Estudo:

Capítulo V – BEM AVENTURADOS OS AFLITOS - O Suicídio e a Loucura – itens 14 a 17

“A calma e a resignação adquiridas na maneira de encarar a vida terrena, e a fé no futuro, dão ao Espírito uma serenidade que é o melhor preservativo da loucura e do suicídio.”–ESE – Cap. V – item 14Capítulo V – BEM AVENTURADOS OS AFLITOS - O Suicídio e a Loucura – itens 14 a 17Mestre Amado, aqui estamos reunidos para mais um estudo do Teu Evangelho de Luz, abençoa-nos com Tua Sagrada visita, permitindo que a Luz do Teu olhar penetre em nossa Alma como uma suave brisa de Primavera, para acordar a Esperança, que muitas vezes fica adormecida embaixo das folhas secas da indiferença e das ilusões... Desperte em nós a alegria e a generosidade do nosso coração, para sermos portadores da Tua Paz, do Teu Amor e de boas ações, para que todos que se aproximarem de nós possam sentir a Tua presença sábia e amiga a nos orientar.

Obrigado Jesus, pela Tua acolhida e pelo Teu imenso e infinito Amor, permaneça sempre conosco, nos amparando, nos esclarecendo e nos envolvendo em Tuas doces vibrações.

E assim, em Teu Nome, em nome de Francisco de Assis e dos Benfeitores Espirituais, responsáveis por este trabalho de amor, mas sobretudo em nome de Deus, nosso Pai de Amor e Bondade, iniciamos nossas reflexões de hoje.

Que assim seja. QUASE SUICIDASentimos-te o passo, à beira do precipício.
Caindo quase.
Entretanto, estamos aqui buscando-te o coração para o reequilíbrio.
Ninguém te pode medir a dor, mas urge reconhecer que por mais que soframos, há sempre alguém na travessia de obstáculos maiores. Abandona a ideia que te induz à própria destruição e medita.

Ainda há sol bastante para ser esperado amanhã, tanto quanto surgiu hoje.

Nem todas as estradas se fecham de vez no trânsito da vida.

E por mais anseies pelo fim, a morte é ilusão.

No trabalho e no repouso, na luz e na sombra, dentro do dia ou da noite, achamo-nos naquilo mesmo que fizemos de nós.

Não alargues, por isso, as feridas mentais que porventura carregues, acumulando cargas inúteis de aflição, porque além da cela corpórea de que pretendes afastar-te, reconhecer-te-ias simplesmente com tudo aquilo que fizeres de ti.
Recorda: a sabedoria da vida que regenera a erva mutilada tem remédio igualmente para qualquer de nossas dores. Ergue-te do vale conturbado das próprias emoções e larga para trás o nevoeiro da negação e da dúvida.
Segue adiante.
O trabalho salvador te espera o pensamento e as mãos. Escuta. O gemido de um enfermo relegado ao desamparo ou o choro de uma criança sozinha te apontam aqueles que te aguardam a presença amiga como sendo a de um anjo com o divino poder de auxiliar.

Avança mais um tanto.

A natureza materna conversará contigo pelo inarticulado da observação no silêncio. As árvores te falarão do prazer de ofertar os próprios frutos e a semente a renascer do claustro da terra te dirá que não há morte.
E quando a noite se te descobre, ante a jornada, os astros refletidos em teu olhar proclamarão por dentro de ti mesmo que força alguma te poderá despojar da condição luminosa de criatura de Deus.

Livro: Caminhos de Volta, Emmanuel / Chico XavierCapítulo V – BEM AVENTURADOS OS AFLITOS - O Suicídio e a Loucura – itens 14 a 1714 – A calma e a resignação adquiridas na maneira de encarar a vida terrena, e a fé no futuro, dão ao Espírito uma serenidade que é o melhor preservativo da loucura e do suicídio. Com efeito, a maior parte dos casos de loucura são provocados pelas vicissitudes que o homem não tem forças de suportar. Se, portanto, graças à maneira por que o Espiritismo o faz encarar as coisas mundanas, ele recebe com indiferença, e até mesmo com alegria, os revezes e as decepções que em outras circunstâncias o levariam ao desespero, é evidente que essa força, que o eleva acima dos acontecimentos, preserva a sua razão dos abalos que o poderiam perturbar.

15 – O mesmo se dá com o suicídio. Se excetuarmos os que se verificam por força da embriaguez e da loucura, e que podemos chamar de inconscientes, é certo que, sejam quais forem os motivos particulares, a causa geral é sempre o descontentamento. Ora, aquele que está certo de ser infeliz apenas um dia, e de se encontrar melhor nos dias seguintes, facilmente adquire paciência. Ele só se desespera se não ver um termo para os seus sofrimentos. E o que é a vida humana, em relação à eternidade, senão bem menos que um dia? Mas aquele que não crê na eternidade, que pensa tudo acabar com a vida, que se deixa abater pelo desgosto e o infortúnio, só vê na morte o fim dos seus pesares. Nada esperando, acha muito natural, muito lógico mesmo, abreviar as suas misérias pelo suicídio.

16 – A incredulidade, a simples dúvida quanto ao futuro, as ideias materialistas, em uma palavra, são os maiores incentivadores do suicídio: elas produzem a frouxidão moral. Quando vemos, pois, homens de ciência, que se apoiam na autoridade do seu saber, esforçarem-se para provar aos seus ouvintes ou aos seus leitores, que eles nada têm a esperar depois da morte, não o vemos tentando convencê-los de que, se são infelizes, o melhor que podem fazer é matar-se? Que poderiam dizer para afastá-los dessa ideia? Que compensação poderão oferecer-lhes? Que esperanças poderão propor-lhes? Nada além do nada! De onde é forçoso concluir que, se o nada é o único remédio heroico, a única perspectiva possível, mais vale atirar-se logo a ele, do que deixar para mais tarde, aumentando assim o sofrimento.

A propagação das ideias materialistas é, portanto, o veneno que inocula em muitos a ideia do suicídio, e os que se fazem seus apóstolos assumem uma terrível responsabilidade. Com o Espiritismo, a dúvida não sendo mais permitida, modifica-se a visão da vida. O crente sabe que a vida se prolonga indefinidamente para além do túmulo, mas em condições inteiramente novas. Daí a paciência e a resignação, que muito naturalmente afastam a ideia do suicídio. Daí, numa palavra, a coragem moral.

17 – O Espiritismo tem ainda, a esse respeito, outro resultado igualmente positivo, e talvez mais decisivo. Ele nos mostra os próprios suicidas revelando a sua situação infeliz, e prova que ninguém pode violar impunemente a lei de Deus, que proíbe ao homem abreviar a sua vida. Entre os suicidas, o sofrimento temporário, em lugar do eterno, nem por isso é menos terrível, e sua natureza dá o que pensar a quem quer que seja tentado a deixar este mundo antes da ordem de Deus. O espírita tem, portanto, para opor à ideia do suicídio, muitas razões: a certeza de uma vida futura, na qual ele sabe que será tanto mais feliz quanto mais infeliz e mais resignado tiver sido na Terra; a certeza de que, abreviando sua vida, chega a um resultado inteiramente contrário ao que esperava; que foge de um mal para cair noutro ainda pior, mais demorado e mais terrível; que se engana ao pensar que, ao se matar, irá mais depressa para o céu; que o suicídio é um obstáculo à reunião, no outro mundo, com as pessoas de sua afeição, que lá espera encontrar. De tudo isso resulta que o suicídio, só lhe oferecendo decepções, é contrário aos seus próprios interesses. Por isso, o número de suicídios que o Espiritismo impede é considerável, e podemos concluir que, quando todos forem espíritas, não haverá mais suicídios conscientes. Comparando, pois, os resultados das doutrinas materialistas e espírita, sob o ponto de vista do suicídio, vemos que a lógica de uma conduz a ele, enquanto a lógica de outra o evita, o que é confirmado pela experiência. O psiquiatra e cientista Augusto Jorge Cury faz o seguinte comentário sobre a depressão: “A dor da depressão pode ser considerada como o último estágio da dor humana. Ela é mais intensa que a dor da fome, pois uma pessoa faminta tem o apetite preservado, por isso remói até o lixo para comer e sobreviver, enquanto algumas pessoas deprimidas podem, mesmo diante de uma mesa farta, não ter apetite nem o desejo de viver. Frequentemente só compreende a dimensão da dor da depressão quem já passou por ela.” (livro: Análise da Inteligência de Cristo - O Mestre da Sensibilidade - Augusto Jorge Cury - Academia da Inteligência).

Todos nós temos as nossas fragilidades e a vida possui perdas imprevisíveis e variáveis muitas vezes difíceis de administrar. E continua o Dr. Augusto Jorge Cury: “Ninguém que pensa em suicídio ou que pratica atos suicidas quer exterminar a existência, mas quer exterminar a dor que solapa a sua alma”.

A doutrina espírita muito tem ajudado as pessoas a repensarem sobre o ato suicida, apresentando relatos complexos e profundos sobre a situação em que se encontram as pessoas que cometeram este ato extremo. Joanna de Ângelis no livro Após a Tempestade também nos fala dessas consequências: “aqueles que esfacelam o crânio, reencarnam com a idiotia, surdez-mudez, conforme a parte do cérebro afetada; os que tentaram o enforcamento retornam com os processos da paraplegia infantil; os afogados com enfisema pulmonar; tiros no coração, cardiopatias congênitas irreversíveis; os que se utilizam de tóxicos e venenos, sofrem sob o tormento das deformações congênitas, úlceras gástricas e cânceres.”

Como espíritas, somos e seremos sempre a FAVOR DA VIDA, precisamos compreender as necessidades daqueles que sofrem, enxergando em nossos irmãos as suas fragilidades, orientando-os e oferecendo sempre um ombro amigo.

Procuremos nos lembrar de Jesus, nosso guia e modelo quando nos assevera que temos que combater o pecado e não o pecador.

No Livro “Os Mensageiros” no capítulo 42, Aniceto diz: “Não condenemos! Auxiliemos sempre!” e no capítulo 44 a irmã Narcisa orienta: - “André, meu amigo, nunca te negues, quanto possível, a auxiliar os que sofrem. Ao pé dos enfermos, não olvides que o melhor remédio é a renovação da esperança; se encontrares os falidos e os derrotados da sorte, fala-lhes do divino ensejo do futuro; se fores procurado, algum dia, pelos espíritos desviados e criminosos, não profiras palavras de maldição. Anima, eleva, educa, desperta, sem ferir os que ainda dormem. Deus opera maravilhas por intermédio do trabalho de boa vontade sincera!”.

Para complementação das reflexões, ver o Livro dos Espíritos, questões 375, 376, 943, 957.


Obs.: Na nossa casa, Centro Espírita Francisco de Assis/São José do Rio Preto/SP, realiza-se semanalmente a reunião do DAEFA – Depto de Assistência Espiritual, destinada ao atendimento de pessoas portadoras de depressão, pensamentos suicidas e transtornos emocionais.

Atendimento: quartas-feiras, às 14 hs. Procure ajuda, você não está sozinho! "Coloca o teu recipiente de água cristalina à frente de tuas orações e espera e confia." [Emmanuel / Chico Xavier] 14 – A calma e a resignação adquiridas na maneira de encarar a vida terrena, e a fé no futuro, dão ao Espírito uma serenidade que é o melhor preservativo da loucura e do suicídio. Com efeito, a maior parte dos casos de loucura são provocados pelas vicissitudes que o homem não tem forças de suportar. Se, portanto, graças à maneira por que o Espiritismo o faz encarar as coisas mundanas, ele recebe com indiferença, e até mesmo com alegria, os revezes e as decepções que em outras circunstâncias o levariam ao desespero, é evidente que essa força, que o eleva acima dos acontecimentos, preserva a sua razão dos abalos que o poderiam perturbar.

15 – O mesmo se dá com o suicídio. Se excetuarmos os que se verificam por força da embriaguez e da loucura, e que podemos chamar de inconscientes, é certo que, sejam quais forem os motivos particulares, a causa geral é sempre o descontentamento. Ora, aquele que está certo de ser infeliz apenas um dia, e de se encontrar melhor nos dias seguintes, facilmente adquire paciência. Ele só se desespera se não ver um termo para os seus sofrimentos. E o que é a vida humana, em relação à eternidade, senão bem menos que um dia? Mas aquele que não crê na eternidade, que pensa tudo acabar com a vida, que se deixa abater pelo desgosto e o infortúnio, só vê na morte o fim dos seus pesares. Nada esperando, acha muito natural, muito lógico mesmo, abreviar as suas misérias pelo suicídio.

16 – A incredulidade, a simples dúvida quanto ao futuro, as ideias materialistas, em uma palavra, são os maiores incentivadores do suicídio: elas produzem a frouxidão moral. Quando vemos, pois, homens de ciência, que se apoiam na autoridade do seu saber, esforçarem-se para provar aos seus ouvintes ou aos seus leitores, que eles nada têm a esperar depois da morte, não o vemos tentando convencê-los de que, se são infelizes, o melhor que podem fazer é matar-se? Que poderiam dizer para afastá-los dessa ideia? Que compensação poderão oferecer-lhes? Que esperanças poderão propor-lhes? Nada além do nada! De onde é forçoso concluir que, se o nada é o único remédio heroico, a única perspectiva possível, mais vale atirar-se logo a ele, do que deixar para mais tarde, aumentando assim o sofrimento.

A propagação das ideias materialistas é, portanto, o veneno que inocula em muitos a ideia do suicídio, e os que se fazem seus apóstolos assumem uma terrível responsabilidade. Com o Espiritismo, a dúvida não sendo mais permitida, modifica-se a visão da vida. O crente sabe que a vida se prolonga indefinidamente para além do túmulo, mas em condições inteiramente novas. Daí a paciência e a resignação, que muito naturalmente afastam a ideia do suicídio. Daí, numa palavra, a coragem moral.

17 – O Espiritismo tem ainda, a esse respeito, outro resultado igualmente positivo, e talvez mais decisivo. Ele nos mostra os próprios suicidas revelando a sua situação infeliz, e prova que ninguém pode violar impunemente a lei de Deus, que proíbe ao homem abreviar a sua vida. Entre os suicidas, o sofrimento temporário, em lugar do eterno, nem por isso é menos terrível, e sua natureza dá o que pensar a quem quer que seja tentado a deixar este mundo antes da ordem de Deus. O espírita tem, portanto, para opor à ideia do suicídio, muitas razões: a certeza de uma vida futura, na qual ele sabe que será tanto mais feliz quanto mais infeliz e mais resignado tiver sido na Terra; a certeza de que, abreviando sua vida, chega a um resultado inteiramente contrário ao que esperava; que foge de um mal para cair noutro ainda pior, mais demorado e mais terrível; que se engana ao pensar que, ao se matar, irá mais depressa para o céu; que o suicídio é um obstáculo à reunião, no outro mundo, com as pessoas de sua afeição, que lá espera encontrar. De tudo isso resulta que o suicídio, só lhe oferecendo decepções, é contrário aos seus próprios interesses. Por isso, o número de suicídios que o Espiritismo impede é considerável, e podemos concluir que, quando todos forem espíritas, não haverá mais suicídios conscientes. Comparando, pois, os resultados das doutrinas materialistas e espírita, sob o ponto de vista do suicídio, vemos que a lógica de uma conduz a ele, enquanto a lógica de outra o evita, o que é confirmado pela experiência. Com amor fraternal e humildade, unidos nesta suave vibração de amor, vamos dirigindo as nossas mais amorosas energias para o Vale dos suicidas, recobrindo-o de energias benéficas, para que por alguns instantes, esses nossos irmãos, perturbados pelos problemas da vida, que escolheram esse caminho de provações maiores, possam sentirem-se amparados e reconfortados na esperança próxima do socorro espiritual. Que Maria, em seu infinito amor possa abrigar a cada um desses nossos irmãos em seu coração amantíssimo, para que se sintam lembrados e amparados pela providência divina.

Vibramos também por todos aqueles, encarnados, que estão passando por momentos de aflição, com ideações suicidas, que se sentem sozinhos e desamparados, para que neste momento sejam envolvidos pela presença Divina, trazendo a esperança, o fortalecimento moral e espiritual, o consolo e a fé em dias melhores.

Vibramos Senhor, por todos aqueles que estão em uma cama de hospital ou em seus lares, enfermos do corpo físico, especialmente pelos doentes graves, acometidos pelo Covid, pelos que aguardam um leito no hospital, nas UTIs, pelos médicos e enfermeiros e, por todos que trabalham na área da saúde, que sejam protegidos e amparados, que os enfermos recuperem a saúde e que sejam envolvidos, Mestre, pela Luz do Teu Amor.

Vibramos também Senhor, pelos idosos, pelas crianças e pelos jovens. Por nossos familiares e amigos, por todos os lares, pelo nosso também. Que Tua Luz de Amor adentre em cada lar e ilumine todos os cantos e recantos, higienizando e deixando ali o perfume e as vibrações do Teu imenso Amor. Que essa Luz Senhor, se estenda um pouco mais e ilumine os lares de nossos familiares, de nossos vizinhos e especialmente Senhor ilumine a vida daqueles que ainda não Te encontraram e que não nos compreendem.

Mestre Amado, que nossas águas sejam fluidificadas, que contenham o medicamento que necessitamos para nosso equilíbrio físico, mental e espiritual.

E assim, Te agradecemos Senhor por todas as bênçãos recebidas e ainda rogamos, permaneça conosco Senhor por hoje, amanhã e sempre.

Que assim seja. Paz e Bem!