Estudo:

HORA DO EVANGELHO NO LAR - Livro Ceifa de Luz - Pelo Espírito Emmanuel psicografia de Francisco Cândido Xavier – ANTE AS OFENSAS - Capítulo 49

HORA DO EVANGELHO NO LAR
“Porque vos digo que se a vossa justiça não exceder em muito a dos escribas e fariseus, jamais entrareis no Reino dos Céus.” – JESUS. (Mateus, 5:20.)
 
PRECE
Mestre Jesus, neste momento em que estamos prestes a iniciar o estudo do Teu Evangelho de Luz, rogamos que nos envolva e nos auxilie. Que possamos Senhor, aproveitarmos as lições benditas e transformadoras que nos legou para alterarmos o rumo de nossas vidas, caminhando sempre em busca de nossa evolução espiritual. 
Ampare Senhor, a todos que compartilham do mesmo ideal, que se encontram na mesma sintonia e especialmente aqueles que ainda não Te reconhecem. Que tenhamos força, fé, ânimo firme e coragem para continuarmos buscando o nosso aperfeiçoamento moral e espiritual, amando e respeitando nossos companheiros de jornada.   
Rogamos que nos abasteça de oportunidades e que saibamos reconhecê-las e aproveitá-las em nosso próprio benefício. 
Graças vos damos Mestre Jesus por tudo que nos deixou e pelo imenso amor com que nos envolve sempre.
Assim, agradecidos, com nossos corações pacificados e repletos de amor, iniciamos nossos estudos em Teu nome, em nome dos benfeitores espirituais responsáveis por esta tarefa de amor, mas sobretudo, em nome de Deus, nosso Pai. 
Permaneça conosco, Senhor, hoje e sempre,
Que assim seja! 
 
 
LEITURA DO EVANGELHO
Livro – Ceifa de Luz - Pelo Espírito Emmanuel psicografia de Francisco Cândido Xavier – ANTE AS OFENSAS - Capítulo 49.

“Porque vos digo que se a vossa justiça não exceder em muito a dos escribas e fariseus, jamais entrareis no Reino dos Céus.” – JESUS. (Mateus, 5:20.)
 
A fim de atender à recomendação de Jesus – “amai-vos uns aos outros como eu vos amei” –, não te colocarás tão-somente no lugar do irmão necessitado de socorro material para que lhe compreendas a indigência com segurança; situar-te-ás também na posição daquele que te ofende para que lhe percebas a penúria da alma, de modo a que lhe estendas o concurso possível.
Habitualmente aquele que te fere pode estar nos mais diversos graus de dificuldades e perturbação.
Talvez esteja:
no clima de enganos lastimáveis dos quais se retirará, mais tarde, em penosas condições de arrependimento;
sofrendo a pressão de constrangedores processos obsessivos;
carregando moléstias ocultas;
evidenciando propósitos infelizes sob a hipnose da ambição desregrada, de que se
afastará, um dia, sob os desencantos da culpa;
agindo com a irresponsabilidade decorrente da ignorância;
satisfazendo a compulsões da loucura ou procedendo sem autocrítica, em aflitivo momento de provação.
Por isso mesmo, exortou-nos Jesus a amar os inimigos e a orar pelos que nos perseguem e caluniam. Isso porque somos inconsequentes toda vez que passamos recibo a insultos e provocações com os quais nada temos que ver.
Se temos o espírito pacificado no dever cumprido, a que título deixar a estrada real do bem, a fim de ouvir as sugestões das trevas nos despenhadeiros do mal? Além disso, se estamos em paz, à frente de irmãos nossos envolvidos em sombra ou desespero, não seria justo nem humano agravar-lhes o desequilíbrio com reações impensadas, quando os sãos, perante Jesus, são chamados a socorrer os doentes, com a sincera disposição de compreender e servir, aliviar e auxiliar.
 
REFLEXÕES: “Porque vos digo que se a vossa justiça não exceder em muito a dos escribas e fariseus, jamais entrareis no Reino dos Céus.” – JESUS. (Mateus, 5:20.)
 A justiça dos escribas e dos fariseus, referida por Jesus, era a aplicação da Lei de Moisés, que preconizava: “Olho por olho, dente por dente”, e assim por diante. Jesus, com a sua autoridade e o seu amor, veio inaugurar uma nova era na Humanidade, A Era da Misericórdia, conforme está no Sermão da Montanha: “Eu, porém, vos digo: Amai os vossos inimigos; fazei o bem aos que vos odeiam e orai pelos que vos perseguem e caluniam” (Mt., 5:43). Esses ensinamentos de Jesus foram transcritos e comentados por Allan Kardec em O Evangelho segundo o Espiritismo, Capítulo 12 e, nos convida a buscar ser um Espírito manso, pacificado.
Jesus nos instruiu sobre a necessidade de amar os nossos inimigos, mas esta lição ensinada pelo Mestre, se trata também de uma solicitação para nos pedir tolerância com os erros alheios, paciência contra as más tendências dos outros, compaixão com as atitudes equivocadas daqueles que nos perseguem. Esta é uma forma de praticar a caridade, pois nos ensinam os Espíritos superiores, na pergunta 868 de "O Livro dos Espíritos", sobre a caridade como entendia Jesus e a resposta não poderia ser mais sublime: "Benevolência para com todos, indulgência para as imperfeições alheias, perdão das ofensas.".
Nos itens 3 e 4, do Capítulo 12 do ESE, iniciando seus comentários sobre os textos evangélicos, Kardec escreve; “Se o amor do próximo é o princípio da caridade, amar aos inimigos é a sua aplicação sublime, porque essa virtude constitui uma das maiores vitórias conquistada sobre o egoísmo e o orgulho.”
Jesus, o mais perfeito Espírito reencarnado na Terra, sabendo do tamanho da imperfeição humana, não pretendia que se amasse aos inimigos com a mesma ternura que se tem por uma pessoa querida.
Diz Kardec (no item 3, Cap, 12 – ESE) que “Jesus não pretendia, ao dizer essas palavras, que se deve ter pelo inimigo a mesma ternura que se tem por um irmão ou por um amigo. A ternura pressupõe confiança. Ora, não se pode ter confiança naquele que se sabe que nos quer mal. Não se pode ter para com ele as efusões da amizade, desde que se sabe que é capaz de abusar delas.”
E Kardec continua: “amar aos inimigos é não ter ódio, nem rancor, ou desejo de vingança. É perdoar-lhes sem segunda intenção e incondicionalmente, pelo mal que nos fizeram. É não opor nenhum obstáculo à reconciliação. É desejar-lhes o bem em vez do mal. É alegrar-nos em lugar de aborrecer-nos com o bem que os atinge. É estender-lhes a mão prestativa em caso de necessidade. É abster-se, por atos e palavras, de tudo o que possa prejudicá-los. É, enfim, pagar-lhes em tudo o mal com o bem, sem a intenção de humilhá-los. Todo aquele que assim fizer, cumpre as condições do mandamento: Amai os vossos inimigos.”
O nosso Mestre Jesus é muito claro quando reforça o ensinamento, para que não fiquem dúvidas: “... se só amardes os que vos amam, qual será a vossa recompensa? Não procedem assim também os publicanos?” (Mt., 5:46)
Pensemos nisto! 
 
 
PRECE E VIBRAÇÕES – 
  
"Coloca o teu recipiente de água cristalina à frente de tuas orações e espera e confia." [Emmanuel / Chico Xavier] 
 
Com nossos pensamentos elevados, rogamos a Jesus permissão para que os fluídos divinos sejam depositados em nossas águas e que através deles possamos adquirir saúde e vitalidade, força e coragem para as lutas de todos os dias, para nossa transformação moral e espiritual, para vivermos em harmonia com tudo e com todos.  
Senhor, guia nossos passos para caminharmos sempre ao encontro dos cansados e oprimidos, daqueles que se encontram solitários e desesperançados.  
Conceda-nos, Senhor, o entendimento para que possamos obter o dom do perdão e da humildade, para que tenhamos a precisa coragem de seguir os Teus Exemplos. 
“Fazei-nos, Senhor, instrumentos da Vossa Paz... 
Onde houver ódio, que eu leve o amor. 
Onde houver ofensa, que eu leve o perdão. 
Onde houver discórdia, que eu leve a união. 
Onde houver dúvida, que eu leve a fé. 
Onde houver erro, que eu leve a verdade. 
Onde houver desespero, que eu leve a esperança. 
Onde houver tristeza, que eu leve a alegria. 
Onde houver trevas, que eu leve a luz.  
Ó Mestre, 
Fazei que eu procure mais 
consolar que ser consolado; 
compreender que ser compreendido; 
amar que ser amado. 
Pois é dando que se recebe, 
é perdoando que se é perdoado, 
é morrendo que se vive para a vida eterna.”
E assim, finalizando nossos estudos agradecidos por todas as bênçãos recebidas neste momento de comunhão convosco, rogamos:
Fazei-nos instrumentos da Tua Paz e da Tua compreensão.
Esteja sempre conosco Senhor, na certeza de que estaremos sempre contigo. 
Que assim seja. 
 
Paz e Bem!