Estudo:
Solidão virtual.
Houve um tempo onde só podíamos conversar com alguém se estivéssemos fisicamente próximos.
Nessa época, havia uma única possibilidade de se iniciar um relacionamento, de se aumentar a rede de amigos, de se fazer contatos profissionais ou sociais: promover encontros, marcar locais, horários para se reunir, para se conhecer.
E se não estivéssemos com alguém, se não houvesse com quem se encontrar, o resultado, muito frequentemente, era a solidão.
O sentir-se sozinho não era, muitas vezes, uma opção, mas uma contingência, fosse por se residir em um local afastado, ou por se ter pouca ou nenhuma opção de um relacionamento familiar ou social.
Porém, desde os fins do século XX, a tecnologia vem transformando nossas relações sociais. Avançando em uma velocidade difícil de acompanhar, vem nos disponibilizando recursos fascinantes.
Desde então, ela quebrou a necessidade de estarmos fisicamente juntos para conversarmos, para ampliar a amizade, para trocar emoções.
Passamos a ter a possibilidade de conversar, trocar mensagens, vídeos, fotos, não importando o local, o horário, a distância, conectando-nos todos a tudo.
Passamos a resgatar amizades que se perderam no tempo, a reencontrar familiares que a distância afastou e refazer relacionamentos que se perderam pelos caminhos.
E ainda, são inúmeros os sites de relacionamento que permitem, não só o reencontro, mas o fazer novas amizades, iniciar novos amores, outros colegas.
Agregamo-nos virtualmente pelo estilo de vida, pelos valores, pelas atividades de lazer, pelo gosto musical.
Passamos a ter centenas ou até milhares de amigos que se agregam às nossas redes de relacionamento, que nos seguem virtualmente.
Passamos a estar cercados, envolvidos com muitas pessoas, o tempo todo.
Poderia se pensar que jamais alguém, agregado nessa rede virtual, poderia se queixar de solidão. Somos tantos, vinculados a tantos outros, que já não haveria espaço para a solidão.
Porém, a alma humana ainda é a mesma. E a tecnologia que nos cerca externamente, nada preenche intimamente.
Somos inúmeros os agregados aos sites e às redes de relacionamento, contudo, tão poucos aqueles que cultivamos afeições que nos preencham as necessidades íntimas.
Passamos a viver e conviver com a solidão virtual. Essa dos que tanto têm virtualmente, mas nada se preocupam em cultivar realmente.
A solidão somente desaparece quando passa a ser substituída pela preocupação com o próximo, pela dedicação ao semelhante, pelo importar-se com o outro.
Assim, não será a tecnologia que nos afastará da solidão. Ela ainda se faz presente, em nosso existir, porque não vivenciamos os valores da solidariedade, da compaixão, da fraternidade.
E, por mais que a tecnologia se desenvolva, por mais recursos nos ofereça, jamais eliminará a solidão de dentro de nós.
Poderá, sim, agregar milhares de nomes em nossas redes de relacionamento. Porém, para preencher as necessidades de nosso coração, para que nele não haja mais espaço para a solidão, necessitamos cultivar a fraternidade, que pode até se iniciar no mundo virtual, mas terá que inevitavelmente, migrar para a realidade das ações de nosso coração.
Redação do Momento Espírita
Nessa época, havia uma única possibilidade de se iniciar um relacionamento, de se aumentar a rede de amigos, de se fazer contatos profissionais ou sociais: promover encontros, marcar locais, horários para se reunir, para se conhecer.
E se não estivéssemos com alguém, se não houvesse com quem se encontrar, o resultado, muito frequentemente, era a solidão.
O sentir-se sozinho não era, muitas vezes, uma opção, mas uma contingência, fosse por se residir em um local afastado, ou por se ter pouca ou nenhuma opção de um relacionamento familiar ou social.
Porém, desde os fins do século XX, a tecnologia vem transformando nossas relações sociais. Avançando em uma velocidade difícil de acompanhar, vem nos disponibilizando recursos fascinantes.
Desde então, ela quebrou a necessidade de estarmos fisicamente juntos para conversarmos, para ampliar a amizade, para trocar emoções.
Passamos a ter a possibilidade de conversar, trocar mensagens, vídeos, fotos, não importando o local, o horário, a distância, conectando-nos todos a tudo.
Passamos a resgatar amizades que se perderam no tempo, a reencontrar familiares que a distância afastou e refazer relacionamentos que se perderam pelos caminhos.
E ainda, são inúmeros os sites de relacionamento que permitem, não só o reencontro, mas o fazer novas amizades, iniciar novos amores, outros colegas.
Agregamo-nos virtualmente pelo estilo de vida, pelos valores, pelas atividades de lazer, pelo gosto musical.
Passamos a ter centenas ou até milhares de amigos que se agregam às nossas redes de relacionamento, que nos seguem virtualmente.
Passamos a estar cercados, envolvidos com muitas pessoas, o tempo todo.
Poderia se pensar que jamais alguém, agregado nessa rede virtual, poderia se queixar de solidão. Somos tantos, vinculados a tantos outros, que já não haveria espaço para a solidão.
Porém, a alma humana ainda é a mesma. E a tecnologia que nos cerca externamente, nada preenche intimamente.
Somos inúmeros os agregados aos sites e às redes de relacionamento, contudo, tão poucos aqueles que cultivamos afeições que nos preencham as necessidades íntimas.
Passamos a viver e conviver com a solidão virtual. Essa dos que tanto têm virtualmente, mas nada se preocupam em cultivar realmente.
A solidão somente desaparece quando passa a ser substituída pela preocupação com o próximo, pela dedicação ao semelhante, pelo importar-se com o outro.
Assim, não será a tecnologia que nos afastará da solidão. Ela ainda se faz presente, em nosso existir, porque não vivenciamos os valores da solidariedade, da compaixão, da fraternidade.
E, por mais que a tecnologia se desenvolva, por mais recursos nos ofereça, jamais eliminará a solidão de dentro de nós.
Poderá, sim, agregar milhares de nomes em nossas redes de relacionamento. Porém, para preencher as necessidades de nosso coração, para que nele não haja mais espaço para a solidão, necessitamos cultivar a fraternidade, que pode até se iniciar no mundo virtual, mas terá que inevitavelmente, migrar para a realidade das ações de nosso coração.
Redação do Momento Espírita