Estudo:

Capítulo 24 – NÃO POR A CANDEIA DEBAIXO DO ALQUEIRE – Os sãos não precisam de Médico – itens 11 e 12

HORA DO EVANGELHO NO LAR
 
“Os são não precisam de médico, mas sim os enfermos.” 
(Jesus – Mateus, IX: 12). 


PRECE 
Queridos amigos, que o Divino Mestre nos ilumine. Vamos orar: 
Senhor Jesus! Mestre de infinita bondade e misericórdia, aqui estamos, buscando o aprendizado que nos possibilitará o progresso individual e coletivo.  
Agradecemos muito por esta oportunidade de estudo e reflexão, que nos une em um mesmo ideal e em sentimentos de gratidão e amor.  
Abençoe, Senhor, a todos nós e aos que não puderam estar conosco neste momento. Que possamos abrir nossas mentes e corações para Teus ensinamentos e incorporar em nossas vidas o aprendizado de hoje, aplicando-o em nossos dias, dando assim, mais um passo em direção a nossa evolução espiritual. 
Graças vos damos Mestre Jesus por estes momentos de estudos e reflexões. 
E assim em Teu Nome, em nome dos benfeitores espirituais, mas sobretudo em nome de Deus, Pai da vida, iniciamos os estudos de hoje. 
Que assim seja! 
  
MENSAGEM INICIAL 
Ante o Divino Médico 
 
Milhões de nós outros, – os espíritos encarnados e desencarnados em serviço na Terra, somos almas enfermas de muitos séculos. 
Carregando débitos e inibições, contraídos em existências passadas ou adquiridos agora, proclamamos em palavras sentidas que Jesus é o nosso Divino Médico. 
E basta ligeira reflexão para encontrar no Evangelho a coleção de receitas articuladas por ele, com vistas à terapia da alma. 
Todas as indicações do sublime formulário primam pela segurança e concisão: 
– Nas perturbações do egoísmo: Faze aos outros o que desejas que os outros te façam. 
– Nas convulsões da cólera: Na paciência possuirás a ti mesmo. 
– Nos acessos de revolta: Humilha-te e serás exaltado. 
– Na paranoia da vaidade: Não entrarás no Reino do Céu sem a simplicidade de uma criança. 
– Na paralisia de espírito por falsa virtude: Se aspiras a ser o maior, sê no mundo o servo de todos. 
– Nos quistos mentais do ódio: Ama os teus inimigos. 
– Nos delírios da ignorância: Aprende com a verdade e a verdade te libertará. 
– Nas dores por ofensas recebidas: Perdoa setenta vezes sete. 
– Nos desesperos provocados por alheias violências: Ora pelos que te perseguem e caluniam. 
– Nas crises de incerteza, quanto à direção espiritual: Se queres vir após mim, nega a ti mesmo, toma a tua cruz e segue-me. 
– Nós, as consciências que reconhecemos endividadas, regozijamo-nos com a declaração consoladora do Cristo: – Não são os que gozam de saúde os que precisam de médico. 
Sim, somos espíritos enfermos com ficha especificada nos gabinetes de tratamento, instalados nas Esferas Superiores, dos quais instrutores e benfeitores da Vida Maior nos acompanham e analisam ações e reações, mas é preciso considerar que o facultativo, mesmo sendo Nosso Senhor Jesus Cristo, não pode salvar o doente e nem auxilia-lo de todo, se o doente persiste em fugir do remédio. 
 
XAVIER, Francisco Cândido. “O Livro da Esperança”. Pelo Espírito Emmanuel. FEB. 
  
 
LEITURA DO EVANGELHO 
Capítulo 24 – NÃO POR A CANDEIA DEBAIXO DO ALQUEIRE - Os sãos não precisam de Médico – itens 11 e 12. 
 
11 - Estando Jesus à mesa em casa desse homem (Mateus), vieram aí ter muitos publicanos e gente de má vida, que se puseram à mesa com Jesus e seus discípulos; — o que fez que os fariseus, notando-o, dissessem aos discípulos: Como é que o vosso Mestre come com publicanos e pessoas de má vida? — Tendo-os ouvido, disse-lhes Jesus: Não são os que gozam saúde que precisam de médico. (S. Mateus, 9:10 a 12.)

12 - Jesus se acercava, principalmente, dos pobres e dos deserdados, porque são os que mais necessitam de consolações; dos cegos dóceis e de boa-fé, porque pedem se lhes dê a vista, e não dos orgulhosos que julgam possuir toda a luz e de nada precisar. (Veja-se: “Introdução”, artigos Publicanos, Portageiros.)

Essas palavras, como tantas outras, encontram no Espiritismo a aplicação que lhes cabe. Há quem se admire de que, por vezes, a mediunidade seja concedida a pessoas indignas, capazes de a usarem mal. Parece, dizem, que tão preciosa faculdade deverá ser atributo exclusivo dos de maior merecimento.

Digamos, antes de tudo, que a mediunidade é inerente a uma disposição orgânica, de que qualquer homem pode ser dotado, como da de ver, de ouvir, de falar. Ora, nenhuma há de que o homem, por efeito do seu livre-arbítrio, não possa abusar, e se Deus não houvesse concedido, por exemplo, a palavra senão aos incapazes de proferirem coisas más, maior seria o número dos mudos do que o dos que falam. Deus outorgou faculdades ao homem e lhe dá a liberdade de usá-las, mas não deixa de punir o que delas abusa.

Se só aos mais dignos fosse concedida a faculdade de comunicar com os Espíritos, quem ousaria pretendê-la? Onde, ao demais, o limite entre a dignidade e a indignidade? A mediunidade é conferida sem distinção, a fim de que os Espíritos possam trazer a luz a todas as camadas, a todas as classes da sociedade, ao pobre como ao rico; aos retos, para os fortificar no bem, aos viciosos para os corrigir. Não são estes últimos os doentes que necessitam de médico? Por que Deus, que não quer a morte do pecador, o privaria do socorro que o pode arrancar ao lameiro? Os bons Espíritos lhe vêm em auxílio e seus conselhos, dados diretamente, são de natureza a impressioná-lo de modo mais vivo, do que se os recebesse indiretamente. Deus, em sua bondade, para lhe poupar o trabalho de ir buscá-la longe, nas mãos lhe coloca a luz. Não será ele bem mais culpado, se não a quiser ver? Poderá desculpar-se com a sua ignorância, quando ele mesmo haja escrito com suas mãos, visto com seus próprios olhos, ouvido com seus próprios ouvidos, e pronunciado com a própria boca a sua condenação? Se não aproveitar, será então punido pela perda ou pela perversão da faculdade que lhe fora outorgada e da qual, nesse caso, se aproveitam os maus Espíritos para o obsidiarem e enganarem, sem prejuízo das aflições reais com que Deus castiga os servidores indignos e os corações que o orgulho e o egoísmo endureceram.

A mediunidade não implica necessariamente relações habituais com os Espíritos superiores. É apenas uma aptidão para servir de instrumento mais ou menos dúctil aos Espíritos, em geral. O bom médium, pois, não é aquele que comunica facilmente, mas aquele que é simpático aos bons Espíritos e somente deles tem assistência. Unicamente neste sentido é que a excelência das qualidades morais se torna onipotente sobre a mediunidade. 
  
REFLEXÕES: Jesus, exemplificando sempre, em quaisquer circunstâncias, deixa um ensinamento do viver sem discriminar ninguém, pois sabia que todos os homens, independentes de suas ideias, do que fazem, de quem sejam, são seus irmãos, filhos do mesmo Pai, fadados a serem todos perfeitos e felizes.  
Na frase “os sãos não têm necessidade de médico, mas sim os enfermos”, Jesus deixa claro porque se dirigia mais aos excluídos, aos pobres e sofredores, que eram os mais necessitados de consolo, de esclarecimentos sobre as leis divinas, portanto, mais preparados para ouvir e entender as coisas espirituais do que os orgulhosos, que julgam bastar-se a si próprios, não necessitando de ninguém. Obviamente, as criaturas saudáveis não necessitam de cuidados médicos. Os que precisam dos serviços da medicina são aquelas que, de alguma forma, estão doentes. Jesus usou essa imagem para mostrar que a Sua vinda a Terra trazia a proposta de socorrer especialmente aqueles que ainda não estavam devidamente enquadrados no contexto do equilíbrio, o que em realidade era e ainda é a grande maioria das pessoas neste mundo. E a enfermidade a que se referia vai muito além das anormalidades físicas, abrangendo, detalhadamente, todas as deformidades do Espírito.  
Muitas pessoas pensam que a mediunidade deveria ser dada somente a pessoas criteriosas, de melhor merecimento, que dela fariam sempre bom uso. 
Mas, sendo a mediunidade uma faculdade do espírito, tal como a inteligência, todos a têm, mais ou menos desenvolvida. Assim como o homem pode abusar da sua inteligência, das suas capacidades e habilidades, o mesmo pode fazer da sua mediunidade. Assim, como em todas as demais faculdades espirituais, o seu uso depende das qualificações morais do médium, porque os Bons Espíritos apenas assistem aos que se disponham a viver no esforço do bem. 
Então, o médium que abusa da sua mediunidade, para satisfazer suas necessidades materiais, sua vaidade, seu orgulho, sua ambição, coloca-se sob a guarda de Espíritos imperfeitos e maus, sendo responsabilizado, pela lei de causa e efeito, por todo o mal causado e pelo bem que deixou de fazer, iniciando quase sempre, nessa própria existência, as consequências dolorosas de suas faltas. 
Jesus, dirigindo-se aos excluídos e carentes, na realidade, dirigia-se a toda a humanidade, encarnados e desencarnados, prontificando-se a orientar de forma holística, para que todos tivessem sempre saúde plena, ou seja, o necessário equilíbrio entre as duas naturezas: a física e a espiritual. 
 
 PRECE E VIBRAÇÕES – 
  
"Coloca o teu recipiente de água cristalina à frente de tuas orações e espera e confia." [Emmanuel / Chico Xavier] 
 
Senhor dos Mundos, Excelso Criador de todas as coisas.
Venho à Tua soberana presença neste momento, para suplicar ajuda aos que estão sofrendo por doenças do corpo ou da mente.
Sabemos que as enfermidades nos favorecem momentos de reflexão, e de uma aproximação maior de Ti, pelos caminhos da dor e do silêncio.
Mas apelamos para tua misericórdia e pedimos:
Estende Tuas Luminosas Mãos sobre os que se encontram doentes, sofrendo limitações, dores e incertezas. 
Faz a fé e a confiança brotarem fortes em seus corações.
Alivia suas dores e dá-lhes calma e paz.
Cura suas almas para que os corpos também se restabeleçam.
Dá-lhes alívio, consolação e acende a luz da esperança em seus corações, para que, amparados pela fé e a esperança, possam desenvolver o amor universal, porque esse é o caminho da felicidade e do bem-estar... é o caminho que nos leva a Ti. 
Que Tuas Mãos Luminosas e Misericordiosas se estendam Senhor sobre todo nosso planeta, sobre todos os países, principalmente sobre nosso Brasil, para que o ritmo com que o Coronavírus se espalha seja diminuído e seu impacto sobre nós seres humanos seja o menor possível. 
Que Tuas Doces e Suaves Vibrações penetrem em nossas almas, revestindo nossos corações com Tua serenidade e paz. 
Ampara-nos e acolha-nos em Teus braços hoje e sempre, com as bençãos de Deus, Pai de Amor e Bondade. 
“Pai-Nosso, que estais nos céus...” 
Que assim seja! 
Graças a Deus. Graças a Jesus. 
  
Paz e Bem.