Estudo:

CAPÍTULO 16 – SERVIR A DEUS E A MAMON - UTILIDADE PROVIDENCIAL DA FORTUNA – item 7

HORA DO EVANGELHO NO LAR

 
"Se a riqueza é a fonte de muitos males... não é a ela que devemos nos ater, mas ao homem que dela abusa, como abusa de todos os dons de Deus."  - (ESE, Cap. XVI, item 7) 
PRECE  
Queridos irmãos, que a Paz de Jesus permeie nossas vidas hoje e sempre. Vamos nesse momento, tranquilizando nossos corações e abrindo espaço para que o plano superior possa ser nossa Luz, nosso bálsamo curador, nosso auxílio. 
Vamos agradecendo a oportunidade de estarmos aqui reunidos, em busca do aprendizado, que sustenta e consola nossos corações. 
Agrademos então a Deus, nosso Amado Pai e a Jesus nosso Mestre, pedimos que nos iluminem e permitam que nossos mentores, benfeitores espirituais estejam junto a nós, nos auxiliando no discernimento da lição de hoje. 
Mestre Jesus, em Teu Nome, em nome de Francisco de Assis, mas acima de tudo em nome de Deus, nosso Pai de Amor, iniciamos nossos estudos com a oração que nos ensinou: 
“Pai-Nosso, que estais nos céus...”  
Que assim seja! 
  
MENSAGEM INICIAL
DINHEIRO 
 
O dinheiro não compra o Céu, mas pode gerar a simpatia na Terra, quando utilizado nas tarefas do Bem. 
Não paga a boa vontade, entretanto, semeia o benefício e o contentamento de viver, se nossa alma permanece voltada para a Divina Inspiração. 
Não tem valor para o câmbio, depois da morte, contudo, é sustentáculo do progresso geral, se nosso espírito está centralizado nos objetivos de elevação. 
Não é fator absoluto de alegria ou de felicidade, mas pode ser o remédio ao doente, a gota de leite à criancinha desamparada, o teto ao velhinho relegado ao frio da noite, o socorro silencioso ao peregrino sem lar. 
Não é gerador de luz, entretanto, pode estender a fonte de ideias de consolação e de amor, em que muitas almas sequiosas de paz se dessedentam. 
Não é a base da harmonia, mas, em muitas ocasiões, consegue devolver a tranquilidade a corações paternos desalentados e a ninhos domésticos infelizes, toda vez que os nossos sentimentos se inclinam parara a verdadeira solidariedade. 
Não permitas que o dinheiro te tome o coração, usando-te a vida, qual despótico senhor e sim conduzamo-lo, através da utilidade, do entendimento e da cooperação, sob os imperativos da lei de fraternidade que nos reúne. 
Não nos esqueçamos de que Jesus abençoou o vintém da viúva, no tesouro público do Templo e, empregando o dinheiro para o bem, convertamo-lo em colaborador do Céu em todas as situações e dificuldades da Terra. 
 
Da obra: Dinheiro. Pelo Espírito Emmanuel/Chico Xavier. IDE. Cap.1. 
      
LEITURA DO EVANGELHO 
CAPÍTULO 16 – SERVIR A DEUS E A MAMON 
– UTILIDADE PROVIDENCIAL DA FORTUNA – item 7.  
 
7 – Se a riqueza tivesse de ser um obstáculo absoluto à salvação dos que a possuem, como se poderia inferir de certas expressões de Jesus, interpretadas segundo a letra e não segundo o espírito? Deus, que a distribui, teria posto nas mãos de alguns um instrumento fatal de perdição, o que repugna à razão. A riqueza é, sem dúvida, uma prova mais arriscada, mais perigosa que a miséria, em virtude das excitações e das tentações que oferece, da fascinação que exerce. É o supremo excitante do orgulho, do egoísmo e da vida sensual. É o laço que mais poderosamente liga o homem a Terra e desvia os seus pensamentos do céu. Produz tamanha vertigem, que vemos quase sempre os que passam da miséria à fortuna esquecerem-se rapidamente da sua antiga posição, bem como dos seus companheiros, dos que os ajudaram, tornando-se insensíveis, egoístas e fúteis. Mas, por tornar o caminho mais difícil, não se segue que o torne inviável, e não possa vir a ser um meio de salvação nas mãos do que a sabe utilizar, como certos venenos que restabelecem a saúde, quando empregados a propósito e com discernimento. 
Quando Jesus disse ao moço que interrogava sobre os meios de atingir a vida eterna: “Desfaze-te de todos os bens, e segue-me”, não pretendia estabelecer como princípio absoluto que cada um devia despojar-se do que possui, e que a salvação só se consegue a esse preço, mas mostrar que o apego aos bens terrenos é um obstáculo à salvação. Aquele moço, com efeito, julgava-se quite com a lei, porque havia observado certos mandamentos, e, no entanto, recusava à ideia de abandonar os seus bens; seu desejo de obter a vida eterna não ia até esse sacrifício. 
A proposição que Jesus lhe fazia era uma prova decisiva, para por às claras o fundo do seu pensamento. Ele podia, sem dúvida, ser um padrão de homem honesto, segundo o mundo, não prejudicar a ninguém, não maldizer o próximo, não ser frívolo, nem orgulhoso, honrar ao pai e a mãe. Mas não tinha a verdadeira caridade, pois a sua virtude não chegava até à abnegação. Eis o que Jesus quis demonstrar. Era uma aplicação do princípio: Fora da caridade não há salvação. 
A consequência daquelas palavras, tomadas na sua mais rigorosa acepção, seria a abolição da fortuna, como prejudicial à felicidade futura e como fonte de incontáveis males terrenos; e isso seria também a condenação do trabalho, que a pode proporcionar. Consequência absurda, que reconduziria o homem à vida selvagem, e que, por isso mesmo, estaria em contradição com a lei do progresso, que é uma lei de Deus. 
Se a riqueza é a fonte de muitos males, se excita tantas más paixões, se provoca mesmo tantos crimes, não é a ela que devemos ater-nos, mas o homem que dela abusa, como abusa de todos os dons de Deus. Pelo abuso, ele torna pernicioso o que poderia ser-lhe mais útil, o que é uma consequência do estado de inferioridade do mundo terreno. Se a riqueza só tivesse de produzir o mal, Deus não a teria posto na Terra. Cabe ao homem transformá-la em fonte do bem. Se ela não é uma causa imediata do progresso moral, é, sem contestação, um poderoso elemento do progresso intelectual. 
O homem, com efeito, tem por missão trabalhar pela melhoria material do globo. Deve desbravá-lo, saneá-lo, dispô-lo para um dia receber toda a população que a sua extensão comporta. Para alimentar essa população, que cresce sem cessar, deve aumentar a produção. Se a produção de uma região for insuficiente, precisa ir buscá-la noutra. Por isso mesmo, as relações de povo a povo tornam-se uma necessidade, e para facilitá-las é forçoso destruir os obstáculos materiais que os separam, tornar mais rápidas as comunicações. Para os trabalhos das gerações, que se realizam através dos séculos, o homem teve de extrair materiais das próprias entranhas da terra. Procurou na ciência os meios de executá-los mais rápida e seguramente; mas, para fazê-lo, necessitava de recursos: a própria necessidade o levou a produzir a riqueza, como o havia feito descobrir a ciência. A atividade exigida por esses trabalhos lhe aumenta e desenvolve a inteligência. Essa inteligência, que ele a princípio concentra na satisfação de suas necessidades materiais, o ajudará mais tarde a compreender as grandes verdades morais. A riqueza, portanto, sendo o primeiro meio de execução, sem ela não haveria grandes trabalhos, nem atividade, nem estímulo, nem pesquisas: com razão, pois, é considerada elemento de progresso. 
 
REFLEXÕES:  Os bens que possuímos não nos pertencem. São apenas empréstimos que Deus nos concede para que com eles realizemos o bem em favor da humanidade. Não é fácil pensar nos outros quando temos em excesso. Aliás, nunca achamos que temos muito. Sempre queremos mais. O outro, na miséria, na exclusão, quase sempre fica esperando. Poucos são, aqueles que se consideram ricos. Destes, é insignificante o número daqueles que se propõem a trabalhar no sentido de minorar a desgraça alheia. Daí por que poucos são também os que alcançam o Reino dos Céus, como dizia Jesus.  
É preciso despertar e descobrir nossas riquezas, que são muitas.  
A partir delas, aspergir bênçãos, aprendendo a repartir.  
Quando todos vestirem este pensamento e trabalharem nesse sentido, usando a riqueza com desprendimento, com critério, bom senso, como algo necessário ao bem-estar de muitos, usando-a no seu próprio desenvolvimento das qualidades morais, tornando-se mais generoso, mais solidário, mais fraterno proporcionando aos demais, meios de trabalho, de estudos, desenvolvendo o amor ao próximo, aí teremos, sem sombra de dúvidas, exterminado a miséria e o sofrimento da face da Terra.  
Obs.: Ver O Livro dos Espíritos - Questões 814, 815, 816 e 902.

 
 
PRECE E VIBRAÇÕES - 

 
"Coloca o teu recipiente de água cristalina à frente de tuas orações e espera e confia." [Emmanuel / Chico Xavier] 
  
Mestre Sublime Jesus, 
Fazei com que entendamos e aceitemos a vossa vontade e nunca a nossa, entregando-nos às Vossas Mãos fortes e misericordiosas para nos conduzir; 
Permita Senhor, que possamos nos desincumbir dos deveres que nos cabem, não conforme os nossos desejos, mas de acordo com as Leis Divinas; 
Lançai Vosso olhar sobre nós, a fim de que tenhamos a claridade da Vossa ternura, e não as sombras da nossa ignorância; 
Abençoai os nossos propósitos de servir-Vos, quando somente nos temos nos preocupado em utilizar de Vosso santo nome para servir-nos; 
Envolvei-nos na santificação dos Vossos projetos, de forma que sejamos Vós em nós, porquanto ainda não temos condição de estar em Vós; 
Dominai os nossos anseios de poder e de prazer, auxiliando-nos na conquista real da renúncia e da abnegação; 
Ajudai-nos na compreensão de vossos labores, amparando-nos em nossas dificuldades e socorrendo-nos quando mergulhados na ainda na matéria; 
Facultai-nos a dádiva de Vossa paz, de modo que a distribuamos por onde quer que nos encontremos e todos a identifiquem, compreendendo que somos Vossos servidores dedicados......e porque a morte restituiu-nos a vida gloriosa para continuarmos a trajetória de iluminação, dai-nos sabedoria para o êxito da viagem de ascensão, mesmo que tenhamos que mergulhar muitas vezes nas sombras da matéria, conduzindo-nos, porém, apontando-nos o rumo. 
Senhor! 
Intercedei, junto ao Pai Todo Amor, por Vossos irmãos da retaguarda, que somos quase todos nós, desertores de nossos deveres. 
Rogamos humildemente Senhor, que abençoe nossos amigos, para que realizem seus projetos, seus sonhos, vencendo dificuldades com alegria e fé, pois se os amigos estão felizes, também estamos bem. 
Abençoa nossos inimigos, para que a luz do bom senso penetre em seus corações, tornando-os mais misericordiosos e humanos, pois se nossos inimigos não nos agridem e nem nos causam aflição, nossa vida fica bem melhor. 
Pedimos por nossos parentes, para que compreendam a sublime tarefa da união familiar e aprendam a tolerar e a dividir, pois se nossos parentes se amam e se compreendem, nossa vida fica mais leve e serena. 
Pedimos por nossas Casas Espíritas, por todos os seus dirigentes, pelos voluntários e também por todos os que para lá se dirigem em busca de socorro espiritual ou material, que todos nossos irmãos atendam sempre ao chamado do amor, da cooperação e da amizade, para que a lealdade e a nobreza de espírito sejam a tônica de nossos gestos e assim, auxiliarmos e servirmos sempre, produzindo sempre mais e melhor. 
Pedimos pelos irmãos, encarnados e desencarnados, que se encontram em sofrimento, enfermos do corpo e da alma; depressivos e solitários, dependentes de drogas lícitas e ilícitas; 
Pedimos pelos jovens e pelas crianças, pelos idosos e por todos aqueles que anseiam pela Tua misericórdia; 
Pedimos por todos os povos, por todos os Países, por nosso Brasil e especialmente por todos os desempregados, rogamos Senhor, que a paz estabeleça e o equilíbrio reine em todos os nossos dias. 
Pedimos por todos, enfim, e rogamos Senhor, que permita a magnetização de nossas águas pelos Benfeitores Espirituais, para que através delas possamos adquirir força e coragem para as lutas de todos os dias. 
Permaneça conosco, abençoando-nos hoje e sempre. 
Que assim seja! 
 
  
Paz e Bem!