Estudo:

CAPÍTULO 16 – SERVIR A DEUS E A MAMON – GUARDAI-VOS DA AVAREZA – item 3 (Parábola do Rico Insensato)

HORA DO EVANGELHO NO LAR

"A vida do homem não consiste na abundância daquilo que possui, mas na abundância dos benefícios que esparge e semeia, atendendo aos desígnios do Supremo Senhor.” (Emmanuel, Vinha de Luz, cap. 52) 
 
PRECE  

Queridos irmãos, que a Paz de Jesus envolva a todos neste momento. Vamos orar:
Deus, Pai e Criador, agradecemos a Vós pela vida que nos destes, pela vossa beneficência sem limites, pelo vosso amor sem exigências. 
Pedimos Pai de Bondade, que nos abençoe neste momento em que nos preparamos para o estudo dos Ensinamentos trazidos por nosso Mestre Jesus.   
Pai Amado! Ainda temos muito que aprender e assim sendo, rogamos ao Mestre Jesus que nos auxilie, que nos indique sempre caminho do bem e do amor:  
Ensina-nos, Mestre Jesus, e nos auxilie a afastarmos de nossos caminhos as trevas de nossa própria ignorância;  
Dai-nos Senhor, a consciência do lugar que nos compete, para que não estejamos a exigir da vida aquilo que não nos pertence; concedei-nos forças para irradiar a paz e o amor que nos ensinaste onde quer que estejamos;  
Que a Tua inspiração sempre guie nossas decisões;  
Que Teu olhar esteja sempre sobre nós, iluminando-nos com ternura;  
Que possamos ser sempre, instrumentos de Tua Paz, assim como nosso Francisco de Assis e cumprirmos com os deveres que nos cabem.  
Abençoa Senhor nosso propósito de aprendizado e de servir-Vos.   Permita neste momento, iniciarmos em Teu Nome e dos Benfeitores Espirituais, os estudos de hoje.  
Permaneça conosco e que assim seja!  
 
  
MENSAGEM INICIAL
DESPERDÍCIOS 
 
Há muito desperdício no mundo, fomentando larga faixa de miséria entre os homens. 
O que abunda em tua mesa falta em muitos lares. 
O excesso nas tuas mãos é escassez em inúmeras famílias. 
O que te sobra e atiras fora, produz ausência em outros lugares. 
O desperdício é fator expressivo de ruína na comunidade. 
O homem, desejando fugir das realidades transcendentes da vida, afoga-se na fantasia, engendrando as “indústrias da inutilidade”, abarrotando-se com os acúmulos, padecendo sob o peso constritor da irresponsabilidade, em que sucumbe por fim. 
A vida é simples nas suas exigências quase ascetas. 
Muitos cristãos distraídos, porém, ataviam-se, complicam os deveres, sobrecarregam-se do dispensável, desperdiçam valores, tempo e oportunidade edificante para o próprio burilamento. 
Desperdiçam palavras, amontoando-as em verbalismo inútil a fim de esconderem as verdades. 
Desperdiçam tempo em repousos e férias demorados, que anestesiam os centros combativos de ação da alma encarnada. 
Desperdiçam alimentos em banquetes, recepções, festas extravagantes com que disputam vaidades. 
Desperdiçam trajes e agasalhos em armários fechados, que não voltar a usar. 
Desperdiçam moedas irrecuperáveis em jogos e abusos de todo gênero, sem qualquer recato ou zelo. 
Desperdiçam a saúde nas volúpias do desejo e nas inquietações da posse com sofreguidão. 
Desperdiçam a inteligência, a beleza, a cultura, a arte nos espetáculos do absurdo e da incoerência, a fim de fazerem a viagem da recuperação do que estragaram, em alucinada correria para lugar nenhum. . . 
Não se recupera a malbaratada oportunidade. 
Ninguém volta ao passado, na busca de refazê-lo, encaminhá-lo noutro rumo. 
O desperdício alucina o extravagante e exaure o necessitado que se lhe faz vítima. 
Há, sim, muito e incompreensível desperdício na Terra. 
Reparte a tua fartura com a escassez do teu próximo. 
Divide os teus recursos, tuas conquistas e vê-los-ás multiplicados em mil mãos que se erguerão louvando a abençoando as tuas generosas mãos. 
Passarás pelo mundo queiras ou não. Os teus feitos ficarão aguardando o teu retorno. 
Como semeares, assim colherás. 
O que desperdiçares hoje, faltar-te-á amanhã, não o duvides. 
Sê pródigo sem ser perdulário, generosos sem ser desperdiçador e o que conseguires será crédito ou débito na contabilidade da tua vida perene. 
 
Livro “Leis Morais da Vida” - Pelo Espírito Joanna de Ângelis / Divaldo Pereira Franco – cap.20. 
      
LEITURA DO EVANGELHO 
CAPÍTULO 16 – SERVIR A DEUS E A MAMON – GUARDAI-VOS DA AVAREZA – item 3. (Parábola do Rico Insensato)   
 
3 – Então lhe disse um homem da plebe: Mestre, dize a meu irmão que reparta comigo da herança.  
Porém Jesus lhe respondeu: Homem, quem me constitui a mim juiz, ou partidor, sobre vós outros?  
Depois lhe disse: Guardai-vos e acautelai-vos de toda avareza, porque a vida de cada um não consiste na abundância das coisas que possui.  
Sobre o que lhes propôs esta parábola:  
O campo de um homem rico tinha dado abundantes frutos, e ele revolvia dentro de si estes pensamentos, dizendo:  
Que farei, que não tenho onde recolher os meus frutos?  
Farei isto, disse ele: derrubarei os meus celeiros e os farei maiores; e neles recolherei todas as minhas novidades, e os meus bens.  
E direi à minha alma: Alma minha, tu tens muitos bens em depósito para largos anos: descansa, come, bebe, regala-te.  
Mas Deus disse a este homem: Néscio*, esta noite te virão demandar a tua alma, e as coisas que tu ajuntaste, para quem serão? Assim é o que entesoura para si, e não é rico para Deus. (Lucas, XII: 13-21). 
*insensato, ignorante. 
 
REFLEXÕESEsta passagem de Lucas tem duas destinações, a primeira parte objetiva confirmar a assertiva de Jesus Cristo, quando disse: “Não julgueis, pois, com a medida com que julgardes sereis julgados”. Jesus Cristo, com toda a Sua autoridade moral, não quis exercer o papel de juiz, naquela questão corriqueira, entre os dois irmãos que disputavam uma herança.  
Jesus disse: “Quem me constitui juiz ou repartidor entre vós?”, demonstrando com isso a importância dos julgamentos que, muitas vezes, são apressados e inoportunos. Por isso devemos medir os nossos julgamentos, porque, sendo a justiça imparcial, ela não terá por inocentes, aqueles que julgam saber tudo e pensam que seus pareceres são sempre justos, mesmo que venham ferir ou prejudicar o nosso próximo. 
A segunda parte da parábola refere-se a um rico insensato, que possuindo vastos celeiros não estava satisfeito.  Demoliu-os e construiu outros ainda maiores. Acumulou bastante, de forma egoísta, sem beneficiar quem quer que seja voltado exclusivamente para os seus interesses e despreocupado da fome ou das tribulações que assolavam os seus semelhantes. Quando já estava no auge da riqueza, com seus celeiros abarrotados, exclamou: “Agora, minha alma, tens em depósito muitos bens para muitos anos; descansa, come, bebe e folga.”  Porém, conforme asseverou Jesus, naquela mesma noite, ele desencarnou, foi expiar nos planos espirituais as consequências do seu egoísmo e avareza, tendo deixado na Terra todos os seus bens.  
Lembremo-nos: a riqueza bem aplicada é um eficiente caminho de salvação para o Espírito humano, mas, quando mal aplicada, é perigoso abismo que faz o Espírito descer às mais lamentáveis condições de sofrimento. Através das vidas sucessivas, experimentamos hora a riqueza e hora a pobreza, em um aprendizado constante de sabermos ser bons ricos e bons pobres, uma vez que também existem pobres revoltados, endurecidos, teimosos, que culpam a Deus por suas dificuldades, esquecendo que, em vidas pretéritas, foram os ricos insensatos, esquecidos de construírem o tesouro imperecível nos Céus, onde os ladrões não roubam e a ferrugem não ataca. Pensemos nisto! 
 
 
PRECE E VIBRAÇÕES - 
 "Coloca o teu recipiente de água cristalina à frente de tuas orações e espera e confia." [Emmanuel / Chico Xavier] 
  
E assim, agradecendo a Jesus por mais esta oportunidade de estudo e encerramos nossas reflexões rogando a Deus por todos aqueles que necessitam de nosso amor e de nosso carinho fraterno, 
Pai Nosso que estais nos céus, na terra, em todos os mundos espirituais, santificado e bendito seja sempre o vosso nome, mesmo quando a dor e a desilusão ferirem nosso coração, bendito sejas. 
O pão nosso de cada dia, dai-nos hoje Pai, dai-nos o pão que revigora as forças físicas, mas dai-nos também o pão para o espírito. 
Perdoai as nossas dívidas, mas ensinai-nos antes a merecer o vosso perdão, perdoando aqueles que tripudiam sobre nossas dores, espezinham nossos corações e destroem nossas ilusões.  
Que possamos perdoá-los não com os lábios e sim com o coração.
Afastai do nosso caminho todo sentimento contrário a caridade. 
Que este Pai Nosso seja dadivoso para todos aqueles que sofrem. Como espiritas encarnados ou desencarnados. 
Que uma partícula deste Pai Nosso vá até os cárceres, onde alguns sofrem merecidamente, mas outros, pelo erro judiciário. 
Que vá até os hospícios iluminando os cérebros conturbados que ali se estão.  
Que vá aos hospitais, onde muitos choram e sofrem sem o consolo da palavra amiga.  
Que vá a todos aqueles que neste momento transpõe o portal da vida terrena para a espiritual para tenham um guia e o vosso perdão. 
Que esse Pai Nosso vá até os lugares mais solitários, desamparados e erga os aflitos, criaturas pobres e infelizes, dando-lhes apoio e fé. 
Que vá até o seio da terra onde o mineiro está exposto a grande perigo, e que ao fim do dia possa voltar ao seio de sua família.  
Que este Pai Nosso vá até aos dirigentes de todas as nações para que evitem a guerra e cultivem a Paz. Tende piedade dos órfãos. Daqueles que até esta hora não tiveram sequer um pedaço de pão. Tende compaixão dos navegadores dos ares, dos que lutam com os vendavais no meio do mar bravio. Tende piedade da mulher que abre olhos do ser à vida.  
Que este Pai Nosso vá até as Casas de orações, aos seus Dirigentes e voluntários, para harmonizar o convívio com amor e entendimento. 
Que a Harmonia do Bem permaneça sempre entre todos nós, que nossas aguas benditas sejam fluidificadas e que as vibrações de Amor  e Paz envolva a todos. 
Que assim seja, hoje e sempre. Obrigada Senhor. 
 
  Paz e Bem!