Estudo:
HORA DO EVANGELHO NO LAR - Jesus no Lar - Pelo Espírito Neio Lúcio psicografia de Francisco Cândido Xavier – OS DESCOBRIDORES DO HOMEM - Cap. 12
HORA DO EVANGELHO NO LAR
“Um simples raio de cólera costuma perturbar ou destruir longas e pacientes sementeiras de amor”
(Mariano José Pereira da Fonseca: O Marquês de Maricá - Livro: Falando à Terra. Lição nº 32. Página 177 – psicografia de Chico Xavier)
PRECE
Com nossos pensamentos elevados a Deus, o Pai da vida, agradecermos por tudo o que nos tem oferecido, especialmente a presente reencarnação, oportunidade bendita de reajuste e recuperação.
Agradecermos a Jesus pelo legado de amor e exemplos de compreensão e sabedoria que nos deixou, agradecemos seus ensinamentos e seu abençoado exemplo de vida que é para todos nós regra de conduta.
Agradecemos, neste momento, a oportunidade do estudo edificante e do aprendizado, que saibamos aproveitá-la e fazer com que os ensinamentos do nosso Mestre Jesus floresçam em nossas vidas, dando-nos sabedoria e discernimento em nosso dia a dia.
Rogamos a Jesus que nos abençoe e permita a presença dos benfeitores espirituais, nossos mentores, para que nos auxiliem a compreendermos a lição de hoje e que, através da compreensão, possamos mudar nossas ações e nossos pensamentos, tendo assim, menos orgulho e mais humildade em nossa caminhada rumo a evolução espiritual.
Mestre Amado, com Tua permissão e em Teu nome, em nome de nosso Patrono, Francisco de Assis e da espiritualidade amiga, responsável por este trabalho de amor e sobretudo em nome de Deus, iniciamos nossas reflexões de hoje.
Permaneça conosco Mestre Jesus e que assim seja agora e sempre.
MENSAGEM INICIAL
SAÚDE
A saúde é assim como a posição de uma residência que denuncia as condições do morador, ou de um instrumento que reproduz em si o zelo ou a desídia das mãos que o manejam.
A falta cometida opera em nossa mente um estado de perturbação, ao qual não se reúnem simplesmente as forças desvairadas de nosso arrependimento, mas também as ondas de pesar e acusação da vítima e de quantos se lhe associam ao sentimento, instaurando desarmonias de vastas proporções nos centros da alma, a percutirem sobre a nossa própria instrumentação.
Semelhante descontrole apresenta graus diferentes, provocando lesões funcionais diversas.
A cólera e o desespero, a crueldade e a intemperança criam zonas mórbidas de natureza particular no cosmo orgânico, impondo às células a distonia pela qual se anulam quase todos os recursos de defesa, abrindo-se leira fértil à cultura de micróbios patogênicos nos órgãos menos habilitados à resistência.
É assim que, muitas vezes, a tuberculose e o câncer, a lepra e a ulceração aparecem como fenômenos secundários, residindo a causa primária no desequilíbrio dos reflexos da vida interior.
Todos os sintomas mentais depressivos influenciam as células em estado de mitose, estabelecendo fatores de desagregação. Por outro lado, importa reconhecer que o relaxamento da nutrição constrange o corpo a pesados tributos de sofrimento.
Enquanto encarnados, é natural que as vidas infinitesimais que nos constituem o veículo de existência retratem as substâncias que ingerimos. Nesse trabalho de permuta constante adquirimos imensa quantidade de bactérias patogênicas que, em se instalando comodamente no mundo celular, podem determinar moléstias infecciosas de variegados caracteres, compelindo-nos a recolher, assim, de volta, os resultados de nossa imprevidência. Mas não é somente aí, no domínio das causas visíveis, que se originam os processos patológicos multiformes.
Nossas emoções doentias mais profundas, quaisquer que sejam, geram estados enfermiços.
Os reflexos dos sentimentos menos dignos que alimentamos voltam-se sobre nós mesmos, depois de convertidos em ondas mentais, tumultuando o serviço das células nervosas que, instaladas na pele, nas vísceras, na medula e no tronco cerebral, desempenham as mais avançadas funções técnicas; acentue-se, ainda, que esses reflexos menos felizes, em se derramando sobre o córtex encefálico, produzem alucinações que podem variar da fobia oculta à loucura manifesta, pelas quais os reflexos daqueles companheiros encarnados ou desencarnados, que se nos conjugam ao modo de proceder e de ser, nos atingem com sugestões destruidoras, diretas ou indiretas, conduzindo-nos a deploráveis fenômenos de alienação mental, na obsessão comum, ainda mesmo quando no jogo das aparências possamos aparecer como pessoas espiritualmente sadias.
Não nos esqueçamos, assim, de que apenas o sentimento reto pode esboçar o reto pensamento, sem os quais a alma adoece pela carência de equilíbrio interior, imprimindo no aparelho somático os desvarios e as perturbações que lhe são consequentes.
Livro Pensamento e Vida, de Emmanuel/Chico Xavier – cap. 15.
LEITURA DO EVANGELHO
Jesus no Lar - Pelo Espírito Neio Lúcio psicografia de Francisco Cândido Xavier – OS DESCOBRIDORES DO HOMEM - Cap. 12.
Finda a leitura de alguns trechos da história de Job, a palestra na residência de Simão versou acerca da fidelidade da alma ao Pai Todo-Poderoso.
Diante da vibração de alegria em todos os semblantes, Jesus contou, bem-humorado:
– Apareceu na velha cidade de Nínive um homem tão profundamente consagrado a Deus que todos os seus contemporâneos, por isso, lhe rendiam especial louvor. Tão rasgados eram os elogios à sua conduta que as informações subiram ao Trono do Eterno. E, porque vários Arcanjos pedissem ao Todo-Poderoso a transferência dele para o Céu, determinou a Divina Sabedoria fosse procurado, na selva da carne, a fim de verificar-se, com exatidão, se estava efetivamente preparado para a sublime investidura.
Para isso, os Arcanjos Educadores, a serviço do Altíssimo, enviaram à Terra quatro rudes descobridores de homens santificados – e a Necessidade, o Dinheiro, o Poder e a Cólera desceram cada qual a seu tempo, para efetuarem as provas indispensáveis.
A Necessidade que, em casos desses, sempre surge em primeiro lugar, aproximou-se do grande crente e se fez sentir, de vários modos, dando-lhe privações, obstáculos, doenças e abandono de entes amados; entretanto, o devoto, robusto na confiança, compreendeu na mensageira uma operária celeste e venceu-a, revelando-se cada vez mais firme nas virtudes de que se tornara modelo.
Chegou, então, a vez do Dinheiro. Acercou-se do homem e conferiu-lhe mesa lauta, recursos imensos e considerações sociais de toda sorte; mas o previdente aprendiz lembrou-se da caridade e, afastando-se das insinuações dos prazeres fáceis, distribuiu moedas e posses em multiplicadas obras do bem, conquistando o equilíbrio financeiro e a veneração geral.
Vitorioso na segunda prova, veio o Poder, que o investiu de larga e brilhante autoridade. O devoto, contudo, recordou que a vida, com todas as honrarias e dons, é simples empréstimo da Providência Celestial e usou o Poder com brandura, educando quantos o rodeavam, por intermédio da instrução e do trabalho bem orientados, recebendo em troca, a obediência e a admiração do povo entre o qual nascera.
Triunfante e feliz, o crente foi visitado, enfim, pela Cólera. De maneira a sondar-lhe a posição espiritual, a instrutora invisível valeu-se dum servo fraco e ignorante e tocou-lhe o amor próprio, falando, com manifesta desconsideração, em assunto privado que, embora expressão da verdade constituía certo desrespeito a qualquer pessoa de sua estatura social e indiscutível dignidade.
O devoto não resistiu. Intensa onda sanguínea lhe surgiu no rosto congesto e ele se desfez em palavras contundentes, ferindo familiares e servidores e prejudicando as próprias obras. Somente depois de muitos dias, conseguiu restaurar a tranquilidade, quando, porém, a Cólera já lhe havia desnudado o íntimo, revelando-lhe o imperativo de maior aperfeiçoamento e notificando ao Senhor que aquele filho, matriculado na escola de iluminação, ainda requeria muito tempo, na experiência purificadora, para situar-se nas vibrações gloriosas da vida superior.
Curiosidade geral transparecia do semblante de todos os presentes, que não ousavam trazer à baila qualquer nova ponderação. Estampando no rosto sereno sorriso, o Cristo terminou:
– Quando o homem recebe todas as informações de que necessita para elevar-se ao Céu, determina o Pai Amoroso seja ele procurado pelas potências educadoras. A maioria dos crentes perde a boa posição que aparentemente desfrutavam, nos exercícios da Necessidade que lhes examina a resistência moral; muitos voltam estragados das sugestões do Dinheiro que lhes observa o desprendimento dos objetivos inferiores e a capacidade de agir na sementeira do bem; alguns caem, desastradamente, pelas insinuações do Poder que lhes experimenta a competência para educar e salvar os companheiros da jornada humana, e raríssimos são aqueles que vencem a visita inesperada da Cólera, que vem ao círculo do homem anotar–lhe a diminuição do amor-próprio, sem a qual o Espírito não reflete o brilho e a grandeza do Criador, nos campos da vida eterna.
O Mestre calou-se, sorriu compassivamente, de novo, e, porque ninguém retomasse a palavra, a reunião da noite foi encerrada.
REFLEXÕES – A cólera é aquele impulso violento que nos arremessa contra tudo e contra todos. A cólera, também, se classifica como ira, raiva, fúria, furor e zanga. O corpo não dá impulsos de cólera a quem não os tem, como não dá outros vícios.
Kardec nos ensina que “todas as virtudes e todos os vícios são inerentes ao Espírito”.
A cólera é aquela mancha negra do Espírito ainda imperfeito.
A fonte da cólera é o orgulho. Sempre queremos nos apresentar mais do que somos. Queremos os primeiros lugares. Queremos ser elogiados. Quando sentimos nosso orgulho ferido, nos revoltamos e caímos nas terríveis garras da cólera. Esses acessos de demência passageira, por certo, agravam-se pela influência dos maus Espíritos.
Encolerizados, tornamo-nos verdadeiros animais selvagens.
Encolerizados, repelimos as observações justas e rejeitamos os mais prudentes conselhos. Com a cólera instalada em nosso sistema nervoso, revoltamo-nos, até mesmo, contra a natureza. Nos tornamos verdadeiros trogloditas, regressamos ao período dos homens da caverna.
O orgulho é terrível e leva-nos à impaciência, querendo que todos se curvem às nossas ordens de comando. Em nosso ataque de cólera, queremos arrebentar tudo.
Mas, se num momento de cólera, voltássemos os olhos para o nosso “íntimo”, teríamos horror e pena da nossa ridícula atitude.
Um homem colérico, por certo, torna-se ridículo, e também digno de pena.
Todos nós que, ainda, carregamos a mancha da cólera, temos que, com esforço e boa vontade, mudarmos o nosso temperamento para melhor, aprendermos a nos controlar e nos educar. Assim, com cautela e prudência, podemos nos dominar e, com esforço, libertar nossa casa mental desta incômoda moradora: a cólera.
A criatura colérica é candidata às várias moléstias do sistema nervoso e, até mesmo, está sujeito a um infarto fulminante.
” A cólera não resolve os problemas evolutivos e nada mais significa que um traço de recordação dos primórdios da vida humana em suas expressões mais grosseiras. A energia serena edifica sempre, na construção dos sentimentos purificadores; mas a cólera impulsiva, nos seus movimentos atrabiliários, é um vinho envenenado de cuja embriaguez a alma desperta sempre com o coração tocado de amargosos ressaibos.” - Questão 181 de O Consolador.
Ver também o Cap. IX, itens 9 e 10 do Evangelho Segundo o Espiritismo.
PRECE E VIBRAÇÕES –
"Coloca o teu recipiente de água cristalina à frente de tuas orações e espera e confia." [Emmanuel / Chico Xavier]
Neste momento, com nossos corações pacificados, fortalecidos, harmonizados com Deus nosso Pai e Jesus nosso Mestre, vamos vibrar, e vibrar é desejar os nossos melhores pensamentos e os nossos melhores sentimentos.
Então, juntos, elevemos nossos pensamentos mentalizando Jesus, com suas mãos abertas em nossa direção, em direção ao nosso planeta derramando muita Luz e Paz, unindo-nos como irmãos que somos, em laços de profunda paz e de amor.
Que essa imensa Luz ilumine mentes e corações para que a Paz seja estabelecida entre todos os povos e em todos os lugares de nosso planeta.
Que essa Luz se faça presente especialmente sobre nosso Brasil, sobre nossos governantes, nosso povo e que todos recebam através dela ondas de Paz, Amor e Esperança.
Que essa Luz se faça mais forte e penetre todos os lares, no nosso também, iluminando e protegendo nossos queridos, higienizando todo o ambiente, retirando todas as energias deletérias e deixando as suaves vibrações de amor.
E assim, unidos na Paz do Cristo, vamos vibrando também por todos os necessitados, doentes e sofredores, encarnados e desencarnados, para que recebam a paz desta oração, à Luz do Amor de Jesus.
Vibramos pelos jovens e pelas crianças, pelos idosos e por todos aqueles que ainda não conhecem a Tua bondade Senhor.
Vibramos por nossa Casa Espírita que acolhe amorosamente a todos, por seus trabalhadores e assistidos, seus coordenadores e dirigentes, que seus propósitos no bem sejam sempre abençoados e protegidos.
Rogamos Senhor, ao nosso Patrono Francisco de Assis que nos auxilie a valorizarmos a beleza da obra Divina, a natureza, e a tratarmos nossos irmãos menores, os animais, com amor, carinho e respeito, pois muitas vezes esses nossos irmãos menores são vítimas de nossos desequilíbrios, da ira, da raiva, da cólera. Que tenhamos Luz em nossos olhos e discernimento em nossos corações para enxergá-los como inocentes que são.
Rogamos agora Senhor, por nós mesmos, criaturas ainda necessitadas do amparo e da misericórdia Divina. Que possamos reconhecer e combater em nós a causa primeira da cólera: o orgulho e, nos esforçarmos para desenvolvermos a humildade e o amor, pois a cólera nada resolve, só altera nossa saúde e compromete nossa própria vida. Que possamos manter a Paz em nossos corações, tendo sempre em nossas ações sentimentos de bondade e de compreensão.
E assim Senhor, envolvidos pelo Teu Amor, rogamos ainda que permita que nossas águas sejam fluidificadas, que nelas sejam depositados os medicamentos necessários para nosso reequilíbrio físico, espiritual e mental;
E assim, agradecidos, envolvidos nas Tuas Vibrações de Amor, encerramos as reflexões de hoje.
Graças vos damos Mestre Jesus.
Permaneça conosco, agora e sempre.
Que assim seja.
Paz e Bem.
“Um simples raio de cólera costuma perturbar ou destruir longas e pacientes sementeiras de amor”
(Mariano José Pereira da Fonseca: O Marquês de Maricá - Livro: Falando à Terra. Lição nº 32. Página 177 – psicografia de Chico Xavier)
PRECE
Com nossos pensamentos elevados a Deus, o Pai da vida, agradecermos por tudo o que nos tem oferecido, especialmente a presente reencarnação, oportunidade bendita de reajuste e recuperação.
Agradecermos a Jesus pelo legado de amor e exemplos de compreensão e sabedoria que nos deixou, agradecemos seus ensinamentos e seu abençoado exemplo de vida que é para todos nós regra de conduta.
Agradecemos, neste momento, a oportunidade do estudo edificante e do aprendizado, que saibamos aproveitá-la e fazer com que os ensinamentos do nosso Mestre Jesus floresçam em nossas vidas, dando-nos sabedoria e discernimento em nosso dia a dia.
Rogamos a Jesus que nos abençoe e permita a presença dos benfeitores espirituais, nossos mentores, para que nos auxiliem a compreendermos a lição de hoje e que, através da compreensão, possamos mudar nossas ações e nossos pensamentos, tendo assim, menos orgulho e mais humildade em nossa caminhada rumo a evolução espiritual.
Mestre Amado, com Tua permissão e em Teu nome, em nome de nosso Patrono, Francisco de Assis e da espiritualidade amiga, responsável por este trabalho de amor e sobretudo em nome de Deus, iniciamos nossas reflexões de hoje.
Permaneça conosco Mestre Jesus e que assim seja agora e sempre.
MENSAGEM INICIAL
SAÚDE
A saúde é assim como a posição de uma residência que denuncia as condições do morador, ou de um instrumento que reproduz em si o zelo ou a desídia das mãos que o manejam.
A falta cometida opera em nossa mente um estado de perturbação, ao qual não se reúnem simplesmente as forças desvairadas de nosso arrependimento, mas também as ondas de pesar e acusação da vítima e de quantos se lhe associam ao sentimento, instaurando desarmonias de vastas proporções nos centros da alma, a percutirem sobre a nossa própria instrumentação.
Semelhante descontrole apresenta graus diferentes, provocando lesões funcionais diversas.
A cólera e o desespero, a crueldade e a intemperança criam zonas mórbidas de natureza particular no cosmo orgânico, impondo às células a distonia pela qual se anulam quase todos os recursos de defesa, abrindo-se leira fértil à cultura de micróbios patogênicos nos órgãos menos habilitados à resistência.
É assim que, muitas vezes, a tuberculose e o câncer, a lepra e a ulceração aparecem como fenômenos secundários, residindo a causa primária no desequilíbrio dos reflexos da vida interior.
Todos os sintomas mentais depressivos influenciam as células em estado de mitose, estabelecendo fatores de desagregação. Por outro lado, importa reconhecer que o relaxamento da nutrição constrange o corpo a pesados tributos de sofrimento.
Enquanto encarnados, é natural que as vidas infinitesimais que nos constituem o veículo de existência retratem as substâncias que ingerimos. Nesse trabalho de permuta constante adquirimos imensa quantidade de bactérias patogênicas que, em se instalando comodamente no mundo celular, podem determinar moléstias infecciosas de variegados caracteres, compelindo-nos a recolher, assim, de volta, os resultados de nossa imprevidência. Mas não é somente aí, no domínio das causas visíveis, que se originam os processos patológicos multiformes.
Nossas emoções doentias mais profundas, quaisquer que sejam, geram estados enfermiços.
Os reflexos dos sentimentos menos dignos que alimentamos voltam-se sobre nós mesmos, depois de convertidos em ondas mentais, tumultuando o serviço das células nervosas que, instaladas na pele, nas vísceras, na medula e no tronco cerebral, desempenham as mais avançadas funções técnicas; acentue-se, ainda, que esses reflexos menos felizes, em se derramando sobre o córtex encefálico, produzem alucinações que podem variar da fobia oculta à loucura manifesta, pelas quais os reflexos daqueles companheiros encarnados ou desencarnados, que se nos conjugam ao modo de proceder e de ser, nos atingem com sugestões destruidoras, diretas ou indiretas, conduzindo-nos a deploráveis fenômenos de alienação mental, na obsessão comum, ainda mesmo quando no jogo das aparências possamos aparecer como pessoas espiritualmente sadias.
Não nos esqueçamos, assim, de que apenas o sentimento reto pode esboçar o reto pensamento, sem os quais a alma adoece pela carência de equilíbrio interior, imprimindo no aparelho somático os desvarios e as perturbações que lhe são consequentes.
Livro Pensamento e Vida, de Emmanuel/Chico Xavier – cap. 15.
LEITURA DO EVANGELHO
Jesus no Lar - Pelo Espírito Neio Lúcio psicografia de Francisco Cândido Xavier – OS DESCOBRIDORES DO HOMEM - Cap. 12.
Finda a leitura de alguns trechos da história de Job, a palestra na residência de Simão versou acerca da fidelidade da alma ao Pai Todo-Poderoso.
Diante da vibração de alegria em todos os semblantes, Jesus contou, bem-humorado:
– Apareceu na velha cidade de Nínive um homem tão profundamente consagrado a Deus que todos os seus contemporâneos, por isso, lhe rendiam especial louvor. Tão rasgados eram os elogios à sua conduta que as informações subiram ao Trono do Eterno. E, porque vários Arcanjos pedissem ao Todo-Poderoso a transferência dele para o Céu, determinou a Divina Sabedoria fosse procurado, na selva da carne, a fim de verificar-se, com exatidão, se estava efetivamente preparado para a sublime investidura.
Para isso, os Arcanjos Educadores, a serviço do Altíssimo, enviaram à Terra quatro rudes descobridores de homens santificados – e a Necessidade, o Dinheiro, o Poder e a Cólera desceram cada qual a seu tempo, para efetuarem as provas indispensáveis.
A Necessidade que, em casos desses, sempre surge em primeiro lugar, aproximou-se do grande crente e se fez sentir, de vários modos, dando-lhe privações, obstáculos, doenças e abandono de entes amados; entretanto, o devoto, robusto na confiança, compreendeu na mensageira uma operária celeste e venceu-a, revelando-se cada vez mais firme nas virtudes de que se tornara modelo.
Chegou, então, a vez do Dinheiro. Acercou-se do homem e conferiu-lhe mesa lauta, recursos imensos e considerações sociais de toda sorte; mas o previdente aprendiz lembrou-se da caridade e, afastando-se das insinuações dos prazeres fáceis, distribuiu moedas e posses em multiplicadas obras do bem, conquistando o equilíbrio financeiro e a veneração geral.
Vitorioso na segunda prova, veio o Poder, que o investiu de larga e brilhante autoridade. O devoto, contudo, recordou que a vida, com todas as honrarias e dons, é simples empréstimo da Providência Celestial e usou o Poder com brandura, educando quantos o rodeavam, por intermédio da instrução e do trabalho bem orientados, recebendo em troca, a obediência e a admiração do povo entre o qual nascera.
Triunfante e feliz, o crente foi visitado, enfim, pela Cólera. De maneira a sondar-lhe a posição espiritual, a instrutora invisível valeu-se dum servo fraco e ignorante e tocou-lhe o amor próprio, falando, com manifesta desconsideração, em assunto privado que, embora expressão da verdade constituía certo desrespeito a qualquer pessoa de sua estatura social e indiscutível dignidade.
O devoto não resistiu. Intensa onda sanguínea lhe surgiu no rosto congesto e ele se desfez em palavras contundentes, ferindo familiares e servidores e prejudicando as próprias obras. Somente depois de muitos dias, conseguiu restaurar a tranquilidade, quando, porém, a Cólera já lhe havia desnudado o íntimo, revelando-lhe o imperativo de maior aperfeiçoamento e notificando ao Senhor que aquele filho, matriculado na escola de iluminação, ainda requeria muito tempo, na experiência purificadora, para situar-se nas vibrações gloriosas da vida superior.
Curiosidade geral transparecia do semblante de todos os presentes, que não ousavam trazer à baila qualquer nova ponderação. Estampando no rosto sereno sorriso, o Cristo terminou:
– Quando o homem recebe todas as informações de que necessita para elevar-se ao Céu, determina o Pai Amoroso seja ele procurado pelas potências educadoras. A maioria dos crentes perde a boa posição que aparentemente desfrutavam, nos exercícios da Necessidade que lhes examina a resistência moral; muitos voltam estragados das sugestões do Dinheiro que lhes observa o desprendimento dos objetivos inferiores e a capacidade de agir na sementeira do bem; alguns caem, desastradamente, pelas insinuações do Poder que lhes experimenta a competência para educar e salvar os companheiros da jornada humana, e raríssimos são aqueles que vencem a visita inesperada da Cólera, que vem ao círculo do homem anotar–lhe a diminuição do amor-próprio, sem a qual o Espírito não reflete o brilho e a grandeza do Criador, nos campos da vida eterna.
O Mestre calou-se, sorriu compassivamente, de novo, e, porque ninguém retomasse a palavra, a reunião da noite foi encerrada.
REFLEXÕES – A cólera é aquele impulso violento que nos arremessa contra tudo e contra todos. A cólera, também, se classifica como ira, raiva, fúria, furor e zanga. O corpo não dá impulsos de cólera a quem não os tem, como não dá outros vícios.
Kardec nos ensina que “todas as virtudes e todos os vícios são inerentes ao Espírito”.
A cólera é aquela mancha negra do Espírito ainda imperfeito.
A fonte da cólera é o orgulho. Sempre queremos nos apresentar mais do que somos. Queremos os primeiros lugares. Queremos ser elogiados. Quando sentimos nosso orgulho ferido, nos revoltamos e caímos nas terríveis garras da cólera. Esses acessos de demência passageira, por certo, agravam-se pela influência dos maus Espíritos.
Encolerizados, tornamo-nos verdadeiros animais selvagens.
Encolerizados, repelimos as observações justas e rejeitamos os mais prudentes conselhos. Com a cólera instalada em nosso sistema nervoso, revoltamo-nos, até mesmo, contra a natureza. Nos tornamos verdadeiros trogloditas, regressamos ao período dos homens da caverna.
O orgulho é terrível e leva-nos à impaciência, querendo que todos se curvem às nossas ordens de comando. Em nosso ataque de cólera, queremos arrebentar tudo.
Mas, se num momento de cólera, voltássemos os olhos para o nosso “íntimo”, teríamos horror e pena da nossa ridícula atitude.
Um homem colérico, por certo, torna-se ridículo, e também digno de pena.
Todos nós que, ainda, carregamos a mancha da cólera, temos que, com esforço e boa vontade, mudarmos o nosso temperamento para melhor, aprendermos a nos controlar e nos educar. Assim, com cautela e prudência, podemos nos dominar e, com esforço, libertar nossa casa mental desta incômoda moradora: a cólera.
A criatura colérica é candidata às várias moléstias do sistema nervoso e, até mesmo, está sujeito a um infarto fulminante.
” A cólera não resolve os problemas evolutivos e nada mais significa que um traço de recordação dos primórdios da vida humana em suas expressões mais grosseiras. A energia serena edifica sempre, na construção dos sentimentos purificadores; mas a cólera impulsiva, nos seus movimentos atrabiliários, é um vinho envenenado de cuja embriaguez a alma desperta sempre com o coração tocado de amargosos ressaibos.” - Questão 181 de O Consolador.
Ver também o Cap. IX, itens 9 e 10 do Evangelho Segundo o Espiritismo.
PRECE E VIBRAÇÕES –
"Coloca o teu recipiente de água cristalina à frente de tuas orações e espera e confia." [Emmanuel / Chico Xavier]
Neste momento, com nossos corações pacificados, fortalecidos, harmonizados com Deus nosso Pai e Jesus nosso Mestre, vamos vibrar, e vibrar é desejar os nossos melhores pensamentos e os nossos melhores sentimentos.
Então, juntos, elevemos nossos pensamentos mentalizando Jesus, com suas mãos abertas em nossa direção, em direção ao nosso planeta derramando muita Luz e Paz, unindo-nos como irmãos que somos, em laços de profunda paz e de amor.
Que essa imensa Luz ilumine mentes e corações para que a Paz seja estabelecida entre todos os povos e em todos os lugares de nosso planeta.
Que essa Luz se faça presente especialmente sobre nosso Brasil, sobre nossos governantes, nosso povo e que todos recebam através dela ondas de Paz, Amor e Esperança.
Que essa Luz se faça mais forte e penetre todos os lares, no nosso também, iluminando e protegendo nossos queridos, higienizando todo o ambiente, retirando todas as energias deletérias e deixando as suaves vibrações de amor.
E assim, unidos na Paz do Cristo, vamos vibrando também por todos os necessitados, doentes e sofredores, encarnados e desencarnados, para que recebam a paz desta oração, à Luz do Amor de Jesus.
Vibramos pelos jovens e pelas crianças, pelos idosos e por todos aqueles que ainda não conhecem a Tua bondade Senhor.
Vibramos por nossa Casa Espírita que acolhe amorosamente a todos, por seus trabalhadores e assistidos, seus coordenadores e dirigentes, que seus propósitos no bem sejam sempre abençoados e protegidos.
Rogamos Senhor, ao nosso Patrono Francisco de Assis que nos auxilie a valorizarmos a beleza da obra Divina, a natureza, e a tratarmos nossos irmãos menores, os animais, com amor, carinho e respeito, pois muitas vezes esses nossos irmãos menores são vítimas de nossos desequilíbrios, da ira, da raiva, da cólera. Que tenhamos Luz em nossos olhos e discernimento em nossos corações para enxergá-los como inocentes que são.
Rogamos agora Senhor, por nós mesmos, criaturas ainda necessitadas do amparo e da misericórdia Divina. Que possamos reconhecer e combater em nós a causa primeira da cólera: o orgulho e, nos esforçarmos para desenvolvermos a humildade e o amor, pois a cólera nada resolve, só altera nossa saúde e compromete nossa própria vida. Que possamos manter a Paz em nossos corações, tendo sempre em nossas ações sentimentos de bondade e de compreensão.
E assim Senhor, envolvidos pelo Teu Amor, rogamos ainda que permita que nossas águas sejam fluidificadas, que nelas sejam depositados os medicamentos necessários para nosso reequilíbrio físico, espiritual e mental;
E assim, agradecidos, envolvidos nas Tuas Vibrações de Amor, encerramos as reflexões de hoje.
Graças vos damos Mestre Jesus.
Permaneça conosco, agora e sempre.
Que assim seja.
Paz e Bem.