Estudo:
Capítulo 23 – MORAL ESTRANHA - NÃO VIM TRAZER A PAZ, MAS A ESPADA – ITENS 14 A 18
HORA DO EVANGELHO NO LAR
“Tende paz entre vós.” – Paulo. (I Tessalonicenses, 5:13).
PRECE
Vamos neste momento elevando nossos pensamentos a Deus, o Pai da vida e agradecendo por tudo que temos recebido, inclusive a presente reencarnação, oportunidade bendita que devemos aproveitar cada minuto, cada segundo. Agradecemos a Jesus por tudo que nos deixou, pelos ensinamentos e pelo exemplo de vida. Agradecemos por esta oportunidade de aprendizado, de estudo edificante em nossas vidas, que Jesus nos abençoe neste momento e permita a presença de nossos benfeitores espirituais, de nossos mentores, para auxiliar-nos a compreensão da lição de hoje e que esta lição Senhor, possa penetrar profundamente em nossos corações para que através dela e de todos os Teus ensinamentos, possamos mudar nossas ações em nosso dia-a-dia, tendo mais compreensão, menos orgulho e mais humildade.
E assim Mestre Amado, com Tua permissão e em Teu nome, em nome da espiritualidade amiga, responsável por este trabalho de amor e sobretudo em nome de Deus, iniciamos nossos estudos de hoje.
Permaneça conosco Mestre Jesus e que assim seja.
Graças a Deus, Graças a Jesus.
MENSAGEM INICIAL
TENHAMOS PAZ
Se não é possível respirar num clima de paz perfeita, entre as criaturas, em face da ignorância e da belicosidade que predominam na estrada humana, é razoável procure o aprendiz a serenidade interior, diante dos conflitos que buscam envolvê-lo a cada instante.
Cada mente encarnada constitui extenso núcleo de governo espiritual, subordinado agora a justas limitações, servido por várias potências, traduzidas nos sentidos e percepções.
Quando todos os centros individuais de poder estiverem dominados em si mesmos, com ampla movimentação no rumo do legítimo bem então a guerra será banida do Planeta.
Para isso, porém, é necessário que os irmãos em humanidade, mais velhos na experiência e no conhecimento, aprendam a ter paz consigo.
Educar a visão, a audição, o gosto e os ímpetos representa base primordial do pacifismo edificante.
Geralmente, ouvimos, vemos e sentimos, conforme nossas inclinações e não segundo a realidade essencial.
Registramos certas informações, longe da boa intenção em que foram inicialmente vazadas, e, sim, de acordo com as nossas perturbações internas. Anotamos situações e paisagens com a luz ou com a treva que nos absorvem a inteligência. Sentimos com a reflexão ou com o caos que instalamos no próprio entendimento.
Eis porque, quanto nos seja possível, façamos serenidade em torno de nossos passos, ante os conflitos da esfera em que nos achamos.
Sem calma, é impossível observar e trabalhar para o bem.
Sem paz, dentro de nós, jamais alcançaremos os círculos da paz verdadeira.
Livro "Pão Nosso“, Emmanuel/Chico Xavier.
LEITURA DO EVANGELHO
Capítulo 23 – MORAL ESTRANHA – NÃO VIM TRAZER A PAZ, MAS A ESPADA – ITENS 14 A 18.
14 – Observe-se que o Cristianismo apareceu quando Paganismo declinava, debatendo-se contra as luzes da razão. Convencionalmente ainda o praticavam, mas a crença já havia desaparecido, de maneira que apenas o interesse pessoal o sustinha. Ora, o interesse é tenaz, não cede nunca à evidência, e irrita-se tanto mais, quanto mais peremptórios são os raciocínios que se lhe opõem e que melhor demonstram o seu erro. Bem sabe que está errado, mas isso pouco lhe importa, pois a verdadeira fé não lhe interessa; pelo contrário, o que mais o amedronta é a luz que esclarece os cegos. O erro lhe é proveitoso, e por isso a ele se aferra, e o defende.
Sócrates não formulara também uma doutrina, até certo ponto, semelhante à do Cristo? Por que, então, não prevaleceu naquela época, no seio de um dos povos mais inteligentes da Terra? Porque os tempos ainda não haviam chegado. Ele semeou em terreno não preparado: o paganismo não estava suficientemente gasto. Cristo recebeu a sua missão providencial no tempo devido. Nem todos os homens do seu tempo estavam à altura das ideias cristãs, mas havia um clima geral de aptidão para assimilá-las, porque já se fazia sentir o vazio que as crenças vulgares deixavam na alma. Sócrates e Platão abriram o caminho e prepararam os Espíritos. (Ver na Introdução, parágrafo IV: Sócrates e Platão, precursores da idéia cristã e do Espiritismo).
15 – Os adeptos da nova doutrina, infelizmente, não se entenderam sobre a interpretação das palavras do Mestre, na maioria veladas por alegorias e expressões figuradas. Daí surgirem, desde o princípio, as numerosas seitas que pretendiam, todas elas, a posse exclusiva da verdade, e que dezoito séculos não conseguiram pôr de acordo. Esquecendo o mais importante dos preceitos divinos, aquele de que Jesus havia feito a pedra angular do seu edifício e a condição expressa da salvação: a caridade, a fraternidade e o amor do próximo, essas seitas se anatematizaram reciprocamente, arremeteram-se umas contra as outras, as mais fortes esmagando as mais fracas, afogando-as em sangue, ou nas torturas e nas chamas das fogueiras. Os cristãos vencedores do paganismo, passaram de perseguidos a perseguidores. Foi a ferro e fogo que plantaram a cruz do cordeiro sem mácula nos dois mundos. É um fato comprovado que as guerras de religião foram mais cruéis e fizeram maiores número de vítimas que as guerras políticas, e que em nenhuma outra se cometeram tantos atos de atrocidade e de barbárie.
Seria a culpa da doutrina do Cristo? Não, por certo, pois ela condena formalmente toda violência. Disse ele em algum momento aos seus discípulos: Ide matar, queimar, massacrar os que não acreditarem como vós? Não, pois que lhes disse o contrário: Todos os homens são irmãos, e Deus é soberanamente misericordioso; amai o vosso próximo; amai os vossos inimigos; fazei bem aos que vos perseguem. E lhes disse ainda: Quem matar com a espada perecerá pela espada. A responsabilidade, portanto, não é da doutrina de Jesus, mas daqueles que a interpretaram falsamente, transformando-a num instrumento a serviço das suas paixões, daqueles que ignoram estas palavras: O meu Reino não é deste mundo.
Jesus, na sua profunda sabedoria, previu o que devia acontecer. Mas essas coisas eram inevitáveis, porque decorriam da própria inferioridade da natureza humana, que não podia ser transformada subitamente. Era necessário que o Cristianismo passasse por essa prova demorada e cruel, de dezoito séculos, para demonstrar toda a sua pujança: porque, apesar de todo o mal cometido em seu nome, ele saiu dela puro, e jamais esteve em causa. A censura sempre caiu sobre os que dele abusaram, pois a cada ato de intolerância sempre se disse: Se o Cristianismo fosse melhor compreendido e melhor praticado, isso não teria acontecido.
16 Quando Jesus disse: Não penseis que vim trazer a paz, mas a divisão – seu pensamento era o seguinte:
“Não penseis que a minha doutrina se estabeleça pacificamente. Ela trará lutas sangrentas, para as quais o meu nome servirá de pretexto. Porque os homens não me haverão compreendido, ou não terão querido compreender-me. Os irmãos, separados pelas suas crenças, lançarão a espada um contra o outro, e a divisão se fará entre os membros de uma mesma família, que não terão a mesma fé. Vim lançar o fogo na Terra, para consumir os erros e os preconceitos, como se põe fogo num campo para destruir as ervas daninhas, e anseio porque se acenda, para que a depuração se faça mais rapidamente, pois dela sairá triunfante a verdade. A guerra sucederá a paz; ao ódio dos partidos, a fraternidade universal; às trevas do fanatismo, a luz da fé esclarecida”.
“Então, quando o campo estiver preparado, eu vos enviarei o Consolador, o Espírito da Verdade, que virá restabelecer todas as coisas, ou seja, que dando a conhecer o verdadeiro sentido das minhas palavras, que os homens mais esclarecidos poderão enfim compreender, porá termo à luta fratricida que divide os filhos de um mesmo Deus. Cansados, afinal, de um combate sem solução, que só acarreta desolação e leva o distúrbio até mesmo ao seio das famílias, os homens reconhecerão onde se encontram os seus verdadeiros interesses, no tocante a este e ao outro mundo, e verão de que lado se acham os amigos e os inimigos da sua tranquilidade. Nesse momento, todos virão abrigar-se sob a mesma bandeira: a da caridade, e as coisas serão restabelecidas na Terra, segundo a verdade e os princípios que vos ensinei”.
17 – O Espiritismo vem realizar, no tempo determinado, as promessas do Cristo. Não o pode fazer, entretanto, sem destruir os erros. Como Jesus, ele se defronta com o orgulho, o egoísmo, a ambição, a cupidez, o fanatismo cego, que, cercados nos seus últimos redutos, tenta ainda barrar-lhe o caminho, e levantam contra ele entraves e perseguições. Eis por que ele também é forçado a combater. Mas a época das lutas e perseguições sangrentas já passou, e as que ele tem de suportar são todas de ordem moral, sendo que o fim de todas elas se aproxima. As primeiras duraram séculos; as de agora durarão apenas alguns anos, porque a luz não parte de um só foco, mas irrompe de todos o ponto do globo, e abrirá mais depressa os olhos aos cegos.
18 – Aquelas palavras de Jesus devem ser entendidas, portanto, como referentes à cólera que, segundo previa, a sua doutrina iria suscitar; aos conflitos momentâneos, que surgiram como consequência; às lutas que teria de sustentar, antes de se firmar, como aconteceu com os hebreus antes de sua entrada na Terra Prometida; e não como um desígnio premeditado, de sua parte, de semear a desordem e a confusão. O mal devia provir dos homens, e não dele. A sua posição era a do médico que veio curar, mas cujos remédios provocam uma crise salutar, revolvendo os humores malignos do enfermo.
REFLEXÕES: Nesses itens, Allan Kardec continua fazendo observações em torno do cristianismo e dos seus opositores.
Lembra que o cristianismo continuou a ser aceito, apesar da perseguição cruel dos romanos, principalmente, em Roma, que se sentiam ameaçados nos seus interesses, na manutenção dos seus poderes, e não por convicção religiosa.
Jesus sabia que a grande maioria da humanidade terrestre não tinha a maturidade do senso moral para entender seus ensinos. Mas sabia que era a hora própria de vir trazê-los, para que, desde então, os mais preparados, aceitando-os, os divulgassem, mesmo com falhas, pois sempre houve na Terra, e continua existindo os que se esforçam para vivenciá-los, servindo de exemplos para os demais. Assim, de reencarnação em reencarnação, os Espíritos vão se melhorando e, cada vez mais a moral cristã vai sendo reconhecida como a que trará paz e felicidade a todos.
Allan Kardec esclarece que quando Jesus, afirma: “não vim trazer-lhes a paz, mas a espada” sabia que sua doutrina não seria estabelecida sem lutas sangrentas, sem divergências, sem oposições, pelo mal que existe no homem, como fruto da sua imperfeição, e não como um determinismo divino. Quando Jesus diz: “Eu vim trazer o fogo à terra, e que quero eu senão que ele se acenda?”, significa que os ensinos que ele trouxera para eliminar os erros e preconceitos, agiriam como o fogo no campo eliminando as ervas daninhas, a fim de que a depuração espiritual se faça, porque dos seus ensinos a Verdade sairá triunfante.
Sabia Jesus que seus ensinos não seriam entendidos e aceitos por todos, que divergências sérias surgiriam, mas confiava na perfectibilidade do Espírito imortal, que através das reencarnações continuariam, no seu desenvolvimento espiritual, aprendendo com as consequências dos seus atos, numa progressão constante. Por isso ele promete a vinda do Consolador, o Espírito da Verdade, que viria restabelecer todas as coisas, quando os homens, com mais conhecimentos científicos, filosóficos, com a razão mais desenvolvida, poderia entender melhor os ensinos de Jesus e a sua aplicabilidade no viver cotidiano.
Assim o Espiritismo, veio na época certa, revelar novas leis divinas, que aclaram muitos dos ensinos de Jesus, recordando os esquecidos ou os mal-entendidos, encontrando, igualmente, a oposição dos conservadores, dos acomodados e dos preconceituosos, não mais com lutas sangrentas, pelo progresso da humanidade, mas com lutas de ordem moral. Um dia, toda a humanidade da Terra, se unirá sob a bandeira do amor a Deus e ao próximo como a si mesmo
PRECE E VIBRAÇÕES –
"Coloca o teu recipiente de água cristalina à frente de tuas orações e espera e confia." [Emmanuel / Chico Xavier]
Mestre Jesus, agradecidos por mais este encontro, juntamos nossos pensamentos e sentimentos para, neste momento, vibrarmos por todos aqueles, encarnados e desencarnados, que necessitam mais do que nós.
Senhor, que nossas vibrações de amor, saúde, paz e alegrias cheguem até os corações fragilizados.
E assim Mestre Amado vibramos inicialmente pelo nosso Planeta, por todos as Nações, pelo nosso Brasil e por todos os povos para que a paz e a fraternidade se estabeleçam.
Vibramos pelos doentes, pelos idosos, pelas crianças, pelos jovens, por nossas Casas Espíritas e por todos aqueles que levam os Teus ensinamentos a todos os lugares.
Vibramos Senhor, amorosamente, pelos desempregados, por todos aqueles que sofrem de depressão, de solidão, que sejam sempre amparados e esclarecidos.
Vibramos agora pelos nossos queridos, por nossos amigos e por nossos familiares, especialmente por aqueles que se fazem mais difíceis de conviver e por aqueles que estão doentes do corpo físico e emocional.
Vibramos finalmente, por nós mesmos, para que tenhamos sempre discernimento, compreensão e, para alcançarmos o conhecimento de nós mesmos a fim de evoluirmos em nossa caminhada espiritual.
E assim, Jesus Amigo, Te pedimos que estenda sobre todos nós as Tuas Mãos Misericordiosas para que possamos receber a Luz que acalma nossos corações, que pacifica nossas almas. Que que esta Luz se estenda por todos os cantos e recantos de nosso lar higienizando e perfumando com Teu Amor.
Mestre Jesus que possamos receber o lenitivo para nossas dores, que nossas águas sejam fluidificadas, para recebermos a energia necessária ao nosso refazimento.
Obrigada Mestre Jesus por todas as bênçãos recebidas e por estes momentos de estudo e reflexão acerca do Teu Evangelho.
Que Teus ensinamentos permaneçam em nossos corações e se façam visíveis através de nossas ações e de nossas atitudes, que saibamos compreender mais, perdoar mais e amar sempre mais, principalmente aqueles que se fazem mais difíceis.
Permaneça conosco Mestre Amado, por hoje, amanhã e sempre.
Que assim seja.
Graças a Deus, graças a Jesus.
Paz e Bem.
“Tende paz entre vós.” – Paulo. (I Tessalonicenses, 5:13).
PRECE
Vamos neste momento elevando nossos pensamentos a Deus, o Pai da vida e agradecendo por tudo que temos recebido, inclusive a presente reencarnação, oportunidade bendita que devemos aproveitar cada minuto, cada segundo. Agradecemos a Jesus por tudo que nos deixou, pelos ensinamentos e pelo exemplo de vida. Agradecemos por esta oportunidade de aprendizado, de estudo edificante em nossas vidas, que Jesus nos abençoe neste momento e permita a presença de nossos benfeitores espirituais, de nossos mentores, para auxiliar-nos a compreensão da lição de hoje e que esta lição Senhor, possa penetrar profundamente em nossos corações para que através dela e de todos os Teus ensinamentos, possamos mudar nossas ações em nosso dia-a-dia, tendo mais compreensão, menos orgulho e mais humildade.
E assim Mestre Amado, com Tua permissão e em Teu nome, em nome da espiritualidade amiga, responsável por este trabalho de amor e sobretudo em nome de Deus, iniciamos nossos estudos de hoje.
Permaneça conosco Mestre Jesus e que assim seja.
Graças a Deus, Graças a Jesus.
MENSAGEM INICIAL
TENHAMOS PAZ
Se não é possível respirar num clima de paz perfeita, entre as criaturas, em face da ignorância e da belicosidade que predominam na estrada humana, é razoável procure o aprendiz a serenidade interior, diante dos conflitos que buscam envolvê-lo a cada instante.
Cada mente encarnada constitui extenso núcleo de governo espiritual, subordinado agora a justas limitações, servido por várias potências, traduzidas nos sentidos e percepções.
Quando todos os centros individuais de poder estiverem dominados em si mesmos, com ampla movimentação no rumo do legítimo bem então a guerra será banida do Planeta.
Para isso, porém, é necessário que os irmãos em humanidade, mais velhos na experiência e no conhecimento, aprendam a ter paz consigo.
Educar a visão, a audição, o gosto e os ímpetos representa base primordial do pacifismo edificante.
Geralmente, ouvimos, vemos e sentimos, conforme nossas inclinações e não segundo a realidade essencial.
Registramos certas informações, longe da boa intenção em que foram inicialmente vazadas, e, sim, de acordo com as nossas perturbações internas. Anotamos situações e paisagens com a luz ou com a treva que nos absorvem a inteligência. Sentimos com a reflexão ou com o caos que instalamos no próprio entendimento.
Eis porque, quanto nos seja possível, façamos serenidade em torno de nossos passos, ante os conflitos da esfera em que nos achamos.
Sem calma, é impossível observar e trabalhar para o bem.
Sem paz, dentro de nós, jamais alcançaremos os círculos da paz verdadeira.
Livro "Pão Nosso“, Emmanuel/Chico Xavier.
LEITURA DO EVANGELHO
Capítulo 23 – MORAL ESTRANHA – NÃO VIM TRAZER A PAZ, MAS A ESPADA – ITENS 14 A 18.
14 – Observe-se que o Cristianismo apareceu quando Paganismo declinava, debatendo-se contra as luzes da razão. Convencionalmente ainda o praticavam, mas a crença já havia desaparecido, de maneira que apenas o interesse pessoal o sustinha. Ora, o interesse é tenaz, não cede nunca à evidência, e irrita-se tanto mais, quanto mais peremptórios são os raciocínios que se lhe opõem e que melhor demonstram o seu erro. Bem sabe que está errado, mas isso pouco lhe importa, pois a verdadeira fé não lhe interessa; pelo contrário, o que mais o amedronta é a luz que esclarece os cegos. O erro lhe é proveitoso, e por isso a ele se aferra, e o defende.
Sócrates não formulara também uma doutrina, até certo ponto, semelhante à do Cristo? Por que, então, não prevaleceu naquela época, no seio de um dos povos mais inteligentes da Terra? Porque os tempos ainda não haviam chegado. Ele semeou em terreno não preparado: o paganismo não estava suficientemente gasto. Cristo recebeu a sua missão providencial no tempo devido. Nem todos os homens do seu tempo estavam à altura das ideias cristãs, mas havia um clima geral de aptidão para assimilá-las, porque já se fazia sentir o vazio que as crenças vulgares deixavam na alma. Sócrates e Platão abriram o caminho e prepararam os Espíritos. (Ver na Introdução, parágrafo IV: Sócrates e Platão, precursores da idéia cristã e do Espiritismo).
15 – Os adeptos da nova doutrina, infelizmente, não se entenderam sobre a interpretação das palavras do Mestre, na maioria veladas por alegorias e expressões figuradas. Daí surgirem, desde o princípio, as numerosas seitas que pretendiam, todas elas, a posse exclusiva da verdade, e que dezoito séculos não conseguiram pôr de acordo. Esquecendo o mais importante dos preceitos divinos, aquele de que Jesus havia feito a pedra angular do seu edifício e a condição expressa da salvação: a caridade, a fraternidade e o amor do próximo, essas seitas se anatematizaram reciprocamente, arremeteram-se umas contra as outras, as mais fortes esmagando as mais fracas, afogando-as em sangue, ou nas torturas e nas chamas das fogueiras. Os cristãos vencedores do paganismo, passaram de perseguidos a perseguidores. Foi a ferro e fogo que plantaram a cruz do cordeiro sem mácula nos dois mundos. É um fato comprovado que as guerras de religião foram mais cruéis e fizeram maiores número de vítimas que as guerras políticas, e que em nenhuma outra se cometeram tantos atos de atrocidade e de barbárie.
Seria a culpa da doutrina do Cristo? Não, por certo, pois ela condena formalmente toda violência. Disse ele em algum momento aos seus discípulos: Ide matar, queimar, massacrar os que não acreditarem como vós? Não, pois que lhes disse o contrário: Todos os homens são irmãos, e Deus é soberanamente misericordioso; amai o vosso próximo; amai os vossos inimigos; fazei bem aos que vos perseguem. E lhes disse ainda: Quem matar com a espada perecerá pela espada. A responsabilidade, portanto, não é da doutrina de Jesus, mas daqueles que a interpretaram falsamente, transformando-a num instrumento a serviço das suas paixões, daqueles que ignoram estas palavras: O meu Reino não é deste mundo.
Jesus, na sua profunda sabedoria, previu o que devia acontecer. Mas essas coisas eram inevitáveis, porque decorriam da própria inferioridade da natureza humana, que não podia ser transformada subitamente. Era necessário que o Cristianismo passasse por essa prova demorada e cruel, de dezoito séculos, para demonstrar toda a sua pujança: porque, apesar de todo o mal cometido em seu nome, ele saiu dela puro, e jamais esteve em causa. A censura sempre caiu sobre os que dele abusaram, pois a cada ato de intolerância sempre se disse: Se o Cristianismo fosse melhor compreendido e melhor praticado, isso não teria acontecido.
16 Quando Jesus disse: Não penseis que vim trazer a paz, mas a divisão – seu pensamento era o seguinte:
“Não penseis que a minha doutrina se estabeleça pacificamente. Ela trará lutas sangrentas, para as quais o meu nome servirá de pretexto. Porque os homens não me haverão compreendido, ou não terão querido compreender-me. Os irmãos, separados pelas suas crenças, lançarão a espada um contra o outro, e a divisão se fará entre os membros de uma mesma família, que não terão a mesma fé. Vim lançar o fogo na Terra, para consumir os erros e os preconceitos, como se põe fogo num campo para destruir as ervas daninhas, e anseio porque se acenda, para que a depuração se faça mais rapidamente, pois dela sairá triunfante a verdade. A guerra sucederá a paz; ao ódio dos partidos, a fraternidade universal; às trevas do fanatismo, a luz da fé esclarecida”.
“Então, quando o campo estiver preparado, eu vos enviarei o Consolador, o Espírito da Verdade, que virá restabelecer todas as coisas, ou seja, que dando a conhecer o verdadeiro sentido das minhas palavras, que os homens mais esclarecidos poderão enfim compreender, porá termo à luta fratricida que divide os filhos de um mesmo Deus. Cansados, afinal, de um combate sem solução, que só acarreta desolação e leva o distúrbio até mesmo ao seio das famílias, os homens reconhecerão onde se encontram os seus verdadeiros interesses, no tocante a este e ao outro mundo, e verão de que lado se acham os amigos e os inimigos da sua tranquilidade. Nesse momento, todos virão abrigar-se sob a mesma bandeira: a da caridade, e as coisas serão restabelecidas na Terra, segundo a verdade e os princípios que vos ensinei”.
17 – O Espiritismo vem realizar, no tempo determinado, as promessas do Cristo. Não o pode fazer, entretanto, sem destruir os erros. Como Jesus, ele se defronta com o orgulho, o egoísmo, a ambição, a cupidez, o fanatismo cego, que, cercados nos seus últimos redutos, tenta ainda barrar-lhe o caminho, e levantam contra ele entraves e perseguições. Eis por que ele também é forçado a combater. Mas a época das lutas e perseguições sangrentas já passou, e as que ele tem de suportar são todas de ordem moral, sendo que o fim de todas elas se aproxima. As primeiras duraram séculos; as de agora durarão apenas alguns anos, porque a luz não parte de um só foco, mas irrompe de todos o ponto do globo, e abrirá mais depressa os olhos aos cegos.
18 – Aquelas palavras de Jesus devem ser entendidas, portanto, como referentes à cólera que, segundo previa, a sua doutrina iria suscitar; aos conflitos momentâneos, que surgiram como consequência; às lutas que teria de sustentar, antes de se firmar, como aconteceu com os hebreus antes de sua entrada na Terra Prometida; e não como um desígnio premeditado, de sua parte, de semear a desordem e a confusão. O mal devia provir dos homens, e não dele. A sua posição era a do médico que veio curar, mas cujos remédios provocam uma crise salutar, revolvendo os humores malignos do enfermo.
REFLEXÕES: Nesses itens, Allan Kardec continua fazendo observações em torno do cristianismo e dos seus opositores.
Lembra que o cristianismo continuou a ser aceito, apesar da perseguição cruel dos romanos, principalmente, em Roma, que se sentiam ameaçados nos seus interesses, na manutenção dos seus poderes, e não por convicção religiosa.
Jesus sabia que a grande maioria da humanidade terrestre não tinha a maturidade do senso moral para entender seus ensinos. Mas sabia que era a hora própria de vir trazê-los, para que, desde então, os mais preparados, aceitando-os, os divulgassem, mesmo com falhas, pois sempre houve na Terra, e continua existindo os que se esforçam para vivenciá-los, servindo de exemplos para os demais. Assim, de reencarnação em reencarnação, os Espíritos vão se melhorando e, cada vez mais a moral cristã vai sendo reconhecida como a que trará paz e felicidade a todos.
Allan Kardec esclarece que quando Jesus, afirma: “não vim trazer-lhes a paz, mas a espada” sabia que sua doutrina não seria estabelecida sem lutas sangrentas, sem divergências, sem oposições, pelo mal que existe no homem, como fruto da sua imperfeição, e não como um determinismo divino. Quando Jesus diz: “Eu vim trazer o fogo à terra, e que quero eu senão que ele se acenda?”, significa que os ensinos que ele trouxera para eliminar os erros e preconceitos, agiriam como o fogo no campo eliminando as ervas daninhas, a fim de que a depuração espiritual se faça, porque dos seus ensinos a Verdade sairá triunfante.
Sabia Jesus que seus ensinos não seriam entendidos e aceitos por todos, que divergências sérias surgiriam, mas confiava na perfectibilidade do Espírito imortal, que através das reencarnações continuariam, no seu desenvolvimento espiritual, aprendendo com as consequências dos seus atos, numa progressão constante. Por isso ele promete a vinda do Consolador, o Espírito da Verdade, que viria restabelecer todas as coisas, quando os homens, com mais conhecimentos científicos, filosóficos, com a razão mais desenvolvida, poderia entender melhor os ensinos de Jesus e a sua aplicabilidade no viver cotidiano.
Assim o Espiritismo, veio na época certa, revelar novas leis divinas, que aclaram muitos dos ensinos de Jesus, recordando os esquecidos ou os mal-entendidos, encontrando, igualmente, a oposição dos conservadores, dos acomodados e dos preconceituosos, não mais com lutas sangrentas, pelo progresso da humanidade, mas com lutas de ordem moral. Um dia, toda a humanidade da Terra, se unirá sob a bandeira do amor a Deus e ao próximo como a si mesmo
PRECE E VIBRAÇÕES –
"Coloca o teu recipiente de água cristalina à frente de tuas orações e espera e confia." [Emmanuel / Chico Xavier]
Mestre Jesus, agradecidos por mais este encontro, juntamos nossos pensamentos e sentimentos para, neste momento, vibrarmos por todos aqueles, encarnados e desencarnados, que necessitam mais do que nós.
Senhor, que nossas vibrações de amor, saúde, paz e alegrias cheguem até os corações fragilizados.
E assim Mestre Amado vibramos inicialmente pelo nosso Planeta, por todos as Nações, pelo nosso Brasil e por todos os povos para que a paz e a fraternidade se estabeleçam.
Vibramos pelos doentes, pelos idosos, pelas crianças, pelos jovens, por nossas Casas Espíritas e por todos aqueles que levam os Teus ensinamentos a todos os lugares.
Vibramos Senhor, amorosamente, pelos desempregados, por todos aqueles que sofrem de depressão, de solidão, que sejam sempre amparados e esclarecidos.
Vibramos agora pelos nossos queridos, por nossos amigos e por nossos familiares, especialmente por aqueles que se fazem mais difíceis de conviver e por aqueles que estão doentes do corpo físico e emocional.
Vibramos finalmente, por nós mesmos, para que tenhamos sempre discernimento, compreensão e, para alcançarmos o conhecimento de nós mesmos a fim de evoluirmos em nossa caminhada espiritual.
E assim, Jesus Amigo, Te pedimos que estenda sobre todos nós as Tuas Mãos Misericordiosas para que possamos receber a Luz que acalma nossos corações, que pacifica nossas almas. Que que esta Luz se estenda por todos os cantos e recantos de nosso lar higienizando e perfumando com Teu Amor.
Mestre Jesus que possamos receber o lenitivo para nossas dores, que nossas águas sejam fluidificadas, para recebermos a energia necessária ao nosso refazimento.
Obrigada Mestre Jesus por todas as bênçãos recebidas e por estes momentos de estudo e reflexão acerca do Teu Evangelho.
Que Teus ensinamentos permaneçam em nossos corações e se façam visíveis através de nossas ações e de nossas atitudes, que saibamos compreender mais, perdoar mais e amar sempre mais, principalmente aqueles que se fazem mais difíceis.
Permaneça conosco Mestre Amado, por hoje, amanhã e sempre.
Que assim seja.
Graças a Deus, graças a Jesus.
Paz e Bem.