Estudo:
INTRODUÇÃO: I – Objetivo desta Obra (O Evangelho Segundo o Espiritismo)
INTRODUÇÃO: I – Objetivo desta Obra (O Evangelho Segundo o Espiritismo)"O Evangelho Segundo o Espiritismo é... Para os homens, em particular, uma regra de conduta, que abrange todas as circunstâncias da vida privada e pública, o princípio de todas as relações sociais fundadas na mais rigorosa justiça.”
PRECE INICIAL
Queridos irmãos, que a luz do nosso Mestre Jesus chegue até nós restaurando nossa força, estabelecendo em nós a nossa capacidade de lutar pelas nossas conquistas e nos cobrindo de proteção e amor tornando nossa caminhada tranquila e serena. E assim, rogamos aos nossos Benfeitores Espirituais que, com a permissão de Jesus, estejam ao nosso lado, especialmente neste momento em que iniciamos o Estudo do Evangelho. Que possamos compreender seus ensinamentos e coloca-los em nossas vidas, diariamente. Que através de seu estudo possamos nos transformar moralmente e sermos pessoas melhores e mais amorosas a cada dia de nossas vidas. Que o Mestre Jesus nos abençoe e nos dê o entendimento que tanto necessitamos.
Em Teu nome Mestre Amado, em nome de Francisco de Assis e dos benfeitores espirituais encarregados desta tarefa de amor, iniciamos os estudos de hoje com a prece que nos ensinou.
Pai-Nosso, que estais nos céus...
Que assim seja!EVANGELHO E PAZDeixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não vô-la dou como o mundo a dá. Jesus. (João, 14:27)O bem semeia a vida, o mal semeia a morte. O primeiro é o movimento evolutivo na escala ascensional para a Divindade, o segundo é a estagnação.
O problema da paz é questão de fraternidade, em todas as latitudes.
E o Evangelho do Cristo constitui o manancial divino, em cujas correntes de água viva pode o coração renovar-se para a vitória do legítimo entendimento.
Guerras, discórdias, crises, representam a resultante da grande desarmonia que a ausência do amor estabeleceu no caminho da inteligência.
A concórdia real jamais será incubada por decretos políticos ou por princípios apressados de filosofia salvacionista, nas relações dos homens entre si, e para a harmonia individual não valem tão somente a argumentação da psiquiatria e as descobertas preciosas da ciência médica.
A incompreensão das criaturas torna sombrios todos os caminhos da Terra e o viajor da carne sofre a influenciação da angústia que ele mesmo projeta.
Outro recurso não nos resta, além daquele que condiz com a justa retificação.
O Grande Médico e Sublime Renovador do mundo ainda é o Cristo que revelou o mistério do sacrifício pessoal por lição inesquecível de ressurreição e triunfo.
Ajuda ao que te persegue e calunia.
Ora pelos que te odeiam.
Serve sem aguardar retribuição.
Renuncia a ti mesmo, toma a cruz da abnegação em favor dos que te cercam e segue, de ânimo robusto, para diante.
Se procuras o primeiro lugar, sê o dedicado servo de todos.
Àquele que te pede a capa, dá igualmente a túnica.
Ao que te exigir a jornada de mil passos, caminha com ele dois mil.
Semelhantes ensinamentos pairam sobre a fronte da Humanidade, concitando-a à vida nova.
A organização mental é um instrumento que, ajustado ao Evangelho, deixa escapar às vibrações harmônicas do amor, sem cujo domínio a vida em si prosseguirá desequilibrada, fora dos objetivos superiores, a que indiscutivelmente se destina.
Há produção de pensamentos no mundo, como existe a produção de flores e batatas.
Criamos, em torno de nós, a atmosfera de ordem ou perturbação, quanto incentivamos a seara de trigo ou suportamos, por relaxamento, a colheita compulsória de ervas daninhas.
Induzindo-nos ao trabalho construtivo com bases no devotamento pessoal pelo bem de todos, a mensagem de Jesus compele-nos a irradiar fé e paciência, serenidade e bom ânimo, com atividade plena e infatigável a benefício da alegria comum.
Habituamo-nos, assim, a compreender as necessidades do vizinho, guardando um coração educado para auxiliar sempre, cedendo de nosso egoísmo ao alheio contentamento.
Sob tais moldes, a experiência do lar é mais sadia e mais nobre, o clima de confiança possibilita sólidos alicerces à felicidade e caminhamos para a frente de espírito arejado, pronto a socorrer todas as dores e a contribuir na equação dos problemas de quantos procuram a bênção do progresso junto de nós.
A comunhão com Jesus sublima as secreções ocultas da alma, proporcionando-nos acesso fácil ao manancial de forças renovadoras do ser ou de hormônios espirituais da vida eterna.
Afeiçoando-nos ao Mestre Sublime, seremos verdadeiros irmãos uns dos outros.
Em nosso coração e em nossa mente reside a sementeira da luz.
Auxiliando-a com a boa vontade, sob a inspiração ativa e constante da Boa Nova, no esforço mútuo de compreensão das nossas necessidades e problemas que exigem o concurso incessante do amor, alcançaremos, mais cedo, a vitória da saúde e da alegria, do aperfeiçoamento e da redenção.
Pelo Espírito Emmanuel - Obra: Nosso Livro. Francisco Cândido. Espíritos Diversos. LAKE.INTRODUÇÃO: I – Objetivo desta Obra (O Evangelho Segundo o Espiritismo)Podemos dividir as matérias contidas nos Evangelhos em cinco partes:
1) os atos comuns da vida do Cristo;
2) os milagres;
3) as profecias;
4) as palavras que serviram para o estabelecimento dos dogmas da Igreja;
5) o ensino moral.
Se as quatro primeiras partes têm sido objeto de discussões, a última permanece inatacável. Diante desse código divino, a própria incredulidade se curva. É o terreno em que todos os cultos podem encontrar-se, a bandeira sob a qual todos podem abrigar-se, por mais diferentes que sejam as suas crenças. Porque nunca foi objeto de disputas religiosas, sempre e por toda parte provocadas pelos dogmas. Se o discutissem, as seitas teriam, aliás, encontrado nele a sua própria condenação, porque a maioria delas se apegaram mais à parte mística do que à parte moral, que exige a reforma de cada um. Para os homens, em particular, é uma regra de conduta, que abrange todas as circunstâncias da vida privada e pública, o princípio de todas as relações sociais fundadas na mais rigorosa justiça. É, por fim, e acima de tudo, o caminho infalível da felicidade a conquistar, uma ponta do véu erguida sobre a vida futura. É essa parte que constitui o objeto exclusivo desta obra.
Todo o mundo admira a moral evangélica; todos proclamam a sua sublimidade e a sua necessidade; mas muitos o fazem confiando naquilo que ouviram, ou apoiados em algumas máximas que se tornaram proverbiais, pois poucos a conhecem a fundo, e menos ainda a compreendem e sabem tirar-lhe as consequências. A razão disso está, em grande parte, nas dificuldades apresentadas pela leitura do Evangelho, ininteligível para a maioria. A forma alegórica, o misticismo intencional da linguagem, fazem que a maioria o leia por desencargo de consciência e por obrigação, como lê as preces sem as compreender, o que vale dizer, sem proveito. Os preceitos de moral, espalhados no texto, misturados com as narrativas, passam desapercebidos. Torna-se impossível apreender o conjunto e fazê-los objeto de leitura e meditação separadas.
Fizeram-se, é verdade, tratados de moral evangélica, mas a adaptação ao estilo literário moderno tira-lhe a ingenuidade primitiva, que lhe dá, ao mesmo tempo, encanto e autenticidade. Acontece o mesmo com as máximas destacadas, reduzidas à mais simples expressão proverbial, que não passam então de aforismos, perdendo uma parte de seu valor e de seu interesse, pela falta dos acessórios e das circunstâncias em que foram dadas.
Para evitar esses inconvenientes, reunimos nesta obra os trechos que podem constituir, propriamente falando, um código de moral universal, sem distinção de cultos. Nas citações, conservamos tudo o que era de utilidade ao desenvolvimento do pensamento, suprimindo apenas as coisas estranhas ao assunto. Além disso, respeitamos escrupulosamente a tradução original de Sacy, assim como a divisão por versículos. Mas, em vez de nos prendermos a uma ordem cronológica impossível, e sem vantagem real em semelhante assunto, as máximas foram agrupadas e distribuídas metodicamente segundo a sua natureza, de maneira a que umas se deduzam das outras, tanto quanto possível. A indicação dos números de ordem dos capítulos e dos versículos permite recorrer à classificação comum, caso se julgue conveniente.
Esse seria apenas um trabalho material, que por si só não teria mais do que uma utilidade secundária. O essencial era pô-lo ao alcance de todos, pela explicação das passagens obscuras e o desenvolvimento de todas as suas consequências, com vistas à aplicação às diferentes situações da vida. Foi o que procuramos fazer, com ajuda dos bons Espíritos que nos assistem.
Muitas passagens do Evangelho, da Bíblia, e dos autores sagrados em geral são ininteligíveis, e muitas mesmo parecem absurdas, por falta de uma chave que nos dê o seu verdadeiro sentido. Essa chave está inteirinha no Espiritismo, como já se conversaram os que estudaram seriamente a doutrina, e como ainda melhor se reconhecerá mais tarde. O Espiritismo se encontra por toda parte, na antiguidade, e em todas as épocas da humanidade. Em tudo encontramos os seus traços, nos escritos, nas crenças e nos monumentos, e é por isso que, se ele abre novos horizontes para o futuro, lança também uma viva luz sobre os mistérios do passado.
Como complemento de cada preceito, damos algumas instruções, escolhidas entre as que foram ditadas pelos Espíritos em diversos países, através de diferentes médiuns. Se essas instruções tivessem surgido de uma fonte única, poderiam ter sofrido uma influência pessoal ou do meio, enquanto a diversidade de origens prova que os Espíritos dão os seus ensinamentos por toda parte, e que não há ninguém privilegiado a esse respeito.(1)
Esta obra é para o uso de todos; cada qual pode dela tirar os meios de conformar sua conduta à moral do Cristo. Os espíritas nela encontrarão, além disso, as aplicações que lhes concernem mais especialmente. Graças às comunicações estabelecidas, de agora em diante, de maneira permanente, entre os homens e o mundo invisível, a lei evangélica, ensinada a todas as nações pelos próprios espíritos, não será mais letra morta, porque cada qual a compreenderá, e será incessantemente solicitado a pô-la em prática, pelos conselhos de seus guias espirituais. As instruções dos Espíritos são verdadeiramente as vozes do céu que vêm esclarecer os homens e convidá-los à prática do Evangelho.
(1) Poderíamos dar, sem dúvida, sobre cada assunto, maior número de comunicações obtidas numa multidão de outras cidades e centros espíritas, além dos que citamos. Mas quisemos, antes de tudo, evitar a monotonia das repetições inúteis, e limitar a nossa escolha às que, por seu fundo e por sua forma, cabem mais especialmente no quadro desta obra, reservando para publicações posteriores as que não entraram aqui.
Quanto aos médiuns, deixamos de citá-los. Na maioria, em virtude de seus próprios pedidos, e depois, porque não convinha fazer exceções. Os nomes dos médiuns não acrescentariam, aliás, nenhum valor à obra dos Espíritos. Sua citação seria apenas uma satisfação do amor próprio, pela qual os médiuns verdadeiramente sérios não se interessam. Eles compreendem que, sendo puramente passivo seu papel, o valor das comunicações não aumenta em nada o seu mérito pessoal, e que seria pueril envaidecerem-se de um trabalho intelectual a que prestam apenas o seu concurso mecânico.Entendeu então Kardec que deveria deixar de lado os aspectos que provocam divergências e polêmicas e estudar, à luz da doutrina espírita, os ensinos morais de Jesus. Escreveu: "Diante desse código divino, a própria incredulidade se curva. É o terreno em que todos os cultos podem encontrar-se, a bandeira sob a qual todos podem abrigar-se, por mais diferentes que sejam as suas crenças."
"Para os homens, em particular, é uma regra de conduta, que abrange todas as circunstâncias da vida privada e pública, o princípio de todas as relações sociais fundadas na mais rigorosa justiça. É por fim, e acima de tudo, o caminho infalível da felicidade a conquistar."
Assim, o Evangelho Segundo o Espiritismo trata do estudo da moral de Jesus, à luz dos esclarecimentos que o espiritismo traz das leis divinas.
Kardec agrupou as máximas do Cristo, descritas pelos evangelistas, conforme o tema abordado, de maneira de umas se deduzissem das outras, tanto quanto possível. O objetivo de Kardec, era pôr as máximas do Cristo ao alcance de todos, através da explicação das passagens de forma clara, com as interpretações espíritas. Também quis destacar o desenvolvimento das consequências na aplicação dos ensinos de Jesus nas diferentes situações da vida, demonstrando assim, que sua vivência está dentro da capacidade do homem de hoje, num mundo de hoje. Assim, com a doutrina espírita, os ensinos de Jesus tornam-se compreensíveis, atualizados, porque sua moral é eterna, para todos os tempos, para toda a Criação Divina. O estudo do espiritismo nos faz compreender que ele é a chave para o entendimento dos ensinos de Jesus. Nessa introdução, Kardec justifica a não citação dos nomes dos médiuns nas mensagens mediúnicas, publicadas, a pedido de muitos deles, para não estabelecer exceções e porque, no trabalho da codificação esses nomes não acrescentariam nenhum valor, servindo apenas para satisfazer o amor próprio, "pelo qual os médiuns verdadeiramente sérios não se interessam".
Kardec recomenda que esse livro, O Evangelho Segundo o Espiritismo, é para todos, “é uma regra de conduta, que abrange todas as circunstâncias da vida privada e pública”, pois "cada qual pode dela tirar os meios de conformar sua conduta à moral do Cristo". Vale o esforço de estudar O Evangelho Segundo o Espiritismo, do início ao fim e, quando terminar, recomeçar tudo de novo; vale o esforço de, perseverantemente, tentar vivenciá-lo nas diferentes situações cotidianas, com quaisquer pessoas, em qualquer lugar."Porque onde estiverem reunidos em meu nome, lá estarei presente." Jesus. (MATEUS, 18:20.)Podemos dividir as matérias contidas nos Evangelhos em cinco partes:
1) os atos comuns da vida do Cristo;
2) os milagres;
3) as profecias;
4) as palavras que serviram para o estabelecimento dos dogmas da Igreja;
5) o ensino moral.
Se as quatro primeiras partes têm sido objeto de discussões, a última permanece inatacável. Diante desse código divino, a própria incredulidade se curva. É o terreno em que todos os cultos podem encontrar-se, a bandeira sob a qual todos podem abrigar-se, por mais diferentes que sejam as suas crenças. Porque nunca foi objeto de disputas religiosas, sempre e por toda parte provocadas pelos dogmas. Se o discutissem, as seitas teriam, aliás, encontrado nele a sua própria condenação, porque a maioria delas se apegaram mais à parte mística do que à parte moral, que exige a reforma de cada um. Para os homens, em particular, é uma regra de conduta, que abrange todas as circunstâncias da vida privada e pública, o princípio de todas as relações sociais fundadas na mais rigorosa justiça. É, por fim, e acima de tudo, o caminho infalível da felicidade a conquistar, uma ponta do véu erguida sobre a vida futura. É essa parte que constitui o objeto exclusivo desta obra.
Todo o mundo admira a moral evangélica; todos proclamam a sua sublimidade e a sua necessidade; mas muitos o fazem confiando naquilo que ouviram, ou apoiados em algumas máximas que se tornaram proverbiais, pois poucos a conhecem a fundo, e menos ainda a compreendem e sabem tirar-lhe as consequências. A razão disso está, em grande parte, nas dificuldades apresentadas pela leitura do Evangelho, ininteligível para a maioria. A forma alegórica, o misticismo intencional da linguagem, fazem que a maioria o leia por desencargo de consciência e por obrigação, como lê as preces sem as compreender, o que vale dizer, sem proveito. Os preceitos de moral, espalhados no texto, misturados com as narrativas, passam desapercebidos. Torna-se impossível apreender o conjunto e fazê-los objeto de leitura e meditação separadas.
Fizeram-se, é verdade, tratados de moral evangélica, mas a adaptação ao estilo literário moderno tira-lhe a ingenuidade primitiva, que lhe dá, ao mesmo tempo, encanto e autenticidade. Acontece o mesmo com as máximas destacadas, reduzidas à mais simples expressão proverbial, que não passam então de aforismos, perdendo uma parte de seu valor e de seu interesse, pela falta dos acessórios e das circunstâncias em que foram dadas.
Para evitar esses inconvenientes, reunimos nesta obra os trechos que podem constituir, propriamente falando, um código de moral universal, sem distinção de cultos. Nas citações, conservamos tudo o que era de utilidade ao desenvolvimento do pensamento, suprimindo apenas as coisas estranhas ao assunto. Além disso, respeitamos escrupulosamente a tradução original de Sacy, assim como a divisão por versículos. Mas, em vez de nos prendermos a uma ordem cronológica impossível, e sem vantagem real em semelhante assunto, as máximas foram agrupadas e distribuídas metodicamente segundo a sua natureza, de maneira a que umas se deduzam das outras, tanto quanto possível. A indicação dos números de ordem dos capítulos e dos versículos permite recorrer à classificação comum, caso se julgue conveniente.
Esse seria apenas um trabalho material, que por si só não teria mais do que uma utilidade secundária. O essencial era pô-lo ao alcance de todos, pela explicação das passagens obscuras e o desenvolvimento de todas as suas consequências, com vistas à aplicação às diferentes situações da vida. Foi o que procuramos fazer, com ajuda dos bons Espíritos que nos assistem.
Muitas passagens do Evangelho, da Bíblia, e dos autores sagrados em geral são ininteligíveis, e muitas mesmo parecem absurdas, por falta de uma chave que nos dê o seu verdadeiro sentido. Essa chave está inteirinha no Espiritismo, como já se conversaram os que estudaram seriamente a doutrina, e como ainda melhor se reconhecerá mais tarde. O Espiritismo se encontra por toda parte, na antiguidade, e em todas as épocas da humanidade. Em tudo encontramos os seus traços, nos escritos, nas crenças e nos monumentos, e é por isso que, se ele abre novos horizontes para o futuro, lança também uma viva luz sobre os mistérios do passado.
Como complemento de cada preceito, damos algumas instruções, escolhidas entre as que foram ditadas pelos Espíritos em diversos países, através de diferentes médiuns. Se essas instruções tivessem surgido de uma fonte única, poderiam ter sofrido uma influência pessoal ou do meio, enquanto a diversidade de origens prova que os Espíritos dão os seus ensinamentos por toda parte, e que não há ninguém privilegiado a esse respeito.(1)
Esta obra é para o uso de todos; cada qual pode dela tirar os meios de conformar sua conduta à moral do Cristo. Os espíritas nela encontrarão, além disso, as aplicações que lhes concernem mais especialmente. Graças às comunicações estabelecidas, de agora em diante, de maneira permanente, entre os homens e o mundo invisível, a lei evangélica, ensinada a todas as nações pelos próprios espíritos, não será mais letra morta, porque cada qual a compreenderá, e será incessantemente solicitado a pô-la em prática, pelos conselhos de seus guias espirituais. As instruções dos Espíritos são verdadeiramente as vozes do céu que vêm esclarecer os homens e convidá-los à prática do Evangelho.
(1) Poderíamos dar, sem dúvida, sobre cada assunto, maior número de comunicações obtidas numa multidão de outras cidades e centros espíritas, além dos que citamos. Mas quisemos, antes de tudo, evitar a monotonia das repetições inúteis, e limitar a nossa escolha às que, por seu fundo e por sua forma, cabem mais especialmente no quadro desta obra, reservando para publicações posteriores as que não entraram aqui.
Quanto aos médiuns, deixamos de citá-los. Na maioria, em virtude de seus próprios pedidos, e depois, porque não convinha fazer exceções. Os nomes dos médiuns não acrescentariam, aliás, nenhum valor à obra dos Espíritos. Sua citação seria apenas uma satisfação do amor próprio, pela qual os médiuns verdadeiramente sérios não se interessam. Eles compreendem que, sendo puramente passivo seu papel, o valor das comunicações não aumenta em nada o seu mérito pessoal, e que seria pueril envaidecerem-se de um trabalho intelectual a que prestam apenas o seu concurso mecânico."Coloca o teu recipiente de água cristalina à frente de tuas orações e espera e confia." [Emmanuel / Chico Xavier]
E assim, agradecidos pelo estudo de hoje, com nosso ambiente tranquilo, com nossos pensamentos elevados, vamos às nossas doações de amor.
Que em Teu Nome, Mestre Jesus e com o auxílio dos benfeitores espirituais, possamos ajudar àqueles que estão mais necessitados do que nós.
De todo nosso coração Te rogamos: abençoa Senhor a todos os que estão sofrendo, aqueles que estão passando por enfermidades, que estão lutando pela vida. Dê Senhor, a cada um, a suavização de suas dores, dê o fortalecimento, a fé, o bálsamo e a esperança para suas tristezas!
Vibramos por todos os que estão nos hospitais, nos abrigos, pelas ruas ou em casas de repouso, os enfermos que esperam um conforto e querem sarar. Senhor, que nossas vibrações levem até eles o alívio para seus males e se for permitido, que recuperem a saúde.
Rogamos pelas crianças e pelos jovens: que não lhes falte o amparo material e espiritual, o amor e a orientação da alma.
Abençoa, Senhor, os dirigentes de todas as nações, especialmente os do nosso país. Que sob tua proteção, governem com amor e justiça, em favor de todos os povos.
Rogamos Senhor, com muito amor por todos aqueles que já estão do outro lado da vida. Que eles possam receber nosso amor, nosso carinho e nossa saudade. Que tenham a Tua Paz e todas as bênçãos que necessitam para seguirem rumo a evolução.
Abençoa, Senhor, a todos os dirigentes e colaboradores de todas as religiões, que levam Teus ensinamentos a todos os lugares, para que a paz e a luz do Teu Evangelho, se expandam sempre mais.
Que Tua Proteção Mestre Jesus se estenda a todos os lares, ao nosso também, que entre os familiares nunca falte o respeito, a harmonia, a compreensão e o amor.
Quanto a nós, Senhor, pedimos: auxilie-nos a desenvolvermos a fé e a caridade, para que possamos sempre auxiliarmos com bondade e amor, com humildade, tolerância e perseverança em todos os dias de nossas vidas.
E assim Mestre, pedimos permissão para que os benfeitores espirituais fluidifiquem as nossas águas, depositando nelas as energias e medicamentos necessários para nosso bem estar físico, espiritual e mental.
Graças vos damos Senhor por Tua proteção, pela proteção de nossos familiares, pelo estudo edificante e principalmente pela Tua presença em nossas vidas.
Permaneça conosco Senhor, por hoje, amanhã e sempre. Receba nossa imensa gratidão.
Que assim seja!
(*) Fonte: Leda de Almeida – Centro Espírita Batuíra, Ribeirão Preto e vários outros autores.Paz e Bem!
PRECE INICIAL
Queridos irmãos, que a luz do nosso Mestre Jesus chegue até nós restaurando nossa força, estabelecendo em nós a nossa capacidade de lutar pelas nossas conquistas e nos cobrindo de proteção e amor tornando nossa caminhada tranquila e serena. E assim, rogamos aos nossos Benfeitores Espirituais que, com a permissão de Jesus, estejam ao nosso lado, especialmente neste momento em que iniciamos o Estudo do Evangelho. Que possamos compreender seus ensinamentos e coloca-los em nossas vidas, diariamente. Que através de seu estudo possamos nos transformar moralmente e sermos pessoas melhores e mais amorosas a cada dia de nossas vidas. Que o Mestre Jesus nos abençoe e nos dê o entendimento que tanto necessitamos.
Em Teu nome Mestre Amado, em nome de Francisco de Assis e dos benfeitores espirituais encarregados desta tarefa de amor, iniciamos os estudos de hoje com a prece que nos ensinou.
Pai-Nosso, que estais nos céus...
Que assim seja!EVANGELHO E PAZDeixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não vô-la dou como o mundo a dá. Jesus. (João, 14:27)O bem semeia a vida, o mal semeia a morte. O primeiro é o movimento evolutivo na escala ascensional para a Divindade, o segundo é a estagnação.
O problema da paz é questão de fraternidade, em todas as latitudes.
E o Evangelho do Cristo constitui o manancial divino, em cujas correntes de água viva pode o coração renovar-se para a vitória do legítimo entendimento.
Guerras, discórdias, crises, representam a resultante da grande desarmonia que a ausência do amor estabeleceu no caminho da inteligência.
A concórdia real jamais será incubada por decretos políticos ou por princípios apressados de filosofia salvacionista, nas relações dos homens entre si, e para a harmonia individual não valem tão somente a argumentação da psiquiatria e as descobertas preciosas da ciência médica.
A incompreensão das criaturas torna sombrios todos os caminhos da Terra e o viajor da carne sofre a influenciação da angústia que ele mesmo projeta.
Outro recurso não nos resta, além daquele que condiz com a justa retificação.
O Grande Médico e Sublime Renovador do mundo ainda é o Cristo que revelou o mistério do sacrifício pessoal por lição inesquecível de ressurreição e triunfo.
Ajuda ao que te persegue e calunia.
Ora pelos que te odeiam.
Serve sem aguardar retribuição.
Renuncia a ti mesmo, toma a cruz da abnegação em favor dos que te cercam e segue, de ânimo robusto, para diante.
Se procuras o primeiro lugar, sê o dedicado servo de todos.
Àquele que te pede a capa, dá igualmente a túnica.
Ao que te exigir a jornada de mil passos, caminha com ele dois mil.
Semelhantes ensinamentos pairam sobre a fronte da Humanidade, concitando-a à vida nova.
A organização mental é um instrumento que, ajustado ao Evangelho, deixa escapar às vibrações harmônicas do amor, sem cujo domínio a vida em si prosseguirá desequilibrada, fora dos objetivos superiores, a que indiscutivelmente se destina.
Há produção de pensamentos no mundo, como existe a produção de flores e batatas.
Criamos, em torno de nós, a atmosfera de ordem ou perturbação, quanto incentivamos a seara de trigo ou suportamos, por relaxamento, a colheita compulsória de ervas daninhas.
Induzindo-nos ao trabalho construtivo com bases no devotamento pessoal pelo bem de todos, a mensagem de Jesus compele-nos a irradiar fé e paciência, serenidade e bom ânimo, com atividade plena e infatigável a benefício da alegria comum.
Habituamo-nos, assim, a compreender as necessidades do vizinho, guardando um coração educado para auxiliar sempre, cedendo de nosso egoísmo ao alheio contentamento.
Sob tais moldes, a experiência do lar é mais sadia e mais nobre, o clima de confiança possibilita sólidos alicerces à felicidade e caminhamos para a frente de espírito arejado, pronto a socorrer todas as dores e a contribuir na equação dos problemas de quantos procuram a bênção do progresso junto de nós.
A comunhão com Jesus sublima as secreções ocultas da alma, proporcionando-nos acesso fácil ao manancial de forças renovadoras do ser ou de hormônios espirituais da vida eterna.
Afeiçoando-nos ao Mestre Sublime, seremos verdadeiros irmãos uns dos outros.
Em nosso coração e em nossa mente reside a sementeira da luz.
Auxiliando-a com a boa vontade, sob a inspiração ativa e constante da Boa Nova, no esforço mútuo de compreensão das nossas necessidades e problemas que exigem o concurso incessante do amor, alcançaremos, mais cedo, a vitória da saúde e da alegria, do aperfeiçoamento e da redenção.
Pelo Espírito Emmanuel - Obra: Nosso Livro. Francisco Cândido. Espíritos Diversos. LAKE.INTRODUÇÃO: I – Objetivo desta Obra (O Evangelho Segundo o Espiritismo)Podemos dividir as matérias contidas nos Evangelhos em cinco partes:
1) os atos comuns da vida do Cristo;
2) os milagres;
3) as profecias;
4) as palavras que serviram para o estabelecimento dos dogmas da Igreja;
5) o ensino moral.
Se as quatro primeiras partes têm sido objeto de discussões, a última permanece inatacável. Diante desse código divino, a própria incredulidade se curva. É o terreno em que todos os cultos podem encontrar-se, a bandeira sob a qual todos podem abrigar-se, por mais diferentes que sejam as suas crenças. Porque nunca foi objeto de disputas religiosas, sempre e por toda parte provocadas pelos dogmas. Se o discutissem, as seitas teriam, aliás, encontrado nele a sua própria condenação, porque a maioria delas se apegaram mais à parte mística do que à parte moral, que exige a reforma de cada um. Para os homens, em particular, é uma regra de conduta, que abrange todas as circunstâncias da vida privada e pública, o princípio de todas as relações sociais fundadas na mais rigorosa justiça. É, por fim, e acima de tudo, o caminho infalível da felicidade a conquistar, uma ponta do véu erguida sobre a vida futura. É essa parte que constitui o objeto exclusivo desta obra.
Todo o mundo admira a moral evangélica; todos proclamam a sua sublimidade e a sua necessidade; mas muitos o fazem confiando naquilo que ouviram, ou apoiados em algumas máximas que se tornaram proverbiais, pois poucos a conhecem a fundo, e menos ainda a compreendem e sabem tirar-lhe as consequências. A razão disso está, em grande parte, nas dificuldades apresentadas pela leitura do Evangelho, ininteligível para a maioria. A forma alegórica, o misticismo intencional da linguagem, fazem que a maioria o leia por desencargo de consciência e por obrigação, como lê as preces sem as compreender, o que vale dizer, sem proveito. Os preceitos de moral, espalhados no texto, misturados com as narrativas, passam desapercebidos. Torna-se impossível apreender o conjunto e fazê-los objeto de leitura e meditação separadas.
Fizeram-se, é verdade, tratados de moral evangélica, mas a adaptação ao estilo literário moderno tira-lhe a ingenuidade primitiva, que lhe dá, ao mesmo tempo, encanto e autenticidade. Acontece o mesmo com as máximas destacadas, reduzidas à mais simples expressão proverbial, que não passam então de aforismos, perdendo uma parte de seu valor e de seu interesse, pela falta dos acessórios e das circunstâncias em que foram dadas.
Para evitar esses inconvenientes, reunimos nesta obra os trechos que podem constituir, propriamente falando, um código de moral universal, sem distinção de cultos. Nas citações, conservamos tudo o que era de utilidade ao desenvolvimento do pensamento, suprimindo apenas as coisas estranhas ao assunto. Além disso, respeitamos escrupulosamente a tradução original de Sacy, assim como a divisão por versículos. Mas, em vez de nos prendermos a uma ordem cronológica impossível, e sem vantagem real em semelhante assunto, as máximas foram agrupadas e distribuídas metodicamente segundo a sua natureza, de maneira a que umas se deduzam das outras, tanto quanto possível. A indicação dos números de ordem dos capítulos e dos versículos permite recorrer à classificação comum, caso se julgue conveniente.
Esse seria apenas um trabalho material, que por si só não teria mais do que uma utilidade secundária. O essencial era pô-lo ao alcance de todos, pela explicação das passagens obscuras e o desenvolvimento de todas as suas consequências, com vistas à aplicação às diferentes situações da vida. Foi o que procuramos fazer, com ajuda dos bons Espíritos que nos assistem.
Muitas passagens do Evangelho, da Bíblia, e dos autores sagrados em geral são ininteligíveis, e muitas mesmo parecem absurdas, por falta de uma chave que nos dê o seu verdadeiro sentido. Essa chave está inteirinha no Espiritismo, como já se conversaram os que estudaram seriamente a doutrina, e como ainda melhor se reconhecerá mais tarde. O Espiritismo se encontra por toda parte, na antiguidade, e em todas as épocas da humanidade. Em tudo encontramos os seus traços, nos escritos, nas crenças e nos monumentos, e é por isso que, se ele abre novos horizontes para o futuro, lança também uma viva luz sobre os mistérios do passado.
Como complemento de cada preceito, damos algumas instruções, escolhidas entre as que foram ditadas pelos Espíritos em diversos países, através de diferentes médiuns. Se essas instruções tivessem surgido de uma fonte única, poderiam ter sofrido uma influência pessoal ou do meio, enquanto a diversidade de origens prova que os Espíritos dão os seus ensinamentos por toda parte, e que não há ninguém privilegiado a esse respeito.(1)
Esta obra é para o uso de todos; cada qual pode dela tirar os meios de conformar sua conduta à moral do Cristo. Os espíritas nela encontrarão, além disso, as aplicações que lhes concernem mais especialmente. Graças às comunicações estabelecidas, de agora em diante, de maneira permanente, entre os homens e o mundo invisível, a lei evangélica, ensinada a todas as nações pelos próprios espíritos, não será mais letra morta, porque cada qual a compreenderá, e será incessantemente solicitado a pô-la em prática, pelos conselhos de seus guias espirituais. As instruções dos Espíritos são verdadeiramente as vozes do céu que vêm esclarecer os homens e convidá-los à prática do Evangelho.
(1) Poderíamos dar, sem dúvida, sobre cada assunto, maior número de comunicações obtidas numa multidão de outras cidades e centros espíritas, além dos que citamos. Mas quisemos, antes de tudo, evitar a monotonia das repetições inúteis, e limitar a nossa escolha às que, por seu fundo e por sua forma, cabem mais especialmente no quadro desta obra, reservando para publicações posteriores as que não entraram aqui.
Quanto aos médiuns, deixamos de citá-los. Na maioria, em virtude de seus próprios pedidos, e depois, porque não convinha fazer exceções. Os nomes dos médiuns não acrescentariam, aliás, nenhum valor à obra dos Espíritos. Sua citação seria apenas uma satisfação do amor próprio, pela qual os médiuns verdadeiramente sérios não se interessam. Eles compreendem que, sendo puramente passivo seu papel, o valor das comunicações não aumenta em nada o seu mérito pessoal, e que seria pueril envaidecerem-se de um trabalho intelectual a que prestam apenas o seu concurso mecânico.Entendeu então Kardec que deveria deixar de lado os aspectos que provocam divergências e polêmicas e estudar, à luz da doutrina espírita, os ensinos morais de Jesus. Escreveu: "Diante desse código divino, a própria incredulidade se curva. É o terreno em que todos os cultos podem encontrar-se, a bandeira sob a qual todos podem abrigar-se, por mais diferentes que sejam as suas crenças."
"Para os homens, em particular, é uma regra de conduta, que abrange todas as circunstâncias da vida privada e pública, o princípio de todas as relações sociais fundadas na mais rigorosa justiça. É por fim, e acima de tudo, o caminho infalível da felicidade a conquistar."
Assim, o Evangelho Segundo o Espiritismo trata do estudo da moral de Jesus, à luz dos esclarecimentos que o espiritismo traz das leis divinas.
Kardec agrupou as máximas do Cristo, descritas pelos evangelistas, conforme o tema abordado, de maneira de umas se deduzissem das outras, tanto quanto possível. O objetivo de Kardec, era pôr as máximas do Cristo ao alcance de todos, através da explicação das passagens de forma clara, com as interpretações espíritas. Também quis destacar o desenvolvimento das consequências na aplicação dos ensinos de Jesus nas diferentes situações da vida, demonstrando assim, que sua vivência está dentro da capacidade do homem de hoje, num mundo de hoje. Assim, com a doutrina espírita, os ensinos de Jesus tornam-se compreensíveis, atualizados, porque sua moral é eterna, para todos os tempos, para toda a Criação Divina. O estudo do espiritismo nos faz compreender que ele é a chave para o entendimento dos ensinos de Jesus. Nessa introdução, Kardec justifica a não citação dos nomes dos médiuns nas mensagens mediúnicas, publicadas, a pedido de muitos deles, para não estabelecer exceções e porque, no trabalho da codificação esses nomes não acrescentariam nenhum valor, servindo apenas para satisfazer o amor próprio, "pelo qual os médiuns verdadeiramente sérios não se interessam".
Kardec recomenda que esse livro, O Evangelho Segundo o Espiritismo, é para todos, “é uma regra de conduta, que abrange todas as circunstâncias da vida privada e pública”, pois "cada qual pode dela tirar os meios de conformar sua conduta à moral do Cristo". Vale o esforço de estudar O Evangelho Segundo o Espiritismo, do início ao fim e, quando terminar, recomeçar tudo de novo; vale o esforço de, perseverantemente, tentar vivenciá-lo nas diferentes situações cotidianas, com quaisquer pessoas, em qualquer lugar."Porque onde estiverem reunidos em meu nome, lá estarei presente." Jesus. (MATEUS, 18:20.)Podemos dividir as matérias contidas nos Evangelhos em cinco partes:
1) os atos comuns da vida do Cristo;
2) os milagres;
3) as profecias;
4) as palavras que serviram para o estabelecimento dos dogmas da Igreja;
5) o ensino moral.
Se as quatro primeiras partes têm sido objeto de discussões, a última permanece inatacável. Diante desse código divino, a própria incredulidade se curva. É o terreno em que todos os cultos podem encontrar-se, a bandeira sob a qual todos podem abrigar-se, por mais diferentes que sejam as suas crenças. Porque nunca foi objeto de disputas religiosas, sempre e por toda parte provocadas pelos dogmas. Se o discutissem, as seitas teriam, aliás, encontrado nele a sua própria condenação, porque a maioria delas se apegaram mais à parte mística do que à parte moral, que exige a reforma de cada um. Para os homens, em particular, é uma regra de conduta, que abrange todas as circunstâncias da vida privada e pública, o princípio de todas as relações sociais fundadas na mais rigorosa justiça. É, por fim, e acima de tudo, o caminho infalível da felicidade a conquistar, uma ponta do véu erguida sobre a vida futura. É essa parte que constitui o objeto exclusivo desta obra.
Todo o mundo admira a moral evangélica; todos proclamam a sua sublimidade e a sua necessidade; mas muitos o fazem confiando naquilo que ouviram, ou apoiados em algumas máximas que se tornaram proverbiais, pois poucos a conhecem a fundo, e menos ainda a compreendem e sabem tirar-lhe as consequências. A razão disso está, em grande parte, nas dificuldades apresentadas pela leitura do Evangelho, ininteligível para a maioria. A forma alegórica, o misticismo intencional da linguagem, fazem que a maioria o leia por desencargo de consciência e por obrigação, como lê as preces sem as compreender, o que vale dizer, sem proveito. Os preceitos de moral, espalhados no texto, misturados com as narrativas, passam desapercebidos. Torna-se impossível apreender o conjunto e fazê-los objeto de leitura e meditação separadas.
Fizeram-se, é verdade, tratados de moral evangélica, mas a adaptação ao estilo literário moderno tira-lhe a ingenuidade primitiva, que lhe dá, ao mesmo tempo, encanto e autenticidade. Acontece o mesmo com as máximas destacadas, reduzidas à mais simples expressão proverbial, que não passam então de aforismos, perdendo uma parte de seu valor e de seu interesse, pela falta dos acessórios e das circunstâncias em que foram dadas.
Para evitar esses inconvenientes, reunimos nesta obra os trechos que podem constituir, propriamente falando, um código de moral universal, sem distinção de cultos. Nas citações, conservamos tudo o que era de utilidade ao desenvolvimento do pensamento, suprimindo apenas as coisas estranhas ao assunto. Além disso, respeitamos escrupulosamente a tradução original de Sacy, assim como a divisão por versículos. Mas, em vez de nos prendermos a uma ordem cronológica impossível, e sem vantagem real em semelhante assunto, as máximas foram agrupadas e distribuídas metodicamente segundo a sua natureza, de maneira a que umas se deduzam das outras, tanto quanto possível. A indicação dos números de ordem dos capítulos e dos versículos permite recorrer à classificação comum, caso se julgue conveniente.
Esse seria apenas um trabalho material, que por si só não teria mais do que uma utilidade secundária. O essencial era pô-lo ao alcance de todos, pela explicação das passagens obscuras e o desenvolvimento de todas as suas consequências, com vistas à aplicação às diferentes situações da vida. Foi o que procuramos fazer, com ajuda dos bons Espíritos que nos assistem.
Muitas passagens do Evangelho, da Bíblia, e dos autores sagrados em geral são ininteligíveis, e muitas mesmo parecem absurdas, por falta de uma chave que nos dê o seu verdadeiro sentido. Essa chave está inteirinha no Espiritismo, como já se conversaram os que estudaram seriamente a doutrina, e como ainda melhor se reconhecerá mais tarde. O Espiritismo se encontra por toda parte, na antiguidade, e em todas as épocas da humanidade. Em tudo encontramos os seus traços, nos escritos, nas crenças e nos monumentos, e é por isso que, se ele abre novos horizontes para o futuro, lança também uma viva luz sobre os mistérios do passado.
Como complemento de cada preceito, damos algumas instruções, escolhidas entre as que foram ditadas pelos Espíritos em diversos países, através de diferentes médiuns. Se essas instruções tivessem surgido de uma fonte única, poderiam ter sofrido uma influência pessoal ou do meio, enquanto a diversidade de origens prova que os Espíritos dão os seus ensinamentos por toda parte, e que não há ninguém privilegiado a esse respeito.(1)
Esta obra é para o uso de todos; cada qual pode dela tirar os meios de conformar sua conduta à moral do Cristo. Os espíritas nela encontrarão, além disso, as aplicações que lhes concernem mais especialmente. Graças às comunicações estabelecidas, de agora em diante, de maneira permanente, entre os homens e o mundo invisível, a lei evangélica, ensinada a todas as nações pelos próprios espíritos, não será mais letra morta, porque cada qual a compreenderá, e será incessantemente solicitado a pô-la em prática, pelos conselhos de seus guias espirituais. As instruções dos Espíritos são verdadeiramente as vozes do céu que vêm esclarecer os homens e convidá-los à prática do Evangelho.
(1) Poderíamos dar, sem dúvida, sobre cada assunto, maior número de comunicações obtidas numa multidão de outras cidades e centros espíritas, além dos que citamos. Mas quisemos, antes de tudo, evitar a monotonia das repetições inúteis, e limitar a nossa escolha às que, por seu fundo e por sua forma, cabem mais especialmente no quadro desta obra, reservando para publicações posteriores as que não entraram aqui.
Quanto aos médiuns, deixamos de citá-los. Na maioria, em virtude de seus próprios pedidos, e depois, porque não convinha fazer exceções. Os nomes dos médiuns não acrescentariam, aliás, nenhum valor à obra dos Espíritos. Sua citação seria apenas uma satisfação do amor próprio, pela qual os médiuns verdadeiramente sérios não se interessam. Eles compreendem que, sendo puramente passivo seu papel, o valor das comunicações não aumenta em nada o seu mérito pessoal, e que seria pueril envaidecerem-se de um trabalho intelectual a que prestam apenas o seu concurso mecânico."Coloca o teu recipiente de água cristalina à frente de tuas orações e espera e confia." [Emmanuel / Chico Xavier]
E assim, agradecidos pelo estudo de hoje, com nosso ambiente tranquilo, com nossos pensamentos elevados, vamos às nossas doações de amor.
Que em Teu Nome, Mestre Jesus e com o auxílio dos benfeitores espirituais, possamos ajudar àqueles que estão mais necessitados do que nós.
De todo nosso coração Te rogamos: abençoa Senhor a todos os que estão sofrendo, aqueles que estão passando por enfermidades, que estão lutando pela vida. Dê Senhor, a cada um, a suavização de suas dores, dê o fortalecimento, a fé, o bálsamo e a esperança para suas tristezas!
Vibramos por todos os que estão nos hospitais, nos abrigos, pelas ruas ou em casas de repouso, os enfermos que esperam um conforto e querem sarar. Senhor, que nossas vibrações levem até eles o alívio para seus males e se for permitido, que recuperem a saúde.
Rogamos pelas crianças e pelos jovens: que não lhes falte o amparo material e espiritual, o amor e a orientação da alma.
Abençoa, Senhor, os dirigentes de todas as nações, especialmente os do nosso país. Que sob tua proteção, governem com amor e justiça, em favor de todos os povos.
Rogamos Senhor, com muito amor por todos aqueles que já estão do outro lado da vida. Que eles possam receber nosso amor, nosso carinho e nossa saudade. Que tenham a Tua Paz e todas as bênçãos que necessitam para seguirem rumo a evolução.
Abençoa, Senhor, a todos os dirigentes e colaboradores de todas as religiões, que levam Teus ensinamentos a todos os lugares, para que a paz e a luz do Teu Evangelho, se expandam sempre mais.
Que Tua Proteção Mestre Jesus se estenda a todos os lares, ao nosso também, que entre os familiares nunca falte o respeito, a harmonia, a compreensão e o amor.
Quanto a nós, Senhor, pedimos: auxilie-nos a desenvolvermos a fé e a caridade, para que possamos sempre auxiliarmos com bondade e amor, com humildade, tolerância e perseverança em todos os dias de nossas vidas.
E assim Mestre, pedimos permissão para que os benfeitores espirituais fluidifiquem as nossas águas, depositando nelas as energias e medicamentos necessários para nosso bem estar físico, espiritual e mental.
Graças vos damos Senhor por Tua proteção, pela proteção de nossos familiares, pelo estudo edificante e principalmente pela Tua presença em nossas vidas.
Permaneça conosco Senhor, por hoje, amanhã e sempre. Receba nossa imensa gratidão.
Que assim seja!
(*) Fonte: Leda de Almeida – Centro Espírita Batuíra, Ribeirão Preto e vários outros autores.Paz e Bem!