Estudo:
CAPÍTULO 15 – FORA DA CARIDADE NÃO HÁ SALVAÇÃO – O Necessário Para Salvar-se: O Bom Samaritano – itens 1 a 3.
HORA DO EVANGELHO NO LAR
“Em verdade vos digo que, quando o fizestes a um destes meus pequeninos irmãos a mim o fizestes.” JESUS – (MATEUS, 25: 40)
PRECE INICIAL
Amado Mestre Jesus, abençoe-nos neste momento, neste início de uma nova semana e dai-nos a Tua proteção e o Teu amparo, afim de que saibamos colocar em ação o amor que nos deste.
Auxilia-nos a exercer a compaixão e o entendimento, ensinando-nos a esquecer o mal e a cultivar o bem, na paciência e na tolerância de uns para com os outros. Ajuda-nos a compreender, a servir e a cultivar em nós a humildade, que nos torna dóceis instrumentos em Tuas mãos.
E assim, agradecendo o privilégio do trabalho e do estudo edificante, iniciamos o Estudo do Teu Evangelho, roteiro de nossas vidas com a prece que nos ensinou.
“Pai nosso...”
Sê conosco Senhor hoje e sempre.
Que assim seja.
MENSAGEM INICIAL
NA INTIMIDADE DOMÉSTICA
A história do bom samaritano, repetidamente estudada, oferece conclusões sempre novas.
O viajante compassivo encontra o ferido anônimo na estrada.
Não hesita em auxiliá-lo.
Estende-lhe as mãos.
Pensa-lhe as feridas.
Recolhe-o nos braços sem qualquer ideia de preconceito.
Conduze-o ao albergue mais próximo.
Garante-lhe a pousada.
Esquece as conveniências e permanece junto dele, enquanto necessário.
Abstém se de indagações.
Parte ao encontro do dever, assegurando-lhe a assistência com os recursos da própria bolsa, sem prescrever-lhe obrigações.
Jesus transmitiu-nos à parábola, ensinando-nos o exercício de caridade real, mas, até agora, transcorridos quase dois milênios, aplicamo-la, via, de regra, às pessoas que não nos comungam o quadro particular.
Quase sempre, todavia, temos os caídos do reduto doméstico.
Não descem de Jerusalém para Jericó, mas tombam da fé para a desilusão e da alegria para dor, espoliados nas melhores esperanças, em rudes experiências.
Quantas vezes, surpreendemos as vítimas da obsessão e do erro, da tristeza e da provação, dentro de casa!
Julgamos, assim, que a parábola do bom Samaritano produzirá também efeitos admiráveis, toda vez que nos decidirmos a usá-la, na vida íntima, compreendendo e auxiliando aos vizinhos e companheiros, parentes e amigos sem nada exigir e sem nada perguntar.
Emmanuel - Obra: Luz No Lar – vários espíritos – Chico Xavier – Editora FEB.
LEITURA DO EVANGELHO
CAPÍTULO 15 – FORA DA CARIDADE NÃO HÁ SALVAÇÃO – O Necessário Para Salvar-se: O Bom Samaritano – itens 1 a 3.
SANTO AGOSTINHO
Paris, 1862
1 – Mas quando vier o Filho do Homem na sua majestade, e todos os anjos com ele, então se assentará sobre o trono de sua majestade. E serão todas as gentes congregadas diante dele, e separará uns dos outros, como o pastor que aparta dos cabritos as ovelhas; e assim porá as ovelhas à direita, e os cabritos à esquerda; então dirá o rei aos que hão de estar à sua direita; vinde, benditos de meu Pai, possuí o reino que vos está preparado desde o princípio do mundo. Porque tive fome, e destes-me de comer; tive sede e destes-me de beber; precisava de alojamento e recolhestes-me; estava nu e cobristes-me; estava enfermo e visitastes-me; estava no cárcere e viestes ver-me. Então lhe responderão os justos, dizendo: Senhor, quando é que nós te vimos faminto e te demos de comer; ou sequioso e te demos de beber? E quando te vimos sem alojamento e te recolhemos; ou nu e te vestimos? E quando te vimos enfermo ou no cárcere e te fomos ver? E respondendo o rei, lhes dirá: Na verdade vos digo, que quantas vezes vós fizestes isto a um destes meus irmãos mais pequeninos, a mim é que o fizestes. Então dirá também aos que hão de estar à esquerda: Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno que está aparelhado para o diabo e para os seus anjos; Porque tive fome e não me destes de comer; tive sede e não me destes de beber. Precisava de alojamento e não me recolhestes; estava nu e não me cobristes; estava enfermo no cárcere e não me visitastes. Então eles também lhe responderão, dizendo: Senhor, quando é que nós te vimos faminto, ou sequioso, ou sem alojamento, ou nu, ou enfermo, ou no cárcere, e deixamos de te assistir? Então lhes responderá ele, dizendo: Na verdade, vos digo que quantas vezes o deixastes de fazer a um destes mais pequeninos, a mim o deixastes de fazer. E irão estes para o suplício eterno, e os justos para a vida eterna. (Mateus, XXV: 31-46).
2 – E eis que se levantou um doutor da lei, e lhe disse, para o tentar: Mestre, que hei de eu fazer para entrar na posse da vida eterna? Disse-lhe então Jesus: Que é o que está escrito na lei? Como lês tu? Ele, respondendo, disse: Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a sua alma, e de todas as tuas forças, e de todo o teu entendimento, e ao teu próximo como a ti mesmo. E Jesus lhe disse: Respondeste bem; faze isso, e viverás. Mas ele, querendo justificar-se a si mesmo, disse a Jesus: E quem é o meu próximo? E Jesus, prosseguindo no mesmo discurso, disse: Um homem baixava de Jerusalém a Jericó, e caiu nas mãos dos ladrões, que logo o despojaram do que levava; e depois de o terem maltratado com muitas feridas, se retiraram, deixando-o meio morto. Aconteceu, pois, que passava pelo mesmo caminho um sacerdote; e quando o viu, passou de largo. E assim mesmo um levita, chegando perto daquele lugar, e vendo-o, passou também de largo. Mas um samaritano, que ia a seu caminho, chegou perto dele, e quando o viu, se moveu à compaixão: E chegando-se atou as feridas, lançando nelas azeite e vinho; e, pondo-o sobre a sua cavalgadura, o levou a uma estalagem, e teve cuidado dele. E ao outro dia tirou dois denários, e deu-os ao estalajadeiro, e lhe disse: Tem-me cuidado dele; e quanto gastares demais, eu te satisfarei quando voltar. Qual destes três te parece que foi o próximo daquele que caiu nas mãos dos ladrões? Respondeu logo o doutor: aquele que usou com o tal de misericórdia. Então lhe disse Jesus: Pois vai, e faze tu o mesmo. (Lucas, X: 25-37).
3 – Toda a moral de Jesus se resume na caridade e na humildade, ou seja, nas duas virtudes contrárias ao egoísmo e ao orgulho. Em todos os seus ensinamentos, mostra essas virtudes como sendo o caminho da felicidade eterna. Bem-aventurados, diz ele, os pobres de espírito, quer dizer: os humildes, porque deles é o Reino dos Céus; bem-aventurados os que tem coração puro; bem-aventurados os mansos e pacíficos; bem-aventurados os misericordiosos. Amai o vosso próximo como a vós mesmos; fazei aos outros os que desejaríeis que vos fizessem; amai os vossos inimigos; perdoai as ofensas, se quereis ser perdoados; fazei o bem sem ostentação: julgai-vos a vós mesmos antes de julgar os outros. Humildade e caridade, eis o que não cessa de recomendar, e de que ele mesmo dá o exemplo. Orgulho e egoísmo, eis o que não cessa de combater. Mas ele fez mais do que recomendar a caridade, pondo-a claramente, em termos explícitos, como a condição absoluta da felicidade futura.
No quadro que Jesus apresenta, do juízo final, como em muitas outras coisas, temos de separar o que pertence à figura e à alegoria. A homens como aos que falava, ainda incapazes de compreender as coisas puramente espirituais, devia apresentar imagens materiais, surpreendentes e capazes de impressionar. Para que fossem melhor aceitas, não podia mesmo afastar-se muito das ideias em voga, no tocante à forma, reservando sempre para o futuro a verdadeira interpretação das suas palavras e dos pontos que ainda não podia explicar claramente. Mas, ao lado da parte acessória ou figurada do quadro, há uma ideia dominante: a da felicidade que espera o justo e da infelicidade reservada ao mau.
Nesse julgamento supremo, quais são os considerandos da sentença? Sobre o que baseia a inquirição? Pergunta o juiz se foram atendidas estas ou aquelas formalidades, observadas mais ou menos estas ou aquelas práticas exteriores? Não, ele só pergunta por uma coisa: a prática da caridade. E se pronuncia dizendo: “Passai à direita, vós que socorrestes aos vossos irmãos; passai à esquerda, vós que fostes duros para com eles”. Indaga pela ortodoxia da fé? Faz distinção entre o que crê de uma maneira, e o que crê de outra? Não, pois Jesus coloca o samaritano, considerado herético, mas que tem amor ao próximo, sobre o ortodoxo a quem falta caridade. Jesus não faz, portanto, da caridade, uma das condições da salvação, mas a condição única. Se outras devessem ser preenchidas, ele as mencionaria. Se ele coloca a caridade na primeira linha entre as virtudes, é porque ele encerra implicitamente todas as outras: a humildade, a mansidão, a benevolência, a justiça etc; e porque é ela a negação absoluta do orgulho e do egoísmo.
REFLEXÕES: Jesus nas duas passagens de nosso estudo de hoje, coloca no amor às outras criaturas a condição para que o homem e a mulher atinjam a felicidade do Reino de Deus.
Emmanuel, no livro O Consolador, nos diz que a salvação da alma deve ser entendida como auto iluminação, a caminho das mais elevadas realizações. Ou seja, o próprio ser se ilumina.
Afirma ainda que o Evangelho é o roteiro para a elevação espiritual de todos.
É da vivência do Evangelho que decorre a luz espiritual.
Conclui-se então que a salvação é o resultado de um trabalhoso processo de auto iluminação, que requer muito esforço para seguir os exemplos e os ensinamentos do Cristo, que é necessário abandonar as tendências inferiores e os vícios, rompendo com velhos hábitos e assumindo o compromisso de ser melhor a cada dia.
Ainda segundo Emmanuel a salvação é um compromisso que o homem assume com sua própria consciência, é uma questão de maturidade. Que quando passar a entender as dificuldades alheias, perdoará com facilidade, se tornará indulgente com as imperfeições alheias e fará todo o bem possível, pois sentirá intensa compaixão pelos semelhantes.
Esse estado d'alma é que libertará o Espírito dos círculos do sofrimento e o habilitará a vivências em mundos superiores.
Este é o real significado da salvação: a auto iluminação, que leva o homem a comprometer-se consigo mesmo a abandonar as velhas tendências inferiores e os vícios.
Pensemos nisto.
PRECE FINAL E VIBRAÇÕES
"Coloca o teu recipiente de água cristalina à frente de tuas orações e espera e confia." [Emmanuel / Chico Xavier]
E assim, vamos encerrando nosso estudo de hoje, elevando nossos pensamentos a Deus, o Pai da Vida e a Jesus, e vamos nos doando em favor daqueles que estão mais necessitados do que nós.
Vamos juntos, unindo nossos corações e orarmos para que haja a Paz Mundial e a harmonia entre todos os povos, vamos pedindo especialmente por nosso Brasil, para que a paz prevaleça sempre e que a justiça e o amor se estabeleçam.
Vibremos por todos aqueles que estão passando por sofrimentos, os enfermos da alma ou do corpo físico, pelos que perderam seus entes queridos, pelos que desencarnaram recentemente, pelos encarcerados, pelos órfãos, pelas casas de repouso, asilos e manicômios. Que todos recebam o amparo Divino e sintam-se envolvidos nas doces Vibrações do Amor de nosso Mestre Jesus.
Vibremos por nossas Casas Espíritas, por todos os seus trabalhadores e assistidos especialmente por aqueles que já se encontram afastados de suas atividades por conta da idade ou de sua saúde física, mas que mesmo distante está sempre ligado aos trabalhos desenvolvidos para o bem do nosso próximo.
Vibremos também, por todos os líderes religiosos que levam a palavras, o Evangelho de Jesus para todos os cantos e recantos, através de suas palavras e ações. Que todos sejam sempre fortalecidos e amparados.
Vibremos por nossos lares, nossos entes queridos, por nossos companheiros de trabalho, por nossos amigos e por aqueles que se consideram nossos inimigos. Que todos possam sentir as doces vibrações do Mestre e nossas vibrações amorosas a envolver-lhes com carinho.
Vamos deixando uma vibração em aberto, amorosamente, para que a espiritualidade leve onde se fizer mais necessário.
Finalmente, pedimos permissão para vibrarmos por nós mesmos, a fim de que tenhamos sempre ânimo em nossas tarefas, coragem para enfrentarmos nossas limitações, discernimento em nossas ações e aceitação em nossas dificuldades.
Agradecemos a Deus, o Pai da Vida pela oportunidade da presente encarnação, a Jesus pela oportunidade abençoada de aprendizado e convívio fraterno e aos nossos Benfeitores pelo auxilio e proteção de todos os dias.
Permita Mestre Jesus que nossas águas sejam fluidificadas com bênçãos cristalinas de energias salutares proporcionando a todos nós o reequilíbrio físico e espiritual e que, na próxima semana possamos estar novamente reunidos em Teu Nome para mais um Estudo do Teu Evangelho de Luz.
Que Jesus seja sempre nossa companhia, que nos dê bom ânimo, alegria de viver e forças para crermos em um amanhã sempre melhor.
Permaneça conosco Mestre Amado e que assim seja.
Paz e Bem.
“Em verdade vos digo que, quando o fizestes a um destes meus pequeninos irmãos a mim o fizestes.” JESUS – (MATEUS, 25: 40)
PRECE INICIAL
Amado Mestre Jesus, abençoe-nos neste momento, neste início de uma nova semana e dai-nos a Tua proteção e o Teu amparo, afim de que saibamos colocar em ação o amor que nos deste.
Auxilia-nos a exercer a compaixão e o entendimento, ensinando-nos a esquecer o mal e a cultivar o bem, na paciência e na tolerância de uns para com os outros. Ajuda-nos a compreender, a servir e a cultivar em nós a humildade, que nos torna dóceis instrumentos em Tuas mãos.
E assim, agradecendo o privilégio do trabalho e do estudo edificante, iniciamos o Estudo do Teu Evangelho, roteiro de nossas vidas com a prece que nos ensinou.
“Pai nosso...”
Sê conosco Senhor hoje e sempre.
Que assim seja.
MENSAGEM INICIAL
NA INTIMIDADE DOMÉSTICA
A história do bom samaritano, repetidamente estudada, oferece conclusões sempre novas.
O viajante compassivo encontra o ferido anônimo na estrada.
Não hesita em auxiliá-lo.
Estende-lhe as mãos.
Pensa-lhe as feridas.
Recolhe-o nos braços sem qualquer ideia de preconceito.
Conduze-o ao albergue mais próximo.
Garante-lhe a pousada.
Esquece as conveniências e permanece junto dele, enquanto necessário.
Abstém se de indagações.
Parte ao encontro do dever, assegurando-lhe a assistência com os recursos da própria bolsa, sem prescrever-lhe obrigações.
Jesus transmitiu-nos à parábola, ensinando-nos o exercício de caridade real, mas, até agora, transcorridos quase dois milênios, aplicamo-la, via, de regra, às pessoas que não nos comungam o quadro particular.
Quase sempre, todavia, temos os caídos do reduto doméstico.
Não descem de Jerusalém para Jericó, mas tombam da fé para a desilusão e da alegria para dor, espoliados nas melhores esperanças, em rudes experiências.
Quantas vezes, surpreendemos as vítimas da obsessão e do erro, da tristeza e da provação, dentro de casa!
Julgamos, assim, que a parábola do bom Samaritano produzirá também efeitos admiráveis, toda vez que nos decidirmos a usá-la, na vida íntima, compreendendo e auxiliando aos vizinhos e companheiros, parentes e amigos sem nada exigir e sem nada perguntar.
Emmanuel - Obra: Luz No Lar – vários espíritos – Chico Xavier – Editora FEB.
LEITURA DO EVANGELHO
CAPÍTULO 15 – FORA DA CARIDADE NÃO HÁ SALVAÇÃO – O Necessário Para Salvar-se: O Bom Samaritano – itens 1 a 3.
SANTO AGOSTINHO
Paris, 1862
1 – Mas quando vier o Filho do Homem na sua majestade, e todos os anjos com ele, então se assentará sobre o trono de sua majestade. E serão todas as gentes congregadas diante dele, e separará uns dos outros, como o pastor que aparta dos cabritos as ovelhas; e assim porá as ovelhas à direita, e os cabritos à esquerda; então dirá o rei aos que hão de estar à sua direita; vinde, benditos de meu Pai, possuí o reino que vos está preparado desde o princípio do mundo. Porque tive fome, e destes-me de comer; tive sede e destes-me de beber; precisava de alojamento e recolhestes-me; estava nu e cobristes-me; estava enfermo e visitastes-me; estava no cárcere e viestes ver-me. Então lhe responderão os justos, dizendo: Senhor, quando é que nós te vimos faminto e te demos de comer; ou sequioso e te demos de beber? E quando te vimos sem alojamento e te recolhemos; ou nu e te vestimos? E quando te vimos enfermo ou no cárcere e te fomos ver? E respondendo o rei, lhes dirá: Na verdade vos digo, que quantas vezes vós fizestes isto a um destes meus irmãos mais pequeninos, a mim é que o fizestes. Então dirá também aos que hão de estar à esquerda: Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno que está aparelhado para o diabo e para os seus anjos; Porque tive fome e não me destes de comer; tive sede e não me destes de beber. Precisava de alojamento e não me recolhestes; estava nu e não me cobristes; estava enfermo no cárcere e não me visitastes. Então eles também lhe responderão, dizendo: Senhor, quando é que nós te vimos faminto, ou sequioso, ou sem alojamento, ou nu, ou enfermo, ou no cárcere, e deixamos de te assistir? Então lhes responderá ele, dizendo: Na verdade, vos digo que quantas vezes o deixastes de fazer a um destes mais pequeninos, a mim o deixastes de fazer. E irão estes para o suplício eterno, e os justos para a vida eterna. (Mateus, XXV: 31-46).
2 – E eis que se levantou um doutor da lei, e lhe disse, para o tentar: Mestre, que hei de eu fazer para entrar na posse da vida eterna? Disse-lhe então Jesus: Que é o que está escrito na lei? Como lês tu? Ele, respondendo, disse: Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a sua alma, e de todas as tuas forças, e de todo o teu entendimento, e ao teu próximo como a ti mesmo. E Jesus lhe disse: Respondeste bem; faze isso, e viverás. Mas ele, querendo justificar-se a si mesmo, disse a Jesus: E quem é o meu próximo? E Jesus, prosseguindo no mesmo discurso, disse: Um homem baixava de Jerusalém a Jericó, e caiu nas mãos dos ladrões, que logo o despojaram do que levava; e depois de o terem maltratado com muitas feridas, se retiraram, deixando-o meio morto. Aconteceu, pois, que passava pelo mesmo caminho um sacerdote; e quando o viu, passou de largo. E assim mesmo um levita, chegando perto daquele lugar, e vendo-o, passou também de largo. Mas um samaritano, que ia a seu caminho, chegou perto dele, e quando o viu, se moveu à compaixão: E chegando-se atou as feridas, lançando nelas azeite e vinho; e, pondo-o sobre a sua cavalgadura, o levou a uma estalagem, e teve cuidado dele. E ao outro dia tirou dois denários, e deu-os ao estalajadeiro, e lhe disse: Tem-me cuidado dele; e quanto gastares demais, eu te satisfarei quando voltar. Qual destes três te parece que foi o próximo daquele que caiu nas mãos dos ladrões? Respondeu logo o doutor: aquele que usou com o tal de misericórdia. Então lhe disse Jesus: Pois vai, e faze tu o mesmo. (Lucas, X: 25-37).
3 – Toda a moral de Jesus se resume na caridade e na humildade, ou seja, nas duas virtudes contrárias ao egoísmo e ao orgulho. Em todos os seus ensinamentos, mostra essas virtudes como sendo o caminho da felicidade eterna. Bem-aventurados, diz ele, os pobres de espírito, quer dizer: os humildes, porque deles é o Reino dos Céus; bem-aventurados os que tem coração puro; bem-aventurados os mansos e pacíficos; bem-aventurados os misericordiosos. Amai o vosso próximo como a vós mesmos; fazei aos outros os que desejaríeis que vos fizessem; amai os vossos inimigos; perdoai as ofensas, se quereis ser perdoados; fazei o bem sem ostentação: julgai-vos a vós mesmos antes de julgar os outros. Humildade e caridade, eis o que não cessa de recomendar, e de que ele mesmo dá o exemplo. Orgulho e egoísmo, eis o que não cessa de combater. Mas ele fez mais do que recomendar a caridade, pondo-a claramente, em termos explícitos, como a condição absoluta da felicidade futura.
No quadro que Jesus apresenta, do juízo final, como em muitas outras coisas, temos de separar o que pertence à figura e à alegoria. A homens como aos que falava, ainda incapazes de compreender as coisas puramente espirituais, devia apresentar imagens materiais, surpreendentes e capazes de impressionar. Para que fossem melhor aceitas, não podia mesmo afastar-se muito das ideias em voga, no tocante à forma, reservando sempre para o futuro a verdadeira interpretação das suas palavras e dos pontos que ainda não podia explicar claramente. Mas, ao lado da parte acessória ou figurada do quadro, há uma ideia dominante: a da felicidade que espera o justo e da infelicidade reservada ao mau.
Nesse julgamento supremo, quais são os considerandos da sentença? Sobre o que baseia a inquirição? Pergunta o juiz se foram atendidas estas ou aquelas formalidades, observadas mais ou menos estas ou aquelas práticas exteriores? Não, ele só pergunta por uma coisa: a prática da caridade. E se pronuncia dizendo: “Passai à direita, vós que socorrestes aos vossos irmãos; passai à esquerda, vós que fostes duros para com eles”. Indaga pela ortodoxia da fé? Faz distinção entre o que crê de uma maneira, e o que crê de outra? Não, pois Jesus coloca o samaritano, considerado herético, mas que tem amor ao próximo, sobre o ortodoxo a quem falta caridade. Jesus não faz, portanto, da caridade, uma das condições da salvação, mas a condição única. Se outras devessem ser preenchidas, ele as mencionaria. Se ele coloca a caridade na primeira linha entre as virtudes, é porque ele encerra implicitamente todas as outras: a humildade, a mansidão, a benevolência, a justiça etc; e porque é ela a negação absoluta do orgulho e do egoísmo.
REFLEXÕES: Jesus nas duas passagens de nosso estudo de hoje, coloca no amor às outras criaturas a condição para que o homem e a mulher atinjam a felicidade do Reino de Deus.
Emmanuel, no livro O Consolador, nos diz que a salvação da alma deve ser entendida como auto iluminação, a caminho das mais elevadas realizações. Ou seja, o próprio ser se ilumina.
Afirma ainda que o Evangelho é o roteiro para a elevação espiritual de todos.
É da vivência do Evangelho que decorre a luz espiritual.
Conclui-se então que a salvação é o resultado de um trabalhoso processo de auto iluminação, que requer muito esforço para seguir os exemplos e os ensinamentos do Cristo, que é necessário abandonar as tendências inferiores e os vícios, rompendo com velhos hábitos e assumindo o compromisso de ser melhor a cada dia.
Ainda segundo Emmanuel a salvação é um compromisso que o homem assume com sua própria consciência, é uma questão de maturidade. Que quando passar a entender as dificuldades alheias, perdoará com facilidade, se tornará indulgente com as imperfeições alheias e fará todo o bem possível, pois sentirá intensa compaixão pelos semelhantes.
Esse estado d'alma é que libertará o Espírito dos círculos do sofrimento e o habilitará a vivências em mundos superiores.
Este é o real significado da salvação: a auto iluminação, que leva o homem a comprometer-se consigo mesmo a abandonar as velhas tendências inferiores e os vícios.
Pensemos nisto.
PRECE FINAL E VIBRAÇÕES
"Coloca o teu recipiente de água cristalina à frente de tuas orações e espera e confia." [Emmanuel / Chico Xavier]
E assim, vamos encerrando nosso estudo de hoje, elevando nossos pensamentos a Deus, o Pai da Vida e a Jesus, e vamos nos doando em favor daqueles que estão mais necessitados do que nós.
Vamos juntos, unindo nossos corações e orarmos para que haja a Paz Mundial e a harmonia entre todos os povos, vamos pedindo especialmente por nosso Brasil, para que a paz prevaleça sempre e que a justiça e o amor se estabeleçam.
Vibremos por todos aqueles que estão passando por sofrimentos, os enfermos da alma ou do corpo físico, pelos que perderam seus entes queridos, pelos que desencarnaram recentemente, pelos encarcerados, pelos órfãos, pelas casas de repouso, asilos e manicômios. Que todos recebam o amparo Divino e sintam-se envolvidos nas doces Vibrações do Amor de nosso Mestre Jesus.
Vibremos por nossas Casas Espíritas, por todos os seus trabalhadores e assistidos especialmente por aqueles que já se encontram afastados de suas atividades por conta da idade ou de sua saúde física, mas que mesmo distante está sempre ligado aos trabalhos desenvolvidos para o bem do nosso próximo.
Vibremos também, por todos os líderes religiosos que levam a palavras, o Evangelho de Jesus para todos os cantos e recantos, através de suas palavras e ações. Que todos sejam sempre fortalecidos e amparados.
Vibremos por nossos lares, nossos entes queridos, por nossos companheiros de trabalho, por nossos amigos e por aqueles que se consideram nossos inimigos. Que todos possam sentir as doces vibrações do Mestre e nossas vibrações amorosas a envolver-lhes com carinho.
Vamos deixando uma vibração em aberto, amorosamente, para que a espiritualidade leve onde se fizer mais necessário.
Finalmente, pedimos permissão para vibrarmos por nós mesmos, a fim de que tenhamos sempre ânimo em nossas tarefas, coragem para enfrentarmos nossas limitações, discernimento em nossas ações e aceitação em nossas dificuldades.
Agradecemos a Deus, o Pai da Vida pela oportunidade da presente encarnação, a Jesus pela oportunidade abençoada de aprendizado e convívio fraterno e aos nossos Benfeitores pelo auxilio e proteção de todos os dias.
Permita Mestre Jesus que nossas águas sejam fluidificadas com bênçãos cristalinas de energias salutares proporcionando a todos nós o reequilíbrio físico e espiritual e que, na próxima semana possamos estar novamente reunidos em Teu Nome para mais um Estudo do Teu Evangelho de Luz.
Que Jesus seja sempre nossa companhia, que nos dê bom ânimo, alegria de viver e forças para crermos em um amanhã sempre melhor.
Permaneça conosco Mestre Amado e que assim seja.
Paz e Bem.