Estudo:

Questões de 708 a 712

CAPÍTULO V–PARTE TERCEIRA -DA LEI DE CONSERVAÇÃO - MEIOS DE CONSERVAÇÃO e - GOZO DOS BENS TERRENOS

MEIOS DE CONSERVAÇÃO

708. Não há situações em as quais os meios de subsistência de maneira alguma dependem da vontade do homem, sendo-lhe a privação do de que mais imperiosamente necessita uma consequência da força mesma das coisas?

“É isso uma prova, muitas vezes cruel, que lhe compete sofrer e à qual sabia ele de antemão que viria a estar exposto. Seu mérito então consiste em submeter-se à vontade de Deus, desde que a sua inteligência nenhum meio lhe faculta de sair da dificuldade. Se a morte vier colhê-lo, cumpre-lhe recebê-la sem murmurar, ponderando que a hora da verdadeira libertação soou e que o desespero no derradeiro momento pode ocasionar-lhe a perda do fruto de toda a sua resignação.”

709. Terão cometido crime os que, em certas situações críticas, se viram na contingência de sacrificar seus semelhantes, para matar a fome? Se houve crime, não teve este a atenuá-lo a necessidade de viver, que resulta do instinto de conservação?

“Já respondi, quando disse que há mais merecimento em sofrer todas as provações da vida com coragem e abnegação. Em tal caso, há homicídio e crime de lesa-natureza, falta que é duplamente punida.”

710. Nos mundos de mais apurada organização, têm os seres vivos necessidade de alimentar-se?

“Têm, mas seus alimentos estão em relação com a sua natureza. Tais alimentos não seriam bastante substanciosos para os vossos estômagos grosseiros; assim como os deles não poderiam digerir os vossos alimentos.”

GOZO DOS BENS TERRENOS

711. O uso dos bens da Terra é um direito de todos os homens?

“Esse direito é consequente da necessidade de viver. Deus não imporia um dever sem dar ao homem o meio de cumpri-lo.”

712. Com que fim pôs Deus atrativos no gozo dos bens materiais?

“Para instigar o homem ao cumprimento da sua missão e para experimentá-lo por meio da tentação.”

712a) - Qual o objetivo dessa tentação?

“Desenvolver-lhe a razão, que deve preservá-lo dos excessos.”

A.K.: Se o homem só fosse instigado a usar dos bens terrenos pela utilidade que têm, sua indiferença houvera talvez comprometido a harmonia do Universo. Deus imprimiu a esse uso o atrativo do prazer, porque assim é o homem impelido ao cumprimento dos desígnios providenciais. Mas, além disso, dando àquele uso esse atrativo, quis Deus também experimentar o homem por meio da tentação, que o arrasta para o abuso, de que deve a razão defendê-lo.