Estudo:

CAPÍTULO 13 – QUE A MÃO ESQUERDA NÃO SAIBA O QUE FAZ A DIREITA - CONVIDAR OS POBRES E OS ESTROPIADOS – ITENS 7 E 8

HORA DO EVANGELHO NO LAR
“Mas quando fizeres convite chama os pobres, aleijados, coxos e cegos. Jesus (ucas, 14: 13).



PRECE

Queridos irmãos, que a Paz de Jesus envolva a todos neste momento.
Vamos asserenando nossos corações, nossos pensamentos e elevando nossos sentimentos até nosso Mestre Jesus, depositando em suas Mãos Misericordiosas nossas atribulações, nossos problemas, nossas angustias e aflições, suplicando que nos fortaleça, nos ampare e nos abençoe sempre, principalmente nos momentos em que nos sentimos mais fragilizados. Depositemos também o nosso amor e nossa gratidão por tudo o que temos recebido, por todas as graças e bênçãos em nossas vidas, rogando que continue ao nosso lado, dando-nos força e coragem para sermos humildes; mostrando-nos o caminho da persistência, o caminho da caridade, para evitarmos o desanimo e o egoísmo e assim, dividirmos, com aqueles que compartilham de nossa existência, os benefícios que recebemos todos os dias.

Que, neste momento em que nos reunimos para estudar e refletir sobre Teu Evangelho de Luz, nossos benfeitores e protetores espirituais estejam conosco dando-nos proteção e amparo, orientando-nos e nos inspirando para melhor compreendermos a lição e aplicá-la em nossos dias.

E assim, em Teu nome Mestre Jesus iniciamos nosso estudo de hoje. Que saibamos amar mais e sermos sempre merecedores do Teu imenso Amor.

Que assim seja.



MENSAGEM INICIAL

NA HORA DA ASSISTÊNCIA

Nas obras de assistência aos irmãos que nos felicitam com as oportunidades do serviço fraterno, em nome do Senhor, vale salientar a autoridade amorosa do Cristo que no-los recomendou.

Ao recebê-los à porta, intentemos ofertar-lhes algumas frases de conforto e bom ânimo, sem ferir lhes o coração, ainda mesmo quando não lhes possamos ser úteis.

Visitando-lhes o lar, diligenciemos respirar lhes o ambiente doméstico, afetuosamente, reconhecendo-nos, na intimidade da própria família, que nos merece respeito natural e cooperação espontânea, sem tragos de censura.

Em lhes servindo à mesa, fujamos de reprovar lhes os modos ou expressões, diferentes dos nossos, calando apontamentos deselegantes e manifestações de azedume, o que lhes agravaria a subalternidade e a desventura.

Socorrendo-lhes o corpo enfermo ou dolorido, reflitamos nos seres que nos são particularmente amados e imaginemos a gratidão de que seríamos possuídos, diante daqueles que os amparassem nos constrangimentos orgânicos.

Se aceitamos a incumbência de prová-los nas filas organizadas para a distribuição de favores diminutos, preservemos o regulamento estabelecido, com lhaneza e bondade, sem fomentar impaciência ou tumulto; e, se alguns deles, depois de atendidos, voltarem a nova solicitação, recordemos os filhos queridos, quando nos pedem repetição do prato, e procuremos satisfazê-los, dentro das possibilidades em mão, sem desmerecê-los com qualquer reprimenda.

Na ocasião em que estivermos reunidos, em equipes de trabalho, a fim de supri-los, estejamos de bom-humor, resguardando a disciplina sem intolerância e cultivando a generosidade sem relaxamento, na convicção de que, usando a gentileza, no veículo da ordem, é sempre possível situar os tarefeiros do bem, no lugar próprio, sem desperdiçar lhes o concurso valioso.

Nós que sabemos acatar com apreço e solicitude a todos os representantes dos poderes transitórios do mundo e que treinamos boas maneiras para comportamento digno nos salões aristocráticos da Terra, saibamos também ser afáveis e amigos, junto dos nossos companheiros em dificuldades maiores.

Eles não são apenas nossos irmãos.

São convidados de Cristo, em nossa casa, pelos quais encontramos ensejo de demonstrar carinho e consideração para com Ele o Divino Mestre, em pequeninos, gestos de amor.

Emmanuel - Extraído do livro " O Livro da Esperança" - Psicografado por Francisco Cândido Xavier


LEITURA DO EVANGELHO

CAPÍTULO 13 – QUE A MÃO ESQUERDA NÃO SAIBA O QUE FAZ A DIREITA - CONVIDAR OS POBRES E OS ESTROPIADOS – ITENS 7 E 8.

7 – Dizia mais ainda ao que o tinha convidado: Quando deres algum jantar ou alguma ceia, não chames nem teus amigos, nem teus irmãos, nem teus parentes, nem teus vizinhos que forem ricos, para que não aconteça que também eles te convidem à sua vez, e te paguem com isso; mas quando deres algum banquete, convida os pobres, os aleijados, os coxos e os cegos; e serás bem-aventurado, porque esses não tem com que te retribuir, mas ser-te-á isso retribuído na ressurreição dos justos. Tendo ouvido estas coisas, um dos que estavam à mesa disse para Jesus: Bem-aventurado o que comer o pão no Reino de Deus. (Lucas, XIV: 12-15).

8 – “Quando fizeres um banquete, disse Jesus, não convides os teus amigos, mas os pobres e os estropiados”. Essas palavras, absurdas, se as tomarmos ao pé da letra, são sublimes, quando procuramos entender-lhes o espírito. Jesus não poderia ter querido dizer que, em lugar dos amigos, fosse necessário reunir à mesa os mendigos da rua. Sua linguagem era quase sempre figurada, e para os homens incapazes de compreender os tons mais delicados do pensamento, precisava usar de imagens fortes, que produzissem o efeito de cores berrantes. O fundo de seu pensamento se revela por estas palavras: “E serás bem-aventurado, porque esses não têm com o que te retribuir”. O que vale dizer que não se deve fazer o bem com vistas à retribuição, mas pelo simples prazer de fazê-lo. Para tornar clara a comparação, disse: convida os pobres para o teu banquete, pois sabes que eles não podem te retribuir. E por banquete é necessário entender, não propriamente a refeição, mas a participação na abundância de que desfrutas.

Essas palavras podem também ser aplicadas em sentido mais literal. Quantos só convidam para a sua mesa os que podem, como dizem, honrá-los ou retribuir-lhes o convite. Outros, pelo contrário ficam satisfeitos de receber parentes ou amigos menos afortunados, que todos possuem. Essa é por vezes a maneira de ajudá-los disfarçadamente. Esses, sem ir buscar os cegos e os estropiados, praticam a máxima de Jesus, se o fazem por benevolência, sem ostentação, e se sabem disfarçar o benefício com sincera cordialidade.


REFLEXÕES: Jesus pregava o desinteresse pessoal na ação de fazer o bem. Ensinava que o verdadeiro ato do bem aos outros é sempre aquele realizado sem esperar retribuição, sem interesse de obter vantagens. É preciso, buscarmos, como em todos os ensinos de Jesus, o espírito que vivifica, para compreendermos o sentido dos ensinamentos. Na lição de hoje vemos três aspectos de preciosos ensinamentos.

O primeiro refere-se à caridade material, o banquete material. Ao tomarmos consciência das dores morais e sofrimentos materiais do próximo, não podemos congelar-nos na indiferença e permanecermos inativos. São nossos irmãos da estrada pedindo-nos auxilio, não atendê-los, ignorá-los, seria negar a luz aos que vivem na escuridão, negar água ao sedente, negar o pão aquele que tem fome.

Mas precisamos ampliar nossa visão e entender que, assim como há os estropiados, aleijados, mutilados fisicamente, também há os mutilados e estropiados da alma, com sofrimentos imensos, necessitando urgentemente da água pura e cristalina e do Pão da Alma. Criaturas que buscam através das reencarnações o alimento da alma, necessitando de quem os doem para que não se percam mais uma vez. Aqui está o segundo aspecto, a caridade emocional, o banquete dos ensinamentos espirituais, do ombro amigo e protetor.

O terceiro aspecto é aquele em que Jesus nos mostra que a caridade para com os pobres e os estropiados não é privilégio somente dos encarnados. Nesta lição, entendemos que Jesus também se referia aos espíritos sofredores, para os quais, certamente devemos estender nossas mãos e ajudá-los. Eles, que compõem a população invisível aos nossos olhos materiais, são os convidados, para o banquete espiritual realizado através das reuniões mediúnicas, onde recebem esclarecimento e conforto. Daí a importância dos médiuns no campo da assistência aos espíritos infelizes. Daí a importância daqueles que dão sustentação para as reuniões. Daí a importância dos doutrinadores, que apontam caminhos e promovem o esclarecimento para que eles se libertem de seus conflitos existenciais. Benditas as casas espíritas que prestam esse serviço aos estropiados do além-túmulo, nossos irmãos do caminho em direção a Deus. Portanto os estropiados a que se refere o Mestre Divino não são somente os que padecem as misérias físicas, as misérias emocionais, mas também aqueles espíritos sofredores, muitos dos quais ignoram a própria situação. Jesus, o médico das almas, não poderia deixar de dar-nos mais esta sublime lição. Pensemos nisto!


PRECE E VIBRAÇÕES –

"Coloca o teu recipiente de água cristalina à frente de tuas orações e espera e confia." [Emmanuel / Chico Xavier]

Senhor,
Clareia-nos o entendimento, a fim de que conheçamos em suas consequências os caminhos já trilhados por nós; entretanto, faze-nos essa concessão mais particularmente para descobrirmos, sem enganos, as estradas mais retas que nos conduzem à integração com os Teus propósitos.

Alteia-nos o pensamento, não somente para identificarmos a essência de nossos próprios desejos, mas, sobretudo para que aprendamos a saber quais os planos que traçaste a nosso respeito.

Iluminai-nos a memória, não só de modo a recordarmos com segurança as lições de ontem, e sim, mais especialmente, a fim de que nos detenhamos no dia de hoje, aproveitando-lhe as bênçãos em trabalho e renovação.

Auxilia-nos a reconhecer as nossas disponibilidades; todavia, concede-nos semelhante amparo, a fim de que saibamos realizar com ele o melhor ao nosso alcance.

Inspira-nos ensinando-nos a valorizar os amigos que nos enviaste; no entanto, mais notadamente, ajuda-nos a aceitá-los como são, sem exigir-lhes espetáculos de grandeza ou impostos de reconhecimento.

Amplia-nos a visão para que vejamos em nossos entes queridos não apenas pessoas capazes de auxiliar-nos, fornecendo-nos apoio e companhia, mas, acima de tudo, na condição de criaturas que nos confiaste ao amor, para que venhamos a encaminhá-los na direção do bem.

Ensina-nos a encontrar a paz na luta construtiva, o repouso no trabalho edificante, o socorro na dificuldade e o bem nos supostos males da vida.

Senhor abençoa-nos e estende-nos Tuas mãos compassivas, em Tua infinita bondade, para que possamos Te perceber em espírito na realidade das nossas tarefas e experiências de cada dia.

Que, os benfeitores espirituais, fluidifiquem nossas as águas com o bálsamo que alivia as dores, com o remédio salutar que ameniza todos os males físicos, mentais e espirituais, que cada um receba de acordo com seu merecimento e suas necessidades.

Que Vossa suave e doce influência, Mestre querido, penetre em nossas almas e nos faça enxergar sempre a estrada do bem.

Que possamos compreender que somos todos irmãos e que a compreensão e o amor devem fazer parte de nossos dias. Que o evangelho de Jesus seja sempre o roteiro para nossas vidas e, que Jesus seja nossa companhia, dando-nos sempre bom animo e alegria de viver.


Que assim seja.
Paz e Bem!