Estudo:

CAPÍTULO 20 – TRABALHADORES DA ÚLTIMA HORA - I - INSTRUÇÕES DOS ESPÍRITOS – OS ÚLTIMOS SERÃO OS PRIMEIROS – itens 02 e 03

HORA DO EVANGELHO NO LAR 
Porque são muitos os chamados e poucos os escolhidos.” (Mateus, XXII: 4). 
 
PRECE  
Mestre Jesus que conheces todas as nossas imperfeições, que nos ama profundamente, auxiliai-nos sempre a compreendermos as leis divinas. 
Auxilia-nos a entender que Teu Evangelho de Luz é nosso roteiro de vida. Ensine-nos Senhor, a aplicar Teus ensinamentos em nossas vidas, afim de que sejamos cada dia melhores.  
Auxilia-nos Mestre a reconhecermos e corrigirmos nossas falhas, nossas imperfeições.  
Dê-nos Senhor, coragem para sermos humildes e mostrai-nos sempre o caminho da iniciativa e da persistência para evitarmos o desânimo.  
Que possamos ser merecedores do Teu Amor e que seja, Senhor, sempre, a nossa fonte de inspiração.  
Assim em Teu nome, em nome dos benfeitores espirituais que conduzem este estudo e acima de tudo em nome de Deus, nosso Pai de Amor, iniciamos nossas reflexões de hoje. 
Permaneça conosco Mestre e que assim seja! 
Graças a Deus, Graças a Jesus. 


MENSAGEM INICIAL 
AOS OBREIROS DA BOA VONTADE 
  
Meus irmãos... Jesus nos abençoe. 
A obra do Senhor conta com Servidores de todas as latitudes, tendências e direções. 
Alguns somente cooperam em tarefas que lhes agradem...  
São os obreiros caprichosos. 
Outros não colaboram, se a multidão dos amigos não lhes observa os esforços...  
São os obreiros vaidosos. 
Alguns ajudam, segundo as circunstâncias do tempo...  
São os obreiros inconstantes. 
Vários comparecem, a fim de reparar as contribuições alheias...  
São os obreiros levianos. 
Diversos colaboram indicando os defeitos dos companheiros...  
São os obreiros escarnecedores. 
Muitos auxiliam, quando há benefícios imediatos...  
São os obreiros oportunistas. 
Não poucos surgem no serviço, reclamando as vantagens para o seu circulo pessoal...  
São os obreiros egoístas. 
Grande parte intervém no trabalho, discutindo direitos e prioridades, privilégios e favores para si ou para aqueles que se lhes façam simpáticos...  
São os obreiros apaixonados. 
Inúmeros aparecem nos quadros da ação, enganando o tempo e menosprezando-o, recebendo sem dar, desfrutando sem retribuir e absorvendo a luz e a benção sem irradiá-las...  
São os obreiros infelizes. 
Mas, o Mestre glorifica-se nos Cooperadores que não cogitam de prerrogativa e remuneração, que servem onde, como e quando determina a sua Vontade Sabia e Soberana...  
São os "Obreiros da Boa Vontade". 
  
XAVIER, Francisco Cândido. Do livro: “Através do Tempo” - Pelo Espírito André Luiz – Lição 16, pg. 51. 
 
LEITURA DO EVANGELHO 
CAPÍTULO 20 – TRABALHADORES DA ÚLTIMA HORA 
INSTRUÇÕES DOS ESPÍRITOS – OS ÚLTIMOS SERÃO OS PRIMEIROS – ITENS 2 E 3. 
 
CONSTANTINO 
Espírito Protetor, Bordeaux, 1863
 
2 – O trabalhador da última hora tem direito ao salário. Mas, para isso, é necessário que se tenha conservado com boa-vontade à disposição do Senhor que o devia empregar, e que o atraso não seja fruto da sua preguiça ou da sua má vontade. Tem direito ao salário, porque, desde o alvorecer, esperava impacientemente aquele que, por fim, o chamaria ao labor. Era trabalhador, e apenas lhe faltava o que fazer. 
Se tivesse, entretanto, recusado o trabalho a qualquer hora do dia; se tivesse dito: “Tenham paciência; gosto de descansar. Quando soar a última hora, pensarei no salário do dia. Que me importa esse patrão que não conheço e não estimo? Quanto mais tarde, melhor!” Nesse caso, meus amigos, não receberia o salário do trabalho, mas o da preguiça. 
Que dizer, então, daquele que, em vez de simplesmente esperar, tivesse empregado as suas horas de trabalho para cometer estrepolias? Que tivesse blasfemado contra Deus, vertido o sangue de seus semelhantes, perturbado as famílias, arruinado homens de boa-fé, abusado da inocência? Que tivesse, enfim, se lançado a todas as ignomínias da humanidade? O que será dele? Será suficiente dizer, à última hora: “Senhor usei mal o meu tempo; empregai-me até o fim do dia, para que eu faça um pouco, um pouquinho que seja da minha tarefa, e pagai-me o salário do trabalhador de boa-vontade!”? Não, não! Porque o Senhor lhe dirá: “Não tenho agora nenhum trabalho para ti. Esperdiçaste o teu tempo, esqueceste o que havias aprendido, não sabes mais trabalhar na minha vinha. Cuida, pois, de aprender de novo, e quando te sentires mais bem disposto, vem procurar-me e te franquearei as minhas terras, onde poderás trabalhar a qualquer hora do dia”. 
Bons espíritas, meus bem-amados, todos vós sois trabalhadores da última hora. Bem orgulhoso seria o que dissesse. “Comecei o trabalho de madrugada e só o terminarei ao escurecer”. Todos vieram quando chamados, uns mais cedo, outros mais tarde, para a encarnação cujos grilhões carregais. Mas há quantos e quantos séculos o Senhor vos chamava para a sua vinha, sem que aceitásseis o convite? Eis chegado, agora, o momento de receber o salário. Empregai bem esta hora que vos resta. Não vos esqueçais de que a vossa existência, por mais longa que vos pareça, não é mais do que um momento muito breve na imensidade dos tempos que constituem para vós a eternidade. 
 
HENRI EINE 
Paris, 1863 

3 – Jesus amava a simplicidade dos símbolos. Na sua vigorosa expressão, os trabalhadores da primeira hora são os Profetas, Moisés, e todos os iniciadores que marcaram as diversas etapas do progresso, continuadas através dos séculos pelos Apóstolos, os Mártires, os Pais da Igreja, os Sábios, os Filósofos, e, por fim, os Espíritas. Estes, que vieram por último, foram, entretanto, anunciados e preditos desde o advento do Messias. Receberão, pois, a mesma recompensa. Que digo? Receberão uma recompensa maior. Últimos a chegar, os Espíritas aproveitam o trabalho intelectual dos seus antecessores, porque o homem deve herdar do homem, e porque os trabalhos e seus resultados são coletivos: Deus abençoa a solidariedade. 
Muitos dos antigos revivem hoje, ou reviverão amanhã, para acabar a obra que haviam começado. Mais de um patriarca, mais de um profeta, mais de um discípulo do Cristo, e de um divulgador da fé cristã se encontram, entre vós. Ressurgem mais esclarecidos, mais adiantados, e já não trabalham mais nos fundamentos, mas na cúpula do edifício. Seu salário será, portanto, proporcional ao mérito da obra. 
A reencarnação, esse belo dogma, eterniza e precisa a filiação espiritual. O Espírito, chamado a prestar contas do seu mandato terreno, compreende a continuidade da tarefa interrompida, mas sempre retomada. Vê e sente que apanhou no ar o pensamento de seus antecessores. Reinicia a luta, amadurecido pela experiência, para ainda mais avançar. E todos, trabalhadores da primeira e da última hora, de olhos bem abertos sobre a profundidade da Justiça de Deus, não mais se queixam, mas se põem a adorá-lo. 
Este é um dos verdadeiros sentidos dessa parábola, que encerra, como todas as que Jesus dirigiu ao povo, as linhas do futuro, e também, através de suas formas e imagens, a revelação dessa magnífica unidade que harmoniza todas as coisas no universo, dessa solidariedade que liga todos os seres atuais ao passado e ao futuro. 
 
REFLEXÕES: Na questão 675 do Livro dos Espíritos, Kardec pergunta: Por trabalho só se devem entender as ocupações materiais? “Não; o Espírito trabalha, assim como o corpo. Toda ocupação útil é trabalho.” - Então, tudo que colabora com nosso próprio desenvolvimento intelectual, mental e espiritual, com o desenvolvimento de nossos semelhantes e com o desenvolvimento em geral, é trabalho. Os trabalhadores da 1ª hora são os que não souberam aproveitá-las, perdendo as oportunidades que lhes fora concedida e que hoje, através da Lei da Reencarnação, estão tendo a oportunidade de dar continuidade ao trabalho iniciado lá atrás, desenvolvendo qualidades que ainda não desenvolveram, abandonando vícios que ainda estão presentes, fechando ciclos afetivos que ainda estão inacabados. Os trabalhadores contratados posteriormente simbolizam os espíritos que, em menor número de encarnações, fizeram melhor uso do livre arbítrio, sem se perderem por atalhos e desvios, sem errarem tanto. Somos todos chamados, todos convidados a cada reencarnação a participarmos dos trabalhos no bem, a reiniciarmos a luta, amadurecidos pelas experiências, alguns são convidados desde pequeno; outros na juventude; outros na maturidade e outros na velhice, mas qualquer tempo é oportuno para cuidarmos do aperfeiçoamento de nossas almas, e, mesmo que estejamos velhinhos, desde que aceitemos, com boa disposição, o convite para o trabalho de renovação interior, nós nos faremos merecedores do salário divino. É dessa forma que Henri Heine, autor da segunda mensagem destaca, nesta interpretação da parábola, a exposição de Jesus sobre a evolução da humanidade, “as linhas do futuro”, a unidade que liga todas as coisas e a solidariedade que liga todos os seres atuais ao passado e ao futuro, na qual, percebemos que, na conquista da meta evolutiva, todos os trabalhadores, independentes da hora em que atenderam o chamamento divino, receberão o mesmo salário: a perfeição e a felicidade. 
 
 
PRECE E VIBRAÇÕES – 
 
"Coloca o teu recipiente de água cristalina à frente de tuas orações e espera e confia." [Emmanuel / Chico Xavier] 
 
Continuemos com os pensamentos e sentimentos elevados, e assim, vamos à prática da caridade. Vamos deixar fluir os sentimentos mais puros e encaminhar até os mais necessitados.  
Vibramos pela paz na Terra, principalmente pelas nações que se encontrem em conflitos e pelas que estão passando pelos desastres naturais, onde há muitas vidas terrenas perdidas – que o Mestre leve a paz, o consolo e o fortalecimento a todo povo sofrido; Vibramos por nosso Brasil, por nosso povo e pelos governantes, que tenhamos sempre a paz e a justiça. 
Vibramos por todos aqueles que se encontrem num leito de dor, seja em hospitais ou em seus lares – que possam obter a cura ou o entendimento de acordo com o merecimento de cada um, mas acima de tudo de acordo com a vontade de Deus Pai; 
Vibramos pelo amparo aos pobres, idosos, jovens e crianças abandonados – que possam receber todo o amparo e proteção que necessitam; 
Vibramos pelo desenvolvimento espiritual da juventude – que nossas crianças e jovens sejam protegidos e afastados de todos os vícios, das drogas, da violência e protegidos para que também não adentrem os caminhos tortuosos da depressão; 
Vibramos por nossos familiares e amigos, mas rogando especialmente luzes de paz e esclarecimento aos nossos supostos inimigos encarnados e desencarnados; 
Vibramos por nosso lar, nossos familiares, para Jesus faça de nossos lares sua morada também e envolva a todos os nossos queridos, dando-nos a sustentação que precisamos em nossos dias, para que tenhamos sempre bons pensamentos, bons sentimentos e boas atitudes; 
Vibramos pelas pessoas que nos pedem preces, que o Amor de Jesus as envolva e que possam alcançar os seus desejos; 
Vibramos pelos mentores, dirigentes, coordenadores e assistidos de nossa Casa Espírita; por nossos mentores individuais e pelos mentores dos nossos lares, para que estejam sempre próximos a nós, nos intuindo e fortalecendo diante das adversidades da vida; 
E assim, pedimos permissão para vibrarmos por nós mesmos, permita Senhor, que nossas águas sejam fluidificadas para que nos proporcionem saúde e vitalidade, coragem e força nas lutas de todos os dias.  
Inspira-nos Senhor a vermos somente o que é bom para nossa própria evolução e ajudai-nos a reprimir nossas inclinações para o mal.  
Que Vossa doce e suave influência penetre em nossas almas e nos faça enxergar a estrada do bem, que nossos olhos se fechem para todas as maldades e para todos os comentários e julgamentos menos felizes.  
Que possamos compreender que somos parte da grande família espiritual da Humanidade, que somos todos irmãos e que a compreensão e o amor devem fazer parte de nossos dias.  
Graças Vos damos Senhor pelo privilégio do trabalho no bem, pelo estudo edificante, pelo Teu Evangelho de Luz, roteiro para nossa evolução e principalmente pela Tua presença em nossas vidas.  
Que assim seja! 
 
Paz e Bem!