Estudo:

Questão 807 a 810

Desigualdades sociais
 
807. Que se deve pensar dos que abusam da superioridade de suas
posições sociais, para, em proveito próprio, oprimir os fracos?
 
“Merecem anátema! Ai deles! Serão, a seu turno, oprimidos: renascerão numa existência em que terão de sofrer tudo o que tiverem feito sofrer aos outros.” (684)

Desigualdade das riquezas
 
808. A desigualdade das riquezas não se originará da das faculdades,
em virtude da qual uns dispõem de mais meios de adquirir bens do que
outros?
 
“Sim e não. Da velhacaria e do roubo, que dizeis?”

 
808a) - Mas, a riqueza herdada, essa não é fruto de paixões más.
 
“Que sabes a esse respeito? Busca a fonte de tal riqueza e verás que
nem sempre é pura. Sabes, porventura, se não se originou de uma
espoliação ou de uma injustiça? Mesmo, porém, sem falar da origem,
que pode ser má, acreditas que a cobiça da riqueza, ainda quando bem
adquirida, os desejos secretos de possuí-la o mais depressa possível,
sejam sentimentos louváveis? Isso o que Deus julga e eu te asseguro que o Seu juízo é mais severo que o dos homens.”

809. Aos que, mais tarde, herdam uma riqueza inicialmente mal
adquirida, alguma responsabilidade cabe por esse fato?
 
“É fora de dúvida que não são responsáveis pelo mal que outros hajam
feito, sobretudo se o ignoram, como é possível que aconteça. Mas, fica
sabendo que, muitas vezes, a riqueza só vem ter às mãos de um homem, para lhe proporcionar ensejo de reparar uma injustiça. Feliz dele, se assim o compreende! Se a fizer em nome daquele que cometeu a injustiça, a ambos será a reparação levada em conta, porquanto, não
raro, é este último quem a provoca.”
 

810. Sem quebra da legalidade, quem quer que seja pode dispor de seus bens de modo mais ou menos equitativo. Aquele que assim proceder será responsável, depois da morte, pelas disposições que haja tomado?
 
“Toda ação produz seus frutos; doces são os das boas ações, amargos
sempre os das outras. Sempre, entendei-o bem.”