e faze a oferta que ordenou Moisés, para lhes servir de testemunho a eles. (Mateus, VIII: 1-4).

3 – Fazer o bem sem ostentação tem grande mérito. Esconder a mão que dá é ainda mais meritório, é o sinal incontestável de uma grande superioridade moral. Porque, para ver as coisas de mais alto que o vulgo, é necessário fazer abstração da vida presente e identificar-se com a vida futura. É necessário, numa palavra, colocar-se acima da humanidade, para renunciar à satisfação do testemunho dos homens e esperar a aprovação de Deus. Aquele que preza mais a aprovação dos homens que a de Deus, prova que tem mais fé nos homens que em Deus, e que a vida presente é para ele mais do que a vida futura, ou até mesmo que não crê na vida futura. Se ele diz o contrário, age, entretanto, como se não acreditasse no que diz.

Quantos há que só fazem um benefício com a esperança de que o beneficiado o proclame sobre os telhados; que darão uma grande soma à luz do dia, mas escondido não dariam sequer uma moeda! Foi por isso que Jesus disse: “Os que fazem o bem com ostentação já receberam a sua recompensa”. Com efeito, aquele que busca a sua glorificação na Terra, pelo bem que faz, já se pagou a si mesmo. Deus não lhe deve nada; só lhe resta a receber a punição do seu orgulho.

Quem a mão esquerda não saiba o que faz a direita é uma figura que caracteriza admiravelmente a beneficência modesta. Mas, se existe a modéstia real, também existe a falsa modéstia, o simulacro da modéstia, pois há pessoas que escondem a mão, tendo o cuidado de deixar perceber que o fazem. Indigna paródia das máximas do Cristo! Se os benfeitores orgulhosos são depreciados pelos homens, que não lhes acontecerá perante Deus? Eles também já receberam as suas recompensas na Terra. Foram vistos; estão satisfeitos de terem sido vistos; é tudo quanto terão.

Qual será então a recompensa do que faz pesar os seus benefícios sobre o beneficiado, que lhe exige de qualquer maneira testemunhos de reconhecimento, que lhe faz sentir a sua posição ao exaltar o preço dos sacrifícios que suportou por ele? Oh! para esse, não há nem mesmo a recompensa terrena, porque está privado da doce satisfação de ouvir bendizerem o seu nome, o que é um primeiro castigo para o seu orgulho. As lágrimas que estanca, em proveito da sua vaidade, em lugar de subirem ao céu, recaem sobre o coração do aflito para ulcerá-lo. O bem que faz não lhe aproveita, desde que o censura, porque todo benefício exprobrado é moeda alterada que perdeu o valor.

O benefício sem ostentação tem duplo mérito: além da caridade material, constitui caridade moral, pois contorna a suscetibilidade do beneficiado, fazendo-o aceitar o obséquio sem lhe ferir o amor próprio e salvaguardando a sua dignidade humana, pois há quem aceite um serviço, mas recuse a esmola. Converter um serviço em esmola, pela maneira por que é prestado, é humilhar o que o recebe, e há sempre orgulho e maldade em humilhar a alguém. A verdadeira caridade, ao contrário, é delicada e habilidosa para dissimular o benefício e evitar até as menores possibilidades de melindre, porque todo choque moral aumenta o sofrimento provocado pela necessidade. Ela sabe encontrar palavras doces e afáveis, que põe o beneficiado à vontade diante do benfeitor, enquanto a caridade orgulhosa o humilha. O sublime da verdadeira generosidade está em saber o benfeitor inverter os papéis, encontrando um meio de parecer ele mesmo agradecido àquele a quem presta o serviço. Eis o que querem dizer estas palavras: Que a mão esquerda não saiba o que faz a direita.



REFLEXÕES: Precisamos estar atentos quanto ao modo como proceder ao querermos ser úteis a alguém ou apoiarmos alguma causa. Devemos ser discretos.

Allan Kardec alerta sobre a falsa modéstia no ato de auxiliar o outro, lembrando que há pessoas que escondem a mão, como disse Jesus, mas “tendo o cuidado de deixar perceber que o fazem”. Esses também já recebem, na hora, a recompensa: foram vistos. Alerta também sobre o que faz pesar seus benefícios sobre o beneficiado. Quantos ajudam, mas cobram o auxílio, através de imposições de atitudes e ou de ações, exaltando os sacrifícios que fazem ou suportam. Esse comportamento, que é bastante comum, demonstra o quanto o homem está distante de fazer o bem pelo bem. Vemos isso em pais reclamando dos filhos, o que fizeram para eles quando pequenos, vemos esposos também cobrando atitudes em troca do que fazem ou fizeram, amigos se afastando porque não recebeu do outro as atenções das quais se julga merecedor.

Quem faz o bem, reclamando, lamentando, censurando, cobrando, não recebe recompensa, visto que não se apercebe dos benefícios que poderia usufruir em seu favor, na benção da oportunidade de servir, de ajudar alguém, de desfazer antipatias e inimizades, conquistando um amigo para toda a eternidade.

Afirma Kardec: “Para esse, não há nem mesmo a recompensa terrena, porque está privado da doce satisfação de ouvir bendizerem o seu nome...”




PRECE E VIBRAÇÕES

"Coloca o teu recipiente de água cristalina à frente de tuas orações e espera e confia." [Emmanuel / Chico Xavier]



Agradecidos por estes momentos de prece e reflexões, com nossos pensamentos elevados, vamos nos doar em benefício daqueles que estão mais necessitados:

Senhor Jesus ampara nosso propósito de servir, que em Teu nome e com o auxílio dos bons espíritos, possamos ajudar a quem está mais necessitado do que nós.

Que através de nossas vibrações todos aqueles que estejam sofrendo, que estejam infelizes, recebam a suavização de suas dores.

Que todos os irmãos que estão nos vícios, nos crimes, recebam o estímulo para que se reequilibrem e busquem amparo para se corrigirem a tempo.

Que os enfermos que se encontram nos hospitais, nos asilos, no seu próprio lar, nos albergues... os que estão com covid e outras doenças, recebam um lenitivo para seus males.

Que as crianças e os jovens, sejam envolvidos em proteção e que não lhes falte nunca o amparo material e o amparo espiritual.

Que os governantes de todas as nações, especialmente os do nosso País e daqueles que estão vivendo os horrores da guerra, recebam a Tua inspiração para que suas ações sejam assertivas, sempre com justiça e amor, pensando no povo que sofre pelas decisões tomadas e na Paz que traz o equilíbrio. Que Jesus ampare as vítimas dessas ações bélicas e das ações da natureza. Que os desencarnados sejam acolhidos e esclarecidos e os que ficam sejam amparados e fortalecidos.

Que todas as criaturas, repleta boa vontade, que querem praticar o bem, trabalhar em favor do próximo, consigam realizar todo o bem que desejam fazer.

Vibramos, fraternalmente, por todas as Casas Espíritas, especialmente, pela Casa Espírita que frequentamos, que nos possibilita o conhecimento, o estudo edificante e nossa mudança interior.

Vibramos amorosamente por todos os lares, inclusive o nosso, para que a compreensão, a harmonia e o amor fraternal prevaleçam sempre entre os familiares.

E assim, agradecidos e pacificados, finalizamos nossos estudos rogamos a Jesus que estenda suas mãos misericordiosas sobre todos nós, restaurando nossas energias e fluidificando nossas águas para que tenhamos equilíbrio físico, emocional e mental.

Mestre Jesus, somos gratos por todas as bênçãos recebidas neste momento, por Tua proteção de todos os instantes e por nos auxiliar sempre, a enxergarmos o mundo com os olhos do amor e da compreensão.

Permaneça conosco Senhor, que assim seja!

Paz e Bem!