Estudo:

Capítulo 27 – PEDI E OBTEREIS - DA PRECE PELOS MORTOS E PELOS ESPÍRITOS SOFREDORES - itens 18 e 21 - 18/09/2023

HORA DO EVANGELHO NO LAR
 
“É útil, sim, orar pelos Espíritos sofredores em qualquer estágio em que se encontrarem, pois a prece do coração em Cristo é luz que estabiliza a harmonia, onde for direcionada.”  (Espírito Miramez – Filosofia Espírita, Vol. XIV) 
 
 
PRECE INICIAL 
Mestre Jesus, mais uma vez aqui estamos reunidos para o estudo de Teu Evangelho, para a elevação de nossos corações a Ti Mestre Querido. Que possamos nestes momentos de estudos e reflexões sermos tocados pelo Teu imenso Amor e, através da compreensão e discernimento de Teus ensinamentos, nos tornarmos perseverantes servidores.  
Rogamos Divino Amigo que teu coração generoso nos abençoe, nos ampare e nos proteja sempre e que permita Senhor a presença de nossos benfeitores espirituais para auxiliar-nos o entendimento. 
E assim em Teu nome Pai Amado, com Tua permissão e em nome de Jesus e dos benfeitores espirituais, iniciamos nossos estudos de hoje.  
Sê conosco Senhor, por hoje e sempre.  
Que assim seja! 
 

 
MENSAGEM INICIAL 
O Tesouro da Oração 
 
A oração deve abrir espaços no tempo do cristão, a fim de preencher-lhe os vazios do sentimento. 
Mais do que um amontoado de palavras, a oração é um ato de interação entre a alma e Deus. 
Não importa a posição do corpo, no ato de orar, mas a da alma que se eleva quanto mais reconhece a própria pequenez. 
Ato de humildade, de adoração, de fé, a oração é o pulsar do desejo humano na vibração do amor divino. 
O homem que ora abre-se ao amor, e a vida plenifica-o com paz. 
A oração, talvez, não mude as circunstâncias nem impeça as ocorrências, mas dá visão para compreendê-las e forças para superá-las. 
Mediante a oração, o homem marca o seu encontro com Deus. Sem esse contato, desacostuma-se de conversar com Ele, perde a compreensão para os Seus desígnios, terminando por esquecê-Lo, e, quando deseja reatar o intercâmbio, aturde-se, sem saber como fazê-lo. 
Deus espera pelo homem, e a oração é o veículo que o aproxima dEle. 
Muitas criaturas buscam Deus quando estão desesperadas, e, porque perderam o Seu endereço, o apelo não consegue alcançar o alvo. A oração é o meio seguro de saber onde Ele se encontra. 
A oração mais eficiente é a que se faz através da ação do bem ao próximo sob a inspiração do amor. 
 
FRANCO, Divaldo Pereira. Momentos de Renovação. Pelo Espírito Joanna de Ângelis. LEAL. 
 
LEITURA DO EVANGELHO 
Capítulo 27 – PEDI E OBTEREIS – DA PRECE PELOS MORTOS E PELOS ESPÍRITOS SOFREDORES - itens 18 e 21.  

18 – Os Espíritos sofredores reclamam preces, e estas lhe são de utilidade, pois ao verem que são lembrados, sentem-se menos abandonados e menos infelizes. Mas a prece tem sobre eles uma ação mais direta: reergue-lhes a coragem, excita-lhes o desejo de se elevarem, pelo arrependimento e a reparação, e pode desviá-los do pensamento do mal. É nesse sentido que ela pode não somente aliviar, mas abreviar-lhes os sofrimentos. (Ver Céu e Inferno, II ª parte: Exemplos). 
 
19 – Algumas pessoas não admitem a prece pelos mortos, porque acreditam que a alma só tem uma alternativa: ser salva ou condenada às penas eternas. Num e noutro caso, portanto, a prece seria inútil. Sem discutir o valor dessa crença, admitamos por um instante a realidade das penas eternas e irremissíveis, e que as nossas preces sejam impotentes para interrompê-las. Perguntamos se mesmo com essa hipótese, é lógico, é caridoso, é cristão, recusar a prece pelos réprobos? Essas preces, por mais importantes que sejam para libertá-los, não serão para eles uma prova de piedade, que poderá minorar-lhes os sofrimentos? Na Terra, quando um homem é condenado à prisão perpétua, mesmo que não haja nenhuma esperança de obter-se a graça para ele, é proibido a uma pessoa caridosa auxiliá-lo a carregar o peso dos grilhões? Quando alguém está atacado de mal incurável, não havendo, portanto, nenhuma esperança de cura, deve-se abandoná-lo sem nenhum alívio? Pensai que entre os réprobos pode estar uma pessoa que vos seja cara: um amigo talvez um pai, a mãe ou um filho, e só porque, segundo julgais, essa criatura não pode ser perdoada, poderíeis recusar-lhe um copo d´água para mitigar a sede, um bálsamo para secar-lhe as feridas? Não faríeis por ela o que faríeis por um prisioneiro? Não lhe daria uma prova de amor, uma consolação? Não, isso não seria cristão! Uma crença que endurece o coração não pode conciliar-se com a crença num Deus que coloca, como o primeiro de todos os deveres, o amor do próximo! 
Negar a eternidade das penas não implica negar uma penalidade temporária, mesmo porque, na sua justiça, Deus não pode confundir o mal com o bem. Ora, nesse caso, negar a eficácia da prece seria negar a eficácia da consolação, dos estímulos e dos bons conselhos; e isso equivaleria a negar a força que haurimos da assistência moral dos que nos amam. 
 
20 – Outros se fundam numa razão mais especiosa: a imutabilidade dos desígnios divinos. Deus, dizem, eles, não pode modificar as suas decisões a pedido das criaturas, pois caso contrário nada seria estável no mundo. O homem nada tem, portanto, de pedir a Deus, cabendo-lhes apenas submeter-se e adorá-lo. 
Há nesta ideia uma falsa interpretação da imutabilidade da lei divina, ou melhor, ignorância da lei, no que concerne à penalidade futura. Essa lei é revelada pelos Espíritos do Senhor, hoje que o homem já amadureceu para compreender o que, na lei, é conforme ou contrário aos atributos divinos. 
Segundo o dogma da eternidade absoluta das penas, nem os remorsos nem o arrependimento são considerados a favor do culpado. Para ele, todo o desejo de melhorar-se é inútil: está condenado a permanecer eternamente no mal. Se foi condenado, entretanto, por um determinado tempo, a pena cessará no fim do prazo. Mas quem pode afirmar que ele terá então melhorado os seus sentimentos? Quem dirá que, a exemplo de muitos condenados da Terra, ao sair da prisão, ele não será tão mau quanto antes? No primeiro caso, seria manter sob a dor do castigo um homem que se tornara bom; no segundo, seria agraciar aquele que continua culpado. A lei de Deus é mais previdente: sempre justa, equitativa e misericordiosa, não fixa nenhuma duração para a pena, qualquer que seja. Ela se resume assim: 
 
21 – “O homem sofre sempre a consequência das suas faltas; não há uma única infração à lei de Deus, que não tenha a sua punição”. 
 “A severidade do castigo é proporcional à gravidade da falta”. 
 “A duração do castigo, para qualquer falta, é indeterminada, pois fica subordinada ao arrependimento do culpado e ao seu retorno ao bem; assim, a pena dura tanto quanto a obstinação no mal; seria perpétua, se a obstinação o fosse; é de curta duração, se o arrependimento vir logo”. 
 “Desde que o culpado clame por misericórdia, Deus o ouve e lhe concede a esperança. Mas o simples remorso não basta: é necessária a reparação da falta. É por isso que o culpado se vê submetido a novas provas, nas quais ele pode, sempre pela sua própria vontade, fazer o bem para a reparação do mal anteriormente praticado”. 
 “O homem é assim o árbitro constante da sua própria sorte. Ele pode abreviar o seu suplício ou prolongá-lo indefinidamente. Sua felicidade ou sua desgraça depende da sua vontade de fazer o bem”. 
Essa é a lei; lei imutável e conforme a bondade e à justiça de Deus. 
 O Espírito culpado e infeliz, dessa maneira, pode sempre se salvar a si mesmo: a lei de Deus lhe diz sob quais condições ele pode fazê-lo. O que geralmente lhe falta é à vontade, a força e a coragem. Se, pelas nossas preces, lhe inspiramos essa vontade, se o amparamos e encorajamos; se, pelos nossos conselhos, lhe damos as luzes que lhe faltam, em vez de solicitar a Deus que derrogue a sua lei, tornamo-nos instrumentos da execução dessa lei de amor e caridade, da qual ele assim nos permite participar, para darmos nós mesmos uma prova de caridade. (Ver Céu e Inferno, I ª parte, caps. IV, VII e VIII). 
REFLEXÕES: As preces mostram aos espíritos sofredores que eles não estão esquecidos, são lembrados; as vibrações fluídicas emitidas chegam até eles, envolvendo-os, reerguendo sua coragem de aceitar o sofrimento, estimulando-os a quererem elevar-se até Deus, através do arrependimento e da vontade de reparar suas faltas, afastando as ideias de revolta, ou de tristeza. Quem sofre, seja em que plano estiver, sente-se confortado pela presença dos amigos ou mesmo de estranhos que demonstrem partilhar das suas dores. A prece aos desencarnados é a presença espiritual de quem ora, abraçando, confortando o sofredor, dizendo: você não está sozinho, eu estou com você, confiemos em Deus, nosso Pai, que é justo e misericordioso. Assim esses sofredores sentem-se com mais coragem de se elevarem, pelo arrependimento e vontade de reparação dos seus erros, e a prece pode aliviar-lhes o sofrimento, e até abreviá-los. 
O Espiritismo, demonstrando a realidade da vida espiritual, o processo contínuo do aperfeiçoamento, através das reencarnações, com as oportunidades de reparações e de desenvolvimento espiritual, demonstra também a importância da prece aos desencarnados, na comprovação dos sentimentos de solidariedade e afeto, e no fortalecimento das boas intenções de renovação deles, porque viver é renovar-se sempre, aqui ou no além-túmulo. Sendo mais fácil esse trabalho de renovação entre pessoas que se solidarizam também nos momentos difíceis, a prece aos desencarnados mostra que o sofredor não está só, é lembrado pelos que o amaram ou por pessoas caridosas que se dispõem a orar pelos que sofrem. 
Allan Kardec apresenta uma série de perguntas que comprovam que se até na Terra existe a preocupação em amenizar os sofrimentos dos condenados pela lei humana, por que não tentar aliviar o sofrimento dos espíritos que sofrem, através das preces? 
O Espiritismo veio nos mostrar a lei divina, imutável, que pode ser assim resumida: o homem sofre sempre a consequência das suas faltas, sendo ele responsável, de acordo com o seu entendimento, por tudo que sente, pensa e faz. Assim, um homem mais instruído tem mais culpa do que outro menos instruído, na mesma falta. A duração do sofrimento para qualquer falta é indeterminada, na dependência do arrependimento, que só acontece quando o Espírito culpado reconhece seu erro e deseja retornar ao bem. Não basta, pois, somente o arrependimento, é necessário que o arrependido se disponha à reparação, a viver no caminho do bem. Assim, os sofrimentos consequentes da falta durarão enquanto o culpado permanecer no mal. Reconhecendo sua falta, dispondo-se a repará-la, novas oportunidades lhe serão dadas para tal. 
Só o sentir remorso e o arrependimento não bastam. É preciso reparar o mal feito, pela sua própria vontade no bem. Estará assim, quitando suas dívidas, desenvolvendo suas qualificações nobres no esforço do bem pelo bem. 
Como vemos, o homem é o juiz do seu destino, podendo abreviar seus sofrimentos, ou prolongá-los, na dependência da sua vontade, das suas escolhas no viver na Terra, e no plano espiritual. 
Portanto, o Espírito culpado e sofredor pode sempre, em qualquer circunstância, aliviar-se a si mesmo, através da prece a Deus, através do arrependimento e do propósito sincero e firme de aperfeiçoar-se. 
  
  
PRECE FINAL E VIBRAÇÕES 
  
"Coloca o teu recipiente de água cristalina à frente de tuas orações e espera e confia." [Emmanuel / Chico Xavier] 
E assim, confiantes em Deus, Pai da Vida e em nosso Divino Amigo e Mestre Jesus, vamos vibrar e doarmos nossos melhores pensamentos e sentimentos. 
Vamos iniciar vibrando pelo Bem Universal, pela Paz Mundial, pelo nosso Brasil, imaginando o seu contorno todo iluminado, e que essa luz seja forte para iluminar nossos governantes, envolvendo-os com amor e justiça. 
Vamos vibrar por todos aqueles que, encarnados ou desencarnados, neste momento estão sofrendo dores, que estão sofrendo privações de natureza material e espiritual, que estão aflitos e clamam por misericórdia. Que possam ser amparados e aliviados em seus sofrimentos. 
Vibremos por nossas Casas Espíritas, por todos os trabalhos lá realizados, por todos os trabalhadores voluntários, coordenadores e dirigentes, especialmente por nossos companheiros que se encontram doentes do corpo, necessitando do amparo de Jesus, que tenham sua saúde física, espiritual e mental reequilibradas, harmonizadas e que, fortalecidos, retornem brevemente ao nosso convívio. 
Vamos vibrar por todos os lares da Terra, principalmente por aqueles que se encontram em desarmonia, que o amor e a compreensão se instalem entre os entes queridos. 
Vibramos e rogamos Senhor, especialmente, por todos aqueles que sentem em seu intimo e que, na maioria das vezes, extravasam seus ímpetos de cóleras de formas agressivas, irados, com nervosismo, desequilibrados. Que possam sentir as Tuas vibrações de paz e tranquilidade, para que consigam de harmonizar com tudo e com todos, se livrarem das angustias do nervosismo que os atormentam todos os dias, que tenham paz, sossego e serenidade em suas vidas.  
Vamos vibrar por todos os que nos pedem preces, para que sejam amparados e fortalecidos em suas necessidades.  
Vibremos pelos nossos lares e por nossos queridos, imaginando a figura meiga de Jesus entrando pela porta principal, deixando um rastro de luz, que ilumina e higieniza todos os ambientes e essa luz transborda por portas e janelas e vai envolvendo aos nossos vizinhos, pacificando e abençoando a todos. 
E assim, envolvidos por essa luz de amor e de paz, diante do Teu amor rogamos: estenda sobre nós Tuas Mãos Misericordiosas e nos abençoe com a Tua Paz, com Teu Amor, abençoe nossas águas dando-nos o lenitivo para nossas dores e dificuldades, concedendo-nos o dom da serenidade e da confiança em Tua presença, auxiliando-nos a sermos mais solidários e fraternos, ensinando-nos a orarmos uns pelos outros, em favor de nós mesmos e de nossos irmãos. 
Agradecemos Mestre Tua presença e, nossas vidas e a presença de nossos benfeitores espirituais inspirando-nos e indicando-nos o caminho a seguir. Que saibamos ouvi-los 
Permaneça conosco, envolvendo-nos sempre no Teu amor e na Tua Paz. Que assim seja! 
  
PAZ E BEM!