Estudo:

HORA DO EVANGELHO NO LAR - Jesus no Lar - Pelo Espírito Neio Lúcio psicografia de Francisco Cândido Xavier – A BENÇÃO DO ESTÍMULO - Capítulo 18

HORA DO EVANGELHO NO LAR
“Seja, porém, o vosso falar: Sim, sim. Não, não...” Jesus (Mateus, 5:37)
 
PRECE  
Divino amigo, Mestre de todas as horas, neste momento em que nos preparamos para o Estudo do Teu Evangelho, Te pedimos: auxilia-nos o entendimento, para que possamos aprender um pouco mais e assim termos discernimento em nossas ações, para que possamos ser cada dia melhores, fortalecidos na Fé e no Amor que nos ensinou.
Guie Senhor, os nossos passos, ilumine nossos caminhos, que em nossas incertezas e fragilidades, seja sempre nosso apoio e nossa segurança. Fortaleça nossa vigilância, para que não venhamos a cair em tentações. Auxiliai-nos a vencermos nossas imperfeições e continuarmos perseverantes no caminho do bem, através do Teu Roteiro de Amor e de Luz.
E assim em Teu nome Pai Amado, com Tua permissão e em nome de Jesus e dos benfeitores espirituais, iniciamos nossos estudos de hoje.
Sê conosco Senhor, por hoje e sempre!
Que assim seja!
 
 
 
MENSAGEM INICIAL
FALAR
Falando, construímos.
Não admitas em tua palavra o corrosivo da malícia ou o azinhavre da queixa.
Fala na bondade de Deus, na sabedoria do tempo, na beleza das estações, nas reminiscências alegres, nas que induzam ao reconforto.
Nos lances difíceis, procura destacar os ângulos capazes de inspirar encorajamento e esperança.
Não te refiras a sucessos calamitosos, senão quando estritamente necessário e ora em silêncio por todos aqueles que lhes sofreram o impacto doloroso.
Tantas vezes acompanhas com reverente apreço os que tombam em desastre na rua!...
Homenageia igualmente com a tua compaixão respeitosa os que resvalam em queda moral, acordando em escabroso infortúnio do coração!...
Se motivos surgem para admoestações, cumpre o dever que te assiste, mas lembra que o estopim é suscetível de ser apagado antes da explosão e reprime os ímpetos de fúria, antes que estourem na cólera.
Em várias circunstâncias, a indignação justa é chamada à reposição do equilíbrio, mas deve ser dosada como o fogo, quando trazido ao refúgio doméstico para a execução da limpeza, sem que, por isso, tenhamos necessidade de consumir a casa em labaredas de incêndio.
Larga à sombra de ontem os calhaus que te feriram...
A noite já passou na estrada que percorreste e o sol do novo dia nos chama à incessante transformação.
Conversa em trabalho renovador e louva a amizade santificante.
Não te detenhas em demasia sobre mágoas, doenças, pesadelos, profecias temerárias e impressões infelizes; dá-lhes apenas breve espaço mental ou verbal, semelhante àquele de que nos utilizamos para afastar um espinho ou remover uma pedra.
Não comentes o mal, senão para exaltar o bem, quando seja possível extrair essa ou aquela lição que ampare a quem lê ou a quem ouve, enobrecendo a vida.
Junto do desespero, providencia o consolo, sem a pretensão de ensinar, e, renteando com a penúria, menciona as riquezas que a Bondade Divina espalha a mancheias, em benefício de todas as criaturas, sem desconsiderar a dor dos que choram.
Ilumina a palavra. Deixa que ela te mostre a compreensão e o amor onde passes, sem olvidar o esclarecimento e sem prejudicar a harmonia.
O Cristo edificou o Evangelho, por luz inapagável, nas sombras do mundo, não somente agindo, mas conversando também.
  
Do Livro da Esperança, Emmanuel/Francisco Cândido Xavier – Cap. 26. 
 
 
LEITURA DO EVANGELHO
Jesus no Lar - Pelo Espírito Neio Lúcio psicografia de Francisco Cândido Xavier 
– A BENÇÃO DO ESTÍMULO - Capítulo 18. 
 
Comentavam os aprendizes que a verdade constitui dever primordial, acima de todas as obrigações comuns, quando Filipe afiançou que, a pretexto de cultuar-se a realidade, ninguém deveria aniquilar a consolação. E talvez por reportar-se André à franqueza com que o Mestre
atendia aos mais variados problemas da vida, o Senhor tomou a palavra e contou, atencioso:
— Devotado chefe de família que lutava com bravura por amealhar recursos com que pudesse sustentar o barco doméstico, depois de desfrutar vasto período de fartura, viu-se pobre e abandonado pelos melhores amigos, de uma semana para outra, em virtude de enorme desastre comercial. O infeliz não soube suportar o golpe que o mundo lhe vibrava no espírito e morreu, após alguns dias, ralado por inomináveis dissabores.
Entregue a si mesma, aos pés de seis filhos jovens, a valorosa viúva enxugou o pranto e reuniu os rebentos, ao redor de velha mesa que lhes restava, e verificou que os moços amargurados pareciam absolutamente vencidos pela tristeza e pelo desânimo.
Cercada de tantas lamentações e lágrimas, a senhora meditou, meditou... e, em seguida, dirigiu-se ao interior, de onde voltou sobraçando pequena caixa de madeira, cuidadosamente
cerrada, e falou aos rapazes com segurança:
— “Meus filhos, não nos achamos em tamanha miserabilidade. Neste cofre possuímos valioso tesouro que a previdência paternal lhes deixou. É fortuna capaz de fazer a nossa felicidade geral; entretanto, os maiores depósitos do mundo desaparecem quando não se alimentam nas fontes do trabalho honesto e produtivo. Em verdade, o nosso ausente, quando desceu ao repouso, nos empenhou em dívidas pesadas; todavia, não será justo o esforço pelas resgatar com a preservação de nosso precioso legado? Aproveitemos o tempo, melhorando a própria sorte e, se concordam comigo, abriremos a caixa, mais tarde, a menos que as exigências do pão se façam insuperáveis.”
Belo sorriso de alegria e reconforto apareceu no semblante de todos.
Ninguém discordou da sugestão materna.
No dia seguinte, os seis jovens atacaram corajosamente o serviço da terra. Valendo-se de grande gleba alugada, plantaram o trigo, com imenso desvelo, em valoroso trabalho de colaboração e, com tanto devotamento se portaram que, findos seis anos, os débitos da família se
achavam liquidados, enorme propriedade rural fora adquirida e o nome do pai coroado, de novo, pela honra justa e pela fortuna próspera.
Quando já haviam superado de muito os bens perdidos pelo pai, reuniram-se, certa noite, com a genitora, a fim de conhecerem o legado intacto.
A velhinha trouxe o cofre, com inexcedível carinho, sorriu satisfeita e abriu-o sem grande esforço. Com assombro dos filhos, porém, dentro do estojo encontraram somente velho pergaminho com as belas palavras de Salomão:
— “O filho sábio alegra seu pai, mas o filho insensato é a tristeza de sua mãe. Os tesouros da impiedade de nada aproveitam; contudo, a justiça livra-nos da morte no mal. O Senhor não deixa com fome a alma do justo; entretanto, recusa a fazenda dos ímpios. Aquele que trabalha com mão enganosa, empobrece; todavia, a mão dos diligentes enriquece para sempre”.
Entreolharam-se os rapazes com júbilo indizível e agradeceram a inolvidável lição que o carinho materno lhes havia doado.
Silenciou o Mestre, sob a expressão de contentamento e curiosidade dos discípulos e, finda a ligeira pausa, terminou, sentencioso:
— Quem classificaria de enganadora e mentirosa essa grande mulher? Seja o nosso falar “sim, sim” e “não, não” nos lances graves da vida, mas nunca espezinhemos a bênção do estímulo nas lutas edificantes de cada dia. O grelo tenro é a promessa do fruto. A pretexto de acender a luz da verdade, que ninguém destrua a candeia da esperança.
 
REFLEXÕES – A lição acima nos remete ao Dever. Como decifrar o dever? De que maneira observar o dever íntimo impresso na consciência, diante de tantos deveres sociais, profissionais e afetivos que muitas vezes nos impõem caminhos divergentes?  
Lembremo-nos da afirmação do espírito Lázaro em O Evangelho Segundo o Espiritismo: “O dever é a obrigação moral, diante de si mesmo primeiro, e dos outros em seguida. O dever é a lei da vida: encontramo-lo nos mínimos detalhes, como nos atos mais elevados.  Quero aqui falar apenas do dever moral e não do dever que as profissões impõem.” “Mas como precisar esse dever? Onde ele começa? Onde acaba? O dever começa precisamente no ponto em que ameaçais a felicidade ou a tranquilidade do vosso próximo, e termina no limite que não desejaríeis ver transposto em relação a vós mesmos.”
Temos aprendido com Jesus a respeito da tolerância, temos refletido sobre a compaixão através dos ensinamentos e das ações do Cristo. Então, é nosso dever, que utilizemos a frase espontânea de estímulo ao trabalho, onde encontrarmos a intenção nobre para servir. É nosso dever, clarear o caminho e amenizar a sede de energia daqueles que estão ameaçados pelo desânimo, dar uma palavra de entendimento, um gesto de bênção para as criaturas que fazem o melhor de si para o bem dos outros. É nosso dever lançar um olhar generoso, fazer uma prece em silêncio, oferecer um aperto de mão aos nossos semelhantes. São esses estímulos edificantes que fazem uma grande diferença na vida de todos e são deveres morais que devemos praticar em nossas relações humanas, em nossas relações de filhos do mesmo Pai. Porém, não devemos nos esquecer do que nos diz Mateus, 5: 33-37:
Vocês também ouviram o que foi dito aos seus antepassados: ‘Não jure falsamente, mas cumpra os juramentos que você fez diante do Senhor’.”... “Seja o seu ‘sim’, ‘sim’, e o seu ‘não’, ‘não’; o que passar disso vem do maligno”.
É importante de sermos íntegros, sem falsos juramentos, e ter o devido o cuidado ao falar “sim” ou “não” para construirmos um consolo edificante junto aos nossos semelhantes. É de suma importância refletirmos sobre isso, pois algumas palavras de consolo, encorajamento e amor, dentro do contexto do “sim” ou do “não”, poderão conduzir nosso irmão em direção ao Pai ou com nossas palavras, ao invés de levantá-los poderemos estar produzindo mais queda.
De um modo ou de outro, poderemos, com simplicidade, fidelidade e lealdade, consolar, minorar um sofrimento físico ou moral, e fazer um esforço útil para reerguer o irmão aflito.
“A pretexto de acender a luz da verdade, que ninguém destrua a candeia da esperança.”
Pensemos nisto!
 
 
PRECE E VIBRAÇÕES –  


"Coloca o teu recipiente de água cristalina à frente de tuas orações e espera e confia." [Emmanuel / Chico Xavier] 
 
E assim, unidos em pensamentos e sentimentos, com o coração repleto de gratidão a Deus e a Jesus, vamos vibrar nossos melhores sentimentos por todos os irmãos que se encontram mais necessitados do que nós, encarnados e desencarnados, jovens e idosos, doentes do corpo e da alma, que passam por momentos de dores, aflições, separação.
Mestre Jesus, que todos recebam o amparo que necessitam, que recebam o bálsamo, o lenitivo para suas dores, que sejam envolvidos em doces vibrações de paz, de harmonia e de serenidade, para que sintam seus problemas amenizados ou até mesmo, se possível, resolvidos.
Vibramos amorosamente por nossos familiares, por nossos amigos, vizinhos e por todos os nossos companheiros de nossa Casa Espírita, mas vibramos especialmente e amorosamente por aqueles que se consideram nossos inimigos. Envolva-os Senhor, em Tuas Luzes de Bênçãos.
Rogamos Mestre Jesus que estenda Tuas Mãos Misericordiosas sobre nós, renovando nossas energias e infundindo-nos ânimo, perseverança e fé para combatermos em nós as imperfeições que ainda trazemos e assim, nos aproximarmos, cada vez mais, de nossos irmãos de caminhada. Que possamos ter comportamentos adequados, sustentados pelos Teus ensinamentos e que sejamos sempre amparados e protegidos pelos nossos benfeitores espirituais em nossa caminhada rumo a evolução.
E assim Senhor, agradecidos e com nosso ambiente tranquilo, rogamos a permissão para que nossas águas sejam fluidificadas, para revigoramos nossa saúde e, termos força e coragem para nossa transformação moral e espiritual, para que possamos viver sempre em harmonia com tudo e com todos, envolvidos no Teu Amor.
Que possamos dizer, ao fim de cada dia: “Hoje fiz obra útil, me superei, obtive alguma vantagem sobre minhas imperfeições, esclareci e consolei meus irmãos, trabalhei por nos tornarmos melhores; tenho cumprido o meu dever!”
Que assim seja!
 
Paz e Bem!