Estudo:
CAPÍTULO 14 – HONRAI A VOSSO PAI E A VOSSA MÃE - PIEDADE FILIAL – itens 01 a 04.
HORA DO EVANGELHO NO LAR
“Daí com ternura, juntando ao benefício material o mais precioso de todos: uma boa palavra, uma carícia, um sorriso amigo." (Um Espírito Protetor - ESE - Cap. XIII - Item 18)
PRECE
Neste momento, elevamos nossos pensamentos ao alto, asserenando nossos corações, tranquilizando nossas mentes e agradecendo a Jesus por nos dar a oportunidade do estudo edificante.
Que a lição de hoje possa trazer consolo e fortalecimento para nossas fragilidades; que possamos compreendê-la e aplicá-la em nossas vidas, em nossos dias.
Permita Mestre Jesus que nossos benfeitores espirituais estejam ao nosso lado amparando-nos, protegendo-nos e auxiliando-nos o entendimento.
E assim, em Teu Nome e em nome dos benfeitores responsáveis por esta tarefa de amor, mas acima de tudo em nome de Deus, iniciamos as nossas reflexões com a prece que nos ensinou: Pai Nosso que estais nos Céus, santificado seja o vosso Nome...
Permaneça conosco Mestre amado e que assim seja.
Graças a Deus, Graças a Jesus.
MENSAGEM INICIAL
DEVERES DOS FILHOS
Toda a gratidão sequer retribuirá a fortuna da oportunidade fruída através do renascimento carnal.
O carinho e respeito contínuos não representarão oferenda compatível com a amorosa assistência recebida desde antes do berço.
A delicadeza e a afeição não corresponderão à grandeza dos gestos de sacrifício e da abnegação demoradamente recebidos...
Os filhos têm deveres intransferíveis para com os pais, instrumentos de Deus para o trâmite da experiência carnal, mediante a qual o Espírito adquire patrimônios superiores, resgata insucessos e comprometimentos perturbadores.
Existem genitores que apenas procriam, fugindo à responsabilidade. Não compete, porém, aos filhos julgá-los com severidade, desde que não são dotados da necessária lucidez e correção para esse fim.
Se fracassaram no sagrado ministério, não se furtarão à consciência, em forma da presença da culpa neles gravada.
Auxiliá-los por todos os meios ao alcance é mister indeclinável, que o filho deve ofertar com extremos de devotamento e renúncias.
A ingratidão dos filhos para com os pais é dos mais graves enganos a que se pode permitir o Espírito na sua marcha ascensional.
A irresponsabilidade dos progenitores de forma alguma justifica a falência dos deveres morais por parte da prole.
Ninguém se vincula a outrem através dos vigorosos liames do corpo somático, da família, sem justas, ponderosas razões.
- Desincumbir-se das tarefas relevantes que o amor e o reconhecimento impõem — eis o impositivo que ninguém pode julgar lícito postergar.
Ama e respeita em teus genitores a humana manifestação da paternidade divina.
Quando fortes, sê-lhes a companhia e a jovialidade: quando fracos, a proteção e o socorro.
Enquanto sadios, presenteia-os com a alegria e a consideração; se enfermos, com a assistência dedicada e a sustentação preciosa.
Em qualquer situação ou circunstância, na maturidade ou na velhice, afeiçoa-te àqueles que te ofertaram o corpo de que te serves para os cometimentos da evolução, como o mínimo que podes dispensar-lhes, expressando o dever de que te encontras investido.
Extraído do livro “SOS Família" – Joanna de Ângelis, psicografado por Divaldo Franco.
LEITURA DO EVANGELHO
CAPÍTULO 14 – HONRAI A VOSSO PAI E A VOSSA MÃE
PIEDADE FILIAL – itens 1 a 4.
1 – Sabes os mandamentos: não cometas adultérios; não mates; não furtes; não digas falso testemunho; não cometais fraudes; honra a teu pai e a tua mãe. (Marcos, X: 19; Lucas, XVIII: 20; Mateus, XIX: 19).
2 – Honra a teu pai e a tua mãe, para teres uma dilatada vida sobre a Terra que o Senhor teu Deus te há de dar. (Decálogo, Êxodo, XX: 12)
PIEDADE FILIAL
3 – O mandamento: “Honra a teu pai e a tua mãe”, é uma consequência da lei geral da caridade e do amor ao próximo, porque não se pode amar ao próximo sem amar aos pais; mas o imperativo honra implica um dever a mais para com eles: o da piedade filial. Deus quis demonstrar, assim, que o amor é necessário juntar o respeito, a estima, a obediência e a condescendência, o que implica a obrigação de cumprir para com eles, de maneira mais rigorosa, tudo o que a caridade determina em relação ao próximo. Esse dever se estende naturalmente às pessoas que se encontram no lugar dos pais, e cujo mérito é tanto maior, quanto o devotamento é para elas menos obrigatório. Deus pune sempre de maneira rigorosa toda violação desse mandamento.
Honrar ao pai e à mãe não é somente respeitá-los, mas também assisti-los nas suas necessidades; proporcionando-lhes o repouso na velhice; cercá-los de solicitude, como eles fizeram por nós na infância.
É sobretudo para com os pais sem recursos que se demonstra a verdadeira piedade filial. Satisfariam a esse mandamento os que julgam fazer muito, aos lhes darem o estritamente necessário para que não morram de fome, enquanto eles mesmos de nada se privam? Relegando-os aos piores cômodos da casa, apenas para não deixá-los na rua, e reservando para si mesmos os melhores aposentos, os mais confortáveis? E ainda bem quando tudo isso não é feito de má vontade, sendo os pais obrigados a pagar o que lhes resta da vida com a carga dos serviços domésticos! É então justo que pais velhos e fracos tenham de servir a filhos jovens e fortes? A mãe lhe teria cobrado o leite, quando ainda estavam no berço? Teria, por acaso, contado as suas noites de vigília, quando eles ficavam doentes, os seus passos para proporcionar-lhes o cuidado necessário? Não, não é só o estritamente necessário que os filhos devem aos pais pobres, mas também, tanto quanto puderem, as pequenas alegrias do supérfluo, as amabilidades, os cuidados carinhosos, que são apenas os juros do que receberam, o pagamento de uma dívida sagrada. Essa, somente, é a piedade filial aceita por Deus.
Infeliz, portanto, aquele que se esquece da sua dívida para os que o sustentaram na infância, os que, com a vida material, lhe deram também a vida moral, que frequentemente se impuseram duras privações para lhe assegurar o bem-estar! Ai do ingrato, porque ele será punido pela ingratidão e o abandono; será ferido nas suas mais caras afeições, às vezes desde a vida presente, mas de maneira certa noutra existência, em que terás de sofrer o que fez os outros sofrerem!
Certos pais, é verdade, descuidam dos seus deveres, e não são para os filhos o que deviam ser. Mas é a Deus que compete puni-los, e não aos filhos. Não cabe a estes censurá-los, pois que talvez eles mesmos fizeram por merecê-los assim. Se a caridade estabelece como lei que devemos pagar o mal com o bem, ser indulgentes para as imperfeições alheias, não maldizer do próximo, esquecer e perdoar as ofensas, e amar até mesmo os inimigos, quanto essa obrigação se faz ainda maior em relação aos pais! Os filhos, devem, por isso mesmo, tomar como regra de conduta para com os pais todos os preceitos de Jesus referentes ao próximo, e lembrar que todo procedimento condenável em relação aos estranhos, mais condenável se torna para com os pais. Devem lembrar que aquilo que no primeiro caso seria apenas uma falta, pode tornar-se um crime no segundo, porque, neste, à falta de caridade se junta à ingratidão.
4 – Deus disse: “Honrarás a teu pai e a tua mãe, para teres uma dilatada vida sobre a Terra que o Senhor teu Deus te há de dar”. Mas por que promete como recompensa a vida terrena e não a celeste? A explicação se encontra nestas palavras: “Que Deus vos dará”, suprimidas na forma moderna do decálogo, o que lhe desfigura o sentido. Para compreendermos essas palavras, temos de nos reportar à situação e às ideias dos hebreus, na época em que elas foram pronunciadas. Eles ainda não compreendiam a vida futura. Sua visão não se estendia além dos limites da vida física. Por isso, deviam ser mais fortemente tocados pelas coisas que viam, do que pelas invisíveis. Eis o motivo porque Deus lhes fala numa linguagem ao seu alcance, e, como as crianças, lhes apresentam como perspectiva aquilo que poderia satisfazê-los. Eles estavam então no deserto. A Terra que Deus lhes dará é a Terra da Promissão, alvo de suas aspirações. Nada mais desejavam e Deus lhes diz que viverão nela por longo tempo, o que significa que a possuirão por longo tempo, se observarem os seus mandamentos.
Mas, ao advento de Jesus, suas ideias estavam mais desenvolvidas. Tendo chegado o momento de lhes ser dado um alimento menos grosseiro, Jesus os inicia na vida espiritual, ao dizer: “Meu Reino não é deste mundo; é nele, e não sobre a Terra, que recebereis a recompensa das vossas boas obras”. Com estas palavras, a Terra da Promissão material se transforma numa pátria celeste. Da mesma maneira, quando lhes recorda a necessidade de observação do mandamento: “Honra a teu pai e a tua mãe”, já não é mais a Terra que lhes promete, mas o céu. (Caps. II e III).
REFLEXÕES: O capítulo de hoje é muito importante para nossas reflexões, esse assunto nos traz um tema que diz respeito a todos nós.
Porque todos nós somos filhos, quer os nossos pais estejam vivos ou tenham partido para o plano espiritual. Todos, indistintamente, somos filhos.
Honrai vosso pai e vossa mãe.... todos nós sabemos que este é 4º mandamento da Lei de Deus, recebido no Monte Sinai. Mas o que significa honrar?
Honrar significa reverenciar, estimar, valorizar.
Honrar é dar respeito não apenas pelo mérito, mas pela posição.
O Evangelho nos diz que honrar é uma consequência da Lei Geral de Amor ao Próximo, não podemos amar ao nosso próximo sem amar nosso pai e nossa mãe”.
Porém, a palavra “honrar” encerra um dever a mais para com eles: o da piedade filial.
Mas o que é piedade filial? Será que piedade é ter pena? Não, não é isso.
Piedade filial significa que, ao amor que devemos ter para com os nossos pais, é necessário acrescentarmos o respeito, a atenção, a consideração e a submissão.
E não é apenas respeitá-los, mas é também lhes proporcionar o descanso na velhice, é assistir aos nossos pais na necessidade e é ainda cercá-los de atenção, de carinho, de solicitude.
E o evangelho nos diz mais, nos diz que a piedade filial aceita por Deus não é aquela que se resume simplesmente em dar o necessário para os pais.
É preciso que os filhos, tanto quanto possível, os cumulem com cuidados delicados, em retribuição ao que receberam desses mesmos pais na infância e na juventude, como pagamento de uma dívida sagrada.
Essa é “a verdadeira piedade filial aceita por Deus”.
PRECE E VIBRAÇÕES –
"Coloca o teu recipiente de água cristalina à frente de tuas orações e espera e confia." [Emmanuel / Chico Xavier]
E assim, com o ambiente harmonizado vamos elevando nossos sentimentos e pensamentos ao alto e vamos juntos, vibrar Paz, Amor, Harmonia, Saúde e Equilíbrio em benefício de nossos irmãos, rogando humildemente ao nosso Mestre Jesus, que também nos envolva em suas Luzes esclarecedoras e nos cubra com sua proteção, reabastecendo nossas energias, fazendo-nos mais amor e mais compreensão.
Vibramos por todos por todos aqueles, encarnados e desencarnados, que estão em sofrimento, que se encontram em um leito de dor, nos hospitais, nos asilos ou pelas ruas, que possam ser fortalecidos e esclarecidos.
Vibramos por todas as crianças e jovens, para que sejam sempre amparados, protegidos e conduzidos ao caminho do bem.
Que todos os lares da Terra, o nosso também, sejam abençoados e que a harmonia e o amor estejam sempre presentes.
Pedimos Senhor por todos os Dirigentes e trabalhadores Espíritas, para que sejam fortalecidos e continuem sempre com o trabalho de amor, de acolher e consolar a todos que precisam.
Queremos agora Senhor, vibrarmos de maneira muito especial pelo Bem Universal, pela Paz Mundial e harmonia entre todos os povos.
Por nosso Brasil com muito amor em nossos corações, vamos imaginando o seu contorno todo iluminado, pedindo a Jesus que essa luz seja forte o suficiente para irradiar a todos Paz, Justiça e Amor.
Pedimos ainda a Tua infinita misericórdia em favor de todos aqueles nossos irmãos que estagiam no mal, no mundo da violência e das drogas e que hoje sofrem as consequências de suas más escolhas.
Suplicamos, ainda, tua consolação aos que perderam o sentido da vida, a vontade de viver, a esperança de um amanhã melhor, a fé que fortalece e dá coragem.
Que tenhamos sempre, como regra de conduta, amar, respeitar e dar a assistência necessária àqueles que nos deram a vida.
E assim Senhor, ainda rogamos que olhe por todos nós, para que, com a Tua Bondade permita aos Espíritos, trabalhadores da Tua Seara, fluidificarem nossas águas e nos auxiliarem a compreender a infinitude do verbo amar.
Que sejamos sempre, Mestre Jesus, merecedores do Teu Amor.
Que assim seja.
Graças a Deus! Graças a Jesus.
Paz e Bem!
“Daí com ternura, juntando ao benefício material o mais precioso de todos: uma boa palavra, uma carícia, um sorriso amigo." (Um Espírito Protetor - ESE - Cap. XIII - Item 18)
PRECE
Neste momento, elevamos nossos pensamentos ao alto, asserenando nossos corações, tranquilizando nossas mentes e agradecendo a Jesus por nos dar a oportunidade do estudo edificante.
Que a lição de hoje possa trazer consolo e fortalecimento para nossas fragilidades; que possamos compreendê-la e aplicá-la em nossas vidas, em nossos dias.
Permita Mestre Jesus que nossos benfeitores espirituais estejam ao nosso lado amparando-nos, protegendo-nos e auxiliando-nos o entendimento.
E assim, em Teu Nome e em nome dos benfeitores responsáveis por esta tarefa de amor, mas acima de tudo em nome de Deus, iniciamos as nossas reflexões com a prece que nos ensinou: Pai Nosso que estais nos Céus, santificado seja o vosso Nome...
Permaneça conosco Mestre amado e que assim seja.
Graças a Deus, Graças a Jesus.
MENSAGEM INICIAL
DEVERES DOS FILHOS
Toda a gratidão sequer retribuirá a fortuna da oportunidade fruída através do renascimento carnal.
O carinho e respeito contínuos não representarão oferenda compatível com a amorosa assistência recebida desde antes do berço.
A delicadeza e a afeição não corresponderão à grandeza dos gestos de sacrifício e da abnegação demoradamente recebidos...
Os filhos têm deveres intransferíveis para com os pais, instrumentos de Deus para o trâmite da experiência carnal, mediante a qual o Espírito adquire patrimônios superiores, resgata insucessos e comprometimentos perturbadores.
Existem genitores que apenas procriam, fugindo à responsabilidade. Não compete, porém, aos filhos julgá-los com severidade, desde que não são dotados da necessária lucidez e correção para esse fim.
Se fracassaram no sagrado ministério, não se furtarão à consciência, em forma da presença da culpa neles gravada.
Auxiliá-los por todos os meios ao alcance é mister indeclinável, que o filho deve ofertar com extremos de devotamento e renúncias.
A ingratidão dos filhos para com os pais é dos mais graves enganos a que se pode permitir o Espírito na sua marcha ascensional.
A irresponsabilidade dos progenitores de forma alguma justifica a falência dos deveres morais por parte da prole.
Ninguém se vincula a outrem através dos vigorosos liames do corpo somático, da família, sem justas, ponderosas razões.
- Desincumbir-se das tarefas relevantes que o amor e o reconhecimento impõem — eis o impositivo que ninguém pode julgar lícito postergar.
Ama e respeita em teus genitores a humana manifestação da paternidade divina.
Quando fortes, sê-lhes a companhia e a jovialidade: quando fracos, a proteção e o socorro.
Enquanto sadios, presenteia-os com a alegria e a consideração; se enfermos, com a assistência dedicada e a sustentação preciosa.
Em qualquer situação ou circunstância, na maturidade ou na velhice, afeiçoa-te àqueles que te ofertaram o corpo de que te serves para os cometimentos da evolução, como o mínimo que podes dispensar-lhes, expressando o dever de que te encontras investido.
Extraído do livro “SOS Família" – Joanna de Ângelis, psicografado por Divaldo Franco.
LEITURA DO EVANGELHO
CAPÍTULO 14 – HONRAI A VOSSO PAI E A VOSSA MÃE
PIEDADE FILIAL – itens 1 a 4.
1 – Sabes os mandamentos: não cometas adultérios; não mates; não furtes; não digas falso testemunho; não cometais fraudes; honra a teu pai e a tua mãe. (Marcos, X: 19; Lucas, XVIII: 20; Mateus, XIX: 19).
2 – Honra a teu pai e a tua mãe, para teres uma dilatada vida sobre a Terra que o Senhor teu Deus te há de dar. (Decálogo, Êxodo, XX: 12)
PIEDADE FILIAL
3 – O mandamento: “Honra a teu pai e a tua mãe”, é uma consequência da lei geral da caridade e do amor ao próximo, porque não se pode amar ao próximo sem amar aos pais; mas o imperativo honra implica um dever a mais para com eles: o da piedade filial. Deus quis demonstrar, assim, que o amor é necessário juntar o respeito, a estima, a obediência e a condescendência, o que implica a obrigação de cumprir para com eles, de maneira mais rigorosa, tudo o que a caridade determina em relação ao próximo. Esse dever se estende naturalmente às pessoas que se encontram no lugar dos pais, e cujo mérito é tanto maior, quanto o devotamento é para elas menos obrigatório. Deus pune sempre de maneira rigorosa toda violação desse mandamento.
Honrar ao pai e à mãe não é somente respeitá-los, mas também assisti-los nas suas necessidades; proporcionando-lhes o repouso na velhice; cercá-los de solicitude, como eles fizeram por nós na infância.
É sobretudo para com os pais sem recursos que se demonstra a verdadeira piedade filial. Satisfariam a esse mandamento os que julgam fazer muito, aos lhes darem o estritamente necessário para que não morram de fome, enquanto eles mesmos de nada se privam? Relegando-os aos piores cômodos da casa, apenas para não deixá-los na rua, e reservando para si mesmos os melhores aposentos, os mais confortáveis? E ainda bem quando tudo isso não é feito de má vontade, sendo os pais obrigados a pagar o que lhes resta da vida com a carga dos serviços domésticos! É então justo que pais velhos e fracos tenham de servir a filhos jovens e fortes? A mãe lhe teria cobrado o leite, quando ainda estavam no berço? Teria, por acaso, contado as suas noites de vigília, quando eles ficavam doentes, os seus passos para proporcionar-lhes o cuidado necessário? Não, não é só o estritamente necessário que os filhos devem aos pais pobres, mas também, tanto quanto puderem, as pequenas alegrias do supérfluo, as amabilidades, os cuidados carinhosos, que são apenas os juros do que receberam, o pagamento de uma dívida sagrada. Essa, somente, é a piedade filial aceita por Deus.
Infeliz, portanto, aquele que se esquece da sua dívida para os que o sustentaram na infância, os que, com a vida material, lhe deram também a vida moral, que frequentemente se impuseram duras privações para lhe assegurar o bem-estar! Ai do ingrato, porque ele será punido pela ingratidão e o abandono; será ferido nas suas mais caras afeições, às vezes desde a vida presente, mas de maneira certa noutra existência, em que terás de sofrer o que fez os outros sofrerem!
Certos pais, é verdade, descuidam dos seus deveres, e não são para os filhos o que deviam ser. Mas é a Deus que compete puni-los, e não aos filhos. Não cabe a estes censurá-los, pois que talvez eles mesmos fizeram por merecê-los assim. Se a caridade estabelece como lei que devemos pagar o mal com o bem, ser indulgentes para as imperfeições alheias, não maldizer do próximo, esquecer e perdoar as ofensas, e amar até mesmo os inimigos, quanto essa obrigação se faz ainda maior em relação aos pais! Os filhos, devem, por isso mesmo, tomar como regra de conduta para com os pais todos os preceitos de Jesus referentes ao próximo, e lembrar que todo procedimento condenável em relação aos estranhos, mais condenável se torna para com os pais. Devem lembrar que aquilo que no primeiro caso seria apenas uma falta, pode tornar-se um crime no segundo, porque, neste, à falta de caridade se junta à ingratidão.
4 – Deus disse: “Honrarás a teu pai e a tua mãe, para teres uma dilatada vida sobre a Terra que o Senhor teu Deus te há de dar”. Mas por que promete como recompensa a vida terrena e não a celeste? A explicação se encontra nestas palavras: “Que Deus vos dará”, suprimidas na forma moderna do decálogo, o que lhe desfigura o sentido. Para compreendermos essas palavras, temos de nos reportar à situação e às ideias dos hebreus, na época em que elas foram pronunciadas. Eles ainda não compreendiam a vida futura. Sua visão não se estendia além dos limites da vida física. Por isso, deviam ser mais fortemente tocados pelas coisas que viam, do que pelas invisíveis. Eis o motivo porque Deus lhes fala numa linguagem ao seu alcance, e, como as crianças, lhes apresentam como perspectiva aquilo que poderia satisfazê-los. Eles estavam então no deserto. A Terra que Deus lhes dará é a Terra da Promissão, alvo de suas aspirações. Nada mais desejavam e Deus lhes diz que viverão nela por longo tempo, o que significa que a possuirão por longo tempo, se observarem os seus mandamentos.
Mas, ao advento de Jesus, suas ideias estavam mais desenvolvidas. Tendo chegado o momento de lhes ser dado um alimento menos grosseiro, Jesus os inicia na vida espiritual, ao dizer: “Meu Reino não é deste mundo; é nele, e não sobre a Terra, que recebereis a recompensa das vossas boas obras”. Com estas palavras, a Terra da Promissão material se transforma numa pátria celeste. Da mesma maneira, quando lhes recorda a necessidade de observação do mandamento: “Honra a teu pai e a tua mãe”, já não é mais a Terra que lhes promete, mas o céu. (Caps. II e III).
REFLEXÕES: O capítulo de hoje é muito importante para nossas reflexões, esse assunto nos traz um tema que diz respeito a todos nós.
Porque todos nós somos filhos, quer os nossos pais estejam vivos ou tenham partido para o plano espiritual. Todos, indistintamente, somos filhos.
Honrai vosso pai e vossa mãe.... todos nós sabemos que este é 4º mandamento da Lei de Deus, recebido no Monte Sinai. Mas o que significa honrar?
Honrar significa reverenciar, estimar, valorizar.
Honrar é dar respeito não apenas pelo mérito, mas pela posição.
O Evangelho nos diz que honrar é uma consequência da Lei Geral de Amor ao Próximo, não podemos amar ao nosso próximo sem amar nosso pai e nossa mãe”.
Porém, a palavra “honrar” encerra um dever a mais para com eles: o da piedade filial.
Mas o que é piedade filial? Será que piedade é ter pena? Não, não é isso.
Piedade filial significa que, ao amor que devemos ter para com os nossos pais, é necessário acrescentarmos o respeito, a atenção, a consideração e a submissão.
E não é apenas respeitá-los, mas é também lhes proporcionar o descanso na velhice, é assistir aos nossos pais na necessidade e é ainda cercá-los de atenção, de carinho, de solicitude.
E o evangelho nos diz mais, nos diz que a piedade filial aceita por Deus não é aquela que se resume simplesmente em dar o necessário para os pais.
É preciso que os filhos, tanto quanto possível, os cumulem com cuidados delicados, em retribuição ao que receberam desses mesmos pais na infância e na juventude, como pagamento de uma dívida sagrada.
Essa é “a verdadeira piedade filial aceita por Deus”.
PRECE E VIBRAÇÕES –
"Coloca o teu recipiente de água cristalina à frente de tuas orações e espera e confia." [Emmanuel / Chico Xavier]
E assim, com o ambiente harmonizado vamos elevando nossos sentimentos e pensamentos ao alto e vamos juntos, vibrar Paz, Amor, Harmonia, Saúde e Equilíbrio em benefício de nossos irmãos, rogando humildemente ao nosso Mestre Jesus, que também nos envolva em suas Luzes esclarecedoras e nos cubra com sua proteção, reabastecendo nossas energias, fazendo-nos mais amor e mais compreensão.
Vibramos por todos por todos aqueles, encarnados e desencarnados, que estão em sofrimento, que se encontram em um leito de dor, nos hospitais, nos asilos ou pelas ruas, que possam ser fortalecidos e esclarecidos.
Vibramos por todas as crianças e jovens, para que sejam sempre amparados, protegidos e conduzidos ao caminho do bem.
Que todos os lares da Terra, o nosso também, sejam abençoados e que a harmonia e o amor estejam sempre presentes.
Pedimos Senhor por todos os Dirigentes e trabalhadores Espíritas, para que sejam fortalecidos e continuem sempre com o trabalho de amor, de acolher e consolar a todos que precisam.
Queremos agora Senhor, vibrarmos de maneira muito especial pelo Bem Universal, pela Paz Mundial e harmonia entre todos os povos.
Por nosso Brasil com muito amor em nossos corações, vamos imaginando o seu contorno todo iluminado, pedindo a Jesus que essa luz seja forte o suficiente para irradiar a todos Paz, Justiça e Amor.
Pedimos ainda a Tua infinita misericórdia em favor de todos aqueles nossos irmãos que estagiam no mal, no mundo da violência e das drogas e que hoje sofrem as consequências de suas más escolhas.
Suplicamos, ainda, tua consolação aos que perderam o sentido da vida, a vontade de viver, a esperança de um amanhã melhor, a fé que fortalece e dá coragem.
Que tenhamos sempre, como regra de conduta, amar, respeitar e dar a assistência necessária àqueles que nos deram a vida.
E assim Senhor, ainda rogamos que olhe por todos nós, para que, com a Tua Bondade permita aos Espíritos, trabalhadores da Tua Seara, fluidificarem nossas águas e nos auxiliarem a compreender a infinitude do verbo amar.
Que sejamos sempre, Mestre Jesus, merecedores do Teu Amor.
Que assim seja.
Graças a Deus! Graças a Jesus.
Paz e Bem!