Estudo:

Jesus no Lar - Pelo Espírito Neio Lúcio psicografia de Francisco Cândido Xavier – A RESPOSTA CELESTE - Capítulo 28

HORA DO EVANGELHO NO LAR

“Por isso vos digo: todas as coisas que vós pedirdes orando, crede que as haveis de ter, e que assim vos sucederão.” (Marcos, XI: 24)
 
PRECE  
Jesus amigo, mais uma vez estamos aqui reunidos em Teu nome, rogamos ao Teu coração generoso que nos ampare na realização da tarefa de hoje. Ampare a nós todos e envolva-nos em Tuas Vibrações amorosas, para que assim possamos ser inspirados por Teus mensageiros e assimilarmos as reflexões de hoje. 
Que ao término de nossos estudos possamos estar mais pacificados, mais esclarecidos, compreendendo melhor nossas dificuldades e a de nossos semelhantes, compreendendo melhor a vida, nossas próprias fragilidades e assim, seguirmos confiantes através do caminho que veio nos mostrar.
Que em Teu nome Mestre Jesus, em nome da espiritualidade amiga que coordena esta tarefa, mas sobretudo em nome de Deus, iniciamos mais um Estudo do Evangelho.
Esteja conosco, Senhor, agora e sempre.
Que assim seja!
 
 
MENSAGEM INICIAL
COMO PEDES?
 
Em muitos recantos, encontramos criaturas desencantadas da oração.
Não prometeu Jesus a resposta do Céu aos que pedissem no seu nome? Muitos corações permanecem desalentados porque a morte lhes roubou um ente amigo, porque desastres imprevistos lhes surgiram na estrada comum.
Entretanto, repitamos, o Mestre Divino ensinou que o homem deveria solicitar em seu nome.
Por isso mesmo, a alma crente, convicta da própria fragilidade, deveria interrogar a consciência sobre o conteúdo de suas rogativas ao Supremo Senhor, no mecanismo das manifestações espirituais.
Estará suplicando em nome do Cristo ou das vaidades do mundo? Reclamar, em virtude dos caprichos que obscurecem os caminhos do coração, é atirar ao Divino Sol a poeira das inquietações terrenas; mas pedir, em nome de Jesus, é aceitar-lhe a vontade sábia e amorosa, é entregar-se-lhe de coração para que nos seja concedido o necessário.
Somente nesse ato de compreensão perfeita do seu amor sublime encontraremos o gozo completo, a infinita alegria.
Observa a substância de tuas preces. Como pedes? Em nome do mundo ou em nome do Cristo? Os que se revelam desanimados com a oração confessam a infantilidade de suas rogativas.
 
Extraído do Livro Caminho, Verdade e Vida. Emmanuel/Francisco Cândido Xavier.
 
 
LEITURA DO EVANGELHO
Jesus no Lar - Pelo Espírito Neio Lúcio psicografia de Francisco Cândido Xavier 
– A RESPOSTA CELESTE - Capítulo 28. 
 
Solicitando Bartolomeu esclarecimentos quanto às respostas do Alto às súplicas dos homens, respondeu Jesus para elucidação geral:
— Antigo instrutor dos Mandamentos Divinos ia em missão da Verdade Celeste, de uma aldeia para outra, profundamente distanciadas entre si, fazendo-se acompanhar de um cão amigo, quando anoiteceu, sem que lhe fosse possível prever o número de milhas que o separavam do destino.
Reparando que a solidão em plena Natureza era medonha, orou, implorando a proteção do Eterno Pai, e seguiu.
Noite fechada e sem luar, percebeu a existência de larga e confortadora cova, à margem da trilha em que avançava, e acariciando o animal que o seguia, vigilante, dispôs-se a deitar-se e dormir. Começou a instalar-se, pacientemente, mas espessa nuvem de moscas vorazes o atacou, de chofre, obrigando-o a retomar o caminho.
O ancião continuou a jornada, quando se lhe deparou volumoso riacho, num trecho em que a estrada se bifurcava. Ponte rústica oferecia passagem pela via principal, e, além dela, a terra parecia sedutora, porque, mesmo envolvida na sombra noturna, semelhava-se a extenso lençol branco.
O santo pregador pretendia ganhar a outra margem, arrastando o companheiro obediente, quando a ponte se desligou das bases, estalando e abatendo-se por inteiro.
Sem recursos, agora, para a travessia, o velhinho seguiu pelo outro rumo, e, encontrando robusta árvore, ramalhosa e acolhedora, pensou em abrigar-se, convenientemente, porque o firmamento anunciava a tempestade pelos trovões longínquos. O vegetal respeitável oferecia asilo fascinante e seguro no próprio tronco aberto. Dispunha-se ao refúgio, mas a ventania começou a soprar tão forte que o tronco vigoroso caiu, partido, sem remissão.
Exposto então à chuva, o peregrino movimentou-se para diante.
Depois de aproximadamente duas milhas, encontrou um casebre rural, mostrando doce luz por dentro, e suspirou aliviado.
Bateu à porta. O homem ríspido que veio atender foi claro na negativa, alegando que o sítio não recebia visitas à noite e que não lhe era permitido acolher pessoas estranhas.
Por mais que chorasse e rogasse, o pregador foi constrangido a seguir além.
Acomodou-se, como pode, debaixo do temporal, nas cercanias da casinhola campestre; no entanto, a breve espaço, notou que o cão, aterrado pelos relâmpagos sucessivos, fugia a uivar, perdendo-se nas trevas.
O velho, agora sozinho, chorou angustiado, acreditando-se esquecido por Deus e passou a noite ao relento. Alta madrugada, ouviu gritos e palavrões indistintos, sem poder precisar de onde partiam.
Intrigado, esperou o alvorecer e, quando o Sol ressurgiu resplandecente, ausentou-se do esconderijo, vindo a saber, por intermédio de camponeses aflitos, que uma quadrilha de ladrões pilhara a choupana onde lhe fora negado o asilo, assassinando os moradores.
Repentina luz espiritual aflorou-lhe na mente.
Compreendeu que a Bondade Divina o livrara dos malfeitores e que, afastando dele o cão que uivava, lhe garantira a tranquilidade do pouso.
Informando-se de que seguia em trilho oposto à localidade do destino, empreendeu a marcha de regresso, para retificar a viagem, e, junto à ponte rompida, foi esclarecido por um lavrador de que a terra branca, do outro lado, não passava de pântano traiçoeiro, em que muitos viajores imprevidentes haviam sucumbido.
O velho agradeceu o salvamento que o Pai lhe enviara e, quando alcançou a árvore tombada, um rapazinho observou-lhe que o tronco, dantes acolhedor, era conhecido covil de lobos.
Muito grato ao Senhor que tão milagrosamente o ajudara, procurou a cova onde tentara repouso e nela encontrou um ninho de perigosas serpentes.
Endereçando infinito reconhecimento ao Céu pelas expressões de variado socorro que não soubera entender, de pronto, prosseguiu adiante, são e salvo, para desempenho de sua tarefa.
Nesse ponto da curiosa narrativa, o Mestre fitou Bartolomeu demoradamente e terminou:
— O Pai ouve sempre as nossas rogativas, mas é preciso discernimento para compreender as respostas d’Ele e aproveitá-las.
 
REFLEXÕES – A lição de hoje nos remete ao Capítulo 27 – Pedi e Obtereis – Eficácia da Prece, do O Evangelho Segundo o Espiritismo. Sabemos que: “A prece é medicamento eficaz para todas as doenças da alma”, como nos diz Joanna de Ângelis/Divaldo P. Franco, no livro Vida Feliz. Sabemos também que, embora as preces que fazemos não nos desviem de problemas e desilusões, elas são um bálsamo reconfortante para nossas almas, pois nos dão confiança, trazendo para nossos corações um suave sossego. A prece, além de nos trazer tranquilidade, tem o dom de nos dar forças para suportarmos, em nossos dias, as lutas e problemas, internos e externos, de nos colocar em posição de vencermos obstáculos que, antes, pareciam irremovíveis. A prece é, sem dúvida, um dos meios pelos quais a cura de um mal pode ser alcançada. Porém, elas têm sido um mero ato mecânico, que se realiza apenas pelos lábios e não pelo coração, precisamos compreender que a prece, da mais singela até a mais emotiva, deve sair de nosso coração, e ninguém precisa saber que a estamos formulando. E também não é o número de palavras ou tempo de duração que dá mais ou menos poder à prece. A sinceridade, a humildade e a fé são elementos que potencializam nossas preces. E, Deus ouve nossas preces e sempre nos atende, talvez não da maneira como gostaríamos, mas sempre com o que realmente necessitamos e podemos receber. Em todas as esferas espirituais existem equipes de espíritos benfeitores encarregados de receber, classificar e avaliar as preces, encaminhando assim o atendimento que se faça possível, sempre obedecendo aos parâmetros da lei divina.
“O Pai ouve sempre as nossas rogativas, mas é preciso discernimento para compreender as respostas d’Ele e aproveitá-las.”
Pensemos nisto!

 
PRECE E VIBRAÇÕES –  

"Coloca o teu recipiente de água cristalina à frente de tuas orações e espera e confia." [Emmanuel / Chico Xavier] 
 
Pai Nosso que se encontra sempre a velar por cada um de seus filhos...
Aqui estamos novamente a lhe rogar:
Renova as nossas esperanças para que a cada dia, não nos desesperemos diante das dificuldades a serem enfrentadas.
Enxuga as nossas lágrimas quando fraquejarmos e pensarmos em desistir.
Mostra-nos Tua luz a nos guiar quando nos encontrarmos perdidos pelos caminhos dos desentendimentos, das fraquezas e fragilidades.
Dai-nos a paciência diante dos conflitos que nascerem a nossa frente, dai-nos serenidade para aceitarmos o que não podemos mudar, dai-nos coragem para mudarmos as coisas que podemos e a sabedoria para discernirmos uma da outra.
Dai-nos também o pão da vida que alimenta nosso Espírito.
Apresenta-nos a resignação quando não pudermos modificar uma situação.
Abençoa nossos passos para que não se tornem vacilantes diante dos espinhos que encontrarão.
Envolve-nos em seu amparo nos instantes em que mais nos sentirmos sozinhos, inspirando-nos diante dos momentos de indecisão.
Perdoa os nossos erros e novamente multiplica nossas forças para que possamos reconhecer o verdadeiro caminho da salvação.
Livra-nos das garras do medo, auxiliando-nos a combater o mal que ainda existe em nós e que por tantas vezes tenta nos dominar.
Envolve-nos em Tua luz de proteção, fazendo assim com que possamos caminhar com segurança em Tua direção.
Permanece Pai, a abençoar a nossa existência, porque infinita é a sua misericórdia, abençoe-nos a todos, agora e sempre, permitindo, neste momento que nossas águas sejam fluidificadas e que tenhamos sempre bom animo e alegria de viver.
Que assim seja.
 
Paz e Bem!