Estudo:

Jesus no Lar - Pelo Espírito Neio Lúcio psicografia de Francisco Cândido Xavier – A LIÇÃO ESSENCIAL - Capítulo 44.

HORA DO EVANGELHO NO LAR
 

“A felicidade não é deste mundo” (Eclesiastes)
 
 
PRECE 
Pai Nosso, que se encontra sempre a velar por cada um de seus filhos, aqui estamos novamente a lhe rogar, renova Senhor, nossas esperanças para que, diante das dificuldades de cada dia não nos desesperemos;
Que nosso Mestre Jesus, nos envolva em Tua Luz, mostrando-nos a direção quando estivermos perdidos;
Mestre amado, enxuga Senhor, nossas lágrimas quando fraquejamos e pensamos em desistir;
Dai-nos paciência diante dos conflitos; dai-nos a resignação quando não pudermos modificar uma situação e dai-nos também o pão da vida que alimenta nosso Espírito.
Envolva-nos com Teu amparo nos instantes em que mais nos sentirmos sozinhos e auxilia-nos a combater o mal que ainda existe em nós e que por tantas vezes tenta nos dominar; envolva-nos com Tua Luz de proteção, para que possamos caminhar com segurança sempre em Tua direção.
Que neste momento, nossos benfeitores espirituais estejam junto a nós, nos auxiliando o entendimento dos Teus ensinamentos, Mestre Amado e que possamos aplicá-los em nossos dias.
Assim, em Teu nome, Mestre Jesus e, com Tua permissão Pai Amado, iniciamos os estudos de hoje. 
Que assim seja. 
Graças a Deus, Graças a Jesus
 
  
MENSAGEM INICIAL
FELICIDADE 

Não está no dinheiro, porquanto, a cada passo, surpreendemos irmãos nossos, investidos na posse do ouro, a se confessarem desorientados e infelizes; importa reconhecer, porém, que o dinheiro criteriosamente administrado, transfigura-se em poderosa alavanca do trabalho e da beneficência, resgatando lares e corações para a Vida Superior.
 
Não está na inteligência, visto que vemos, em toda parte, gênios transviados, utilizando fulgurações do pensamento em apoio das trevas; urge anotar, no entanto, que a inteligência aplicada na sustentação do bem de todos será sempre uma fonte de luz.
 
Não está na autoridade humana, de vez que habitualmente abraçamos criaturas, altamente revestidas de poder terrestre, carregando o peito esmagado de angústia; é necessário observar, todavia, que a influência pessoal em auxílio à comunidade é base de segurança e fator de harmonia.
 
Não está nos títulos acadêmicos, porque, em muitas ocasiões, encontramos numerosos amigos laureados com importantes certificados de competência, portando conflitos íntimos que os situam nos mais escuros distritos do sofrimento e da aflição; não será, contudo, razoável ignorar que um diploma universitário, colocado no amparo ao próximo, é uma lavoura preciosa de alegrias e bênçãos.
 
Não está no que possuis e sim no que dás e, ainda assim, não tanto no que dás como no modo como dás.
 
Não está no que sonhas e sim no que fazes e, sobretudo, na maneira como fazes.
 
Felicidade, na essência, é a nossa integração com o Cristo de Deus, quando nos rendemos a Ele para que nos use como somos e no que temos, a benefício dos semelhantes.  Isso porque todo bem que venhamos a fazer é investimento em nosso favor, na Contabilidade Divina. Em suma, felicidade colhida nasce e cresce da felicidade que se semeia, ou melhor, à medida que ajudamos aos outros, por intermédio dos outros, o Céu nos ajudará.
 
Livro: “Passos da vida” – Emmanuel/Chico Xavier
 
 
LEITURA DO EVANGELHO
Jesus no Lar - Pelo Espírito Neio Lúcio psicografia de Francisco Cândido Xavier – A LIÇÃO ESSENCIAL
 - Capítulo 44.
 
Discorriam os discípulos, entre si, quanto às coisas essenciais ao bem-estar, quando o Senhor, assumindo a direção dos pensamentos em dissonância, acrescentou:
— É indispensável que a criatura entenda a própria felicidade para que se não transforme, ao perdê-la, em triste fantasma da lamentação. Longe das verdades mais simples da Natureza, mergulha-se o homem na onda pesada de fantasiosos artifícios, exterminando o tempo e a vida, através de inquietações desnecessárias.
E como quem recordava incidente adequado ao assunto, interrompeu-se por alguns instantes e retomou a palavra, comentando:
— Ilustre dama romana, em companhia dum filhinho de cinco anos, dirigia-se da cidade dos Césares para Esmirna, em luxuosa galera de sua pátria. Ao penetrar na embarcação, fizera-se acompanhar de dois escravos, carregados de volumosa bagagem de joias diferentes: colares e camafeus, braceletes e redes de ouro, adornados com pedrarias, revelavam-lhe a predileção pelos enfeites raros. Todo o pessoal de serviço inclinou-se, com respeito, ao vê-la passar, tão elevada era a expressão do tesouro que trazia para bordo.
Tão logo se fez o barco ao mar alto, a distinta senhora converteu-se no centro das atenções gerais. Nas festas de cordialidade era o objetivo de todos os interesses pelos adornos brilhantes com que se apresentava.
A excursão prosseguia tranquila, quando, em certa manhã ensolarada, apareceu o imprevisto. O choque em traiçoeiro recife abre extensa brecha na galera e as águas a invadem. Longas horas de luta surgem com a expectativa de refazimento; entretanto, um abalo mais forte leva o navio a posição irremediável e alguns botes descidos são colocados à disposição dos viajantes para os trabalhos de salvamento possível.
A ilustre patrícia é chamada à pressa.
O comandante calcula a chegada ao porto próximo em dois dias de viagem arriscada, na hipótese de ventos favoráveis.
A jovem matrona abraça o filhinho, esperançosa e aflita. Dentro em pouco ela atinge o pequeno barco de socorro, sustentando a criança e pequeno pacote em que os companheiros julgaram trouxesse as joias mais valiosas. Todavia, apresentando o conteúdo aos poucos irmãos de infortúnio que seguiriam junto dela, exclamou:
— “Meu filho é o que possuo de mais precioso e aqui tenho o que considero de mais útil”. O insignificante volume continha dois pães e dez figos maduros, com os quais alimentou a reduzida comunidade de náufragos, durante as horas aflitivas que os separavam da terra firme.
O Mestre repousou, por alguns segundos, e acrescentou:
— A felicidade real não se fundamenta em riquezas transitórias, porque, um dia sempre chega em que o homem é constrangido a separar-se dos bens exteriores mais queridos ao coração. Os loucos se apegam a terras e moinhos, moedas e honras, vinhos e prazeres, como se nunca devessem acertar contas com a morte. O espírito prudente, porém, não desconhece que todos os patrimônios do mundo devem ser usados para nosso enriquecimento na virtude e que as bênçãos mais simples da Natureza são as bases de nossa tranquilidade essencial. Procuremos, pois, o Reino de Deus e sua justiça, tomando à Terra o estritamente necessário à manutenção da vida física e todas as alegrias ser-nos-ão acrescentadas.
 
REFLEXÕES: Todos nós desejamos encontrar a felicidade um dia, mas, para realizar essa vontade ou esse desejo, é necessário trabalhar os valores pertinentes ao Espírito.  Achamos que a felicidade é desfrutar unicamente dos bens materiais, imaginando que ser feliz é juntar tesouro material sobre a terra.
A máxima de Eclesiastes, “a felicidade não é deste mundo”, nos dá a noção de que a felicidade em nosso planeta não é plena, que a felicidade não é deste mundo. 
No O Evangelho Segundo o Espiritismo, Cap. V – A vida Futura, item III das Instruções dos Espíritos: A Felicidade não é deste Mundo, o autor espiritual François-Nicolas-Madelaine, que foi na Terra, Cardeal Molot, deu esta mensagem em Paris, em 1863, na qual demonstra porque na Terra não é possível a felicidade plena. O autor inicia lembrando que a falta de felicidade é uma queixa generalizada, sentida pelos homens de qualquer classe social, desde os que nada possuem de bens materiais até os mais ricos, desde os doentes até os que gozam de saúde, desde os jovens até os mais velhos.
O espiritismo, pelos seus princípios, mostra que a felicidade para a qual fomos criados não se encontra na obtenção ou no uso de coisas externas ao homem, como muita gente ainda hoje admite, sofrendo por obtê-la, chegando muitas vezes a perder-se em infrações graves, sem contudo alcança-la.
Felicidade é um estado interior, provocado por sentimentos e emoções que se originam na consciência do dever cumprido, do ter feito todo o bem que lhe foi possível, do não ter feito mal a ninguém e, caso isso tenha ocorrido, ter feito toda a tentativa de corrigir e reparar a falta cometida.
Felicidade está dentro de cada um, na maneira como valoriza seu viver na Terra. 
Na questão 920 de LE, os Espíritos dizem que não podemos encontrar a felicidade completa na Terra, pois a vida nos foi dada como prova ou expiação, mas que depende de nós suavizarmos nossos males e ser tão feliz quanto possível na Terra. 
Suavizar os nossos males significa compreensão e aceitação das dificuldades que vivenciamos.
Se dermos prioridade ao perdão, à compreensão, à caridade, ao invés do orgulho, da vaidade, ambição, melindres, não haverá espaço dentro de nós para a tristeza. O caminho para nossa felicidade plena passa pela nossa evolução moral, ou seja, pela nossa transformação interior e pela prática da caridade e do amor verdadeiro ao nosso semelhante.
Pensemos nisto! 
 
 
PRECE E VIBRAÇÕES – 
  
"Coloca o teu recipiente de água cristalina à frente de tuas orações e espera e confia." [Emmanuel / Chico Xavier] 
  
E assim, vamos nos unindo em pensamentos e sentimentos, agradecendo a Jesus por mais momento de estudo, de aprendizado e, com nosso ambiente tranquilo, vamos rogando a Jesus que suas vibrações amorosas nos envolvam, revigorando nossas energias, reequilibrando nossa saúde física, espiritual e mental.  
Rogamos, Senhor, que nossas águas sejam fluidificadas e que estenda Tuas mãos misericordiosas sobre todos nós, dando-nos as Tuas Bençãos de Paz e Saúde. 
E assim, revigorados e envolvidos com a doce presença de Jesus, vamos agora vibrar pela Paz Mundial e pela harmonia entre todos os povos, que nosso Brasil e seus dirigentes sejam abençoados e esclarecidos. Que Tuas Luzes Senhor, inundem todas as Nações para que haja sempre compreensão e amor.  
Que todos os irmãos, encarnados e desencarnados, que se encontram em sofrimento neste momento recebam o bálsamo, o lenitivo para suas dores, sê possível a cura para suas doenças. Rogamos especialmente por todos aqueles que se encontram acamados, hospitalizados, que estão lutando pela vida nas UTIS. Que a Espiritualidade Superior leve a todos os leitos nossas vibrações e a Luz do Senhor Jesus. 
Rogamos também Mestre Amado, por todos aqueles que estão deprimidos, solitários, angustiados, com ideações suicidas, também por todos aqueles que estão à procura de um emprego e por todos aqueles que ainda não Te encontraram... 
Que Teu amparo, envolva a todos os irmãos suicidas. Que nossa doce e meiga Maria os ampare sempre. 
Pedimos que abençoe Mestre Jesus, aos nossos familiares, aos amigos e a nós mesmos, criaturas ainda necessitadas que somos, mas rogamos Mestre que Tua Luz e Tuas bençãos recaiam sobre aqueles que se consideram nossos inimigos, que sintam a Tua presença e sejam sempre muito felizes.  
Inspira-nos Mestre a vermos em tudo somente o amor e a bondade.
Que Tua suave influência penetre em nossas almas e nos faça enxergar a estrada do bem, que nossos olhos se fechem para todas as maldades, comentários e julgamentos. 
Que possamos compreender que somos todos irmãos e que o amor e a compreensão façam parte de nossos dias, só assim seremos felizes. 
Seja Jesus sempre a nossa companhia, nos dê bom ânimo, nos dê alegria de viver e que Tua Paz esteja sempre conosco. 
Que assim seja! 
  
Paz e Bem!