Estudo:

Capítulo XXIII – MORAL ESTRANHA - Aborrecer Pai e Mãe – itens 1 a 3 - 27/01/2020

Capítulo XXIII – MORAL ESTRANHA - Aborrecer Pai e Mãe – itens 1 a 3 - 27/01/2020“E todo aquele que tiver deixado casas, irmãos, irmãs, pai, mãe, mulher, filhos ou terras, por amor do meu nome, receberá cem vezes tanto e herdará a vida eterna.” — Jesus (Mateus, 19:29.)

Senhor Jesus, Mestre amigo, em meio às confusões do dia, acalma os nossos passos, dando-nos tranquilidade, retirando a tensão de nossos músculos e nervos com a música tranquilizadora que vem do burburinho das águas que correm mansamente nos rios.
Acalma nossos passos Senhor para que, mesmo em meio aos ruídos do dia-a-dia, em meio às lutas e as alegrias, em meio aos cansaços possamos sentir a Tua presença constante em nosso coração, em nossa vida.

Auxilia-nos Senhor, através de Teus Mensageiros de Luz a compreendermos Teus ensinamentos, a coloca-los em prática e a compreendermos nossos irmãos sempre mais.
Te agradecemos Mestre, pelo dia de hoje, por nossa família, pelo nosso trabalho, pelos amigos e, sobretudo, pela Tua Presença em nossas vidas.

E assim Mestre Jesus, em Teu Nome e, com a permissão de nosso Pai, iniciamos mais um estudo do Evangelho.

Permaneça conosco Mestre,

Que assim seja.RENUNCIARNeste versículo do Evangelho de Mateus, o Mestre Divino nos induz ao dever de renunciar aos bens do mundo para alcançar a vida eterna. Há necessidade, proclama o Messias, de abandonar pai e mãe, mulher e irmãos do mundo. No entanto, é necessário esclarecer como renunciar.

Jesus explica que o êxito pertencerá aos que assim procederem por amor de seu nome.

A primeira vista, o alvitre divino parece contra-senso.

Como olvidar os sagrados deveres da existência, se o Cristo veio até nós para santificá-los?

Os discípulos precipitados não souberam atingir o sentido do texto, nos tempos mais antigos.

Numerosos irmãos de ideal recolheram-se à sombra do claustro, esquecendo obrigações superiores e inadiáveis.

Fácil, porém, reconhecer como o Cristo renunciou.

Aos companheiros que o abandonaram aparece glorioso, na ressurreição.

Não obstante as hesitações dos amigos, divide com eles, no cenáculo, os júbilos eternos. Aos homens ingratos que o crucificaram oferece sublime roteiro de salvação com o Evangelho e nunca se descuidou um minuto das criaturas.

Observemos, portanto, o que representa renunciar por amor ao Cristo. É perder as esperanças da Terra, conquistando as do Céu.

Se os pais são incompreensíveis, se a companheira é ingrata, se os irmãos parecem cruéis, é preciso renunciar à alegria de tê-los melhores ou perfeitos, unindo-nos, ainda mais, a eles todos, a fim de trabalhar no aperfeiçoamento com Jesus.

Acaso, não encontras compreensão no lar? os amigos e irmãos são indiferentes e rudes?

Permanece ao lado deles, mesmo assim, esperando para mais tarde o júbilo de encontrar os que se afinam perfeitamente contigo. Somente desse modo renunciarás aos teus, fazendo-lhes todo o bem por dedicação ao Mestre, e, somente com semelhante renúncia, alcançarás a vida eterna.

Da obra: Caminho, Verdade e Vida, Emmanuel, psicografia de Chico Xavier.Capítulo XXIII – MORAL ESTRANHA - Aborrecer Pai e Mãe – itens 1 a 3 - 27/01/20201 – E muita gente ia com ele; e voltando Jesus para todos, lhes disse: Se alguém vem a mim, e não aborrece a seu pai e sua mãe, e mulher, e filhos, e irmãos, e ainda a sua mesma vida, não pode ser meu discípulo. E o que não leva a sua cruz, e vem em meu seguimento, não pode ser meu discípulo. – Assim, pois, qualquer de vós que não dá de mão a tudo o que possui, não pode ser meu discípulo. (Lucas, XIV: 25-27, 33).

2 – O que ama o pai ou a mãe, mais do que a mim, não é digno de mim; e o que ama o filho ou a filha, mais do que a mim, não é digno de mim. (Mateus, X: 37).

3 – Certas palavras, aliás, muito raras, contrastam de maneira tão estranha com a linguagem do Cristo, que instintivamente repelimos o seu sentido literal, e a sublimidade da sua doutrina nada sofre com isso. Escritas depois da sua morte, desde que nenhum evangelho foi escrito durante a sua vida, podemos supor que, nesses casos, o fundo do seu pensamento não foi bem traduzido, ou ainda, o que não é menos provável, que o sentido primitivo tenha sofrido alguma alteração, ao passar de uma língua para outra. Basta que um erro tenha sido cometido uma vez, para que os copistas o reproduzissem, como se vê com frequência nos fatos históricos.

A palavra odiar, nesta frase de Lucas: “Se alguém vem a mim, e não odeia a seu pai e sua mãe”, está nesse caso. Ninguém teria a ideia de atribuí-la a Jesus. Seria, pois, inútil discuti-la ou tentar justificá-la. Primeiro, seria necessário saber se ele a pronunciou, e, em caso afirmativo, se na língua em que ele se exprimia essa palavra tinha o mesmo sentido que na nossa. Nesta passagem de João: “Aquele que odeia a sua vida neste mundo a conserva para a vida eterna”, é evidente que ela não exprime a ideia que lhe atribuímos.(1) .

A língua hebraica não era rica, e muitas das suas palavras tinham diversos significados. É o que acontece, por exemplo, com aquela que, no Gênese, designa as frases da criação e servia ao mesmo tempo para exprimir um período de tempo qualquer e o período diurno. Disso resultou, mais tarde, a sua tradução pela palavra dia, e a crença de que o mundo fora feito em seis dias. O mesmo acontece com a palavra que designa um camelo e um cabo, porque os cabos eram feitos de pelos de camelo, e que foi traduzida por camelo, na alegoria da agulha. (Ver cap. XVI, nº 2)(2)


É necessário ainda considerar os costumes e as características dos povos que influem na natureza particular das línguas. Sem esse conhecimento, o sentido verdadeiro de certas palavras nos escapa. De uma língua para outra, a mesma palavra tem um sentido mais enérgico ou menos enérgico. Pode ser, numa língua, uma injúria ou uma blasfêmia, e nada significar, nesse sentido, em outra, conforme a idéia que exprima. Numa mesma língua as palavras mudam de significação com o passar dos séculos. É por isso que uma tradução rigorosamente literal nem sempre exprime perfeitamente o pensamento, e, para ser exata, faz-se por vezes necessário empregar, não os termos correspondentes, mas outras equivalentes ou circunlóquios explicativos.

Estas observações aplicam-se especialmente à interpretação das santas Escrituras, e em particular aos Evangelhos. Se não levarmos em conta o meio em que Jesus vivia, ficamos sujeitos a enganos sobre o sentido de certas expressões e de certos fatos, em virtude do hábito de interpretarmos os outros de acordo com as nossas próprias condições. Assim, pois, é necessário não dar à palavra odiar (ou aborrecer) a acepção moderna, que é contrária ao espírito do ensinamento de Jesus. (Ver também o cap. XVI, nº 5 e segs.).

(1) No original francês, o verbo empregado é odiar, motivo porque o mantivemos no teto de Kardec. O texto evangélico acima reproduzido não é tradução do francês, mas da nossa tradução clássica da Bíblia, de Figueiredo, que emprega o verbo aborrecer. (Nota do Tradutor).

(2) Non odit, em latim; Kai ou misei, em grego, não quer dizer odiar, mas amar menos. O que o verbo grego misein exprime, o verbo hebreu, que Jesus deve ter empregado, o exprime ainda melhor, pois não significa apenas odiar, mas também amar menos, não amar igual a outro. No dialeto siríaco, que dizem ter sido o mais usado por Jesus, essa significação é ainda mais acentuada. É nesse sentido que ele é empregado no Gênese (XXIX: 30-31). “E Jacó amou também a Raquel, mais que a Lia, e Jeová, vendo que Lia era odiada…” É evidente que o verdadeiro sentido neste passo é: menos amada, e é assim que se deve traduzir. Em muitas outras passagens hebraicas, e sobretudo siríacas, o mesmo Raquel, mais que a Lia, e Jeová, vendo que Lia era odiada…” É evidente que o verdadeiro sentido neste passo é: menos amada, e é assim que se deve traduzir. Em muitas outras passagens hebraicas, e sobretudo siríacas, o mesmo verbo é empregado no sentido de : não amar tanto quanto a outro, e seria um contra-senso traduzi-lo por odiar, que tem outra acepção bem determinada. O texto de São Mateus resolve, aliás, toda a dificuldade. ( Nota de M. Pezzani).
Dora Contri – da FEESP, nos esclarece que nesta passagem evangélica temos uma variação na colocação das palavras “aborrecer” e “odiar” - no rodapé do cap. XXIII, temos esta explicação: “A palavra “odiar” na época em que foi escrita queria dizer “amar menos” .

Como os Evangelhos foram escritos por cabeças e mãos humanas, e muito tempo depois da passagem de Jesus pela Terra, não vamos nos prender à letra, mas sim ao sentido lógico das frases e palavras, que também sofreram influências e adaptações, conforme interesses e entendimentos dos tradutores.

Jesus prega plenamente o amor, até entre os inimigos. Seria um contra senso acreditar que ele falasse em odiar e, mesmo, aborrecer, no sentido comum que ora conhecemos.

Esta passagem chama atenção por dois detalhes, comuns, mas importantes. O que Jesus quis dizer é que as famílias tinham suas crenças por tradições muito rigorosas naquilo que adotavam. Para as famílias e seus membros, desviarem-se das tradições era considerado escândalo, por isso era motivo de humilhação, portanto, de aborrecimento.

Então, aquele que não se sujeitasse a abandonar as tradições de família, assim como suas próprias convicções, não poderia aceitar e seguir Jesus. Jesus pregava uma renovação, considerada pelos tradicionais como revolucionária.

Para que uma pessoa seguisse e se adaptasse àquela renovação era necessário que primeiramente ela renunciasse às próprias convicções, contrariando, assim, suas famílias. Jesus pedia para que não ficassem presos a erros e preconceitos, apenas para se conservar na crença dos pais, ou dos filhos e dos outros. Além disso, Ele colocava em evidência a necessidade da liberdade de pensar e agir dentro das opções de cada um. Para seguir Jesus era preciso quebrar as tradições.

Nós sabemos que o que Jesus dizia não era para criar rivalidades ou abandonar as obrigações com a família. Isto seria uma insensatez e falta de responsabilidade. Jesus convidava a partirem para uma doutrina renovadora , mesmo contrariando as opiniões da família. Ainda hoje é comum algumas pessoas, que se consideram espíritas, mas a família não pode saber, porque não aceitam o Espiritismo.

Também é comum as pessoas dizerem: “Eu nasci nesta religião, é a religião dos meus pais e não sou eu que vou mudar!”

É fácil manter o rótulo de religiosos sentindo-se desobrigados de qualquer compromisso com a religião, desobrigados inclusive do temido compromisso de trabalhar pela própria reforma interior. O mesmo acontecia naquela época.
O outro detalhe é sobre aqueles que usavam, e ainda usam, a família como obstáculo para se dedicarem a uma religião que exige trabalho e dedicação.
“Não posso, no momento, abandonar a família” e, com isso, deixa sempre para depois os compromissos com a vida espiritual.

Jesus não exigia que o seguissem fisicamente e nem exige hoje, que abandonemos a família para seguir o cristianismo, mas sugere que estudemos os seus ensinamentos, para que, mais esclarecidos e colocando-os em prática possamos, viver e conviver melhor com os familiares e com o mundo."Coloca o teu recipiente de água cristalina à frente de tuas orações e espera e confia." [Emmanuel / Chico Xavier]1 – E muita gente ia com ele; e voltando Jesus para todos, lhes disse: Se alguém vem a mim, e não aborrece a seu pai e sua mãe, e mulher, e filhos, e irmãos, e ainda a sua mesma vida, não pode ser meu discípulo. E o que não leva a sua cruz, e vem em meu seguimento, não pode ser meu discípulo. – Assim, pois, qualquer de vós que não dá de mão a tudo o que possui, não pode ser meu discípulo. (Lucas, XIV: 25-27, 33).

2 – O que ama o pai ou a mãe, mais do que a mim, não é digno de mim; e o que ama o filho ou a filha, mais do que a mim, não é digno de mim. (Mateus, X: 37).

3 – Certas palavras, aliás, muito raras, contrastam de maneira tão estranha com a linguagem do Cristo, que instintivamente repelimos o seu sentido literal, e a sublimidade da sua doutrina nada sofre com isso. Escritas depois da sua morte, desde que nenhum evangelho foi escrito durante a sua vida, podemos supor que, nesses casos, o fundo do seu pensamento não foi bem traduzido, ou ainda, o que não é menos provável, que o sentido primitivo tenha sofrido alguma alteração, ao passar de uma língua para outra. Basta que um erro tenha sido cometido uma vez, para que os copistas o reproduzissem, como se vê com frequência nos fatos históricos.

A palavra odiar, nesta frase de Lucas: “Se alguém vem a mim, e não odeia a seu pai e sua mãe”, está nesse caso. Ninguém teria a ideia de atribuí-la a Jesus. Seria, pois, inútil discuti-la ou tentar justificá-la. Primeiro, seria necessário saber se ele a pronunciou, e, em caso afirmativo, se na língua em que ele se exprimia essa palavra tinha o mesmo sentido que na nossa. Nesta passagem de João: “Aquele que odeia a sua vida neste mundo a conserva para a vida eterna”, é evidente que ela não exprime a ideia que lhe atribuímos.(1) .

A língua hebraica não era rica, e muitas das suas palavras tinham diversos significados. É o que acontece, por exemplo, com aquela que, no Gênese, designa as frases da criação e servia ao mesmo tempo para exprimir um período de tempo qualquer e o período diurno. Disso resultou, mais tarde, a sua tradução pela palavra dia, e a crença de que o mundo fora feito em seis dias. O mesmo acontece com a palavra que designa um camelo e um cabo, porque os cabos eram feitos de pelos de camelo, e que foi traduzida por camelo, na alegoria da agulha. (Ver cap. XVI, nº 2)(2)


É necessário ainda considerar os costumes e as características dos povos que influem na natureza particular das línguas. Sem esse conhecimento, o sentido verdadeiro de certas palavras nos escapa. De uma língua para outra, a mesma palavra tem um sentido mais enérgico ou menos enérgico. Pode ser, numa língua, uma injúria ou uma blasfêmia, e nada significar, nesse sentido, em outra, conforme a idéia que exprima. Numa mesma língua as palavras mudam de significação com o passar dos séculos. É por isso que uma tradução rigorosamente literal nem sempre exprime perfeitamente o pensamento, e, para ser exata, faz-se por vezes necessário empregar, não os termos correspondentes, mas outras equivalentes ou circunlóquios explicativos.

Estas observações aplicam-se especialmente à interpretação das santas Escrituras, e em particular aos Evangelhos. Se não levarmos em conta o meio em que Jesus vivia, ficamos sujeitos a enganos sobre o sentido de certas expressões e de certos fatos, em virtude do hábito de interpretarmos os outros de acordo com as nossas próprias condições. Assim, pois, é necessário não dar à palavra odiar (ou aborrecer) a acepção moderna, que é contrária ao espírito do ensinamento de Jesus. (Ver também o cap. XVI, nº 5 e segs.).

(1) No original francês, o verbo empregado é odiar, motivo porque o mantivemos no teto de Kardec. O texto evangélico acima reproduzido não é tradução do francês, mas da nossa tradução clássica da Bíblia, de Figueiredo, que emprega o verbo aborrecer. (Nota do Tradutor).

(2) Non odit, em latim; Kai ou misei, em grego, não quer dizer odiar, mas amar menos. O que o verbo grego misein exprime, o verbo hebreu, que Jesus deve ter empregado, o exprime ainda melhor, pois não significa apenas odiar, mas também amar menos, não amar igual a outro. No dialeto siríaco, que dizem ter sido o mais usado por Jesus, essa significação é ainda mais acentuada. É nesse sentido que ele é empregado no Gênese (XXIX: 30-31). “E Jacó amou também a Raquel, mais que a Lia, e Jeová, vendo que Lia era odiada…” É evidente que o verdadeiro sentido neste passo é: menos amada, e é assim que se deve traduzir. Em muitas outras passagens hebraicas, e sobretudo siríacas, o mesmo Raquel, mais que a Lia, e Jeová, vendo que Lia era odiada…” É evidente que o verdadeiro sentido neste passo é: menos amada, e é assim que se deve traduzir. Em muitas outras passagens hebraicas, e sobretudo siríacas, o mesmo verbo é empregado no sentido de : não amar tanto quanto a outro, e seria um contra-senso traduzi-lo por odiar, que tem outra acepção bem determinada. O texto de São Mateus resolve, aliás, toda a dificuldade. ( Nota de M. Pezzani).
Pai amado,
Dai-nos uma semana de paz e muito aprendizado espiritual.
Que possamos ser mais caridosos com os nossos irmãos, dando o nosso melhor, na nossa jornada evolutiva.

Que sejamos indulgentes com as imperfeições alheias, compreendendo que cada um está em um estágio evolutivo diferente.
Que busquemos construir em nossa alma a perfeição que cobramos nos outros.
Que possamos entender o nosso papel dentro da Tua obra e que sejamos sempre instrumentos fiéis do Teu infinito amor.
Que todos os doentes do corpo e da alma sejam abençoados e fortalecidos e quiçá, curados.

Que Teu Amor envolva nossa Casa Espírita, seus dirigentes, colaboradores, assistidos e, da mesma forma envolva nossos entes queridos, nosso lar e a todos que compartilham a existência conosco.
Que nossas águas possam ser fluidificadas, através dos Benfeitores Espirituais, e que elas contenham os medicamentos necessários para a nossa saúde física e espiritual e que através delas possamos obter força e coragem para nossa transformação moral. Que possamos ser tocados, em nossos sentimentos, pelo Teu amor irrestrito, pela Tua Serenidade, pela Tua Luz.

E assim Pai Amado, agradecidos por todas as bênçãos recebidas nos despedimos na Tua paz. Que Teu Amor nos envolva hoje e sempre e que saibamos ser sempre merecedores de Teu amor.

Que assim seja!Paz e Bem.