Estudo:

HORA DO EVANGELHO NO LAR - Jesus no Lar - Pelo Espírito Neio Lúcio psicografia de Francisco Cândido Xavier – A RECEITA DA FELICIDADE - Capítulo 19.

HORA DO EVANGELHO NO LAR

“Amarás ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu entendimento, este é o maior primeiro mandamento.
E o segundo, semelhante a este, é: Amarás ao teu próximo como a ti mesmo. Estes dois mandamentos contêm toda a lei e os profetas.”  (Mateus, XXII: 34-40).
 
PRECE  
Jesus amigo, Mestre de todas as horas, mais uma vez estamos aqui reunidos em Teu nome e queremos pedir-te que nos abençoe e orienta-nos em nossos estudos de hoje. Que todos os companheiros, participantes, sejam amparados e fortalecidos e que sejamos envolvidos e inspirados pelo Teu Amor, Mestre Jesus.
Que em Teu nome, em nome da espiritualidade amiga que coordena esta tarefa, mas, sobretudo em nome de Deus, Nosso Pai, iniciamos o Estudo de hoje.
Permaneça conosco Senhor, por hoje, amanhã e sempre.
“Pai Nosso que estais nos céus...”
 
Que assim seja!
 
 
MENSAGEM INICIAL
O Próximo e Nós

Esperas ansiosamente encontrar o Senhor e um dia chegarás à Divina Presença, entretanto, antes de tudo, a vida te encaminha à presença do próximo, porque o próximo é sempre o degrau da bendita aproximação.
Mas quem é o meu próximo? - perguntarás decerto, qual ocorreu ao Doutor da Lei nas luzes da parábola.
Todavia, convém saber que, além do próximo mais próximo a quem nomeias como sendo o coração materno, o pai querido, o filho de nossa bênção, o irmão estimável e o amigo íntimo, no clima doméstico, o próximo é igualmente o homem que nunca vista, tanto aquele que te fixa indiferente em qualquer canto da rua. 
É a criança que passa, o chefe que te exige trabalho, o subordinado que te obedece, o sócio de ideal, o mendigo que te fala a distância.
É a pessoa que te impõe um problema, verificando-te a capacidade de auxílio; é quem te calunia, medindo-te a tolerância; quem te oferece alegria, anotando-te o equilíbrio; é a criatura que te induz à tentação, testando-te a resistência... É o companheiro que te solicita concurso fraterno, tanto quanto o inimigo que se sente incapaz de pedir-te o mais ligeiro favor.
Às vezes tem um nome familiar que te soa docemente aos ouvidos; de outras, é categorizado por ti à conta de adversário, que não te aprova o modo de ser. Em suma, o próximo é sempre o inspetor da vida que nos examina a posição da alma nos assuntos da Vida Eterna. 
Entre ele e nós se destacam sempre a necessidade e a oportunidade a que se referia Jesus na parábola inesquecível.
Isto porque o Bom Samaritano foi efetivamente o socorro para o irmão caído na estrada de Jerusalém para Jericó, mas o irmão tombado no caminho de Jerusalém para Jericó foi para o Bom Samaritano, o ponto de apoio para mais um degrau de avanço, no caminho para o encontro com Deus.

Do livro “Rumo Certo”, Emmanuel/ Chico Xavier


LEITURA DO EVANGELHO
Jesus no Lar - Pelo Espírito Neio Lúcio psicografia de Francisco Cândido Xavier 
– A RECEITA DA FELICIDADE - Capítulo 19. 
 
Tadeu, que era dos comentaristas mais inflamados, no culto da Boa Nova, em casa de Pedro, entusiasmara-se na reunião, relacionando os imperativos da felicidade humana e clamando contra os dominadores de Roma e contra os rabinos do Sinédrio.
Tocado de indisfarçável revolta, dissertou largamente sobre a discórdia e o sofrimento reinantes no povo, situando-lhes a causa nas deficiências políticas da época, e, depois que expendeu várias considerações preciosas, em torno do assunto, Jesus perguntou-lhe:
— Tadeu, como interpreta você a felicidade?
— Senhor, a felicidade é a paz de todos.
O Cristo estampou significativa expressão fisionômica e ponderou:
— Sim, Tadeu, isto não desconheço; entretanto, estimaria saber como se sentiria você realmente feliz.
O discípulo, com algum acanhamento, enunciou:
— Mestre, suponho que atingiria a suprema tranquilidade se pudesse alcançar a compreensão dos outros.
Desejo, para esse fim, que o próximo me não despreze as intenções nobres e puras.
Sei que erro, muitas vezes, porque sou humano; entretanto, ficaria contente se aqueles que convivem comigo me reconhecessem o sincero propósito de acertar.
Respiraria abençoado júbilo se pudesse confiar em meus semelhantes, deles recebendo a justa consideração de que me sinta credor, em face da elevação de meu ideal.
Suspiro pelo respeito de todos, para que eu possa trabalhar sem impedimentos.
Regozijar-me-ia se a maledicência me esquecesse.
Vivo na expectativa da cordialidade alheia e julgo que o mundo seria um paraíso se as pessoas da estrada comum se tratassem de acordo com o meu anseio honesto de ser acatado pelos demais.
A indiferença e a calúnia doem-me no coração.
Creio que o sarcasmo e a suspeita foram organizados pelos Espíritos das trevas, para tormento das criaturas.
A impiedade é um fel quando dirigida contra mim, a maldade é um fantasma de dor quando se põe ao meu encontro.
Em razão de tudo isso, sentir-me-ia venturoso se os meus parentes, afeiçoados e conterrâneos me buscassem, não pelo que aparento ser nas imperfeições do corpo, mas pelo conteúdo de boa-vontade que presumo conservar em minh’alma.
Acima de tudo, Senhor, estaria sumamente satisfeito se quantos peregrinam comigo me concedessem direito de experimentar livremente o meu gênero de felicidade pessoal, desde que me sinta aprovado pelo código do bem, no campo de minha consciência, sem ironias e críticas
descabidas.
Resumindo, Mestre, eu queria ser compreendido, respeitado e estimado por todos, embora não seja, ainda, o modelo de perfeição que o Céu espera de mim, com o abençoado concurso da dor e do tempo.
Calou-se o apóstolo e esboçou-se, na sala singela, incontido movimento de curiosidade ante a opinião que o Cristo adotaria.
Alguns dos companheiros esperavam que o Amigo Celeste usasse o verbo em comprida dissertação, mas o Mestre fixou os olhos muito límpidos no discípulo e falou com franqueza e doçura:
— Tadeu, se você procura, então, a alegria e a felicidade do mundo inteiro, proceda para com os outros, como deseja que os outros procedam para com você. E caminhando cada homem nessa mesma norma, muito breve estenderemos na Terra as glórias do Paraíso.
 
REFLEXÕES – A lição acima nos remete ao Capítulo XI do Evangelho Segundo o Espiritismo, itens 01 a 94 – O Maior Mandamento, “Amarás o senhor teu Deus, de todo o teu coração, de toda tua alma, e de todo teu entendimento” e, “E amarás o teu próximo como a ti mesmo.”
Jesus nos diz que as Leis de Deus podem ser resumidas em três aspectos de um mesmo sentimento: amor a Deus, amor ao próximo, amor a si mesmo.
Algumas vezes imaginamos ser o amor algo distante e muitas vezes nos perguntamos: Como é amar a Deus? Amar a Deus é estar em comunicação com Ele, através da oração? De que forma expressamos nosso amor a Deus?
Amar a Deus é amar toda Sua obra, respeitando a natureza; respeitando e protegendo todos seres, todas as criaturas de Deus.
Amar a Deus é amar ao próximo e, amar ao próximo é oferecer uma melhoria no nível de sentimentos que temos por ele. É minimizar os sentimentos negativos em relação aos nossos semelhantes e gradativamente irmos substituindo-os pelos sentimentos de compreensão, aceitação, amor. São pequenos esforços, que constituem exercícios de tolerância, de indulgência, de benevolência, de perdão.
Amar a quem desprezamos, é observá-lo melhor, constatar seus valores para tê-lo em consideração. “Amar ao próximo é a expressão mais completa da caridade, porque ela resume todos os deveres para com o próximo”.
E, para amar ao próximo é necessário amarmos a nós próprios.
Mas, e o que é amar-se?
Jesus nos orienta a termos por nós o amor compreensão, o amor aceitação, o amor entendimento, o amor perdão. Ele nos convida a nos aceitarmos com todas as nossas limitações e a nos alegrarmos com as pequenas conquistas diárias que vamos angariando ao colocarmos em prática seu Evangelho de Luz, o roteiro de nossas vidas.
Assim, exercitando os três aspectos do amor - a Deus, ao próximo e a nós mesmos - estaremos cumprindo o Maior dos Mandamentos, como Jesus nos ensinou. Eis aí nossa Receita da Felicidade.
Pensemos nisto!
 
PRECE E VIBRAÇÕES –  


"Coloca o teu recipiente de água cristalina à frente de tuas orações e espera e confia." [Emmanuel / Chico Xavier] 
 
Vamos então, envolvidos pelas doces vibrações do Mestre e dos Benfeitores Espirituais que nos assistem, agradecer a Jesus por mais esta oportunidade. Vamos unindo nossos corações e intensificando nossos melhores sentimentos, nos doando em favor de nossos irmãos.
Ninguém é tão fraco, que não tenha nada para oferecer e ninguém é tão forte, que não tenha nada a receber.
Vibremos meus irmãos pelo planeta, por nosso orbe para que não falte alimento em nossas mesas, nem água em nossos dias.
Vibremos por nossa Pátria, por todos os países, por nosso estado, por nossa cidade, por todos os povos, nossos irmãos, para que a Paz se estabeleça;
Vibremos e oremos por todos aqueles que neste momento encontram-se doentes do corpo e do espírito, que estão em sofrimento nos lares, em abrigos, nas ruas ou nos hospitais; por nossos jovens, por todas as nossas crianças, para que não lhes faltem a proteção e o encaminhamento na estrada do bem.
Vibremos por todos os lares da terra, para que tenham sempre harmonia e amor, pelo nosso também;
Vibremos por todos os irmãos que buscam alívio e amparo para suas dores e necessidades, que sejam amparados e que obtenham, através da Misericórdia Divina, o alívio para suas dores e necessidades.
Abençoe Senhor, nossa Casa Espírita e todos os seus colaboradores e assistidos.
Abençoe Senhor, nossos familiares e amigos, especialmente aqueles que se consideram nossos inimigos.
Abençoe Senhor a todos aqueles que partiram deste mundo, que através de seus incansáveis trabalhadores obtenham esclarecimentos e aceitação de sua nova condição;
Finalmente pedimos por todos nós Senhor, que possamos receber sempre as gotas de orvalho de Teu amor, nos fortalecendo.
Obrigada Jesus, por permitir que Teus Ensinamentos cheguem até nós; por nos dar a esperança de que um dia também poderemos atingirmos a Tua perfeição; pelo Teu amor infinito e pela dedicação com que nos cuida, ampara e consola.
Mestre Amado, rogamos que, através da fluidificação de nossas águas, possamos receber os medicamentos que necessitamos para nossas dores físicas, espirituais, morais, mentais e para nossas aflições.
Que as reflexões de hoje penetrem em nossos corações, trazendo-nos renovação de pensamentos, de atitudes, fazendo-nos enxergar que somente levaremos desta vida os valores que transformam nossos Espíritos.
Que assim seja.
Graças a Deus, Graças a Jesus.
 
Paz e Bem!