Estudo:

Aprendendo com a natureza.

A natureza é rica em nos oferecer exemplos de fortalecimento moral e de perseverança: os pássaros que voam,  livres, constroem seus ninhos nas árvores, e alimentam-se com o que as matas e os campos lhes oferecem.

Sua faina diária é uma luta constante pelo alimento, pela vida dos filhotes, pela defesa dos predadores.

Nunca se prendem a dificuldades e nos presenteiam com seus cantos maviosos.

As plantas que nascem entre as frinchas das pedras e, sem reclamar, crescem vencendo os empecilhos.

As flores, que se servem do adubo, mas que não lhe apontam os defeitos. Não reclamam do eventual mau cheiro, do aspecto ruim.

Apenas se servem dele, e agradecem, transformando tudo em viço, em beleza e em perfume.

O lírio, branco, lindo, por vezes, nasce no charco, não se permitindo, no entanto, contaminar.

Oferecem a alvura e o aroma como resposta às condições tão adversas, lecionando que é possível, a quem o deseja, vencer o charco da maldade, o pântano das viciações.

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Não é inteligente e nem serve de desculpa deixarmos que os erros e defeitos dos outros nos impeçam de sermos bons, gentis, úteis.

Os defeitos dos outros não são nossos. Logo, não deve haver razões para que com eles nos incomodemos. Não nos pertencem.

Mirando-nos no exemplo da natureza, façamos a nossa parte, e não nos preocupemos com o mal que nos rodeia.

De tudo que temos, retiremos a melhor parte, a boa parte.

Não salientemos os erros alheios. Não justifiquemos a nossa insatisfação com a vida e com as circunstâncias.

Não desculpemos a nossa inércia, a nossa preguiça, em função do lugar em que moramos, da situação que vivenciamos, dos vizinhos que temos.

Não estacionemos na revolta, pelo fato de nossos familiares não comungarem das nossas ideias ou por se situarem nas esquinas dos vícios.

Exercitemos nossa vontade para caminhar na direção dos nossos objetivos.

As situações que a vida nos apresenta são desafios que, vencidos, nos permitem crescer, interiormente.

Miremo-nos nos bons exemplos. E são tantos. Exemplos de quem, aparentemente, não detinha as condições mais apropriadas para ser feliz, para realizar conquistas, mas conseguiu.

Como aquele filho de mãe viúva, catadora de recicláveis que, com livros encontrados no lixo, estudou e foi aprovado no vestibular de medicina.

Ou aquela moradora da favela, que resolveu plantar flores, na frente do seu barraco. O efeito foi tão bonito que os demais moradores a imitaram, transformando o lugar em um jardim.

Quem deseja vencer, tem os olhos postos no objetivo a alcançar. A sua preocupação é a da conquista, de chegar ao destino, de ser vitorioso.

Não se preocupa com quem o deseje perturbar ou inquietar. Segue em frente. Utiliza as pedras que encontra no caminho para ter assegurada a caminhada.

Aprendamos com a natureza a servir, a viver, a oferecer ao mundo o melhor, sempre o melhor.

Pensemos nisso.

Redação do Momento Espírita