Estudo:

CAPÍTULO XVII – SEDE PERFEITOS - INSTRUÇÕES DOS ESPÍRITOS: III – SUPERIORES E INFERIORES – ITEM 9.

“A autoridade, da mesma maneira que a fortuna, é uma delegação, de que se pedirá contas a quem dela foi investido...” (François-Nicolas-Madeleine - CAPÍTULO XVII – SEDE PERFEITOS - INSTRUÇÕES DOS ESPÍRITOS: III – SUPERIORES E INFERIORES – ITEM 9.Que a Paz de Jesus esteja entre nós, vamos orar:
Mestre Amado e Querido, em meio às confusões do dia-a-dia, acalma os nossos passos, dando-nos tranquilidade, retirando a tensão de nossos músculos e nervos com a música tranquilizadora que vem das águas que correm mansamente nos rios.
Ensina-nos Senhor, a reduzirmos o ritmo para podermos contemplar as flores, ouvirmos os cantos dos pássaros ou até mesmo papear com um amigo, afagar uma criança, ler um poema, ouvir nossa música preferida, apreciar a natureza com os olhos do amor.
Acalma nossos passos Senhor para que, mesmo em meio às lutas e as alegrias, em meio aos cansaços ou aos desalentos possamos sentir a Tua presença constante em nossos corações, em nossas vidas.
Acalme nossos passos Senhor, para que possamos sentir a esperança vibrar em nossas almas, para sorrirmos com carinho para nosso próximo, para silenciarmos e escutarmos Tua Voz em nossos corações.
Que hoje, Mestre, ao estudarmos os Teus ensinamentos possamos compreendê-los, assimilando-os para aplicá-los em nossos dias. Rogamos Senhor, a Tua proteção e o Teu amparo, e assim, em Teu nome, em nome de Francisco de Assis, da espiritualidade amiga, responsável por este trabalho de amor, mas acima de tudo em nome de Deus, nosso Pai de Amor e Bondade, iniciamos nosso estudo, nossas reflexões.
Sê conosco Senhor agora, hoje e sempre.
Que assim seja.O PODERNão deplores a função ou tarefa humilde, na qual te encontras edificando o futuro.
Todas as realizações, por mais grandiosas, não dispensam a participação das aparentes e pequenas contribuições que, em última análise, são-lhes fundamentais.
A melhor engrenagem pode desarticular-se quando alui modesto parafuso.
A maquinaria mais sofisticada estrutura-se com o mineral transformado, antes sem outra serventia.
Todas as tarefas que promovem a vida são de relevante significado.
Não é a função, que dignifica o homem, mas este quem a enobrece.
Realiza, desse modo, o teu dever, com a consciência de que ele é de suma importância no concerto geral da vida.
O fastígio e o poder são compromissos graves para aqueles que os detêm.
O fastígio facilmente leva à queda, sob as circunstâncias em que se apresenta e as facilidades de que se reveste.
O poder, quase sempre, leva à corrupção, face à transitória posição de que se faz cercar, com perigos e gravames.
O verdadeiro poder é o do amor, aquele que vem de Deus, que faz homens fortes em qualquer função, e dignos, íntegros, em todas as atividades.
Faze a tua parte com o poder do amor e segue feliz, até a tua vitória final.

FRANCO, Divaldo Pereira. Episódios Diários. Pelo Espírito Joanna de Ângelis. LEAL. Capítulo 24.CAPÍTULO XVII – SEDE PERFEITOS - INSTRUÇÕES DOS ESPÍRITOS: III – SUPERIORES E INFERIORES – ITEM 9.FRANÇOIS-NICOLAS-MADELEINE
Cardeal Morlot, Paris, 1863

9 – A autoridade, da mesma maneira que a fortuna, é uma delegação, de que se pedirá contas a quem dela foi investido. Não creias que ela seja dada satisfazer ao fútil prazer do mando, nem tampouco, segundo pensa falsamente a maioria dos poderosos da terra, como um direito ou uma propriedade. Deus, aliás, tem demonstrado suficientemente que ela não é nem uma, nem outra coisa, desde que a retira quando bem lhe apraz. Se fosse um privilégio inerente à pessoa que a exerce, seria inalienável. Ninguém pode dizer, entretanto, que uma coisa lhe pertence, quando pode ser tirada sem o seu consentimento. Deus concede autoridade a título de missão ou de prova, conforme lhe convém, e da mesma forma a retira.
O depositário da autoridade, de qualquer extensão que esta seja, desde a do senhor sobre o escravo até a do soberano sobre o povo, não deve esquivar-se à responsabilidade de um encarregado de almas, pois responderá pela boa ou má orientação que der aos seus subordinados, e as faltas que estes puderem cometer, os vícios a que forem arrastados em consequência dessa orientação ou dos maus exemplos recebidos, recairão sobre ele. Da mesma maneira, colherá os frutos de sua solicitude, por conduzi-los ao bem. Todo homem tem, sobre a Terra, uma pequena ou uma grande missão. Qualquer que ela seja, sempre lhe é dada para o bem. Desviá-la, pois, do seu sentido, é fracassar no seu cumprimento.
Se Deus pergunta ao rico: Que fizeste da fortuna que devia ser em tuas mãos uma fonte espalhando a fecundidade em seu redor? Também perguntará ao que possui alguma autoridade: Que uso fizeste dessa autoridade? Que males impediste? Que progressos impulsionaste? Se te dei subordinados, não foi para torná-los escravos da tua vontade, nem dóceis instrumentos dos teus caprichos e da tua cupidez; se te fiz forte e te confiei os fracos, foi para que os amparasses e os ajudasses a subir até mim.
O superior que guardou as palavras do Cristo, não despreza a nenhum dos seus subordinados, porque sabe que as distinções sociais não subsistem diante de Deus. O Espiritismo lhe ensina que, se eles hoje o obedecem, na verdade já podem tê-lo dirigido, ou poderão dirigi-lo mais tarde, e que então será tratado como por sua vez os tratou.
Se o superior tem deveres a cumprir, o inferior também os tem de sua parte, e não são menos sagrados. Se também este é espírita, sua consciência lhe dirá, ainda mais fortemente, que não está dispensado de cumpri-los, mesmo que o seu chefe não cumpra os dele, porque sabe que não deve pagar o mal com o mal, e que as faltas de uns não autorizam as de outros. Se sofre na sua posição, dirá que sem dúvida o mereceu, porque ele mesmo talvez tenha abusado outrora de sua autoridade, devendo agora sentir os inconvenientes do que fez os outros sofrerem. Se for obrigado a suportar essas posições, na falta de outra melhor, o Espiritismo lhe ensina a resignar-se a isso, como a uma prova a sua humildade, necessária ao seu adiantamento. Sua crença o guia na sua conduta: ele age como desejaria que os seus subordinados agissem com ele, caso fosse o chefe. Por isso mesmo é mais escrupuloso no cumprimento das obrigações, pois compreende que toda negligência no trabalho que lhe foi confiado será um prejuízo para aquele que o remunera, e a quem deve o seu tempo e os seus cuidados. Numa palavra, ele é guiado pelo sentimento do dever que a sua fé lhe infunde, e a certeza de que todo desvio do caminho reto será uma dívida, que terá de pagar mais cedo ou mais tarde.O mesmo François-Nicolas-Madelaine, da mensagem anterior (A Virtude), assina esta que esclarece muito bem sobre os deveres dos que exercem autoridade sobre outros, bem como os deveres dos que estão sob a autoridade de alguém.
Considerando a lei da reencarnação, bem como a de causa e efeito, sabemos que toda posição de mando, de poder ou de subalternidade é sempre provisória, sendo experiências vividas por cada Espírito, em reencarnações diferentes ou em uma mesma.
Aquele que na atualidade esteja em uma posição de superioridade, deve sempre lembrar-se que pode perdê-la, a qualquer momento, pois na Terra, nada é definitivo. Diferentes funções sempre haverá, pelas necessidades sociais, mas também pelos diferentes interesses e capacidades preferenciais de cada um.
Deve-se também refletir que toda autoridade, assim como a fortuna, é um empréstimo, uma delegação, da qual terá que prestar contas um dia. E em assim sendo, precisa estar atento à maneira como as executa.
Todas as experiências que o viver na Terra proporciona, tem por finalidade, desenvolver o patrimônio espiritual que todos recebem de Deus, desde a sua criação. E é o modo como sente, pensa e faz que vai determinar esse desenvolvimento, em relação ao tempo, e também em relação à maneira como será feito, se com mais ou menos sofrimentos, com mais ou menos segurança, com mais ou menos erros, equívocos, omissões.
Por isso, toda posição de mando, de autoridade, é sempre uma missão ou prova, em benefício espiritual de quem a tem, mas nunca para satisfazer os seus caprichos, os seus prazeres. Cabe ao que têm autoridade sobre outros ampará-los nas suas necessidades, impulsioná-los ao progresso, não os tornando escravos da sua vontade, nem dóceis instrumentos dos seus caprichos. Os que detêm autoridade, se forem espíritas, têm uma grande responsabilidade nessa função, porque sabem que as diferenças sociais são apenas frutos de uma sociedade imperfeita, não existindo para Deus.
Assim também deve agir o subordinado espírita, no cumprimento dos seus deveres, mesmo quando seu superior não cumpre os dele, porque sabe que todos são filhos de Deus, todos têm a responsabilidade dos seus atos, e cada um responde pelos seus. Sabe que se hoje está numa posição de subalternidade, pode ter sido uma autoridade que não cumpriu com seus deveres, e se não tem como mudar sua posição, resigna-se, aproveitando a chance de desenvolver a humildade, necessária ao seu progresso espiritual, portando-se com dignidade no seu trabalho.
Quem cumpre com seus deveres, autoridade ou subalterno, procurando dar o seu melhor em tudo que faz, vive mais tranquilo porque tem a paz da consciência, sentindo-se sempre estimulado a perseverar nas eternas leis do bem e do amor.
Obs.: ver também a questão 684 de O Livro dos Espíritos."Coloca o teu recipiente de água cristalina à frente de tuas orações e espera e confia." [Emmanuel / Chico Xavier]FRANÇOIS-NICOLAS-MADELEINE
Cardeal Morlot, Paris, 1863

9 – A autoridade, da mesma maneira que a fortuna, é uma delegação, de que se pedirá contas a quem dela foi investido. Não creias que ela seja dada satisfazer ao fútil prazer do mando, nem tampouco, segundo pensa falsamente a maioria dos poderosos da terra, como um direito ou uma propriedade. Deus, aliás, tem demonstrado suficientemente que ela não é nem uma, nem outra coisa, desde que a retira quando bem lhe apraz. Se fosse um privilégio inerente à pessoa que a exerce, seria inalienável. Ninguém pode dizer, entretanto, que uma coisa lhe pertence, quando pode ser tirada sem o seu consentimento. Deus concede autoridade a título de missão ou de prova, conforme lhe convém, e da mesma forma a retira.
O depositário da autoridade, de qualquer extensão que esta seja, desde a do senhor sobre o escravo até a do soberano sobre o povo, não deve esquivar-se à responsabilidade de um encarregado de almas, pois responderá pela boa ou má orientação que der aos seus subordinados, e as faltas que estes puderem cometer, os vícios a que forem arrastados em consequência dessa orientação ou dos maus exemplos recebidos, recairão sobre ele. Da mesma maneira, colherá os frutos de sua solicitude, por conduzi-los ao bem. Todo homem tem, sobre a Terra, uma pequena ou uma grande missão. Qualquer que ela seja, sempre lhe é dada para o bem. Desviá-la, pois, do seu sentido, é fracassar no seu cumprimento.
Se Deus pergunta ao rico: Que fizeste da fortuna que devia ser em tuas mãos uma fonte espalhando a fecundidade em seu redor? Também perguntará ao que possui alguma autoridade: Que uso fizeste dessa autoridade? Que males impediste? Que progressos impulsionaste? Se te dei subordinados, não foi para torná-los escravos da tua vontade, nem dóceis instrumentos dos teus caprichos e da tua cupidez; se te fiz forte e te confiei os fracos, foi para que os amparasses e os ajudasses a subir até mim.
O superior que guardou as palavras do Cristo, não despreza a nenhum dos seus subordinados, porque sabe que as distinções sociais não subsistem diante de Deus. O Espiritismo lhe ensina que, se eles hoje o obedecem, na verdade já podem tê-lo dirigido, ou poderão dirigi-lo mais tarde, e que então será tratado como por sua vez os tratou.
Se o superior tem deveres a cumprir, o inferior também os tem de sua parte, e não são menos sagrados. Se também este é espírita, sua consciência lhe dirá, ainda mais fortemente, que não está dispensado de cumpri-los, mesmo que o seu chefe não cumpra os dele, porque sabe que não deve pagar o mal com o mal, e que as faltas de uns não autorizam as de outros. Se sofre na sua posição, dirá que sem dúvida o mereceu, porque ele mesmo talvez tenha abusado outrora de sua autoridade, devendo agora sentir os inconvenientes do que fez os outros sofrerem. Se for obrigado a suportar essas posições, na falta de outra melhor, o Espiritismo lhe ensina a resignar-se a isso, como a uma prova a sua humildade, necessária ao seu adiantamento. Sua crença o guia na sua conduta: ele age como desejaria que os seus subordinados agissem com ele, caso fosse o chefe. Por isso mesmo é mais escrupuloso no cumprimento das obrigações, pois compreende que toda negligência no trabalho que lhe foi confiado será um prejuízo para aquele que o remunera, e a quem deve o seu tempo e os seus cuidados. Numa palavra, ele é guiado pelo sentimento do dever que a sua fé lhe infunde, e a certeza de que todo desvio do caminho reto será uma dívida, que terá de pagar mais cedo ou mais tarde.E assim, agradecendo a Jesus pelos ensinamentos de hoje, por mais esta oportunidade de aprendizado, vamos orar:
“Mestre sublime Jesus, fazei com que entendamos a vossa vontade e nunca a nossa, entregando-nos às vossas mãos fortes para conduzir-nos;
Permite que possamos desincumbir-nos dos deveres que nos cabem, mas, não conforme os nossos desejos;
Lançai Vosso olhar sobre nós, a fim de que tenhamos a claridade da Vossa ternura, e não as sombras da nossa ignorância;
Abençoai os nossos propósitos de servir-Vos, quando somente nos temos preocupado em utilizar de Vosso santo nome para servir-nos;
Envolvei-nos na santificação dos Vossos projetos, de forma que sejamos Vós em nós, porquanto ainda não temos condição de estar em Vós;
Dominai os nossos anseios de poder e de prazer, auxiliando-nos na conquista real da renúncia e da abnegação;
Ajudai-nos na compreensão de vossos labores, amparando-nos em nossas dificuldades e socorrendo-nos quando mergulhados na argamassa celular;
Facultai-nos a dádiva de Vossa paz, de modo que a distribuamos por onde quer que nos encontremos e todos a identifiquem, compreendendo que somos Vossos servidores dedicados...
Senhor!
Intercedei, junto ao Pai Todo Amor, por Vossos irmãos da retaguarda, que somos quase todos nós, os trânsfugas do dever.

Que assim seja. Paz e Bem!