Estudo:

Capítulo V – Bem aventurados os aflitos - Instruções dos Espíritos: VI - Os Tormentos Voluntários – ítem 23

“Não é o que entra pela boca o que contamina o homem, mas o que sai da boca, isso é o que contamina o homem”. (Mateus 15:11.)Capítulo V – Bem aventurados os aflitos - Instruções dos Espíritos: VI - Os Tormentos Voluntários – ítem 23Queridos irmãos...que a Paz de Jesus nos envolva e nos ampare neste nosso encontro de corações. Falar sobre Jesus, estudar o seu Evangelho é abrirmos nossos corações aos ensinamentos que Ele nos trouxe.

Portanto, Senhor Jesus, neste dia nos colocamos diante de Ti em oração agradecendo a Deus pela oportunidade da reencarnação que nos concedeu e pela oportunidade de aprendizado. A Ti, Mestre Jesus, agradecemos por nos capacitar para o trabalho bendito e para vencermos os obstáculos que encontramos em nossos dias.

Amado Mestre, conceda-nos tranquilidade e harmonia em nossas vidas. Sabemos, Senhor, que nunca nos deixa sozinhos, que sempre nos ampara, então rogamos: auxilia-nos a termos sabedoria em nossas decisões, fortaleça nossa fé, renove nossa esperança e nos ensine a caminhar na sua estrada de Amor e Luz rumo a nossa evolução espiritual.

E assim, em Teu nome, em nome de nossos benfeitores, mas sobretudo em nome de Deus, nosso Pai de Amor, iniciamos nosso estudo de hoje.

Permaneça conosco e que assim seja.

Graças a Deus, Graças a Jesus. Doentes e DoençasPor enquanto, estamos todos doentes, conduzindo conosco doenças aflitivas que nos apraz cultivar.

Doentes - porque, perseverando no egoísmo, mantemos os germes destruidores que se chamam ira, vaidade, paixão...

Doentes - porque nos comprazemos, quando feridos, em também ferir; angustiados, desferir dardos de mau humor; aflitos, espalhar inquietações.

Doentes - porque clareados pela fé nobre e pura, racional e dinâmica a espraiar-se da Doutrina Espírita, povoamos a mente de sonhos ilusórios e esquecemos os deveres primaciais da sublimação interior com o firme propósito de melhoria incessante.

Doentes - porque conservamos azedume, cultivamos maledicências, atendemos apelos pouco dignificantes.

Doentes - porque não sabemos, enfermos e ignorantes que somos, aproveitar o tempo de que dispomos, valorizando as oportunidades que nos são oferecidas.

Portamos doenças, sim, de variada nomenclatura, porque:

Amando - impomos condições ao amor;

Amados - contaminamos de aflições quem nos ama;

Servindo - desejamos servir como nos agrada;

Servidos - alegamos ineficiência do serviço;

Alegres - esperamos que todos se alegrem conosco;

Tristes - gostamos que os demais participem da nossa tristeza, normalmente injustificável; e, nas alegrias e tristezas, de outrem, atribuímo-nos o direito de “viver a própria vida”.

Somos espíritos doentes em tratamento difícil, por agradar-nos a condição de infelicidade que nos é a tônica favorita.

Todavia, Jesus é o Médico Divino e a Sua Doutrina é o medicamento eficaz de que nós podemos utilizar com resultados imediatos.

Se, entretanto, no tumulto em que nos afligimos, houvermos perdido os ouvidos para escutá-Lo ou o paladar para o pão dos seus ensinos, busquemos um rochedo solitário, longe das atribulações, no centro de uma ilha, e façamo-nos receptivos.

Tal rochedo e tal ilha são a prece e a meditação ao alcance de todos.

Lá, o Esculápio Celeste dir-nos-á outra vez, com a mesma segurança de outrora: “Seja o que for que peçais na prece, crede que o obtereis e concedido vos será o que pedirdes”. (Marcos Cap. XI,v. 24).


Joanna de Ângelis/Divaldo Pereira Franco - do livro: Lampadário Espírita.Capítulo V – Bem aventurados os aflitos - Instruções dos Espíritos: VI - Os Tormentos Voluntários – ítem 23FÉNELON
Lyon, 1860


23 – O homem está incessantemente à procura da felicidade, que lhe escapa a todo instante, porque a felicidade sem mescla não existe na Terra. Entretanto, apesar das vicissitudes que formam o inevitável cortejo desta vida, dele poderia pelo menos gozar de uma felicidade relativa. Mas ele a procura nas coisas perecíveis, sujeitas às mesmas vicissitudes, ou seja, nos gozos materiais, em vez de buscá-la nos gozos da alma, que constituem uma antecipação das imperecíveis alegrias celestes. Em vez de buscar a paz do coração, única felicidade verdadeira neste mundo, ele procura com avidez tudo o que pode agitá-lo e perturbá-lo. E, coisa curiosa, parece criar de propósito os tormentos, que só a ele cabia evitar.

Haverá maiores tormentos que os causados pela inveja e o ciúme? Para o invejoso e o ciumento não existe repouso: sofrem ambos de uma febre incessante. As posses alheias lhes causam insônias; os sucessos dos rivais lhes provocam vertigens; seu único interesse é o de eclipsar os outros; toda a sua alegria consiste em provocar, nos insensatos como eles, a cólera do ciúme. Pobres insensatos, com efeito, que não se lembram de que, talvez amanhã, tenham de deixar todas as futilidades, cuja cobiça lhes envenena a vida! Não é a eles que se aplicam estas palavras: “Bem-aventurados os aflitos, porque serão consolados”, pois os seus cuidados não têm compensação no céu.

Quantos tormentos, pelo contrário, consegue evitar aquele que sabe contentar-se com o que possui, que vê sem inveja o que não lhe pertence, que não procura parecer mais do que é! Está sempre rico, pois, se olha para baixo, em vez de olhar para cima de si mesmo, vê sempre os que possuem menos do que ele. Está sempre calmo, porque não inventa necessidades absurdas, e a calma em meio das tormentas da vida não será uma felicidade? Ao nos depararmos com este pequeno texto, a primeira sensação é a de estranhamento: como assim, tormentos voluntários? Quem, em boa consciência, criaria tormentos para si mesmo? Que motivos teria alguém para procurar deliberadamente situações para sentir-se miserável?

Infelizmente, todos nós temos sofrimentos que são, em algum grau, voluntários. Não porque conscientemente escolhemos sofrer, mas porque tomamos decisões e perpetuamos hábitos que sabemos muito bem, não nos trarão nada de bom.

Fénelon, autor do texto, exemplifica bem os tormentos voluntários, falando-nos sobre a inveja e o ciúme. Ambos os sentimentos são parecidos: nos comparamos com os outros e, querendo sempre estarmos por cima, cada coisa boa que acontece ao outro nos parece um insulto pessoal, principalmente quando o outro recebe aquela atenção que tanto desejamos para nós. Esses sentimentos vão gerando grandes conflitos internos, vamos entrando em estados difíceis de angústia e inquietude e assim, não há como ter paz. Muitos outros tormentos são criados por nós mesmos, em diversas situações, principalmente quando levamos qualquer crítica para o lado pessoal, quando somos pessimistas, quando queremos aquilo de que não precisamos, quando insistimos, por teimosia, em não perdoar aos outros e a nós mesmos. Mas, tudo pode ser evitado, se decidirmos pela resignação, pela fé e pela humildade. Pensemos nisto! "Coloca o teu recipiente de água cristalina à frente de tuas orações e espera e confia." [Emmanuel / Chico Xavier] FÉNELON
Lyon, 1860


23 – O homem está incessantemente à procura da felicidade, que lhe escapa a todo instante, porque a felicidade sem mescla não existe na Terra. Entretanto, apesar das vicissitudes que formam o inevitável cortejo desta vida, dele poderia pelo menos gozar de uma felicidade relativa. Mas ele a procura nas coisas perecíveis, sujeitas às mesmas vicissitudes, ou seja, nos gozos materiais, em vez de buscá-la nos gozos da alma, que constituem uma antecipação das imperecíveis alegrias celestes. Em vez de buscar a paz do coração, única felicidade verdadeira neste mundo, ele procura com avidez tudo o que pode agitá-lo e perturbá-lo. E, coisa curiosa, parece criar de propósito os tormentos, que só a ele cabia evitar.

Haverá maiores tormentos que os causados pela inveja e o ciúme? Para o invejoso e o ciumento não existe repouso: sofrem ambos de uma febre incessante. As posses alheias lhes causam insônias; os sucessos dos rivais lhes provocam vertigens; seu único interesse é o de eclipsar os outros; toda a sua alegria consiste em provocar, nos insensatos como eles, a cólera do ciúme. Pobres insensatos, com efeito, que não se lembram de que, talvez amanhã, tenham de deixar todas as futilidades, cuja cobiça lhes envenena a vida! Não é a eles que se aplicam estas palavras: “Bem-aventurados os aflitos, porque serão consolados”, pois os seus cuidados não têm compensação no céu.

Quantos tormentos, pelo contrário, consegue evitar aquele que sabe contentar-se com o que possui, que vê sem inveja o que não lhe pertence, que não procura parecer mais do que é! Está sempre rico, pois, se olha para baixo, em vez de olhar para cima de si mesmo, vê sempre os que possuem menos do que ele. Está sempre calmo, porque não inventa necessidades absurdas, e a calma em meio das tormentas da vida não será uma felicidade? Com nossos pensamentos e sentimentos harmonizados vamos nos elevando até o Pai pedindo que Ele possa amparar nosso propósito de servir, que possamos sempre, em Seu Nome auxiliarmos e sermos auxiliados; compreendermos mais e amarmos mais sempre.

Vamos rogando a Jesus que ampare e fortaleça aos dirigentes de casas espíritas, de todas as casas de orações, aos os colaboradores, a todos os assistidos e aqueles que levam Seus ensinamentos a todos os lugares, para que a paz e a luz do Seu Evangelho, se expandam sempre mais.

Senhor, rogamos pela Paz e a Saúde Mundial, rogamos pela harmonia entre os povos, pelo nosso Brasil e nossos governantes, por todas as religiões.

Rogamos Senhor com carinho e amor por todos aqueles que neste momento estão em sofrimento, sejam eles, encarnados e desencarnados. Que todos os enfermos recebam benção de saúde e cura e que os profissionais da saúde sejam sempre fortalecidos e amparados.

Rogamos Senhor, com muito respeito e carinho especial por nossos irmãos suicidas, que sejam acolhidos e esclarecidos.

Rogamos pelas crianças e pelos jovens, para que tenham sempre proteção.

Senhor, que a Sua proteção divina se estenda a todos os lares, ao nosso também, que neles reinem sempre o amor e respeito.
Quanto a nós, Senhor, pedimos perdão por nossos enganos e desacertos e rogamos que nos auxilie a desenvolvermos virtudes em nossas vidas, para que sejamos criaturas serenas, compreensivas e fraternas. Que saibamos, principalmente e acima de tudo, buscarmos a paz de nossos corações.

Mestre Amado permita que os Benfeitores Espirituais, encarregados da fluidificação das águas, depositem em nossas águas as energias de que tanto necessitamos para nosso equilíbrio físico, espiritual e mental.

Agradecemos Mestre Jesus, por todas as bênçãos recebidas e por todos os ensinamentos, principalmente por estes momentos de oração e vibrações em que estivemos aqui reunidos.

Que estas vibrações amorosas, que nos envolvem agora, permaneçam conosco e que a Paz do Teu Amor Mestre estejam sempre presente em nossas vidas e na vida de nossos queridos.

Que assim seja. Paz e Bem!